Na Itália, ativistas comemoram a condenação dos ex-proprietários da Eternit a 16 anos de prisão e ao pagamento de quase 100 milhões de euros
por Conceição Lemes
13 de fevereiro de 2012 já entrou definitivamente para a história. Juízes italianos anunciaram em Turim a condenação dos ex-proprietários da Eternit, o barão belga Jean-Louis de Cartier de Marchienne e o magnata suíço Stephan Schmidheiny, a 16 anos de prisão e ao pagamento de quase 100 milhões de euros a um extenso elenco de cidadãos, instituições e entidades. Ambos foram declarados culpados por desastre ambiental permanente e omissão dolosa de medidas de segurança, que levaram à morte 2.160 trabalhadores.
Desde então, a Eternit do Brasil está tendo de se explicar. Inclusive nas últimas semanas, publicou anúncio em vários veículos, afirmando, entre outras que:
“não tem nenhuma relação com a Eternit de outros países, inclusive com o caso da Itália”.
“a atividade no Brasil é regulamentada pela Lei Federal nº9.055/95, que dispõe sobre o ‘uso controlado e responsável do amianto'”.
“a extração e beneficiamento do amianto crisotila por sua controlada SAMA, bem como a utilização do mineral nas fábricas da Eternit, seguem rígidos padrões de segurança que superam as exigências legais”.
O anúncio foi veiculado, primeiramente, nos principais jornais do país, entre os quais Estadão, Folha, Globo, Valor Econômico e Estado de Minas. Depois, nas revistas semanais Veja, IstoÉ e Época.
CartaCapital recusou. Em matéria publicada na edição de 24/2/2012 (a íntegra no final), ainda explicou por quê:
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“É um direito e um dever da empresa prestar esclarecimentos aos consumidores. Como também é obrigação de CartaCapital checar as informações publicadas na revista, mesmo quando se tratar de peças publicitárias e quando assim for entendido necessário. Foi o que fizemos. Diante do interesse da Eternit em veicular seu anúncio em nossas páginas, achamos por bem conferir os argumentos apresentados na ‘nota de esclarecimento’. A totalidade dos especialistas entrevistados rechaçou as explicações”.
“A decisão foi da direção de redação”, revela Sérgio Lírio, seu redator-chefe. “Além de lermos documentos e pareceres públicos da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da Organização Mundial de Saúde (OMS), do Ministério Público Federal (MPF) e vários estudos a respeito, consultamos diversos médicos, todos referendados por outros especialistas. A Eternit também foi procurada e repetiu o teor da ‘nota de esclarecimento’.”
“A saúde pública prevaleceu sobre o poder econômico”, aplaude a engenheira Fernanda Giannasi, auditora fiscal do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e fundadora da Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto (Abrea). “Parabéns à CartaCapital. Deu uma lição de cidadania e responsabilidade social à mídia nacional.”
O médico René Mendes, especialista em Saúde Pública e em Medicina do Trabalho e professor titular da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), enviou a seguinte carta ao Estadão, Folha, Globo, Valor Econômico, Estado de Minas, Veja, Istoé e Época:
“Sob o conceito de ‘fato relevante’, a Eternit no Brasil mandou inserir matéria paga, em que tenta se distanciar da gravidade da questão do amianto crisotila enquanto fibra comprovadamente causadora de câncer (como mesotelioma maligno de pleura, entre outros), reduzindo um grave problema de Saúde Pública e de Meio Ambiente a uma suposta querela comercial e de disputa de mercado.
Apega-se, de má-fé, à Lei Federal no. 9.055/95, cuja flagrante inconstitucionalidade já tem parecer favorável do Ministério Público Federal e do Ministro Relator do STF, e ainda, tenta desqualificar a inteligência e a sensibilidade dos legisladores dos estados onde o amianto já foi proibido, reduzindo o clamor de milhares de vítimas das doenças do amianto crisotila, à suposta pressão de concorrentes da Eternit.
Como cidadão e profissional de Saúde, registro minha indignação por tanta desfaçatez e conclamo o Poder Legislativo, o Poder Judiciário e o Poder Executivo Federal a que se unam para acelerar as iniciativas pelo banimento total do amianto crisotila no Brasil, imediatamente. Que o Brasil não faça vexame na Conferência Rio + 20, de junho, e consiga mostrar – a nós mesmos e ao mundo – que suas políticas públicas não são definidas pelos lobbies de uma empresa, e sim, são comprometidas com a defesa da saúde e do meio ambiente, como manda a Constituição Federal”.
