Em Porto Alegre, esquerda repete divisão de São Paulo e Rio e não há certeza de aliança nem no segundo turno

Tempo de leitura: 8 min

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O golpe e os paradoxos do voto na eleição municipal de Porto Alegre

por Katarina Peixoto, de Porto Alegre, especial para o Viomundo

Se o golpe de estado que dilacera o país e suas instituições fosse uma doença, as candidaturas majoritárias em Porto Alegre estariam todas enfermas.

E, no dia da eleição, as urnas operariam qual uma medicação, para o estabelecimento de um caminho de legitimidade da vida política e institucional que hoje se sustenta com base na força e na manipulação midiática.

Certamente o golpe adoeceu a sociedade, em sentido metafórico e talvez, dirão especialistas, em sentido político, mas é um erro acreditar que, a estas alturas, as urnas valem tanto assim e que decisões e escolhas eleitorais sejam, ainda e por enquanto, capazes de sarar a ferida ainda não tratada da democracia brasileira.

Em Porto Alegre, o bloco dos golpistas e o dos que resistem ao golpe partilham de sintomas e de paradoxos que deixariam os teóricos políticos abismados.

Esses sintomas e paradoxos estão nas alianças das chapas majoritárias e na condução da disputa. E apontam para um cenário de estabilidade do mal estar que parece anunciar-se, sem horizonte de desfecho.

São quatro chapas majoritárias principais: uma grande aliança da situação, que reúne PMDB e PDT, uma chapa tucana ideológica da linha de frente do golpe, à direita, e duas chapas à esquerda: PT e PCdoB e PSOL.

Essas quatro chapas congregam mais de 80% das intenções de voto e estão, tecnicamente, empatadas, em todas as pesquisas, que dão uma leve vantagem ao candidato do PMDB, o atual vice-prefeito, Sebastião Melo.

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Os quatro candidatos Sebastião Melo, Raul Pont, Luciana Genro e Marchezan Júnior possuem pouca margem de ampliação de votos.

O cenário é engessado e esse engessamento é ele mesmo paradoxal, para um momento de tamanha instabilidade política.

Além destas, há outras cinco candidaturas que, a julgar pelas pesquisas divulgadas até agora, são figurantes na disputa: Maurício Dziedrick (PTB), Fábio Ostermann (PSL), João Carlos Domingues (PMN), Júlio Flores (PSTU) e Marcello Chiodo (PV).

A última pesquisa (Ibope/RBS), divulgada dia 9 de setembro, apontou empate técnico entre quatro candidaturas.

Sebastião Melo (PMDB) apareceu em primeiro, com 22% das intenções de voto, sendo seguido por Raul Pont (PT), com 19%, e por Luciana Genro (PSOL) e Nelson Marchezan Júnior (PSDB), com 17%.

Em relação à pesquisa anterior, divulgada no dia 22 de agosto, Melo passou de 10 para 22%, Pont de 18% para 19%, Luciana caiu de 23% para 17% e Marchezan subiu de 12 para 17%. Como a pesquisa tem margem de erro de quatro pontos percentuais, para mais ou para menos, as quatro candidaturas estão tecnicamente empatadas

A candidatura Melo: onde se esconde o golpe

Em primeiro lugar nas pesquisas, está Sebastião Melo, o atual vice-prefeito. Melo faz as vezes do candidato “pé de barro”, algo parecido com o Pezão, do PMDB carioca, em 2014: é o sujeito que faz o serviço pesado, que negocia com os grandes e atende, demagogicamente, mas atende, aos desvalidos, quando menos, pela identificação que mantém com estes.

Passou por um upgrade para se tornar palatável ao eleitorado de seu partido, que costumeiramente lhe concedia as franjas do eleitorado mais raivoso, antipetista.

Faz uma campanha como se não tivesse partido, quando é do partido que governa, sic, o estado e do mesmo partido que, salvo engano, comanda a força de usurpação nacional, o PMDB.

O escamoteio da sua origem e pertencimento configura expediente clássico do partido no Rio Grande do Sul, e tem na sua composição membros do PDT, um partido que, até mesmo no RS, resistiu ao golpe e votou contra (apesar do voto do senador da RBS, Lasier Martins, que ocupa a sigla, e que, por óbvio, é golpista).

