Indígenas e oposição da Bolívia criticam papel do Brasil em rodovia
Deputados da governista argumentam que impasse sobre polêmica estrada que tem recursos brasileiros é ‘questão interna’
BBC Brasil | 28/09/2011 11:25, no IG
Indígenas, oposicionistas e acadêmicos bolivianos ouvidos pela BBC Brasil afirmam que o Brasil deveria rever seu apoio à construção de uma rodovia que passaria por uma reserva florestal no país. Ao mesmo tempo, deputados da base governista dizem que esta é “uma questão interna”, cabendo apenas à Bolívia resolver o impasse.
Nessa terça-feira, o presidente boliviano, Evo Morales, suspendeu a construção. Ele já havia anunciado que um referendo sobre a estrada será realizado em duas províncias bolivianas afetadas. Agora, o presidente decidiu também interromper os trabalhos até lá. Dois ministros deixaram o governo devido ao caso.
“Não queremos a ingerência dos irmãos do Brasil. Este é um problema interno da Bolívia e deve ser resolvido entre o presidente Evo Morales e os bolivianos”, disse o deputado Lucio Huaycho, do partido governista MAS (Movimento ao Socialismo) à BBC Brasil.
Segundo fontes do governo brasileiro, o Brasil liberou recursos para a Bolívia através do BNDES, e cabe à Bolívia junto com a construtora contratada, a brasileira OAS, definir o percurso da estrada, que tem três etapas e é a segunda a que gera polêmicas.
Lucio Huaycho disse que uma alternativa seria a construção da estrada em torno da reserva de Tipnis (Território Indígena Parque Nacional Isidoro Sécure), no Departamento de Beni, e não passando por ela, como rejeitam os indígenas que habitam o território.
Para o deputado, a maior preocupação é chegar a um acordo, por consulta popular, sobre a realização da obra, além de apurar violações aos direitos humanos que teriam sido cometidos no domingo, quando policiais reprimiram uma caminhada dos indígenas com gás lacrimogêneo e os retiraram à força da estrada que os levaria a La Paz.
O cientista político Gustavo Pedraza, professor da Universidade Gabriel René Moreno, do Departamento de Santa Cruz, disse que o mínimo que o Brasil poderia fazer é dar solidariedade aos indígenas que, segundo ele, sofreram “repressão” no domingo.
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Segundo Pedraza, “ninguém está contra a estrada”, mas o entendimento local é que ela não pode sair do papel como está, passando pela reserva. “Entendemos a importância da estrada para os dois países, mas a reserva tem donos porque o presidente Morales entregou títulos de propriedades às famílias indígenas que nelas vivem”, afirmou.
Coca
A deputada de oposição Adriana Gil, da Força Democrata Convergência Nacional, também de Santa Cruz, disse que a estrada está gerando muitas “dores e conflitos” na Bolívia e que espera que o Brasil reveja o projeto original.
“Achamos que a obra deve ser readequada à nossa realidade, passando por fora da reserva. Não queremos uma estrada que vai acabar gerando ainda mais trafico de drogas no país”, afirmou.
Opositores ao projeto argumentam que este trecho da estrada poderá facilitar o escoamento da produção da folha de coca da região do Chaparé, no Departamento de Cochabamba, no centro do país.
O analista de política econômica Javier Gómez, do Cedla (Centro de Estudos para o Desenvolvimento Trabalhista e Agrário), disse que as divergências em torno da rodovia preocupam não só pela reserva florestal, mas pela base política do governo.
“É factível que o projeto (da rodovia) seja suspenso e rediscutido. Mas este conflito hoje envolve o Brasil em menor medida. O que mais pesa agora é a questão interna”, diz.
“A estrada envolve questões básicas da política do governo Morales – que são a folha de coca, a terra e os indígenas”, afirma o analista. “A imagem dele (Morales) saiu muito afetada após a repressão contra os indígenas, no domingo.”
O especialista diz ainda que a discussão sobre este segundo trecho da estrada, que ligará os Departamentos de Beni e de Cochabamba, deixou claras as diferenças entre setores indígenas.