René Mendes está nessa batalha desde o início da década de 1980. Assegura que a sociedade precisa ser mais esclarecida sobre os malefícios do amianto crisotila à saúde. Esse mineral é comprovadamente cancerígeno à saúde humana.
“Agarrar-se à lei nº 9055, para dizer que a extração do amianto, fabricação de produtos à base do mineral e sua comercialização são legais, é enganoso”, ressalta Mendes em entrevista a esta repórter. “Eles sabem que esta lei tem os dias contatos, pois está, inclusive, sendo questionada no STF. A ADI [Ação Direta de Inconstitucionalidade] 4066 contra a lei nº 9055 já recebeu parecer favorável do seu relator e do procurador Geral da República.”
“Além disso, focar nas condições de trabalho da mina, em Minaçu [Goiás], para dizer que ela é maravilhosa, é falacioso”, avisa Mendes. “Após sair da mina, o mineral cancerígeno se espalha por uma dezena de empresas que o manipulam para fazer manufaturados; daí, ele vai para centenas de distribuidores, que vendem os produtos contendo amianto a dezenas de milhares de consumidores.”
“A sociedade tem de estar atenta isso”, alerta Mendes. “A Eternit não aborda a questão da perspectiva de saúde pública, nem da cadeia produtiva, nem do ciclo completo de vida do amianto, que vai da extração da fibra até 40, 50 anos após o seu uso.”
Talvez alguns questionem: será que não é mesmo possível o uso controlado do amianto crisotila?
“No máximo, os sistemas de filtragem adotados, a partir dos anos 80, conseguem reduzir a concentração de pó de amianto dentro das fábricas, mas isso não significa ambiente seguro, pois não existe limite abaixo do qual a exposição ao mineral não oferece risco à saúde humana”, esclarece Fernanda Giannasi. “Também não se consegue controlar o produto depois que sai das fábricas e vai para o público.”
Um exemplo está na própria construção civil, onde é frequente a instalação de telhados, gerando grande concentração de fibras no ar. Devido à alta rotatividade de mão-de-obra do setor, os operários não têm noção de que aquele produto, que estão furando e cortando, tem amianto. E acabam respirando as fibras sem qualquer proteção. O mesmo pode acontecer no ambiente doméstico.
Talvez alguns rebatam: mas isso é de responsabilidade da construção civil, do trabalhador, do sindicato, do Ministério do Trabalho e não da indústria do amianto.
“É problema das indústrias que produzem com amianto, sim”, volta à carga Fernanda. “Elas têm responsabilidade por toda a cadeia produtiva: mineração, produção, transporte, colocação no mercado e até a destinação dos resíduos quando o produto atingir o final de sua vida útil. E como é que elas vão controlar o manuseio desses produtos pela população? É impossível. O uso controlado é uma ilusão total. Uma falácia!”
Talvez alguém ainda insista em afirmar: a Eternit brasileira “não tem nenhuma relação com a Eternit de outros países, inclusive da Itália”.
A empresa Eternit S.A. do Brasil, que foi nacionalizada a partir de 2000, tem sua origem no grupo belga-suíço, o mesmo que foi condenado na Itália e também está no banco dos réus na Bélgica e na França, e que se instalou aqui nos anos 30.
“Na Itália, Suíça, França e Bélgica, como aqui, a Eternit sabe desde o início do século XX dos malefícios do amianto à saúde humana”, arremata Fernanda Giannasi. “A condenação na Itália é uma demonstração inequívoca de que a impunidade que cerca as empresas de amianto, ao redor do mundo, está chegando ao fim e atingiu o ‘rubicão’, ou seja, atingiu um ponto que não tem mais volta.”
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Giba
Parabens ao Mino e a equipe da Carta Capital. Esta é uma revista para quem tem algo entre as orelhas ao contrario das outras que se venderam aos herdeiros da casa grande como diria Mino Carta.
