VÍDEO: Artistas interpretam texto do livro sobre estudante assassinado pela ditadura militar

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Em 1970, turma da Geologia na estrada para Itu. Alexandre, de óculos à esquerda na foto, com a mão no ombro do colega, e no destaque em foto 3x4 aos 18 anos. Foto: Roberto Nakamura/reprodução Jornal da USP

Da Redação

O jornalista Camilo Vannuchi lança hoje, 18/04, às 19h, na Livraria da Travessa, em Pinheiros, São Paulo, capital, o livro ”Eu só disse o meu nome”.

Um misto de reportagem e memória sobre Alexandre Vannucchi Leme, estudante da Geologia da USP torturado até a morte em 1973, no DOI-Codi de São Paulo, que era comandado pelo major Carlos Alberto Brilhante Ustra

Alexandre tinha apenas 22 anos.

Cometeu suicídio com uma gilete, dizia a primeira versão repetida por seus algozes.

Foi atropelado por um caminhão ao tentar fugir, divulgaram em seguida.

Começava assim a longa jornada de seus pais para localizar o filho e, uma vez confirmado o assassinato, reaver seus restos mortais: uma busca que se converteria em luta por memória, verdade e justiça.

A morte do Minhoca, era o seu apelido na Geologia da USP, foi um divisor de águas na história do país.

Pela primeira vez desde o AI-5, algo entre 3 mil e 5 mil estudantes lotaram a Catedral da Sé para ouvir o cardeal dom Paulo Evaristo Arns acusar as autoridades de tirar a vida de um garoto. A ditadura começou a cair ali.

Assista no topo o vídeo de artistas com o texto de “Eu só disse meu nome”. Emocionante.

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