A candidatura é de uma coligação com 12 partidos.

Sua campanha na tevê ocupa a maior parte do horário da propaganda e se apresenta como se nada estivesse acontecendo de politicamente relevante no país e Porto Alegre fosse uma espécie de wonderland, uma cidade modelo, eventualmente vítima de um clima instável, e nada mais.

Nos debates, Melo recusa qualquer questão sobre as medidas defendidas pelos seus companheiros de PMDB e não se constrange em abraçar a estratégia, sic, do governador Sartori, de não se comprometer com mais do que “melhorar o que está bom e consertar o que está ruim”.

É um espetáculo e não dá para saber se e como pode avançar. A gestão da prefeitura tem a reprovação de mais de 60% da população portoalegrense.

A candidatura Raul: a resistência democrática e as suas dificuldades

Em segundo lugar nas pesquisas está Raul Pont, ex-prefeito e ex-deputado petista. É o único candidato a abertamente defender a democracia contra o golpe e também o único até agora presente nas marchas e manifestações da resistência democrática.

Com 72 anos e com reputação de ser um dos quadros mais sérios do Partido dos Trabalhadores, Raul poderia ser, dada a sua identidade programática e existencial, uma espécie de Bernie Sanders do sul, na cidade que, ao longo da resistência ao neoliberalismo, promoveu políticas de participação e oxigenou os mecanismos de decisão e controle público como alternativas à avalanche dos anos 90.

No entanto, sua campanha centra-se nas ideias de “alegria” e “felicidade”, como se essas fossem as coisas que estão faltando na cidade de Porto Alegre.

A receita subliminar seria uma espécie de reencontro da “cidade consigo mesma”, isto é, da cidade que Porto Alegre já não é nem será.

O candidato Raul Pont tem a imagem de homem sério, digno, honrado. Embora seja, do ponto de vista pessoal, um sujeito feliz e muito alegre, a imagem de homem público associada a Raul Pont é a de um político impoluto, republicano e altamente comprometido com a democracia e a transparência.

A candidatura fala muito na televisão em “fazer o novo de novo”, chamando pela memória dos portoalegrenses.

A força maior da candidatura, porém, está nas intervenções durante os debates e nos pronunciamentos do candidato tanto nas redes sociais, como nas entrevistas e nas manifestações políticas.

Também parece bem recebido nas ruas, por onde caminha sem cessar, sempre lembrado como um bom prefeito e bastante dissociado da imagem que paira contra o PT, hoje.

Raul é o candidato contra o golpe, que interpela a agenda golpista, apesar do eixo da narrativa da campanha centrar-se nos conceitos de alegria e felicidade.

Esse descompasso interno pode ser um problema difícil de ser entendido e enfrentado. É uma espécie de PT autocentrado na figura do Raul, algo que pode ser pouco manejável, politicamente.

A candidatura Luciana Genro: onde o golpe se denega, em defesa das mãos limpas

De favorita nas eleições, a candidata do PSOL vem enfrentando uma leve queda nas intenções de voto, que parece pouco afetar sua estratégia de campanha.

Na linha contrária à adotada por outros setores do partido, Luciana escolheu uma abordagem centrada no movimento do PT e no que o PT diz.

Assim, se o PT diz que houve um golpe, segundo ela, é para ter apoiadores ao seu lado, contra um golpe.

Por isso, ela, Luciana, não cerrará fileiras ao lado do PT. Tudo se passa como se não houvesse algo como, digamos, um golpe.

Grande ausente nas manifestações de rua que denunciaram a iminência do golpe e resistem ao governo Temer, Luciana usa adesivos do “Fora Temer” nas camisetas e adesivos, mas não comparece às manifestações, em larga medida, levadas a cabo por uma meninada que a apoia.

Enquanto o seu candidato a vice, o deputado e advogado Pedro Ruas, também do PSOL, faz questão de afirmar que o partido, se vencer, governará “para os pobres”, Luciana acena com outros gestos, como mostrar as mãos balançando no final de debates, dizendo que as têm limpas, sugerindo que os outros são sujos.

