MST realiza no sábado 1ª Festa da Colheita de Soja livre transgênico do Paraná
Tempo de leitura: 4 minMST realiza 1ª Festa da Colheita de Soja livre transgênico do Paraná, neste sábado (25)
Os ministros Agricultura, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, confirmaram presença na atividade, que será realizada na comunidade Fidel Castro, em Centenário do Sul, região norte do estado
Neste sábado (25) será realizada a 1ª Festa da Colheita da Soja Livre de Transgênico da Reforma Agrária Popular do Paraná, em Centenário do Sul, norte do Paraná.
Mais de 5 mil pessoas são esperadas para a atividade, que tem presença confirmada dos ministros da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Carlos Fávaro, e Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira.
A anfitriã da festa será a comunidade Fidel Castro, formada por cerca de 220 famílias Sem Terra, há 14 anos.
Programação prevista:
Abertura, às 9h
Início da colheita da soja, às 10h
Visita ao Centro de Produção de Alimentos Saudáveis Antonio Tavares, às 11h
Ato político, às 12h
Apoie o VIOMUNDO
Almoço comunitário gratuito, às 13h
Também estão confirmados para o ato representantes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), de deputados federais e estaduais, entre elas a presidenta do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann.
Prefeitos e autoridades estaduais e locais também estarão presentes.
Junto de outros assentamentos e acampamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) da região, a comunidade está preparando um almoço gratuito para todas as pessoas participantes.
O cardápio terá churrasco, arroz, mandioca, saladas, farofa, porco no tacho, tudo produzido pelas famílias Sem Terra.
Diego Moreira, integrante do Setor Nacional de Produção do MST e assentado na comunidade Maria Lara, em Centenário do Sul, explica que o Movimento tem avançado na organização de cadeias de produção, e agora expande também para a soja livre de transgênicos.
A intenção é organizar a cadeia produtiva completa da soja, desde a produção de sementes, passando pela produção de grãos, até a posterior industrialização e comercialização.
“Estamos também trabalhando na perspectiva de construir agroindústria, tanto para a produção de óleo, quanto para ração, para agregar valor, mas também para transformar a soja numa cadeia produtiva importante para a agricultura familiar, para os assentamentos da reforma agrária”, garante o dirigente.
Atualmente, os assentamentos e acampamentos do MST do Paraná já atuam nas cadeias produtivas do arroz, do milho, do leite, do hortifrúti, da cana-de-açúcar e da erva-mate.
São mais de 50 agroindústrias e 20 cooperativas da Reforma Agrária no estado que organizam a produção e a comercialização dos alimentos.
Por meio destas estruturas coletivas, as comunidades agregam maior valor à produção, aumentam a renda das famílias e fortalecem o desenvolvimento local e regional.
O plantio de soja convencional, como também é chamada a semente não transgênica, cresce a cada ano em assentamentos e acampamentos do MST. Nas comunidades Fidel Castro e Maria Lara, de Centenário do Sul, as lavouras ocupam 200 hectares.
Os assentamentos 8 de Abril, do município de Jardim Alegre, e Novo Paraíso, em Boa Ventura de São Roque, também iniciarão em breve as colheitas de lavouras de soja orgânica. Em Jardim Alegre, são 44,62 hectares de cultivo do grão livre de transgênico, sendo 8,38 destes de produção orgânica já certificada.
Já em Barbosa Ferraz, o plantio atualmente é de três hectares de soja orgânica, com perceptiva de crescer nos próximos anos. A produção tem acompanhamento técnico do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná).
Ao avançar neste tipo de produção, as famílias Sem Terra reduzem o agrotóxicos e a degradação ambiental e da saúde humana: “Nós do MST com a responsabilidade que temos em enfrentar a fome, o desequilíbrio ambiental, a destruição da natureza, não poderíamos deixar de organizar essa importante cadeia produtiva. Essa é mais uma bandeira que estará firme nas mãos do MST, para que possamos organizar mais essa cadeia produtiva, somando com outras tantas que temos nas nossas áreas, para massificar a produção de alimentos, o abastecimento nacional, a soberania alimentar e matar a fome do povo”, completa Diego Moreira.
Produção de alimentos e solidariedade
A produção de alimentos para ajudar no combate à fome é um objetivo permanente das famílias Sem Terra.