“Os colonos de Tipnis temem o avanço do cultivo da folha de coca neste território, enquanto outros indígenas, que não têm as mesmas dimensões de terra, querem que áreas assim possam chegar a entrar na reforma agrária”, afirmou.
‘Mudança de discurso’
O especialista em questões indígenas David Mendoza, que é da etnia aimara, disse que Morales “mudou seu discurso” e não tem agradado os que o elegeram. “Como bolivianos, apoiamos a eleição de um presidente que defendeu o direito dos indígenas e a terra. Mas vimos que o presidente mudou seu discurso”, disse.
Ele afirmou ainda que espera que “nossos irmãos brasileiros tenham consciência sobre o meio ambiente e que congelem os recursos para esta estrada”.
Nesta terça-feira, o ministro de Governo, Sacha Llorenti, anunciou que o governo convocaria a ONU para investigar “excessos policiais”. Pouco depois, ele anunciou que deixava seu cargo para não ser o “motivo” para o desgaste da imagem do governo. Ele havia sido questionado sobre as ordens para a ação policial contra os manifestantes.
Na véspera, a ministra da Defesa, Cecília Chacon, deixou o cargo criticando a medida policial. Está prevista para esta quarta-feira uma greve geral convocada pela Central Operaria da Bolívia (COB), em apoio aos indígenas de Tipnis e por aumento salarial.
Ao mesmo tempo, os manifestantes discutem como retomar a caminhada para La Paz. Eles acham que seria inconstitucional uma consulta popular com moradores de Cochabamba e de Beni e não apenas com eles, da reserva florestal.
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Comentários
WILMER
hola ermanos brasileros yo soy de bolivia y yo lei sus comentarios y vi que ustedes estan confundidos la verdad es que nostro presidente evo morales esta sacando adelante a mi pais bolivia pero la oposision ;o llamado s.d.o.b. es que no quieren la caretera yo les dire porque yo esido testigo enrealidad estados unidos esta tras de todo el no quiere que se construya la caretera de tipnis porque los estado unidenses piensan que en el tipnis existe mucho petrole ya que el ex presidente de bolivia era un estado unidense que se llamba gonzalo sanches de losada el privatiso to nuestros recursos naturale y bolivia quedo en la miseria aora con este govierno evo morales bolivia esta luchando para salir adelante pero la oposision no deja ya que todos los bolivianos apoyan ala construccion de la caretera del tipnis yo les pido sus ayuda y sus apoyo de todos ustedes para que estados unidos no se meta mas en mi pais por que de donde sacan dinero de la oposision es que estados unidos les manda de alla y el presidente evo solo quiere terminar con la pobresa de bolivia y de los yndijena por que los indigenas tamvien tienen derecho a la salud al estudio a una imajen pero de la oposision se agarra tanto que no quiere que los indigenas progresen solo piensan en ellos mismos no en los indigenas el govierno evo morales primeras veses convoco a los de la oposision a dialogar tantas veses pero ello se oponieron y aora tamvien se oponen al consulta previa para los indigenas yo ya no se que quieren al final ponen cualquier escusa para que bolivia no salga adelante grasias ermanos brasileros les deseo mucha salud chau;;;;; ATENTAMEN…. WILMER TICONA
Bolívia e o conflito do TIPNIS | Viomundo – O que você não vê na mídia
[…] Bolívia: O papel do Brasil na rodovia da discórdia […]
Taques
Por falar em rodovias parece que a nossa grande timoneira falhou na privatização das rodovias federais.
Veja a interessante reportagem que saiu na folha:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/me021020…
João PR
A questão da ferrovia é uma questão interna da Bolívia, que deve ser resolvida pelos bolivianos.
A política externa brasileira sempre foi pelo princípio de auto-determinação dos povos. Logo, não temos que dar "pitacos" na vida de outros países, assim como não gostamos quando qualquer outro país se mete em questões internas nossas.
João PR
Conceição e Azenha.
Paciência tem limites! O Gustavo comete discriminação (crime) ao escrever "São povos totalmente atrasados… em uns 100 anos no máximo vão acabar sendo extintos… ". Se ser atrasado é viver em harmonia com a natureza, acho que nós, não-índios, deveríamos ser mais atrasados.