Abraços
Romanelli
IMAGINE ..que absurdo ..que violência e cinismo
Interessa a missão maior que é se ser MÍDIA informativa e plural
Como ficam os leitores que necessitam ter diversas visões? ;;mas que distorção de valores meu Due ??!!
Por isso ..por isso que defendo um controle DEMOCRÁTICO da mídia ..com direito a réplica
aqui agora é assim ..se vc é contra as bicicletas em SAMPA pouco importa ..pois a mídia não lhe dá ouvidos
se é contra a liberação do aborto, ídem ..só vale o pensamento do editor chefe
INFELIZMENTE estes FALSOS democratas travestidos de jornalistas estão transformando este nosso mundico num pardieiro plebiscitário, nada mais que isso
ali[ás, fato que não me surpreende, pois eu tenho denunciado este PARTIDO a tempos ..partido sim, pois o que eles mais fazem é política, tosca, opaca ..baixa, violenta, unilateral tb
eu quero é mais ..quero debate, conteúdo, argumentos e convencimento ..e aí, quem tem ?
abrá
Analia
– É interessante saber também que a imprensa esta sendo usada de má fé, pelos que querem banir o amianto.
Esta restrição imposta por este meio de comunicação reforça o que você disse, há o “interesse” e a falta de “interesse” da imprensa em veicular uma determinada matéria. Há uma verdade “guerra” comercial utilizando a mídia para banir o amianto, é de bom tom que estes “interesses” venham a tona. Uma coisa é certa: – não estão querendo defender trabalhador nenhum, o que esta por traz é um violento interesse financeiro em banir o amianto e só.
– Só mais um detalhe: trabalho em uma empresa que utilizam o amianto como insumo, ha 27 anos e fico indignado com o que vejo sendo veículado contra este mineral brasileiro. Compara-se com a forma que foram utilizado na Europa com extrama inrresponsabilidade, este mesmmos, agora, utilizando a mídia colocar o seu “novo produto” como quem nunco lucrou com ele.
– É bom que os brasileiros abram o olho, o lob CONTRA o amianto esta esparramado por várias esferas, incluindo aí a midia em geral. Os interesados se esconde atraz de entidades e pessoas utilizando a mídia.
– A ETERNIT expos a sua cara, cadê os concorrentes que manipulam por traz?
– Cadê a liberdade de imprensa? – Os argumentos para a não publicação foram infundados.
Blenda
Concordo com você, Anália! Penso que pra você falar de algo você tem que conhecer sobre o assunto… então eu já fui numa Fábrica ETERNIT. A mídia quer passar uma imagem distorcida das coisas. Eu me impressionei quanto à organização e a excelência da gestão da mesma. Não é a toa que ela tem certificações como a ISO 14001, OHSAS 18001, ISO 9001.
FrancoAtirador
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Legítima Carta Anti-Capital.
Jornalista Mino Carta dando lição de Ética
na Mídia Oligárquica Mercantil Hipócrita.
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Paulo
Anticapital brasileiro porque a maior beneficiada é a Brasilit (empresa francesa)!
Ceiça Araújo
Parabéns, Carta Capital! Não se deixou levar pelo capitalismo cego e desenfreado. Vou cancelar minha assinatura da Bravo e fazer uma sua.
Maria Libia
Eu leio a CC desde que ela era mensal. Cheguei a ser contemplada com uma caneta Mont Blanc, por uma correspondência minha, publicada na CC, falando da classe merdinha e o Padre Rossi. Foi a CC que me apresentou o Daniel Dantas e suas maracutaias. Até hoje tenho as primeiras publicações e as leio para avivar minhas memórias. Parabéns a MINHA CARTA CAPITAL.
internauta
Esse CONAR "mui autorregulamentador" deixou passar os anúncios de q trata a notícia seguinte http://mp-sp.jusbrasil.com.br/noticias/3028106/ma… ?
FJP
Ainda não sou assinante da Carta Capital, mas faço questao de ir às bancas adiquiri-la todo sábado. Religiosamente.
Apesar de não ser exatamente uma surpresa, mas vindo do Mino Carta esta atitude é louvável.
Imagine se a moda pega, baixaria como o BBB já estaria fora do ar….
Parabéns,
João Junior
Azenha,
O Kassab cometeu crime de improbidade administrativa, vejamos.
