Papa Francisco acusa a mídia de fazer lavagem cerebral no povo e fomentar golpes de Estado
Tempo de leitura: 2 minPapa Francisco acusa mídia de difamação que fomenta golpes de Estado
Homilia remete a acusações contra Jesus e apóstolos após ‘instrumentalização do povo’
Em uma homilia na qual tratou do assunto da unidade, o papa Francisco criticou nesta quinta-feira (17) o papel da mídia em difamar pessoas públicas a ponto de levar a um “golpe de Estado”, afirmou a agência de notícias do Vaticano.
Francisco citou o exemplo de Jesus, que no Domingo de Ramos foi recebido em Jerusalém com aclamações de “Bendito o que vem em nome do Senhor”, mas, na sexta-feira seguinte, as mesmas pessoas gritaram “Crucifiquem-no”.
“Essa instrumentalização do povo é também um desprezo pelo povo, porque o transforma em massa. É um elemento que se repete com frequência, desde os primeiros tempos até hoje”, disse o pontífice, segundo o Vatican News. “O que aconteceu? Fizeram uma lavagem cerebral e mudaram as coisas. E transformaram o povo em massa, que destrói.”
Com base na leitura do dia, do livro dos Atos dos Apóstolos, o papa comentou que a união de fariseus e saduceus contra Paulo era uma “falsa unidade”, pois, como o apóstolo, os fariseus acreditavam na ressurreição, enquanto os saduceus, não. Porque “era sagaz”, Paulo expôs a divisão e quebrou essa falsa unidade, e a assembleia que o condenava se dividiu.
“Criam-se condições obscuras para condenar uma pessoa”, disse o papa, ainda segundo o Vatican News, acrescentando que esse método é muito usado hoje também “na vida civil, na vida política, quando se quer fazer um golpe de Estado”.
“A mídia começa a falar mal das pessoas, dos dirigentes, e com a calúnia e a difamação essas pessoas ficam manchadas”. Depois chega a justiça, “as condena e, no final, se faz um golpe de Estado”.
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Francisco comparou essa ação à perseguição nas arenas, quando a multidão gritava para ver lutas entre mártires ou gladiadores.
Não é a primeira vez que o papa faz críticas à imprensa. Em janeiro, ele condenou o “mal” das fake news (notícias falsas), dizendo que jornalistas e usuários de redes sociais devem rejeitar e desmascarar “táticas de serpente” manipuladoras que fomentam a divisão para servir a interesses políticos e econômicos.
“Notícias falsas são um sinal de atitudes intolerantes e hipersensíveis e levam apenas a difusão de arrogância e ódio. Esse é o resultado final da mentira”, disse Francisco, no primeiro documento do papa sobre o assunto, em que pede um retorno da “dignidade do jornalismo”.
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Comentários
Julio Silveira
Papa Franscisco, que usa a historia de vida do avatar Jesus contra aqueles que representam hoje seus crucificadores (os imorais e os amorais) sabe que se não houvesse a concepção de propaganda manipuladora, criada para produzir poder, não haveria humanidade manipulada a ponto de fazer prosperar Hitler e suas copias venenosas mundo afora. E o Brasil de cidadania pseudo esclarecida e campo fertil para eles, não daria corum a anonimos camuflafos de povo e de honestos, que defendem a seus egoisticos interesses, enquanto lutam com golpes baixos, numa luta em prol de sua classe social.
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