É um expediente agressivo e que dialoga ou pretende dialogar com o setor panelar das classes médias portoalegrenses.

Para dar suporte a este gesto, Luciana diagnostica o que se passa no país como o resultado da “traição do PT” ou da sedição do partido às práticas que os partidos tradicionais promovem, de saque ao erário.

Nenhuma palavra sobre os expedientes golpistas e menos ainda sobre as violações em curso.

O eleitorado de Luciana é composto, majoritariamente, por uma juventude de classe média que já nasceu na democracia e que votou nela nas eleições de 2014. O que os move é o mal estar com a corrupção e com uma espécie de decepção que a esquerda no poder, o PT, teria causado.

Além disso, há também um outro elemento, algo que talvez também contamine a campanha de Raul Pont: uma certa fantasia de que uma dissidência à esquerda aponta um caminho de futuro, como se prometendo, irrefletidamente (bastante irrefletidamente, vale dizer), um amanhecer para a esquerda.

O paradoxo, numa candidatura que se diz à esquerda do PT, é fazer isso adotando uma agenda agressiva e regressiva de “corte de cargos em comissão” e “mãos limpas” como projeto de gestão e visão democrática da sociedade.

É como se o Dallagnol estivesse falando: o problema dos governos e dos partidos é a corrupção.

Ver um evangélico subletrado dizer isso, na sua caçada irracional ao Lula e às esquerdas faz sentido, apesar de todo mal estar. Ver uma mulher, jovem, não religiosa, se dizente de esquerda, abraçar essa agenda, é difícil de compreender.

A candidatura Marchezan: onde o golpe se mostra

Quarto colocado nesse jogo de empate técnico, Nelson Marchezan Júnior tem um grande passado diante de si. É o candidato que reivindica, ao contrário de seu aliado na gestão da prefeitura, Melo, o golpe.

Deputado federal por herança, reivindica a trajetória do pai, líder gaúcho da Arena, o partido de sustentação da ditadura. Júnior é a direita bem acabada, do começo ao fim.

Denega o valor do serviço público, defende, como a Luciana, que o “enxugamento” dos “CCs” diminuirá a corrupção (ao que acrescenta, a “ineficiência”), oferta uma agenda ideológica de pouca consistência prática: mais “gestão”, mais “eficiência”, mais “transparência”.

Seu programa parece saído da tela da Globo e o que ele diz se tornou familiar a quem assiste televisão.

Reivindica o que está se passando no país e é a candidatura com o maior número de grandes financiadores.

É o PSDB que tem, na Yeda Crusius, um quadro da social democracia, para dar uma ideia do que estamos falando.

Talvez esse caráter duro da direita neoliberal brasileira, que defende a meritocracia do sobrenome com orgulho e galhardia, seja o que explica o crescimento do Marchezan no eleitorado que saiu às ruas vestido com camisetas da CBF, em defesa da sonegação como “legítima defesa” e outras pautas republicanas. É o candidato do MBL, é claro.

Sem os paradoxos internos, duas candidaturas expressariam o conflito nacional de maneira lapidar: Raul Pont e Marchezan Júnior. São as candidaturas mais claras, menos vazadas pela imoralidade militante ou pelo moralismo delirante.

Mas o golpe e seus efeitos estão aí para confundir e fazer ruir a confiança no que é claro e para disseminar a suspeita e a paranoia.

A esquerda, ou as esquerdas, poderiam estar reunidas, quando há uma parte da esquerda que denega o golpe e lança sobre os golpeados mais uma paulada, desta feita, de natureza moral? E como, num eventual segundo turno, em que alguém da esquerda ou assim dizente, lá chegue, vão se reunir os eleitores de Raul e de Luciana?

Raul já disse que não vacilará em apoiar a candidata do PSOL, ao passo que esta silencia, como silenciou, em 2014. A direita não tem essas dificuldades e Marchezan, embora esteja recebendo mais dinheiro, não teria qualquer dificuldade de natureza programática em participar, também, do setor golpista municipal.