Ele concedeu incentivo fiscal, SEM LICITAÇÃO, de R$ 420mi, à construção do estádio do corinthians.
No direito, isso não é permitido, pelo contrário, é repudiado!
Pela Lei, deve ficar preso de 3 a 5 anos e pagar multa (art. 86 da Lei 8.666/93).
Neste caso, ele deve ser processando pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Contas Municipal ou Estadual.
Pior, ao tentar corrigir esse problema, ele cometeu outro crime de improbidade administrativa!
Foi publicado no UOL, sob o seguinte título "Prefeitura SIMULA concorrência por incentivo de R$ 420 milhões do Itaquerão".
O título, por si só, afirma que o Kassab está cometendo outro crime de improbidade administrativa.
É vedado a simulação na licitação! Ninguém pode simular uma licitação para favorecer uma empresa determinada, previamente definida!
Isso é crime!
Espero que o Ministério Público esteja de olho e pronto para atuar seguindo a letra da lei!
Link com a denúncia: http://esporte.uol.com.br/futebol/copa-2014/ultim…
Joe
MARAVILHA!!! a Carta é a salvação da lavoura!!!!!
Afinal, os comentários que mostram que o Mino é um empresário como outro qualquer, querendo só sua teta e vendendo o peixe para seu publico, são barrados.
Afinal estamos falando no ""negócio"" da publicidade, assino e gosto da Carta. Mas é uma empresa como outra qualquer do ramo editorial. Vende algo que não pratica….
abolicionista
Joe, mais um fascista a sair do armário…
Joe
Não, não sou não. Como disse, assino e gosto muito da Carta Capital, e das outras publicações da editora. A "Carta na Escola" é infitinitamente melhor que a Nova Escola ou concorrentes. Só que pergunte a qualquer um sobre trabalhos realizados para Vogue, RG e etc , e vc irá ouvir aquelas máximas>: "è portifólio para seu trabalho"…, "a verba para essa matéria é de 200,00 mas aparece seu nome"….. ai você vira a página e tem anúncio da Gucci.
Agora Sr Abolicionista, é o seguinte, o sr tenha mais educação e não ofenda os outros, parece que o sr não consegue conviver com a critica, ou visões diferentes da sua. Comportamento de formiga.
Fico triste que o Vi o Mundo, site que frequento diariamente, esteja se tornado um forum de concordância (agora aqui quando vc discorda é xingado!?!) e que não haja espaço para visões diferentes, mesmo estando do mesmo lado.
A mídia ainda é aquela de tempos atrás, existem ainda os mais sérios editorialmente, mas empresárialmente….ainda vale aquela que " empresa foi feita para dar dinheiro para dono e só"
Carlos A. Moliterno
Viva a Carta!
Adelman Araújo Filho
Fica aqui o nosso repudio a esses abutres que distorcem os fatos e não têm compromisso com a verdade nem com os trabalhadores, a nossa repulsa contra aqueles que são capazes de matar a própria mãe para justificar seus próprios inescrupulosos interesses, causando prejuízos irreparáveis aos trabalhadores. Que as autoridades de nosso país abram os olhos e investiguem realmente aqueles que precisam de investigação, vejam com os olhos da verdade e faça cumprir o seu verdadeiro papel, prevalecendo o que é justo e sem imparcialidade.
CartaCapital recusa anúncio da Eternit a favor do amianto | OCOMPRIMIDO.COM
[…] Lemes, via VioMundo. "É obrigação da CartaCapital checar as informações publicadas na revista, mesmo quando […]
Rodrigo Leme
Atitude louvável da revista, coisa para ser copiada e usada como referência. Parabéns.
Gerson Carneiro
Sou assinante da Carta Capital desde que a procuradora Sandra Cureau, cheia das 45 intenções, tentou intimidar o Mino Carta. E este fato é mais um orgulho pra continuar sendo.
sonia santana
Parabéns à CartaCapital pela sua atitude ética e honesta. Recusar dinheiro( sempre gordo) de publicidade de produto que sabe ser perigoso e danoso a saude do brasileiro, é uma atitude digna de muito aplausos!