Por favor, retirem este comentário infeliz deste Senhor.
Grato
Lucas
Na verdade, dizer que os índios vivem em harmonia com a natureza também é preconceito. Pode até ser um preconceito "positivo" mas é preconceito. Primeiro porque generaliza demais, raramente se pode falar sobre características de todos os muitos povos indígenos. Além disso, os povos indígenas, tanto quanto os outros povos do mundo, também alteram a natureza para a sua vida. Por exemplo, muitos deles praticavam agricultura com queimadas muito antes de Cabral dar as caras por aqui.
De qualquer forma, concordo que é discriminação o comentário mesquinho e um tanto estúpido do Gustavo. Baseia-se no conceito (esse sim atrasado) de civilizações "mais avançadas" e "menos avançadas", inventado pelos europeus racistas do século XIX. O Azenha e a Conceição fizeram bem em deletar.
SILOÉ-RJ
A maioria da Bolivia é de indios ou descendentes, e me parece uma manifestação inflada e infiltrada, justamente pela falta de debate mais aprofundado e esclarecedor.
Tem RATO BRASILEIRO TRAIDOR nessa tuba mais uma vez, visto que o Brasil seria o maior benificiado com essa estrada que nos ligará ao Pacífico, para escoamento de vários produtos com uma economia significativa de tempo e dinheiro.
É mais uma pedra que EVO e DILMA terão que tirar do caminho juntos.
luiz pinheiro
(continuação noticia telesur)
"Estou me dando conta: a direita e os opositores trazem problemas, claro, agora todos são Tipnistas, sem saber falam e comentan qualquer coisa”, acrescentou Evo Morales.
"Que sigam marchando, mas nós também seguiremos marchando para garantir nossas eleiçõess”, disse Evo.
Enquanto isso, os marchadores nativos que foram dispersados pela policía no domingo, perto de Yucumo, se reagruparam e avançaram nesta sexta em veículos até a cidade de Quiquibey, de onde pretendem retomar a mobilização até La Paz ,para exigir a paralização definitiva da construção da estrada.
A marcha começou a 41 días, em rechaço à estrada que atravesaria parte do Territorio Indígena Parque Nacional Isiboro Sécure (Tipnis). Porém, o projeto do governio conta com o apoio dos agricultores de Yucumo.
Miilhares de bolivianos pertencentes a organizações sociais e camponesas, por sua vez, marcharam em La Paz em apoio ao processo de mudanças no país y ao governo boliviano.
luiz pinheiro
Transcrevo notícia de hoje (1º) da Telesurtv.net:
"O presidente Evo Morales afirmou que organizações sociais, entre elas algumas camponesas, descubriram que o objetivo real da marcha contra a construção da estrada que atravessará o parque Tipnis é frustrar as eleições judiciais do próximo 16 de outubro.
Morales falou à multidão presente ao ato comemorativo dos 70 anos do povoado de Tacopaya, no departamento de Cochabamba (centro).
O mandatario boliviano considerou ser esta uma estratégia da direita. "Os inimigos não aceitam que un campones, um dirigente municipal possa ser dirigente'', disse.
oalfinete
Independentemente da opinião, este comentário comete crime. Deveria ser apagado imediatamente
SILOÉ-RJ
Concordo plenamente com você.
caio de oliveria
Gostaria de saber d jornalista, que fim levou a Petrobrás na Bolívia, tomada pelo companheiro Evo? Algum pagamento? Alguma notícia?
Agora que o ex virou lobista de empreitera, quem sabe êle não consegue fazer com que paguem. De quebra ainda pode ganhar mais um honoris causa.
Que País!
luiz pinheiro
Se voce acompanhasse o que acontece na Bolivia e no Brasil saberia que a Petrobras foi devidamente indenizada e continua operando lá, em parceria com a empresa boliviana, e obtendo bons resultados e bons lucros. O gás boliviano segue chegando ao Brasil, nas condições contratuais. Brasil e Bolívia são parceiros em vários setores, o que vem sendo muito bom. Visto pelos bolivianos há muito tempo como força imperialista, ou sub-imperialista, o Brasil começa a ser compreendido como parceiro, o que para mim, como brasileiro, é motivo de orgulho. Viva Lula, viva Evo.