A cidade enfrenta grandes ameaças da especulação imobiliária, marcadamente no centro histórico e na zona sul. Vive uma degradação na qualidade dos serviços públicos e o orçamento participativo perdeu fôlego e capacidade decisória, tendo se esvaziado, na prática de gestões que, ao longo dos últimos 12 anos, substituíram a consulta popular pelas decisões de gabinete.

A água que sai das torneiras está, em algumas regiões, marrom e com mau cheiro. Porto Alegre é, hoje, uma cidade violenta, num estado desgovernado, com um país sob um golpe. E, ainda assim, com todo o mal estar, o passo adiante segue empacado.

Mesmo que não seja uma doença, o golpe disseminou um ambiente de paranoia e instabilidade política que acarreta um progressivo mal estar, também à esquerda. É desconcertante assistir a uma força política tão grande, com tamanha capacidade de resistência e de resiliência, enveredar-se nos paradoxos internos e das escolhas de campanha, antes mesmo, do voto.

Parafraseando um filósofo inglês, o fato de que o jogo esteja cheio de furos e de trapaças não significa que não esteja sendo jogado.

O problema reside na força que os árbitros, os eleitores, ainda terão, ao votar, depois do golpe e findadas as eleições municipais do ano em que o sufrágio universal foi jogado fora.

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Comentários

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Fábio

Comparar Luciana com Marchezan foi muito forçado. Ela não disse que acabará com a corrupção cortando CCs, a autora está manipulando a fala de Luciana.
Atenção! Este texto possui partes cheias de ressentimento!
A própria campanha do Raul descaracterizou totalmente a identidade visual do PT por causa do desgaste midiático pelo qual o partido passa e a autora critica Luciana Genro por não apoiar Raul irrestritamente. Faça me o favor!
Assim como Erundina o Raul tinha que ir para o Psol!

Fábio

Comparar Luciana com Marchezan foi muito forçado. Ela não disse que acabará com a corrupção cortando CCs, a autora está manipulando a fala de Luciana.
Atenção! Este texto possui partes cheias de ressentimento!
A própria campanha do Raul descaracterizou totalmente a identidade visual do PT por causa do desgaste midiático pelo qual o partido passa e a autora critica Luciana Genro por não apoiar Raul irrestritamente. Faça me o favor!

João Carlos

Pelamordedeus mas que artigo mais tendencioso em relação a Luciana e os comentáristas posteriores parecendo os que a direita faz em relação ao Lula e Dilma. Comparar a Luciana primeiro ao Dallagnol e apos ao Marchezan é forçar a barra alem dos limites razoaveis, Voce sabe muito bem que a campanha da Luciana está centrada nos 50 pontos para governar que se encontram no site dela e em publicações não se limitam ao reduzir em 70% os CCs, redução essa que tem por objetivo avabar com o apadrinhamento politico das indicações para funções gratificadas na prefeitura substituindos por funcionários de carreira. Os 12 segundos que ela aparece na TV, na mídia tornam quase impossível a apresentação por esses meios de suas propostas então apresentar suas mãos limpas não é moralismo para atrair os paneleiros como tu dizes mas para tentar mostrar que não tem a menor intenção de realizar alianças e coligações como as , infelizmente, feitas pelo PT como com Maluf, Temer e por ai a fora. Não esquecemos que 7 dos atuais ministros do Temer foram ministros ou lideres do governo da Dilma e que, para terminar, no RS em pouco masd de 100 municípios o PT está coligado ou ao Pmdb ou ao PP ou ao Psdb (se não me engano) ou como cabeça de chapa ou como vice. Eu já sou velho pra caramba mas talvez idso explique também a atração que ela e o Psol exercem sobre a juventude.

AndréSN

Desculpe, Conceição.
É que na hora em que escrevi o segundo, o primeiro não estava aparecendo nem com a informação da moderação.
Obrigado.

José Neto

A Luciana é a esquerda que a direita sempre sonhou.

    João Carlos

    Quem muito dizia isso era o Brizola mas a respeito do PT.

