Saturnino Braga: Brasileiros que importam esperma americano abrem garrafas de champagne
Tempo de leitura: 3 minMEU QUERIDO BRASIL
por Saturnino Braga, via Pedro Augusto Pinho
Meu querido Brasil tem um preso político.
Depois de uma luta de vinte anos para restabelecer a democracia, ela foi mais uma vez golpeada.
Submetido a um processo político que se iniciou ainda no primeiro semestre de 2014, com a espionagem estrangeira sobre a Petrobras, nosso maior líder político, de envergadura internacional, que foi o único Presidente da República depois de Vargas que cuidou com prioridade do ataque à imoral injustiça social que é a grande nódoa da sociedade brasileira e seu maior obstáculo no processo de desenvolvimento, nosso maior líder, o Presidente Lula recebeu ordem de prisão, por supostamente possuir um apartamento e um sítio cuja propriedade não é dele.
Juridicamente, ou inocentemente, parece um absurdo, mas politicamente não é.
Lula, sua sucessora Dilma e seu partido PT cometeram graves ofensas ao poder do Grande Capital, que domina e rege o mundo ocidental.
O Brasil, sob sua gestão (de Lula), descobriu imensas reservas de petróleo e pretendeu que a sua exploração fosse feita sob o controle da grande empresa brasileira, a Petrobras, que conseguiu dominar a melhor tecnologia e localizar a jazida.
Ao mesmo tempo (de Lula), as empresas brasileiras de engenharia se projetaram no mundo com reconhecida competência e passaram a ganhar grandes obras antes sempre contratadas com empresas do Grande Capital.
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O Brasil, sob sua gestão (Lula), aproximou-se mais dos vizinhos sulamericanos e naturalmente liderou um processo de emancipação do subcontinente; fez crescer muito, ademais, sua presença internacional na África e na Ásia, chegou a coordenar, com a Turquia, um acordo com o Iran sobre seu projeto de energia atômica, acordo anulado pelo Grande Capital e logo em seguida realizado nas mesmas condições mas sem a nossa participação; o Brasil aliou-se a outras grandes nações dos BRICS para criar um Banco Mundial a e um FMI alternativos, que se dedicassem, com novas políticas, a uma ajuda mais efetiva para o desenvolvimento dos países pobres.
O Brasil procurou, ainda, desenvolver, em acordos com a França e com a Suécia, estratégicas tecnologias militares de ponta (submarinos e aviões), com desdobramentos largamente aproveitáveis para o avanço decisivo da sua indústria. Enfim, sob a sua gestão (Lula, Dilma, PT) o Brasil começou a ficar um país importante no mundo, desvencilhando-se da tradicional condição de quintal do Grande Capital.
Isso era, no mínimo, um grande atrevimento.
Não era absolutamente permitido no perigoso jogo de poder mundial. O processo tinha de ser revertido e o País castigado pelo seu atrevimento, pela sua ofensa.
A grande empresa de petróleo, a Petrobras, devia sofrer danos catastróficos e ser desmoralizada, o mesmo acontecendo com as empresas brasileiras de engenharia que cresciam no mundo.
Para um castigo mais eficaz e preventivo, devia se desmoralizar toda a Nação Brasileira, todas as suas instituições, aos olhos do mundo e dos próprios brasileiros.
Havia agentes brasileiros competentes e preparados para o golpe; havia a mídia toda comprada; havia o decantado saber da CIA e o projeto testado com êxito no Paraguai, projeto de um golpe não mais militar mas político-jurídico, muito mais disfarçado e apoiado pela classe média urbana, que era sempre uma aliada em potencial, fascinada pelas realizações suntuosas do Grande Capital.
O pretexto, a força motriz mobilizadora para o golpe seria a corrupção, a mesma de sempre, desde Getúlio Vargas com o “mar de lama”. A velha corrupção que os subdesenvolvidos não sabem praticar com a habilidade dos ricos, fazem-na muito mal.
