Stiglitz: Independência do Banco Central é desnecessária e impossível
por LUCAS KAWA, no Business Insider
de 3 de janeiro de 2013
Joseph Stiglitz, duas vezes vencedor do Prêmio Nobel e um dos economistas mais famosos de nossa época, disparou uma barragem verbal contra a independência do Banco Central hoje na C D Deshmukh Memorial Lecture, na Índia, segundo o The Times of India.
Ironicamente, ele falou logo depois de Duvvuri Subbaro, que governa o Reserve Bank, que apresentou Stiglitz depois de argumentar pelo aumento da autonomia do banco central da Índia.
De acordo com Stiglitz, a autonomia do banco central é superestimada — já que não se correlaciona necessariamente com melhor performance econômica — e impraticável:
“[A crise] demonstrou que um dos princípios centrais defendidos pelos banqueiros ocidentais — o desejo de independência do banco central — é no mínimo questionável. Na crise, países com menor independência do banco central — China, Índia e Brasil — se deram muito, muito melhor que países com bancos centrais independentes, na Europa e nos Estados Unidos. Não existem instituições verdadeiramente independentes. Todas as instituições públicas respondem a alguém e a verdadeira pergunta é a quem”.
Ele acredita que, antes da crise financeira [de 2008], o Federal Reserve [Banco Central dos Estados Unidos] respondia apenas a Wall Street, e reservou ao presidente do Fed em Nova York, William Dudley, críticas especialmente duras. Stiglitz alega que Dudley foi “um modelo de governança ruim” por causa de um conflito de interesses inerente: ele salvou os mesmos bancos que deveria ter regulamentado e fiscalizado — os mesmos bancos que permitiram a Dudley conquistar seu cargo.
Segundo a agência de notícias Reuters, a ideia de independência do banco central está sob cerco em todo o mundo. A tendência é sem dúvida liderada pelo recém-eleito primeiro ministro do Japão, Shinzo Abe, que tem pressionado fortemente o Banco do Japão no sentido de promover o chamado Quantitative Easing para combater a deflação, desvalorizar o yen e acelerar o crescimento econômico.
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Comentários
evair da costa nunes
Dilma teria defendido a autonomia operacional do BC, frente a críticas de Serra sobre suposta lentidão do BC em elevar as taxas de juros!!! http://g1.globo.com/politica/noticia/2010/05/dilma-rebate-serra-e-defende-autonomia-do-banco-central.html
Francisco
Pregar a autonomia do Banco Central é ideia análoga a pregar a autonomia dos presídios: os detentos determinam as rondas, a os turnos de guarda…
Donizeti – SP
Marionete é a candidata do atraso, inacreditável o que está defendendo sendo uma pessoa com sua origem social e trajetória política de esquerda, mas ela vai falar e fazer o que seus tutores políticos da direita e financiadores mandarem.
A candidatura da Marina é um projeto pessoal de poder, ela só pensa naquilo, a Presidência e nessa obsessão é igual ao tucano José Serra, só isso explica tantas contradições e reviravoltas políticas, ela perdeu completamente qualquer noção de racionalidade nesse processo.
Vai ser derrotada pela Dilma e depois será cuspida fora pela direita, sem dó nem piedade, pois não terá mais utilidade, irá merecidamente para o limbo político.
evair da costa nunes
Elias, mais que manipuladas são feitas tabuladas publicadas e repercutidas ao gosto do freguês, ou sejam os de sempre, os golpistas de plantão!!!!!!
Julio Silveira
Ela está ouvindo a voz da “deusa” do Itaú.
Urbano
Deve ser para desovar…
Elias
Saiu na Folha-Eleições ontem, domingo, 14/09/2014
Segundo os tucanos, integrantes do PSB fizeram contato com o comitê de Aécio para dizer que ele estava criticando Marina demais, o que ajudaria a desidratar a pessebista e, ao mesmo tempo, fortalecer a presidente Dilma.
“Não vou fazer ataques pessoais”, afirmou o senador. “Mas não tem jeito. Ainda acredito que dá para virar isso aí. Se der certo, nas próximas semanas vou esbarrar com ela na casa dos 22%, 23% dos votos.”
Uma pergunta: Não parece que Aécio cometeu ato falho na frase acima? Ao dizer “vou ‘esbarrar’ com ela (Marina) na casa dos 22%, 23%”, acabou por sugerir que Marina, quando muito tem 24%, 25% , 26% dos votos. Afinal, pesquisas, a exemplo de jornais, rádios e TVs também podem ser manipuladas quando os institutos fazem parte do conluio golpista
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