Julio Silveira

Acho que a cultura impregnada na nossa cidadania é de tolerância completa a direita, e quando falo cidadania é geral, incluso os com propensão a sentimentos a esquerda, mas isso não os fazem de fato esquerdistas. Como Lula e Marta, com suas declarações semelhantes, ditas em contextos semelhantes, mas recebidas de forma completamente diferentes por muitos que se afirmam progressistas, que as receberam.
Esquerda autêntica no Brasil, qual grupo pode receber essa medalha? Esse mérito? Acredito que nenhum. E é justamente isso, uma cise de sinceridade que se verifica, com todos disputando uma retórica hipocrita, mas são todos filhos da direita e fazem da esquerda um nicho de mercado onde disputam os clientes, eleitores. Por isso essa intolerância uns contra os outros, e essa indisfaçada cortesia, até admiração, que os permitem se associar principalmente com os formadores de suas opiniões, a direita.

    Giusepe Sarti Rangel

    Ao comparar Lula a Marta considero que pegaste pesado demais…

    Julio Silveira

    Aqueles que acompanham minhas opiniões neste Blog devem ter percebido que sou um esquerdista convicto. Mas não tenho por hábito contemporizar naquilo que acredito. Procuro não ser levado por conveniências do momento, nem idolatrias que possam me cegar para a verdade dos fatos. Até para entender os por quês do momento que vivemos. E eu não comparo o Lula a Marta, mas entendo que ele sim, o que despertou em mim uma grande revolta, por ter sido surpreendido por ele, Lula, tendo uma atitude previsível para a Marta. E não foi uma só vez, e o fez antes dela se revelar, o que de certa forma lhe abriu um precedente exemplar. O Lula quando fez sua inconfidência o fez num momento em que se deliciava com as luzes da ribalta, quando procurava atrair a direita para sua simpatia, momento em que me senti traído, quando também afirmou não ser de direita. E eu não estou inventando, está lá registrado. Agora cada um sente o que quiser e como quiser, e confesso a vc, me senti muito pior com a confissão do Lula do que com a da Marta, de quem nunca esperei nada diferente.
    Mas se te conforta, também não me faz bem vê-lo ser perseguido injustamente, por que o que espero sempre, num país de instituições sólidas, é justiça, o que não temos verificado. Mas é importante que conheçamos e reconheçamos nossas deficiências, e também, e principalmente, nossos adversários reais, para que tenhamos consciência da forma com que devamos tratá-los. E para mim o Brasil necessita urgente, antes de qualquer coisa, de uma revolução cultural, partindo para a busca princípios cívicos éticos, e não primordialmente econômicos como foi a base para a revolução do Lula, e para mim seu grande erro, ao contrário do que muita gente pensa.

AndréSN

Bom dia.
Fiz um comentário, que vocês podem achar certo ou errado, no que toca a opinião que cada um tem, mas foi equilibrado.
Não fiz ofensas, nem foi um “delírio insustentável” o que eu disse.
Apenas disse o que para mim está claro:
A sociedade brasileira escolheu como muleta para as suas incapacidades, o PT.
E as jornadas de junho de 2013 lançaram o país nessa rota de ódio ilógico, tendo sido a esquerda quem abriu espaço para a direita “deitar o cabelo”, como a gente dizia na mesa de truco, quando tinha “casal-maior”.
Mas esqueci de dizer que acho também que o golpe, na minha opinião, começou antes disso, com os vídeos do “não vai ter copa”, produzidos em inglês e divulgado, em Pindorama, com legendas.
Lamento a não publicação de minha opinião.
Atenciosamente.

    Conceição Lemes

    André, os comentários não são liberados automaticamente. Todos são lidos. Por isso demora um pouco. abs e obrigada

Leo F.

Por ser carioca, não posso falar pelas candidaturas de Porto Alegre. Então, tentarei contar um pouco, como correm as candidaturas do Rio.

Depois de ler o texto, percebi que existem algumas diferenças fundamentais:

– Marcelo Freixo faz as vezes da candidatura de uma “Luciana Genro”. Mas, muito mais focado e totalmente sem demagogia. Primeiro, a questão da corrupção passa ao largo e o discurso é baseado no Plano Diretor e em como evitar uma especulação imobiliária desenfreada. Pouco ou nada fala do tema “Golpe”. Mas, conhecendo bem como o candidato se porta, no segundo turno iria apoiar sem ressalvas, a Jandira (caso essa chegue lá).

