Juíz@s Brasileir@s pela Comissão da Verdade

Tempo de leitura: 4 min

MANIFESTO DE JUIZ@S BRASILEIR@S PELA COMISSÃO DA VERDADE

Nós, juízas e juízes brasileiros, exigimos que o país quite a enorme dívida que possui com o seu povo e com a comunidade internacional, no que diz respeito à verdade e justiça dos fatos praticados pela ditadura militar, que teve início com o golpe de 1964.

A Comissão da Verdade, criada por lei, é mecanismo que deve contribuir para melhorar o acesso à informação e dar visibilidade às estruturas da repressão, reconstruindo o contexto histórico das graves violações humanas cometidas pela ditadura militar e promover o esclarecimento dos casos de tortura, mortes, desaparecimentos forçados e ocultação de cadáveres.

Estamos certos, como decidido pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, que “as atividades e informações que, eventualmente, recolha (a Comissão de Verdade), não substituem a obrigação do Estado de estabelecer a verdade e assegurar a determinação judicial de responsabilidades“.

Manifestações que buscam cobrir as violações cometidas sob o manto da ignorância são um golpe para os direitos humanos e afrontam o patamar da dignidade humana estabelecido na Constituição Federal e normativa internacional. Todos e todas têm o direito de saber o que ocorreu em nosso país, tarefa que compete à Comissão da Verdade, a ser composta por pessoas comprometidas com a democracia, institucionalidade constitucional e direitos humanos.

Aguardamos que a Comissão da Verdade seja constituída o quanto antes, devidamente fortalecida e com condições reais para efetivação do seu mister.

