2023: Sentimentos da era da catástrofe
Por Pedro Cláudio Cunca Bocayuva*
Vez por outra sou inquerido com esta curiosidade:
— Como nascem os teus desenhos?
Costumo me precipitar e converso com o que me interessa e me toca.
Tomo as linhas que traço para formar as imagens, os diagramas e os mapas que expressam sentimentos, afetos e paixões que traduzem o que sinto para apoiar o que consigo compreender.
O desenho é como suporte para uma escrita que liga corpo/território/subjetividade na contemporaneidade.
Nas telas, esboço elementos não verbais para um tipo de diálogo de quem tem uma sede de aproximação com cada pessoa que cria, como uma forma equivalente ao pensar em movimento.
Desenhar, compor, combinar e colar desvelam a parte extrema, os fragmentos e os resíduos do que somos ou do que conseguimos ver do como e do onde estamos.
Desenhar serve para conectar esteticamente a dimensão ética do agir sobre o tempo e o espaço em que vivemos.
Sou um comentarista apressado, vivo de traços e colagens, tentando me situar agarrado nas cordas que vibram sobre o precipício nas nervuras do real.
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*Pedro Cláudio Cunca Bocayuva é professor do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas em Direitos Humanos (NEPP-DH) e coordenador Laboratório do Direito Humano à Cidade e Território (LDCT) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Comentários
Zé Maria
https://pbs.twimg.com/media/GDLVC6NXMAE7qzR?format=jpg
“Cabanagem, Revolução de Negros e Indígenas do Pará,
completa hoje (6) 189 Anos.
Em 6 de Janeiro de 1835, uma Multidão de Pretos,
Indígenas e Mestiços invadia o Palácio do Governo
em Belém e destituía o Presidente da Província do
‘Grão-Pará’, dando início à denominada Cabanagem,
a Revolta dos Cabanos.”
Thread:
https://twitter.com/historia_pensar/status/1743677241886650825
https://twitter.com/historia_pensar/status/1743692904982360379
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