SILOÉ-RJ
VIVA Lula, Evo e Dilma!!! Principalmente pela visão coperativista entre países irmãos.
Silvio I
Gustavo Pamplona:
Tenho a leve impressão que você extrapolou. Como e possível que diga, que os indígenas não tem direito, quando são os verdadeiros donos das terras.E lógico que com vossa maneira de pensar e de muitos mais, que pensam com você, eles vão acabar, o melhor dito os vão acabar.Não será mais interessante, dar conhecimentos, sem perder sua cultura? Bom com respeito a nacionalização, nos também em uma época procedemos da mesma maneira, e nacionalizamos o petróleo, os telefones etc.Agora Brasil esta prestando o dinheiro, para construir uma estrada ,que também favorecerá o Brasil.O projeto da estrada e problema do governo boliviano, com a construtora.Brasil não tem nada que ver com isso.
Silvio I
Caro Gustavo:
Conheci a terra dos Índios Xavantes quando tomavam sol nas areias do Rio Tocantins. Aquilo ficava de uma cor de cobre, ficava todo avermelhado. Vai lá, e vê quantos ficam. Quem os destruiu foram eles o u homem branco? Nas duas Américas se tratou de matar todos. O Norte americano, o conta como a maior feito de eles, o avanço para u Oeste. E nos encherão de filmes com matanças de índios, e roubarão suas terras. Aqui em Brasil se perdeu ate a língua Tupi Guarani.Os únicos povos que conservam a língua e Paraguai onde o Guarani e língua que se ensina na escola, junto com o Castelhano,e Bolívia com o Aimará.
SILOÉ-RJ
Sugiro à você uma reflexão: e mais, sinceramente acho que você não esta bem. Procure uma ajuda profissional, pode até me xingar, mas é o que eu penso.
Rios
Troll…
pperez
O Brasil parece que não teve muito cuidado em analisar os detalhes do projeto de impacto ambiental da rodovia antes de concordar em financia-lo.
Agora, não tenho duvida alguma que Morales errou feio na mão, preferindo autorizar o enfrentamento armado aos principios do diálogo e da negociação com as etnias indigenas que foi um dos motes da sua campanha!
O resultado na morte de dezenas de indios envolvendo aí varias crianças, mancha definitivamente um governo cuja fantasia de cacique, caiu!
luiz pinheiro
É mentira, pperez. Estas mortes não aconteceram. Falaram em bebê morto, em pessoas desaparecidas. Tudo mentira. Evo Morales é um presidente democrático, é indígena, está elevando a cidadania dos bolivianos. Todo esforço pelo diálogo vem sendo feito pelo governo dele. O ministro do exterior esteve no local do incidente um dia antes, para dialogar pessoalmente. Foi sequestrado por algumas horas, sofreu violencias, foi obrigado a caminhar junto aos manifestantes para abrir caminho frente à policia. Houve uma grande marcha popular em La Paz em apoio à estrada.
SILOÉ-RJ
concordo plenamente com voçê, lá também tem PIG.
glapido
Há rumores que apontam para a possível existência de petróleo na reserva como explicação da teimosia em manter a rota da estrada dentro do território indígena.
E o movimento dos pequenos agricultores boliviano tem se voltado, aparentemente, contra os povos originais, reclamando que eles têm recebido mais terras do que os agricultores
Vi isso neste site (algo estranho, devo confessar) que, aparentemente, resume bem todas as questões (e não são poucas) envolvidas na construção dessa estrada:
http://boliviadiary.wordpress.com/2011/09/21/cont…
traduzido parcialmente aqui: http://matutacoes.wordpress.com/2011/09/30/bolivi…
Os nossos vizinhos bolivianos estão nos dando bons exemplos de debate democrático e de participação popular.
O que em última instância deve servir de estímulo para que aprofundemos ainda mais (não necessariamente da forma com que tem sido feita até agora) as relações bilaterais, seja oficialmente, seja diretamente entre as populações vizinhas e movimentos sociais, que tanto têm em comum.
