Pesquisa mostra que Bolsonaro tem apoio para ir ao segundo turno em 2022 se enfrentar vários candidatos
Tempo de leitura: < 1 minDa Redação
Apesar de comandar um governo altamente reprovado pelos brasileiros (58%), o presidente Jair Bolsonaro ainda mantém 38% de aprovação, de acordo com pesquisa do instituto IPEC recém-divulgada.
Este número é consistente com os de outras pesquisas que mostram a resiliência do presidente da República ao manter apoio de cerca de 1/3 do eleitorado.
De acordo com a mesma pesquisa, 61% dos entrevistados disseram que não confiam em Bolsonaro, mas 36% confiam.
Traduzindo em miúdos, este apoio é o suficiente para levar Jair Bolsonaro ao segundo turno em 2022, se houver um grande número de candidatos para fatiar o eleitorado.
Até agora, estão praticamente confirmadas duas candidaturas de esquerda (PT e Psol) em 2022, com Ciro Gomes correndo por fora em aliança com partidos conservadores e João Doria encabeçando a chapa do PSDB.
O ex-presidente Lula parece determinado a repetir a fórmula de 2018, quando retirou oxigênio da candidatura de Ciro trazendo aliados de centro para apoiar Fernando Haddad.
Em 2018, Jair Bolsonaro foi ao segundo turno com 46%, contra 29% de Haddad e 12% de Ciro Gomes.
Na semana passada, Haddad começou um tour nacional ao lado da presidenta do PT Gleisi Hoffmann e, em Minas Gerais, encontrou-se com várias lideranças, dentre elas o prefeito Alexandre Kalil, do PSD.
Kalil e a empresária Luiza Trajano são cogitados internamente no PT como possíveis companheiros de chapa de Haddad.
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Comentários
roberto garcia
Já chegou a hora de parar de considerar Ciro um possível aliado daqui para diante, até mesmo para as eleições do ano que vem. Não é que o PT, PSOL e PCdoB o estejam cancelando. Ele é que se cancelou,já declarou que sua missão é tirar o PT até do primeiro turno. Faz aliança com todos do outro lado. Não me parece uma atitude racional, para uma pessoa que se acha melhor do que o resto. Nem é evidência de equilíbrio. Mas ele é assim, está ficando cada vez pior. Já pensou ganhar eleição a duras penas e ter que conviver com ele depois, criando caso num dia e no outro dia também? Pensar no convívio com ele é perigoso. Seu ego é tão grande que ele pode dar bote a qualquer momento. Em nós. Não vale a pena convidá-lo para nossa frente pela mesma razão que não vamos convidar Jair Messias. Não dá.
roberto garcia
Tá certo. Sou velhinho. De antigamente. Minha mãe não me deixava sair por aí xingando todo mundo. Ela recomendava educação, fineza, ´olhe seu berço´, dizia.
Conheci e admiro o Azenha. Gosto do blog. De vez em quando ele divulga fatos e interpretações que me iluminam. Mas tem um problema. Ele deixa comentário de gente xingando deus e todo mundo de estúpido. Isso não agrega, afasta. Linguagem nestas alturas é coisa preciosa. Estamos em minoria, levando tiro de todos os lados. Precisamos de aliados. Tem uma série de regras para os comentários. Podiam acrescentar uma: xingação não.
Luiz Carlos Azenha
A gente bloqueia xingação. Pode apontar onde passou?
Darcy Brasil Rodrigues da Silva
Primeiro, há muita confiança estúpida, irresponsável, de que as eleições serão realizadas, não havendo contra elas nenhuma ameaça. Isso significa que a esquerda liberal não leva à sério os esforços de Bolsonaro para mobilizar as milícias para, com elas, desferir um golpe de estado, com fechamento do Congresso e suspensão das eleições. Alguns entendem, transportando mecanicamente para a realidade brasileira a cronologia dos acontecimentos que culminaram com a invasão do Capitólio pelas milícias trumpstas, que os bolsonaristas somente tentariam recorrer a um golpe de estado se Bolsonaro for derrotado nas eleições de 2022, havendo tempo para neutralizar esse golpe durante a própria campanha eleitoral. Essa análise desconsidera a possibilidade de o golpe ser dado antes da realização das eleições, precisamente para evitar que ocorra no Brasil uma situação como a que ocorreu nos EUA, onde Trump, após ser derrotado nas urnas, ficou sem forças para efetivar o golpe que pretendia. Segundo, há mais estupidez ainda ao não se estabelecer como prioridade a constituição de uma Frente Ampla Antifascista, com características semelhantes às da Fente Ampla que comandou o movimento “Diretas Já” na década de 1980, visando desde agora, desde já, desenvolver lutas unitárias de resistência ao golpe. A apresentação de candidaturas para 2022 não colabora para a formação de uma Frente Ampla, e modifica os objetivos da luta, que deixam de priorizar a unidade para derrotar Bolsonaro, para passar a priorizar a divisão do campo democrático desde já até o dia de realização do 1° turno das eleições de 1922 para saber quem disputará com o miliciano fascista e genocida o 2° turno das eleições. Bolsonaro mantém uma intenção de votos suficiente para chegar ao 2° turno porque conta com a grande influência do trabalho de base das Igrejas evangélicas que contolam ideologicamente milhões de brasileiros nas periferias do Brasil. As forças democráticas deveriam estar considerando a necessidade de erodir esse apoio de Bolsonaro, combatendo a influência política e ideológica dessas religiões manipuladoras a serviço da direita nos locais onde essas seitas atuam, entendendo que essa é uma luta política e ideológica, e não um confronto religioso, oferecendo alternativas culturais e de luta capaz de despertar a consciência das camadas de trabalhadores e do povo narcotizadas pelo ópio religioso protofascista.
Zé Maria
Bolsonaro conseguirá uma excepcionalidade em Eleições no Brasil:
O Voto Útil Contra Ele no Primeiro Turno do Pleito Presidencial de 2022.
Em sentido contrário, foi o que ocorreu em 2018 contra o PT.
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