– Jandira é um Raul Pont. Fala repetidas vezes no tema Golpe. Tenta puxar os cariocas pela memória coletiva. Mas, sinceramente, não trabalha muito bem o programa de governo em entrevistas e/ou em debates.
Ademais (e acho esse o maior problema), sofre uma rejeição quase que irracional por boa parte do eleitorado jovem da cidade. Tenho convicção (parafraseando o Deltan), que a misoginia da parte masculina desse eleitorado em ver uma “mulher-macho” dada a sua postura dura e objetiva no Congresso, é o grande ofensor de uma guinada maior na sua candidatura.

– Flavio Bolsonaro: Sem comentários. Marchezan é de esquerda, perto dele. Falo sério.
É o candidato da “Força” (sim, esse é seu slogan de campanha. Entenda como PORRADA!).

– Crivella: Por mais que tenha dado uma facada nas costas de Dilma, ao orientar o voto da bancada do PRB a favor do Impeachment (pois pensava em quem iria apoiar sua candidatura aqui no Rio), por incrível que pareça, é um candidato extremamente sério. E tem um projeto de cidade razoável.
Sem fazer demagogias, usando de sua religião, muito diferente de diversos membros da frente evangélica que hoje permeia a política.

– Pedro Paulo: Candidato da situação (PMDB). É um Sebastião Melo, de cabo a rabo. “Paira” sobre a situação municipal e estadual e é “humildão”. Projeto de cidade, o mesmo do Paes.

    Nelson

    Permita-me questionar, meu caro Leo F. Um cara que pensa mais em sua candidatura, e eleição para prefeito, do que no futuro de mais de 200 milhões de pessoas pode ser considerado sério?

    O flagrante desrespeito à Constituição, que levou Dilma para fora do governo, nos jogou numa insegurança institucional e jurídica total, que vai perdurar por muito tempo. Enquanto isso, aproveitando-se de toda a confusão gerada, os vendilhões da Pátria vão entregar o que resta do país para o grande capital.

    Entramos numa encalacrada tão grande da qual, talvez, nunca mais consigamos sair. Assim, eu reluto em considerar o tal de Crivela um homem sério.

Nelson

O gaúchos vivemos a repetir que somos o povo mais politizado do país. Porém, depois de garantirmos à Rede Brasil “Zelotes” Sul [RBS] dois senadores lá em Brasília, que estão a trabalhar pelos interesses dos poderosos, estamos prestes a garantir que a direita amplie seu domínio em nosso Estado.

Onde é que estaríamos se não fossemos os mais politizados?

    Carla

    Por isso digo: Lasier não foi cabdidato do pdt, ele foi e é um representante do pig.

Nelson

A dona Luciana “Mãos Limpas” Genro tem, na guaiaca, umas quantas notinhas do Sr Jorge “Zelotes” Gerdau, o homem do PGQP. Está doidinha para deixar a nossa capital nas mãos da direita.

O PSOL, partido que nasceu com belíssimo nome e prometendo que reuniria uma esquerda evoluída, está a nos oferecer desilusão e desesperança.

Assim, a direita ganha de lavada.

AndréSN

Bom dia!
Sou de esquerda, mas não sou petista, e para mim está muito claro o que nos trouxe a esse momento louco:
Uma sociedade que aliena seus interesses desde que o PT seja extinto.
À esquerda e à direita, esse é o mote único que impulsiona esse processo nocivo de ódio sem razão.
Nossa sociedade só voltará a refletir sobre aquilo que é de seu interesse para a consolidação do Brasil como um país independente e mais equilibrado socialmente, quando aquela estrela vermelha com duas letras no centro não puder ser mais apontada como responsável por todos os males do Brasil.
Para mim, o PSOL é purista e não me esquecerei jamais das jornadas de junho de 2013, bancadas nos bastidores por esse partido, e onde os primeiros petistas foram agredidos, abrindo a porta para os hidrófobos da direita avançarem.
Lamento muito tudo o que está ocorrendo aqui. Em três anos o Brasil foi destruído por essa atitude insana.
Abraços e sorte pra nós todos.