Jorge Luiz Souto Maior – SP

João Ricardo dos Santos Costa – RS

Kenarik Boujikian Felippe – SP

Alessandro da Silva- SC

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Marcelo Semer- SP

André Augusto Salvador Bezerra – SP

Gerivaldo Neiva – BA

Roberto Luiz Corcioli Filho – SP

Aluísio Moreira Bueno – SP

Carlos Frederico Braga da Silva – MG

Angela Maria Konrath – SC

Fernanda Menna Pinto Peres – SP

Adriano Gustavo Veiga Seduvim – PA

Rubens Roberto Rebello Casara – RJ

Mauro Caum Gonçalves – RS

Roberto Arriada Lorea – RS

Alexandre Morais da Rosa – SC

João Batista Damasceno – RJ

Marcos Augusto Ramos Peixoto – RJ

Lygia Maria de Godoy Batata Cavalcanti – RN

Luís Carlos Valois Coelho – AM

Dora Martins – SP

José Henrique Rodrigues Torres – SP

Andréa Maciel Pachá – RJ

Maria Coeli Nobre da Silva – PB

Ruy Brito – BA

Paulo Augusto Oliveira Irion – RS

Amini Haddad – MT

Geraldo Prado – RJ

Michel Pinheiro – CE

Alberto Alonso Muñoz – SP

Julio José Araujo Junior – RJ

Fernando Mendonça – MA

André Luiz Machado – PE

Grijalbo Fernandes Coutinho – DF

Fábio Prates da Fonseca – SP

Marlúcia de Araújo Bezerra – CE

Maria das Graças Almeida de Quental – CE

Rodolfo Mário Veiga Pamplona Filho – BA

Weliton M. dos Santos – MG

Célia Regina Ody Bernardes – MT

Oscar Krost – SC

Adriana Ramos de Mello – RJ

José Roberto Furquim Cabella – SP

Maria Cecília Alves Pinto – MG

Sergio Renato Domingos – SC

Mário Soares Caymmi Gomes – BA

Fábio Henrique Rodrigues de Moraes Fiorenza – MT

Jeferson Schneider – MT

Eduardo Vandré Oliveira Lema Garcia – RS

Lucas Vanucci Lins – MG

Douglas de Melo Martins – MA

Alberto Silva Franco – SP

Fernanda Souza P. de Lima Carvalho – SP

Cristiana de Faria Cordeiro – RJ

Umberto Guaspari Sudbrack – RS

Erico Araújo Bastos – BA

Edson Souza – BA

Amilton Bueno de Carvalho – RS

José Augusto Segundo Neto – PE

Salem Jorge Cury – SP

Rita de Cássia M. M. F. Nunes – BA

José Viana Ulisses Filho – PE

Milton Lamenha de Siqueira – TO

Maria da Graça Marques Gurgel – AL

Luiz Alberto de Vargas – RS

João Marcos Buch – SC

Ivani Martins Ferreira Giuliani – SP

Maria Cecilia Fernandes Alvares Leite – SP

Saint-Clair Lima e Silva – SP

Magda Barros Biavaschi – RS

Bernardo Nunes da Costa Neto – PE

Beatriz de Lima Pereira – SP

Rodolfo Mário Veiga Pamplona Filho – BA

Edvaldo José Palmeira – PE

Denival Francisco da Silva – GO

Maria Madalena Telesca – RS

Reginaldo Melhado – PR

Ana Claudia Petruccelli de Lima- PE

Albérico Viana Bezerra – PB

Carlos Eduardo Oliveira Dias – SP

Ana Paula Alvarenga Martins – SP

Theodomiro Romeiro dos Santos – PE

José Tadeu Picolo Zanoni – SP

Maria Sueli Neves Espicalquis – SP

Sandra Miguel Abou Assali Bertelli -SP

Luís Christiano Enger Aires – RS

Carmen Izabel Centena Gonzalez – RS

Rute dos Santos Rossato – RS

Reno Viana – BA

Orlando Amâncio Taveira – SP

André Luis de Moraes Pinto – RS

Norivaldo de Oliveira – SP

Eugênio Couto Terra – RS

Denise Oliveira Cezar – RS

Helder Luís Henrique Taguchi – PR

Sérgio Mazina Martins – SP

Eugênio Facchini Neto – RS

Gilberto Schäfer – RS

Rodrigo de Azevedo Bortoli – RS

André Luis de Moraes Pinto – RS

Paulo da Cunha Boal – PR

Laura Benda – SP

Joana Ribeiro Zimmer – SC

Bráulio Gabriel Gusmão – PR

Graça Carvalho de Souza – MA

Andrea Saint Pastous Nocchi – RS

Fernando de Castro Faria – SC

Dyrceu Aguiar Dias Cintra Junior – SP

Angélica de Maria Mello de Almeida – SP

Andréia Terre do Amaral – RS

Fabiana Fiori Hallal – RS

Maria Lucia Boutros Buchain Zoch Rodrigues – RS.

Laura Borba Maciel Fleck – RS

Luís Fernando Camargo de Barros Vidal – RS

Régis Rodrigues Bonvicino – SP

Luis Manuel Fonseca Pires – SP

Carlos Vico Mañas – SP

Mylene Gloria Pinto Vassal – RJ

Leonardo Vieira Wandelli – PR

Luiza Barros Rozas – SP

Ana Izabel Ferreira Bertoldi- SP

Carlos Moreira De Luca – SP

Marcia Malvar Barambo –RJ

Hugo Cavalcanti Melo Filho, PE

Arnaldo Boson Paes – PI

Andréa Saint Pastous Nocchi – RS

Fabiola Amaral –SP

Cláudia Regina Reina Pinheiro –SP

José Carlos Arouca –  SP

Ione Salin Gonçalves – RS

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Comentários

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FrancoAtirador

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17/03/2012 – 10h37

Mesmo com autorização do STF, CNJ ainda não voltou a inspecionar TJ-SP

Brasília – A Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ainda não voltou ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) para inspecionar o patrimônio de juízes e servidores, mesmo com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF).
No início do mês, o ministro Luiz Fux liberou a retomada das correições, mas impediu o uso de informações prestadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Segundo a corregedoria, a equipe responsável pelas inspeções está finalizando um relatório sobre a Justiça do Amapá, que deve ficar pronto na próxima terça-feira (20).
Só depois o grupo decidirá o que fazer em relação à corte bandeirante.

A corregedoria ainda informa que a ressalva de Fux pode influenciar a programação inicial de inspeções, já que as prioridades eram baseadas em dados do Coaf sobre os tribunais com o maior volume de movimentações financeiras atípicas. Inicialmente, as correições passariam por São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, e depois seguiriam por mais 19 tribunais.

A inspeção no TJSP foi a primeira da série e começou em dezembro do ano passado, mas foi suspensa por uma liminar do ministro Ricardo Lewandowski.
A ação foi protocolada pelas três maiores associações de juízes do país, que sustentavam que a corregedoria promoveu uma devassa em dados sigilosos de 216 mil magistrados e servidores.

Nas informações prestadas ao STF em janeiro, a corregedora Eliana Calmon alegou que o relatório apenas apontou tribunais onde havia atividades suspeitas, sem fornecer nomes ou CPFs. Ela também disse que a sua equipe se ateve ao cruzamento de declarações de renda com as folhas de pagamento, o que não é considerado ilegal.

Com o fim do recesso do Judiciário em fevereiro, uma questão técnica fez a relatoria do processo passar para o ministro Luiz Fux, que decidiu ouvir diversas entidades de juízes e servidores antes de preparar seu voto.

Temendo um engessamento prolongado do CNJ, Calmon enviou um ofício ao ministro para saber se a corregedoria poderia retomar as apurações rotineiras nos tribunais.
Em resposta, Fux autorizou a volta ao trabalho desde que as informações do Coaf fossem excluídas.

De acordo com integrantes da corregedoria do CNJ, a principal preocupação do órgão atualmente é conseguir cumprir todas as inspeções nos estados onde há irregularidades até o fim da gestão de Eliana Calmon, em setembro.