O Centro de Produção de Alimentos Saudáveis Antonio Tavares, criado pela comunidade Fidel Castro em 2020, faz parte das cerca de 20 horas comunitárias formadas pelo MST durante a pandemia da Covid 19, que permanece até hoje. A intenção é fortalecer as ações de solidariedade com as famílias urbanas que enfrentam a fome.
Por meio de iniciativas conjuntas com outras camponesas e camponeses Sem Terra da região, a comunidade Fidel Castro doou centenas de quilos de alimentos saudáveis a quem mais precisava. Em todo o Paraná, mais de mil toneladas de alimentos foram partilhadas por acampamentos e assentamentos do MST.
Famílias das comunidades Fidel Castro e Maria Lara, em Centenário do Sul (PR), compartilham alimentos. Fotos: Eliane Machado/MST
Leia também:
Márcia Lucena: Liberdade e autonomia ou, embolada, ‘maria vai com as outras’
Romero Venâncio: Extrema direita católica difama Campanha da Fraternidade
Comentários
Zé Maria
https://pbs.twimg.com/media/FqD_pC1WYAEGbwT?format=jpg
Adendo ao Comentário de 24/02/2023 – 14h07,
abaixo.
“Muita coisa absurda rolou nesses últimos anos,
mas nota à imprensa defendendo escravidão …
“Só escravizamos pq ninguém quis ser escravizado” …
Íntegra da Nota do
Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC-BG):
https://t.co/HCjSZxfkcl
https://twitter.com/gabrielabilo1/status/1630584309210914821
* Observe-se quem são os Apoiadores:
http://www.cicbg.com.br/institucional
http://www.cicbg.com.br/noticia/nota-de-posicionamento/1699
Zé Maria
https://pbs.twimg.com/media/FprBeaOXoAM9u_k?format=jpg
https://twitter.com/LuizMuller/status/1628826947261198337
https://twitter.com/Vitoria_Leitzke/status/1628844114765643777
https://twitter.com/LuizMuller/status/1628870845098491904
.
“Afasta de mim esse Cálice
De Vinho Tinto de Sangue!”
(Chico Buarque/Gilberto Gil)
https://youtu.be/wV4vAtPn5-Q
https://www.letras.mus.br/chico-buarque/45121/
.
https://revistaforum.com.br/brasil/2020/9/21/meritocracia-sobrenome-no-garante-emprego-diz-luciana-salton-diretora-da-vinicola-salton-82883.html
.
.
Segundo a Polícia Federal e o Ministério do Trabalho e Emprego,
a empresa Oliveira & Santana, que mantinha os trabalhadores
em condição análoga à escravidão, possuía contratos com
vinícolas famosas da região, entre elas a Salton, Aurora e
Garibaldi, em que fornecia mão de obra para a colheita de uva.
As três empresas alegam que não tinham conhecimento das irregularidades
praticadas pela terceirizada com a qual tinham parceria.
O Ministério do Trabalho e Emprego, entretanto, já avisou que elas podem
ser responsabilizadas pelo pagamento dos direitos trabalhistas caso estes
não sejam quitados pela terceirizada.
“O primeiro responsável é o atravessador.
Se ele não paga, quem recebeu esse serviço
será responsabilizado porque essas pessoas
prestaram serviços para eles, alguém tem
que pagar (…) Eu até conversei com o
responsável de uma dessas vinícolas.
Ele disse que fez a contratação desse
atravessador (homem preso).
Mas não imaginava a situação, e agora eles
sabem que podem ser responsabilizados
por essas pessoas que trabalharam para eles.
Então, alguém vai ter que pagar, se o
atravessador não pagar, eles estão
preparados para pagar”, disse Vanius Corte,
do MTE, em entrevista à Rádio Gaúcha.
https://pbs.twimg.com/media/FpsACqQWIAAmmHz?format=jpg
“Culpe-se também a nossa ‘maravilhosa’
lei da terceirização…
esse buraco é mais fundo do que parece.”
https://twitter.com/wlauria/status/1628910631138037760
https://twitter.com/luizmuller/status/1629103560871886849
https://twitter.com/caco_kes/status/1629119188026490886
https://twitter.com/toniolo1988/status/1629014643002732545
.
“é a ‘mão invisível do liberal’ de extrema-direita, do ‘Partido Nojo’,
pela ‘liberdade de fazer a flexibilização’ na Lei Áurea, além da
‘Reforma Trabalhista’, que ia ‘gerar empregos’.
