Sindicato: Governo Bruno Covas assina contrato milionário com terceirizada para enterros noturnos; vídeo
Tempo de leitura: 2 minDa Redação, com Sindsep
Em todo o Brasil, a pandemia vive o seu pior momento.
Na cidade de São Paulo não é diferente.
A capital está batendo recorde de óbitos por covid-19 e sepultamentos.
Na semana de 14 a 20 de março, a capital paulista bateu um recorde assustador no número de sepultamentos nos cemitérios públicos, privados e no crematório.
Na terça-feira (16/03), foram realizados 336 sepultamentos.
Na quinta (18/03), 337.
No domingo passado (20/03), totalizaram 372.
Assim como os hospitais e UPAS não têm vagas, no serviço funerário pode ocorrer um colapso no transporte/armazenamento dos corpos e nos enterros.
“O número de sepultadores é muito baixo”, denuncia o Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo (Sindsep)
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Somam 358, sendo 173 efetivos do serviço funerário, 150 terceirizados e 35 contratados emergencialmente.
“Esse número de sepultadores não cobre a possibilidade de haver enterros noturnos como previsto e caso chegue em 400 sepultamentos”, acrescenta o Sindsep.
O que fez o Serviço Funerário do Município de São Paulo da cidade de São Paulo?
Primeiro, contratou seis torres de iluminação e seis retroescavadeiras para abrir novas valas no cemitério da Vila Formosa, na Zona Leste da capital. É o maior da América Latina.
Na quarta-feira (24/03), publicou uma portaria que estende os horários para a realização de sepultamentos. Será das 7h às 22h, todos os dias.
Além do Vila Formosa, os cemitérios São Luiz, Vila Nova Cachoeirinha e o São Pedro realizarão enterros noturnos.
Nessa quinta-feira (25/03), o Diário Oficial do município publicou um contrato de emergência com a empresa Maximus, que prevê o fornecimento de 50 sepultadores para ajudar nos enterros noturnos.
O contrato passou a vigorar ontem (25/03).
Segundo o Sindsep, o contrato com a Maximus será de R$1.365.000,00, com duração de seis meses.
Ou seja, R$ 227.500,00 por mês.
Agora, se os mesmos 50 sepultadores fossem contratados por contratação emergencial direto pelo serviço funerário, a Prefeitura pagaria praticamente a metade.
O Sindsep faz as contas. Os servidores recebem, em média R$ 2.400,00, entre salário base e benefícios.
Portanto, os 50 sepultadores custariam R$ 120.000,00, valor bem abaixo da contratação de uma terceirizada.
“Na verdade, quem ganha é a terceirizada”, salienta o Sindsep.
Aliás, o sindicato apresentou a proposta para que esses trabalhadores fossem contratados de forma emergencial pelo Serviço Funerário, mas o governo Bruno Covas (PSDB) rejeitou.
O fato é que a terceirização avança no setor.
“O Sindsep lamenta essas mortes e se coloca junto à população para exigir melhores condições de atendimento. Mas precisamos ter proteção”, observa.
Isso significa:
*Contratar mesmo emergencialmente mais servidores públicos, chamando todos os aprovados do concurso e, emergencialmente, os sepultadores.
*Vacinar todos os trabalhadores do Serviço Funerário. Para os que trabalham na administração dos cemitérios, agências de contratação, fiscalização, expedição de caixões (Vila Guilherme, São Luiz, Vila Mariana, Itaquera).
*Intalação emergencial de câmaras frias para acomodação dos corpos até viabilização dos sepultamentos e cremações.
*Implantar tendas nos cemitérios para que não haja aglomeração e controle de entrada dos familiares no velório.
Comentários
Antonio
Bruno Covas saiu ao pai a ao avô o Mário Honesto Covas.
Privatizou a Zona Azul entregando-a para a Estapar, por certo mediante polpuda propina.
Um absurdo total.
A renda é integramente apropriada pela Estapar, mas a fiscalização é feita pelo CET e prefeitura.
Como o avô que privatizou as rodovias e não foi de graça, Bruno Covas segue os mesmos passos.
Pena que não irá gastar a propina.
carlo ponti
Na verdade não é uma pena que ele não vá gastar a suposta propina, pena é ou seria, ele está no estágio da existência em que está e mesmo assim não desvincular-se das coisas terrenas, que em futuro próximo não lhe será mais útil, ao menos em tese.
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