Mauro Santayana: Pânico em Washington

Tempo de leitura: 3 min

por Mauro Santayana, no seu blog

Ao morrer anos antes, Guimarães Rosa perdeu outro tema que a realidade dos sertões mineiros poderia ter oferecido à sua ficção: a da enlouquecida matança de inocentes por alguém acossado pelo medo de inimigos imaginários.

Durante alguns anos, um rico fazendeiro de Curvelo – cidade próxima a Cordisburgo, terra do escritor – manteve pequeno e eficiente grupo de pistoleiros, aos quais encarregava de identificar e matar suspeitos de tramar a sua morte. Os pistoleiros, que recebiam por empreitada, agiam com esperteza. Quaisquer estranhos que surgissem no município eram logo denunciados ao patrão, que, depois de exame sumário da situação, ordenava o assassinato. Os crimes só foram descobertos muito tempo depois, quando, por acaso, descobriram uma cisterna abandonada no distrito de Andrequicé, onde o fazendeiro tinha terras. Nela, exumaram-se ossos de trinta e seis vítimas. Os fatos foram conhecidos em 1975.

As investigações revelaram o horror: nenhuma das vítimas conhecia, sequer, o fazendeiro amedrontado. Eram caixeiros viajantes; turistas escoteiros, atraídos pelas grutas da região e pela represa de Três Marias, homens nascidos nas redondezas que, vivendo longe, visitavam seus parentes.

Os Estados Unidos, ao que parece, estão sob o meridiano fantástico e assustador de Andrequicé. Eles, nesta quadra, se encontram em situação semelhante. Em seu editorial de ontem, o New York Times expõe as dúvidas sobre o suposto complô iraniano contra o embaixador da Arábia Saudita em Washington e outros alvos. As acusações são bizarras e inconsistentes, diz o texto. E adverte o jornal que, desacreditados com tudo o que ocorreu com relação ao Iraque – quando os ianques mentiram do princípio ao fim – os altos funcionários do governo norte-americano deveriam ter provas irrefutáveis contra Teerã, antes de denunciar o plano. Como as coisas foram conduzidas – reitera o editorial – o governo está vendendo o que não tem, com impudência ridícula. Desde a guerra de anexação contra o México, no século 19, os Estados Unidos têm mentido e criado incidentes falsos para justificar seus atos de agressão, como fizeram, mais recentemente, no caso do golpe de 1964, no Brasil; no Chile de Allende; na Argentina; na Nicarágua; na Guatemala; em El Salvador; na República Dominicana; no Vietnã – em todos os países do mundo que não têm armas nucleares, e onde têm interesses.

Outro fato que faz lembrar o mandante do sertão mineiro, foi a decisão de Obama de ordenar o assassinato de um cidadão dos Estados Unidos no Iêmen, sem qualquer processo legal. O congressista republicano Ron Paul declarou que há fundamento legal para um processo de impeachment contra o presidente. Do ponto de vista técnico, trata-se de um assassinato por encomenda. Quanto a seu antecessor, Bush, há um pedido da Anistia Internacional ao governo do Canadá, para que o prenda – quando de sua visita ao país no dia 20 – e o submeta a julgamento por crimes contra a humanidade, por ter ordenado a tortura dos prisioneiros em Guantánamo e em outros lugares.

Convenhamos que não é fácil aceitar o declínio e o administrar com competência. Nisso, os ingleses, experientes e astutos, foram também eficientes, com a invenção da Commonwealth of Nations, o que, pelo menos, deu um pouco mais de fôlego à sua influência política nos domínios mais próximos da cultura européia, como os da Austrália e do Canadá.

Nesse processo de desvario das elites norte-americanas, que já acometeu outros impérios, a lucidez só pode ser imposta pelos próprios nacionais, o que é difícil e demorado, quando está em jogo a supremacia de seu país, mas pode ser inexorável. Tudo vai depender da persistência dos manifestantes e da capacidade que tenham de organizar e ampliar o movimento de resistência política.