Me sinto orgulhosa por ser leitora e admiradora de Carta Capital. Gosto de comprar em bancas, pois sempre desdenho do que está exposto quando não vendem ( tem muitas bancas, dependendo da região, que não vendem CCapital) Hoje a banca do Rodoshoping da Castelo vende CCapital e Privataria Tucana…..antes nem tinham ideia..
PedroAurélioZabaleta
Longa vida aos loucos que sabem dizer "Não!".
ricardo silveira
Parabéns, Carta Capital!
Marcio H Silva
É mais do que ética o que Carta capital fez. Foi exemplo de ajuda a problema de serviço de saúde publica. Se os outros meios fizessem o mesmo a Fábrica que utiliza amianto não teria respaldo do público. mas o que esperar de empresas que colaboraram com a ditadura? o que esperar de empresas que mantém relações "diplomáticas" com o tio sam? o que esperar de empresas cujo alguns empregados são espiões dos yankees?
Pancho Villa
A casa de Otavinho Frias tem amianto?
M. S. Romares
Parabéns, Mino!! Sempre coerente e de retidão jornalística impecável.
ed nelson
eu vou cobrir a minha casa com o quê? afinal tudo polui e faz mal, é melhor voltarmos para a época das cavernas.
RicardãoCarioca
Use telha colonia do velho barro cozido! Fica show de bola!
troll
Com cânhamo. Ultrarresistente a água. E se pegar fogo dá onda.
LULA VESCOVI
Ed,tá cheio de caverna por aí.Vá, mas não me chame.
Cancão de Fogo
Nuca que a Veja faria isso! Daniel Dantas que o diga!
Pinguim
Bela posição da Carta Capital.
E quanto as outras… Bem o que esperar do porcão? (PIG)…
Rubis
Mas se a linha de pensamento e coerencia de carta capital em negar o informe sobre o amianto é essa,nao seria tambem coerente a carta nao publicar anuncios de governos envolvidos em escandalos,que tanto mal fazem a sociedade honesta e trabalhadora?
RicardãoCarioca
Esse tipo de coisa não existe, mas se existisse, veiculação de propaganda sobre escândalos governamentais seriam, no mínimo, suspeitos pois, quem gastaria centenas de milhares de reais para vincular escândalos políticos na mídia? Alguma empresa? Claro que não. É lamentável existirem pessoas que criticam até os bons exemplos ou acham que seu grupo político é limpinho, sem malfeitos só porque a imprensa cooptada, financiada, cúmplice, não noticia, não porque não haveria coisas erradas para noticias, mas sim porque haveria coisas erradas para esconder.
abolicionista
Fascista que é fascista não renova os argumentos, por isso é tão fácil reconhecê-lo.
Carlos N Mendes
Se o senhor está 'antenado' com os tais 'escândalos', deve ter percebido que o interesse jornalístico sobre eles morre assim que o tal 'escândalo' resulta em uma demissão, de preferência de um ministro. No meu parco entender, se por exemplo, a revista VEJA interrompe a investigação de um 'escândalo' quando ele resulta em desgaste político, é porque não está praticando jornalismo, mas alguma outra coisa. Isso torna o jornalista tão honesto quanto o autor do tal 'escândalo'.
Fernanda
A Carta Capital não fez mais que a obrigação dela. Colocar a Carta Capital lá em cima porque investigou a nota publicitária chega a ser ridículo. As outras revistas e jornais são o fundo do poço do jornalismo.
Maria Libia
Devo então entender, FERNANDA, que devemos colocar as outras publicações no fundo do poço??
Não fizeram a mesma obrigação que a CC fez???? Esta mais parecendo que vc está com raiva porque a CC não aceitou o anúncio e aqueles jornais e revistas que publicaram a mentira são seus queridos. O ódio e a inveja fazem mal a saúde, sabia?
RicardãoCarioca
Não levantou a bola da CartaCapital coisíssioma nenhuma. Simplesmente informou que a mesma recusou receita publicitária em prol do melhor para a população. Se publica um fato exemplar (que dá exemplo), critica; se não o fizer, também criticaria? Povo que só sabe reclamar é como a parábola do cachimbo que, de tanto ser usado, entorta a boca do apreciador.
LULA VESCOVI
Ninguém faz o que a CartaCapital fez.Deve ser elogiada sim.
Morvan
Bom dia.