‘É complicado ser empresário no Brasil’ (ironia).”
https://twitter.com/fernao_berthold/status/1628830120122122242
O Povo Gaúcho não merece esses Escravocratas!
https://malaprontagramado.com.br/melhores-vinicolas-de-bento-goncalves/
https://twitter.com/luizmuller/status/1629103560871886849
https://twitter.com/gerson13ilheus/status/1629042962163171328
https://twitter.com/guebala/status/1628850906014838784
Zé Maria
https://pbs.twimg.com/media/FprIn23XoAICLQT?format=jpg&name=small
https://twitter.com/i/status/1611724633257959424
“RS na Vanguarda da Delinquência Empresarial”
https://twitter.com/CarlosGoessel/status/1628891117520404480
https://twitter.com/marianacarlos/status/1629127832633847820
“A empresa que usava mão de obra em condições análogas a escravidão prestava serviços p/ 3 das principais vinícolas do país: Salton, Aurora e Garibaldi. Foi a maior operação desse tipo no RS. Temos que retomar as estruturas de combate ao trabalho escravo desmontadas por Bolsonaro.
Professor Historiador TARCÍSIO MOTTA
Deputado Federal (PSoL/RJ)
https://twitter.com/MottaTarcisio/status/1629122078732435456
https://pbs.twimg.com/media/Fpsok0sXsAEz6uB?format=jpg
https://twitter.com/lazarorosa25/status/1628940306614824961
Zé Maria
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Trabalhadores vieram do Nordeste para trabalhar na Plantação de Uvas
e eram Impedidos de sair do Local de Trabalho por Coação da Empresa
A operação de Resgate dos Trabalhadores Confinados foi realizada
pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE ), pela Polícia Federal (PF)
e Polícia Rodoviária Federal (PRF), após três empregados procurarem
a PRF em Caxias do Sul dizendo que tinham fugido de um alojamento
em que eram mantidos contra sua vontade.
No local, os trabalhadores foram encontrados “em situação degradante”.
Um dos trabalhadores resgatados pela PF relatou na TV em que condições
ele e os colegas viviam na local oferecido pelos empregadores e a relação
com a empresa que os contratou.
“Todos os dias, a gente amanhece com o pensamento de ir para casa.
Mas não tem como a pessoa ir para casa porque eles prendem a gente
de uma forma que ou a gente fica ou, se não quiser ficar, vai morrer.
Se a gente quiser sair, quebrar o contrato, sai sem direito a nada,
nem os dias trabalhados, sem passagem, sem nada.
Então, a gente é forçado a ficar”, contou.
Ele contou, ainda, que veio da Bahia, junto com colegas, para trabalhar
na colheita da uva com a promessa de salários superiores a R$ 3 mil,
além de acomodação e alimentação.
No entanto, ao chegarem ao RS, os trabalhadores nordestinos enfrentavam
atrasos e descontos nos pagamentos dos salários, longas jornadas de trabalho,
oferta de alimentos estragados e violência física, inclusive eletrochoques.
Também eram coagidos a permanecer no local – que era pequeno e estava em más condições – sob a pena de pagamento de uma multa por quebra do contrato de trabalho.
Também houve casos de violência com choque elétrico e spray de pimenta, conforme Vanius Corte, gerente regional do MTE em Caxias do Sul.
“Alguns diziam que tinham recebido um adiantamento,
mas nunca tiveram pagamento do que foi prometido.
Em contrapartida, tinham essa indicação:
‘vai lá e compra no mercadinho que te vende fiado’,
e esse mercadinho praticava preços elevados.
Foi identificado um saco de feijão a R$ 22,00.
O empregado ficava sempre devendo e
não conseguia sair sem pagar a conta,
não recebia o salário e ficava nessa situação,
de ficar preso no local por conta da dívida.
Isso foi uma das coisas que caracterizou
o trabalho escravo, além da história das
agressões”.
“Nossa fiscalização apreendeu no local
uma máquina de choque elétrico e spray
de pimenta que eram usados contra os
empregados que reclamavam da situação.
É uma situação escandalosa de tratamento
das pessoas”, relata Corte.
[Da Série: “Cenas do Brasil (nem tão) Profundo”]
Fonte: G1
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