A América Latina, mais uma vez, dando mostras de protagonismo político, talvez o primeiro continente a enfrentar de forma consistente o ataque neoliberal de fins do século XX, o que talvez merecesse mais destaque.
O_Brasileiro
Não precisa ir longe. Vários "ativistas" "ecológicos" que atuam no Brasil têm ido ao exterior em busca de apoio contra a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte.
Precisa ver se os interesses dessas pessoas é verdadeiramente "ecológico" e se é baseado em fatos científicos comprovados, e não apenas em especulações e manipulações por estrangeiros!
Lucas
A terra é deles, e eles não querem que a estrada passe por lá. Uma empreiteira brasileira (As empreiteiras brasileiras estão para o governo brasileiro como a United Fruit Corporation está para o governo estadunidense) quer porque quer construir a estrada através das terras dos índios. Eles protestam. O governo Boliviano mandou a polícia pra bater neles.
E os indígenas é que são os imperialistas?
luiz pinheiro
Essa historinha que voce recita, Lucas, é a versão da mídia imperialista. Comparar com a United Fruit? Nada a ver. A Bolivia tem o apoio de todos os governos e forças politicas progressistas da América Latina, não é United Fruit nenhuma que apoia a Bolivia. Não venha querer confundir. A rodovia é estratégica para a Bolivia, liga o ocidente ao oriente do país. Das 66 comunidades indígenas de Tipsis, 56 querem a estrada, é uma minoria que não quer e vem sendo instrumentalizada por aqueles que são contra o desenvolvimento da Bolivia. A estrada é um projeto que dorme na gaveta há duzentos anos, foi defendido pelo general Sucre, libertador da Bolivia. (continua)
Lucas
Por favor, luiz pinheiro, para o bem de todos nós, faça aulas de interpretação de texto. Não estou chamando a Bolívia de imperialista (o governo de Evo foi importantíssimo na luta contra o imperialismo ao nacionalizar o petróleo boliviano, tirando das garras da Petrobrás). Estou chamando o Brasil de imperialista. Nossas empreiteiras, principalmente a OAS e a Odebrecht, são nossa United Fruit Corporation, empresas imperialistas apoiadas pelo governo brasileiro.
E não adianta tentar me convencer que o "progresso" justifica tudo. Eu não acredito no velho discurso da ditadura de nacional-desenvolvimentismo às custas do meio ambiente e dos movimentos sociais. Se a estrada é tão essencial assim então que mudem os planos e construam ela fora das terras indígenas. Ou pelo menos negociem com os donos das terras um acordo que satisfaça todas as partes.
O que eu não posso aceitar é um governo mandar a polícia bater em manifestantes, seja esse governo o Serra ou o Evo.
luiz pinheiro
Talvez eu não saiba ler, Lucas, mas pode ser também que voce não esteja interpretando bem o que se passa na Bolívia. O governo Evo não "foi; ele É importantissimo na luta contra o imperialismo. E com certeza o imperialismo age contra ele, inclusive manipulando comunidades indígenas. Quem acusa os Estados Unidos de estarem por trás da marcha indígena é o presidente Evo. A estrada é fundamental para a economia boliviana, e portanto para a luta anti-imperialista. Para construí-la, é preciso contratar uma empreiteira. A Bolívia não tem nenhuma. A melhor opção para eles são as empreiteiras brasileiras, que tem larga experiência internacional. E o BNDES se dispõe a apoiar, o que é uma ajuda importante de um país vizinho com mais recursos e que está deixando de ser imperialista para ser parceiro.
luiz pinheiro
(continuação)
Para a empreiteira é um bom negócio, para a Bolívia é um investimento estratégico fundamental.Não há comparação possível com a United Fruit. Antes de concluir que a estrada não pode passar por terra indígena, não seria bom estudar um pouco mais a geografia da Bolivia? Antes de indignar-se contra o presidente Evo por "mandar bater em manifestantes" não seria conveniente informar-se melhor, em outras fontes além do PIG internacional? Ou voce acha que PIG é só no Brasil? Ou voce não sabe que o PIG é uma arma de guerra, usada largamente pelo imperialismo, tão potente como os bombardeios sem piloto usados pelos EUA, capazes de atingir alvos conforme a presença de humanos, detectada por sofisticados aparatos eletrônicos?