Reportagem: Débora Zampier
Edição: Aécio Amado
Agência Brasil

http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-03-1

FrancoAtirador

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Recurso da OAB contra a Lei da Anistia está na pauta do STF

Na próxima quinta-feira (22/3), o Supremo Tribunal Federal deverá se pronunciar sobre dois pontos que foram omitidos no julgamento da ADPF Nº 153 ajuizada pela OAB:

1) Se, por determinação de leis nacionais, podem ser objeto de anistia os crimes que ferem os princípios do direito internacional, no caso específico, os crimes contra a Humanidade:
"o assassínio, o extermínio e todo ato desumano cometido contra a população civil por autoridades estatais".

2) Se, com base na Lei da Anistia, podem ser considerados prescritos os crimes de desaparecimento forçado e de seqüestro praticados no período da Ditadura Militar (1964-1985).

http://www.jb.com.br/pais/noticias/2012/03/16/stf
http://www.oab.org.br/arquivos/pdf/Geral/Anistia….

Dorian Carvalho

Juiz que fala fora dos autos e sem vinculação a um caso concreto presta desserviço a credibilidade da Justiça.

Alício

Dá-lhe garotas e garotos!!!

Juíz@s Brasileir@s pela Comissão da Verdade | FalaRioGrande.com.br

[…] Do Vio o Mundo […]

antonio b filho

Sempre houve juízes e juízas com elevado senso de Justiça (parece incongruência, mas não é, pelas raízes históricas do Judiciário, durante séculos destinado a defender os poderosos, desde a Colônia) .
Este manifesto terá muitas adesões, pois seria um absurdo que magistrados protegessem estupradores, assassinos e torturadores, ou seja, autores de crimes contra a Humanidade descritos nas leis internacionais.
É bom ouvir as vozes de Suas Excelências, que nos dão a esperança num País justo!

Porco Rosso

Que coisa, a juíza Márcia Loureiro (que autorizou a reintegração de posse do Pinheirinho) não assinou!

    Jose Mario HRP

    Sensacional!

    Pedro

    Boa lembrança.

pperez

Alvissaras!
Acho que o exemplo de coragem,determinação e cidadania da Dra Eliana Calmon, do CNJ, sensibilizou e incentivou iniciativa como esta dos mAgistrados, que deve servir de caixa de ressonancia para outros segmentos importantes da sociedade brasileira tb se posicionarem!.

FrancoAtirador

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Quem dera os Tribunais, principalmente os Superiores,
fossem compostos, na maioria, por Juízes desse quilate.
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    MARCELO

    Se fosse a ditadura cubana ou chinesa,o Viomundo nem publicaria.Afinal de contas,ditadura
    de esquerda não tortura,só faz "interrogatórios cientificos"………

Francisco

Será uma luz no fim do tunel? Meu deus, estaremos vendo o dia em que as coisas terão sentido republicano no nosso país?

Será que estamos no limiar do dia em que juizes advocarão em prol do cumprimento da Lei? Vivi o suficiente para ver esse dia?

Vi um raio de sol. Não me satisfaz, mas é uma luz… Que bom!

PS: Juiz fazendo questão de Lei… Oraiêiê, meu pai Xangô, este país esta ficando irreconhecivel!!!

souza

é momento do cidadão se engajar na lutar pela verdade que ocorreu nos anos de chumbo.

Panambi

Como satirizaria o PHA: "a coisa já esteve melhor para o Merval, Reinaldo et caterva de pijama…"

Marta

Vejo este manifesto como a luz no fim do túnel. É um sopro de esperança e um alento de que ainda existe em nosso judiciário o compromisso com a democracia, com a verdade e com o respeito à nossa Constituiçâo.

virginia langley

mas nao seria o caso dos juizes de hoje perguntarem o que faziam os juizes do tempo da ditadura? onde se enfiaram quando a lei era violada pelo encarregados de cumpri-la???

    M. S. Romares

    Olá Virgínia.

    É uma pergunta pertinente, sem dúvida. Seria interessante saber as idades desses magistrados para se ter uma vaga idéia de que faziam, e como faziam, na época da "ditabranda" da fsp. Acredito que a maioria deles frequentava bancos escolares; alguns podem ter sofrido na pele os resquícios da "redentora". Pode ser que outros se beneficiaram do regime, mas uma coisa é certa: é algo para se apoiar e aplaudir.

    virginia langley

    "o bom senso é mercadoria mais bem repartida no mundo pois não quem dele nao se julgue aquinhoado
    generosamente" R Descartes..sempre me comove quando vejo uma manifestação assim,cartesiana,
    perspicaz, quase diria sagaz, onde se usa a mais aguda ferramenta do raciocinio para desvelar um verdade encoberta…genio.

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