É conhecida a tese de alguns historiadores, sobretudo de Toynbee, sobre o fim dos impérios: eles sempre desabam quando há a aliança entre o proletariado interno, o da metrópole, com o proletariado externo, isto é, o das províncias subordinadas. Ao que parece, com as manifestações dos indignados, nos paises centrais e nas antigas colônias, o proletariado do mundo começa a fazer suas alianças, de forma bem diversa da que Marx e Engels pregavam em 1848 – mesmo porque os trabalhadores de nosso tempo são bem diferentes, com a veloz transformação do processo tecnológico de produção dos últimos 60 anos. A articulação desses movimentos poderá surpreender o mundo, se os donos do poder não conseguirem, como já o fizeram antes, apropriar-se da indignação, domá-la e submetê-la aos seus interesses.

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Comentários

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damastor dagobé

tem um grande equivoco aí pessoal…a turma que acampa e ocupa aqui e acolá.. não quer o fim dos EUA nem do capitalismo…ao contrario: eles só querem fazer parte dele, e olha que é só como empregado…o pessoal quer muito pouco.

    Jota Ricardo

    Será que os indignados são, na verdade, os ''magoados''– que se descobriram excluídos do sonho capitalismo. O tempo dirá…

Sérgio

Enquanto a população de 80 países vão para as ruas protestar contra as consequências do neoliberalismo, aqui os "cansados" vão para as ruas para desestabilizar governos e ver se conseguem trazer, de volta, os neoliberais.
É a fina flor da "modernidade".

    José Ruiz

    Ou "desestabilizar governos e ver se conseguem trazer, de volta, os neoliberais" ou para criar uma agenda que impeça o recrudescimento das reformas que se iniciaram no governo Lula. Vão-se os anéis, ficam os dedos… acho que as elites estão mais preocupadas em conter ideias progressistas..

El Cid

Sem seu contraponto, o comunismo, o capitalismo fnanceiro levou o povo estadunidense e europeu ao desespero, ao abismo !

Não há saída. É reagir ou reagir…

Os cansados brasileiros são formados pelos corruptores e membros da classe media ignara que serve de massa de manobra. O movimento dos cansados é totalmente oposto ao dos indignados. Enquanto os cansados lutam pela manutenção do "status quo", pela impunidade dos corruptores, os indignados lutam contra os corruptores, banqueiros e rentitas, responsáveis diretos por todas as crises e mazelas!

    Lu_Witovisk

    Sim! Mas aqui na cinelândia, no dia 15, eu vi restolho do cansei tentando desvirtuar o movimento e alguns mascarados (desses Anonymous) que mais pareciam gente da direita infiltrada para distorcer discussões. O bom é que eram poucos e a maioria estava ali interessada em pensar sim novos rumos.

dukrai

tá parecendo um discurso do Chávez, da Venezuela, mas a decadência do império vai ser longa, na proporção do seu poder econômico e militar. 700 bases militares espalhadas pelo mundo, um PIB de trilhões, trocentas mega-empresas "americanas" plantadas no coração da China e por sua vez um trilhão pendurado no prego chinês. é bom que o império não desabe e que a transição se dê com blocos regionais assumindo vácuo, sulamérica, o que sobrar do euro e que o brics contenha o apetite do novo império do sol nascente.
amemzizuis e nossasenhora, capeta atrás tocando viola.

Roberto Locatelli

Em tempo: não devemos confundir o Império com o povo dos EUA. Embora haja muitos fascistas entre eles, a maioria é de pessoas comuns, que só querem viver sua vida em paz.

Roberto Locatelli

O Império é, hoje, um animal acuado por todos os lados. Até o New York Times – que de esquerdista não tem nada – acusa o governo dos EUA de ser mentiroso.

A questão é que todo animal acuado é muito perigoso. Esperemos que nenhum psicótico – há muitos por lá – não aperte o botão de lançamento dos mísseis nucleares…

João PR

Quem, em sã consciência diria, 30 anos atrás que veríamos esta revolução!

Os EUA estão a caminho de ser apenas mais um país no globo terrestre. Não pederão toda sua influência enquanto o dólar não for substituído como moeda mundial de trocas. Este é o próximo passo: os governos do mundo devem ser unir e fazer um novo Bretton Woods. Daí a decadência dos EUA se consolidará.

Mariana

Outro ponto, as medidas tomadas por Alemanha-França para salvarem o Euro, grosso modo, estão se saindo como a política do apaziguamento chancelada por Chamberlein, ou seja, mal sucedidas desde o princípio, a partir do momento que salvar os bancos terão, no futuro, a conta paga pelas restrições do welfare state.