marco

Sra,Katarina.À que esquerda a senhora se refere? Esquerda? O que é isso ? Até agora,os inventores do termo,não me esclareceram ,o que quer referir.Pra mim,essa esquerda à qual a senhora se refere, não passa de CANHOTOS, que é como se diz no Rio Grande do Sul, ao respeito de pessoas que tem mais habilidades na mão esquerda,do que na mão direita.Pra mim,são todos iguais,e serve tal descrição,para aqueles que se escondem no conceito, que subverte suas IDEOLOGIAS meramente PEQUENO BURGUESAS,de serviçais da BURGUESIA.Que não morreu não,esta mais ativa do que nunca,com novas roupagens,que não escondem os velhos conceitos da velha BURGUESIA,que nos nossos dias,não mais se escondem na atividade produtiva,senão como ABUTRES FINANCISTAS.Outrora,mamavam na MAIS VALIA da produção de riquezas e hoje,mamam,nos cofres públicos que é o resultado do que produzem a maioria do POVÃO.

FrancoAtirador

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Gaudério Farroupilha em Protesto #ForaTemer

https://pbs.twimg.com/media/Csy7k15WIAA41Ij.jpg

https://twitter.com/DeputadoFederal/status/778203084795351041
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FrancoAtirador

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Enquanto isso, na PetroBRAX do Gestor do Moro…

https://pbs.twimg.com/media/CsxN9vWWAAA3o28.jpg

https://twitter.com/marcysmrj/status/778082569262886913
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    FrancoAtirador

    .
    .
    Há uma questão de fundo que precisa ser exposta:
    .
    No Ano de 2013, com toda a Corrupção alardeada,

    a Petrobras teve LUCRO LÍQUIDO de R$ 23 BILHÕES,

    além de recolher R$ 10 BILHÕES em Impostos e INSS.

    E nos Períodos imediatamente Anteriores, também

    obteve Lucros Bilionários, durante os Governos do PT:
    .
    .
    Petrobras
    Lucro Líquido Anual
    De 2008 a 2013:

    2008: R$ 32,99 bilhões

    2009: R$ 28,98 bilhões

    2010: R$ 35,19 bilhões

    2011: R$ 33,13 bilhões

    2012: R$ 21,18 bilhões

    2013: R$ 23,57 bilhões
    .
    .
    Depois que se iniciou a Operação Lava-Jato, em 2014,

    a Petrobras começou a ter um Prejuízo Atrás do Outro.
    .
    Ou seja, sob o Pretexto de acabar com a Corrupção

    puniram a própria Estatal Brasileira, que era a Vítima,

    quebrando a Estrutura Econômica Produtiva do País

    e retirando o Sustento de Milhões de Pessoas no Brasil.
    .
    E para arrematar entregam de Bandeja aos Estrangeiros

    as Reservas de Petróleo que, em Uma ou Duas Décadas,

    poderiam quitar toda a Dívida Pública da União Federal.
    .
    http://www.viomundo.com.br/denuncias/fernando-brito-petrobras-perdeu-hoje-mais-do-que-com-a-lavo-a-jato-inteira-governo-temer-vendeu-por-r-85-bi-campo-de-pre-sal-que-vale-r-22-bi.html
    .
    .

    FrancoAtirador

    .
    .
    Há Algo de Podre Phodêr no Reino da Lava-Jato.
    .
    .

Cláudio

:
: * * * * 04:13 * * * * .:. Ouvindo As Vozes do Bra♥♥S♥♥il e postando: A grande mídia (mérdia) é composta por sabujos sujos a serviço dos ianque$ e do $ionismo de capital especulativo internacional e outras máfias (como a ma$$onaria) dos canalhas direitistas…
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* 1 * 2 * 13 * 4
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Por uma verdadeira e justa Ley de Medios Já pra antonti (anteontem. Eu muito avisei…) !!!! Lula (sem vaselina) 2018 neles (que já tomaram DE QUATRO) !!!!

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