Fernanda, concordo com você. A CC não fez mais do que a obrigação dela. Mas, em um mundo de valores enviesados, onde o capital prevalece sobre vidas humanas, nós temos que enaltecer a publicação. Nós somos formadores de opinião e estamos dizendo para quem oportunamente nos ler que apreciamos a tão propalada responsabilidade social (no caso em tela, vai mais longe – trata-se mesmo de responsabilidade geracional).
A revista mostrou postura ética e comprometimento com valores que a maioria de nós aprecia e incentiva, Fernanda. Não é isto, elogiável?
:-)
Morvan, Usuário Linux #433640.
Leo
Eu ainda não lê muito sobre os perigos do amianto mais na Holanda quando se encontra este produto em velhas contruções ou em terrenos parece mais um filme de ficção com o local todo isolado e homens com roupas especiais com mascaras (para quem viu o filme Et onde pesquisadores vam buscar o extraterrestre na casa a cena é igual)., e quanto a brasilit outra grande concorrente que deve ter feito centenas de vitimas em todo brasil junta com a eternit.
Joe
Parabéns a Carta pela atitude, … MAS já que é assim…. Seu Mino, o Sr poderia fazer melhor!!
Contrate ( carteira assinada sabe???) e pague o piso para seus jornalistas, pague direito os freelas, aqueles que recebem (!!). Não encha a redação de estagiários…..
**PS: a equipe Vi o Mundo, nunca vi aqui matéria falando do mercado editorial ( não vale a do Nassif da Aner) do monopólio da Abril/ Treelog na distribuição de revistas. Da venda da Fernado Chinaglia (que não ""rolou"") do Cade que não faz nada, a respeito, da Abril cobrar "ágil" na distribuição, das editoras que não imprimem em suas gráficas….
Julio Silveira
Coerência é isso.
pperez
Parabens Carta Capital.
Parabens Mino Carta!
Um tapa com luva de pelica nestas corporações que em sua projeção de riscos de produção não consideram importante o meio ambiente e a saude e visam somente e exclusivamente o lucro!
Fabio_Passos
Está aí a grande diferença que deve ser muito valorizada entre CartaCapital e o restante da mídia-burguesa: veja, istoé, época, estadão, folha, globo, valor, estado de minas.
É dever da imprensa impor limites éticos ao capital.
CartaCapital cumpre a função social da imprensa.
As demais: pagou… levou.
Morvan
Bom dia.
Como cidadão, fico profundamente feliz com a atitude da Carta. Como assinante, fico feliz, claro, mas vejo também que assinei o veículo de formação correto.
À Carta não competiria outra atitude que não esta, pois o semanário é, abertamente, de esquerda e procura, de modo coerente, fazer o que se deve fazer quando se luta por ética.
Gente, o mundo não ruiu ainda não. Ainda há pessoas (jurídicas e físicas) com honra e senso de responsabilidade.
Quando vejo este elogiável gesto da Carta, não esqueço o ocorrido com o grande jogador alemão Klinsmann; Klinsmann fizera um comercial, na Alemanha, para uma empresa de água mineral. Poucos dias após a veiculação do comercial, uma empresa responsável por análise de pureza bacteriológica da água condenou justamente a marca da água que o grande jogador fizera o comercial.Jürgen Klinsmann não pensou duas vezes: ajuizou a empresa, devolveu o dinheiro e ainda a obrigou, judicialmente, a explicitar o porquê da devolução do dinheiro.
Tem também o caso do "Magrão", já contado, por mim, aqui, neste espaço.
Nem tudo está perdido. Graças a atitudes como esta de Klinsmann, de Sócrates Magrao e da nossa querida Carta é que nos revigoramos para continuar na luta.
:-)
Morvan, Usuário Linux #433640.
Nelson Quintanilha
Isso é o que separa o jornalismo de esgoto do bom jornalismo, a Ética!
Jacó do B
Ah se todas fossem iguais a você, Carta Capital!
Yes we créu !!!
Ja tinha a Carta Capital em alto conceito. Agora, esse conceito foi pras alturas.
Yarus
A Eternit pagando, a Veja, Foia, Grobo e assemelhados dizem que pode até comer com farinha.
Parabéns a Carta Capital que não se vende!
Antonio C.
Objeto: Carta Capital se vende. Mas só na banca…
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