Não vai dar certo pelo histórico dos doze povos daquele continente. Ora, se no passado encontrou-se um povo para pagar o pato por erros cometidos, não há dúvida de que haverá aumento da intolerância nutrido, infelizmente, por governos para legitimarem o fim do welfare-state. Você já imaginou uma Europa ao acordar para esta realidade? Aliás, vale lembrar que a Europa só teve noventa e nove anos de paz, O concerto europeu, de 1815 a 1914. Não estou falando em guerra, mas ninguém é louco de desconsiderar as razões históricas do Velho Continente. A Europa não se curva e não se curvará diante de homens.

Mariana

Azenha/Conceição, a PEA (Política Externa Americana) é e será previsível, neste caso específico, haverá sempre um inimigo externo contra a América e precisa ser combatido. Com isto, tenta se tirar a atenção da população do real problema e, no imaginário americano, lá vão eles, arautos da "lberdade e democracia", salvarem o mundo.

Mas acontece, que nesta mesma terra "time is money" e o americano está com o bolso muito sensível para dar ouvidos a isto, haja vista o sucesso lá, se encontrar associado a pessoa que se faz pela sua determinação e determinado a ser um vencedor.

Regina Braga

Como os governos e poderosos morrem de medo de GENTE..Quanta fragilidade!!!

Melinho

O MAIS RECENTE LIVRO DE FERNANDO MORAIS

Chama-se "Os Últimos Soldados da Guerra Fria"

Tem tudo a ver com as patifarias praticadas pelos Estados Unidos no mundo inteiro. Veja o que está escrito na orelha do livro e saiba do que se trata:

"Jogar pragas nas lavouras cubanas e interferir nas transmissões da torre de controle do aeroporto de Havana de Havana eram apenas dois dos atos terroristas que os grupos anticastristas mais radicais da Flórida costumavam perpetrar em suas tentativas de derrubar o líder cubano. Para isso, utilizavam antigos aviões de guerra americanos, com os quais invadiam o espaço aéreo da ilha caribenha. E de nada adiantava dezenas de reclamações oficiais enviadas a Washington pelo governo de havana.

Quando Cuba se voltou para o turismo a fim de minorar a crise econômica agravada pelo fim da União Soviética,esses grupos de gusanostrataram de pôr em prática o que pregavam em folhetos e entrevistas: "a opinião pública internacvional precisa saber que é mais seguro fazer turismo na Bósnia-Herzegovina do que em Cuba". Em cinco anos, realizaram 127 ataques que incluiam atentados a bomba nos melhores hotéis e até rajadas de metralhadoras disparadas de lanchas vindas de Key West contra turistas estrangeiros em praias cubanas.

Para combater esses atos terroristas, Cuba criou a Rede Vespa, um seleto grupo composto de doze homens ee duas mulheres que se infiltraram em algumas das 41 organizações anticastristas da Flórida com o objetivo de colher informações, antecipar-se aos ataques e deter os mercenários que, a serviço dos terroristas, tentavam entrar no país.
Este livro narra em detalhes a incrível história desses espiões na luta contra entidades que atuavam sob a fachada ded "humanitarismo" e contavam com o poderoso apoio de um lobby anticastrista, o qual envolvia assessores do poder executivo, senadores e deputados americanos. Uma história de peripécias dignas dos melhores romances de espionagem".

OBS: lí o livro em 12 horas, das 14 que passei numa aeronave.

Douglas O. Tôrres

Vou enveredar por outro caminho,o miticismo para ajudar a me posicionar com mudanças tão rápidas.Muito se tem falado em 2012,e o que se deduziu é que segundo os Maias,há ciclos de mudanças,então o que assistimos seriam prelúdios de uma mudança,como pequenos terremotos antes do grande,ou muita fumaça antes de um vulcão explodir.A vitória das esquerdas na America Latina,a crise do capital,a crescente onda verde,a primavera árabe,e agora movimentos civis organizados em muitos países contra o "sistema",uma conta que ninguém aceita mais pagar(povo).Não é só a decadência de um império,para que outro ocupe o lugar,o que estamos assistindo são eventos novos,em cima de fatos velhos,reações inéditas,ha uma conciencia coletiva muito maior do que se esperava quaisquer estudioso há 1 ou 2 anos atraz.O que vira com esta mudança,espero,tenho esperança,que tenham mais fatos positivos que negativos.Estamos a para assistir um evento raro,um passo evolucionáio da humanidade.