E, pronto, aí está: consumado com pleno êxito; com a prisão de Lula fecha-se o ciclo do golpe, cumprem-se os objetivos: dilacerar a Nação Brasileira, tomar o seu petróleo e reduzi-la à histórica condição de quintal.
Os brasileiros amantes do Norte, que importam esperma americano, abrem garrafas de champagne.
O povo custa um pouco mas compreende tudo, fica com raiva e lamenta: que falta faz Leonel Brizola!
Eu faço refrão com o lamento do povo, deploro muito a ausência de um Brizola, e com a minha vivência acrescento outra lástima: que falta também faz um General Ernesto Geisel!
E relembro, com muita nitidez, a figura sábia e modesta do deputado mineiro Francelino Pereira, perplexo na indagação que ganhou manchetes durante a ditadura: meu Deus, que país é este?!
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Comentários
Julio Silveira
Também, esperar o que dessa gente, meu caro Saturnino? Se nossa sociedade, tem sido tornada coxinha imbecil desnacionalizada. Temos sido invadidos, a tempos, pacificamente, e naturalmente, em diversas frentes pelo estado imperialista, e com a anuencia e cumplicidade de uma elite desde sempre capacha de um dominador cultural estrangeiro, que acabou criando essa bola de neve de ganhos com a fraqueza civica do estado brasileiro. Tudo se interliga, e nesse interim, grupos politicos das mais diversas tendencias se nivelam no espirito capacho. De tal forma que Já somos um país satelite, onde se irradia a cultura, alienigena, yanke, e com pouco empenho deles, pois até já pagamos por isso, por conta de uma ainda não reconhecida incompetencia cultural e civica nossa, moral então, nem se fala, é rasteira . Por isso vamos formando essa geração desnaturada de tipos “Moros” e de mulheres assemelhadas. Que na semelhança de suas idolatrias, ao estado invasor, acabam firmando o direito yanke de sermos discaradamente qualificados, por eles, como quintal. Aqui o alter ego da sociedade foi se modificando e atuamelmente não é mais brasileiro, tornou-se yanke naturalizado, com direito a costura, do pavilhão nacional aderida a deles, sem vergonha, aplaudida, no golpe, até por servidores publicos nacionais, evidentemente desprovidos da mais completa dignidade no que tange ao patriotismo, quiça civismo. Acredito eu, que tudo aconteceu devido a um erro estrategico, devido ao receio ou suspeita (essa acertada), de que os yankes construiram com o tempo, dentro do país hoje Brazil, uma penetração corrupta poderosa, corrupção civico patriotica, que fez corromper valores morais de seus teleguiados empoderados das sombras. Gente que sem pudor usam retoricas falsas de interesse publico, que camuflam com falso patriotismo, para fazerem deles os tais parceiros preferenciais, de raros beneficios para o estado nacional do Brasil, e que acaba ficando para o resto da desnaturada cidadania, literalmente, o prazer de levarem os espermas yankes. Nossa cegueira tem sido responsavel por isso, como foi a cegueira dos antigos residentes das Americas, os silvicolas quando em sua época aceitaram os apitos e chocalhos, dos estados imperialistas daquele periodo. Acabando por perderem todos os seus patrimonios materiais e imateriais assim como sua identidade cultural. Caminhamos na mesma direção, como eles não percebemos risco da invasão incidiosa quando por nossas fraquezas culturais brecamos o desenvolvimento da cultura do espirito civico, patriotico (diferente deles) acarretando em perda, na necessaria luta pela preservação da nossa identidade e nosso auto respeito cultural. Por isso e outros motivos consequentes o vira latismo mora aqui.
Daniel
Os “coxinhas” estão sonhando em se tornar cidadãos americanos e o Brasil se tornar um estado dos EUA como por exemplo Porto Rico. Ninguém contou para eles como os americanos tratam os que eles consideram como “lixo latino”…
Julio Silveira
Rsrsrs, Daniel, eles não ligam. Como todo bom vira latas, rsrsrs, aceitam chutes no rabo de seus donos, não registram e logo esquecem, para a seguir, com um simples biscoito canino, balançarem os rabinhos.
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