luiz pinheiro
(continuação)
É como a transposição do São Francisco aqui para nós, uma obra que já deveria ter sido feita há muito tempo, para ajudar o desenvolvimento do povo nordestino, e que enfrentou um discurso obscurantista que serve como luva para quem quer manter o pais no atraso e o povo na miséria. Recomendo a todos se informarem melhor sobre o que está passando na Bolivia e não cair nesse tipo de lorota veiculada pelo Lucas. É claro que os indígenas não são nem poderiam ser imperialistas, mas alguns deles podem sim ser manipulados e até comprados pelo imperialismo e por seus agentes locais, os golpistas dos departamentos da "meia-lua" anti Evo.
Silvio I
O Brasileiro:
A Hidroelétrica de Belo Monte já tem uns 20 anos de estudos, são um projeto, corretíssimo onde se tem estudado os mínimos detalhes, para ser ecologicamente correta. Neste momento a justiça do Pará, vai a parar as obras.E ai vai tempo.O mesmo ocorre com o trem bala se faria agora os chamados a concorrência,parece que a justiça parou.Da a impressão de que tem brasileiros que não querem que o Brasil progrida, nos estamos atrasados 100 anos tecnologicamente, não fazemos pesquisa, outros podem ter nos não.Dias passados entrei em a estação Consolação e fiquei frio de alegria, por fim uma esteira rolante na horizontal.Sempre que chego ao aeroporto de Cumbica, e tem que caminhar uma hora, para poder chegar a saída reclamo de nosso atraso. Paris tem isso faz 50 anos o mais.
ZePovinho
Percebam a dimensão desses quatro movimentos sincrônicos e entendam o porquê do Brasil estar se armando:
http://planobrasil.com/2011/09/30/representantes-…
Representantes dos povos indígenas, em visita à Genebra, pedem apoio das Nações Unidas em defesa da Amazônia e dos direitos dos povos indígenas
PS do ZePovinho:Aqui já pode criar um motivo,como na Líbia,para acusar o Brasil de crimes contra a humanidade.
http://www.voltairenet.org/President-Obama-nomina…
President Obama nominates Chavez critic for top Latin America post
http://blogprojetonacional.com.br/o-pouso-lunar-d…
30/09/2011
“O pouso lunar da Petrobras”
Enquanto parte de nosso colunismo econômico detona, todos os dias, a Petrobras, lá fora o cenário não é este.
Ontem, Kenneth Rapoza, colunista da Forbes sobre os Brics publicou um artigo comparando a atuação da Petrobras no nosso pré-sal à chegada à Lua pelos americanos.
“Entre 1959 e 1969, o orçamento do governo dos EUA para o programa espacial foi de 225 bilhões de dólares ( valores de 2007) e o de seu “xodó”, o programa Apollo, US$ 136 bilhões. Andar na Lua foi a superação dos Estados Unidos sobre os cosmonautas russos. Foi uma prova de que se tornou conhecido como excepcionalismo americano. Alguns países têm. Outros, não. O Brasil tem.”…………
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMos…
Com mais riquezas e peso geopolítico, Brasil vai reforçar defesas
Governo lança medidas de apoio à indústria de defesa para modernizar Forças Armadas e reforçar proteção de fronteiras e riquezas do país. Empresas brasileiras terão tributação e licitação especiais. "Indústria de defesa é estratégica na nossa soberania", diz Dilma Rousseff. "A gente não sabe de onde vem as ameças, mas sabe as riquezas que tem de proteger", afirma Celso Amorim.
André Barrocal
Leider_Lincoln
Para os bolivianos há atentado aos DDHH "quando policiais reprimiram uma caminhada dos indígenas com gás lacrimogêneo e os retiraram à força da estrada que os levaria a La Paz "? Se eles vissem como a polícia tucana de SP, MG e PR trabalham eles iriam direto à corte de Haia…
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