    César Sandri

    Douglas ,acho isso também

    E gostaria de acrescentar nessa sua análise o seguinte: A nossa história pela visão da Ética é dividida em Éticas Fundamentais- 1- Ética Grega- onde nasce o a Filosofia e o valor maior é o conhecimento-daí a máxima de Sócrates " conheça-te a ti mesmo" 2- Depois vem a Ética Cristã Medieval – com o "Teocentrismo" 3- A revolução Iluminista cria o Modernismo- onde agora é o homem é o centro de tudo 4- até hoje vivemos o Contemporanismo ou Pós-modernismo – onde o indivíduo é o centro de tudo, a nossa fase mais narcizistica , em nome do individualismo passasse por cima de tudo.
    Agora no meu entender estamos entrando na Ética Ambiental – onde teremos que respeitar o indivíduo , mas valorizar sobretudo o coletivo- entendessa, o meio ambiente como um todo ,o Natural E O Social . Não poderemos agir mais como agimos; destruindo tudo e todos para satisfazer o indivídual.

    Renato

    Ética Ambiental é mais uma desculpa esfarrapada para justificar o socialismo. Já deserdei um filho por causa do socialismo.

    César Sandri

    continua…
    Somos cruéis com a natureza e com os povos mais fracos, Criamos animais confinados em espaços minunculos para satisfazer o paladar de poucos ( vcs já viram como é produzido o Vitelo, carne nobre?) – e não poderemos ser felizes sabendo que povos são massacrados, para atender nosssas economias.

    A humanidade está numa encruzilhada, concordo com o Douglas , não é só mais uma substituição de Império , é uma nova Ética Nascendo a Ética Ambiental!
    Salve a Ética Ambiental!!!

cronopio

Poderiam ao menos cair com dignidade.

Almeida Bispo

Acho que já caberia na ONU uma menção de desconfiança aos Estados Unidos classificando-o como nação irresponsável, como eles costumaram fazer durante o último século quando começavam a se preparar para invadir alguém "em nome da democracia e da liberdade". Está óbvio que o país está sem controle. Um país que tem armas de destruição em massa para acabar com a vida no planeta, ao menos três vezes. Quando só basta uma.

Julio Silveira

Perfeita leitura. Porém convém às nações do mundo terem essa percepção dos fatos, e não sairem, como sairam, em defesa das mesmas argumentações pifias como correia de transmissão, a exemplo do que já ocorreu em relação ao Iraque. Paises não deviam agir como gangues. Para o Brasil, que pelo menos não se posicione apontando dedos como mão de aluguel para quem já demonstrou não possuir sequer tato para as consequências, quando se trata de indicar o que considerem o eixo do mal no mundo. O Brasil deve seguir a trilha da independência, mas sempre segurando suas posições internacionais com base no consenso mundial e na multipolaridade, como tem buscado se pautar desde o governo Lula e que este atual governo acompanha para bem e orgulho da cidadania brasileira. Contrariando internamente um grupo que estranhamente formou suas convicções com base em esdruxulos valores, como o servilismo e a venalidade, perante o estado Yanke.

beato salu

mas eu ainda prefiro o domínio americano, pelo menos no campo das séries televisivas
…ja pensou ter de assistir o equivalente iraniano de Friends ou Two and a Half Man???

    Roger

    O predominio americano nas séries pode nos impedir de tomar conhecimento de muitas coisas ruins, mas tambem de muitas coisas boas.

    Afinal, os Ianques são muito bons em entretenimento… e entretenimento (em demasia) serve para nos deixar distraídos como bolhas de sabão, despolitizados, idiotizados, que é exatamente o que quer o estabilishmment, o status quo. Olhando para a TV, deixamos de olhar para nós mesmos, para o mundo que nos cerca. Paramos de fazer as perguntas certas – ou pior, não fazemos nenhuma pergunta! (Arquivo X era uma exceção à essa regra alienante, mas como sou fã confesso, sou suspeito para defender…;-)

    É muito possível que a queda do império estadunidense nos permita ver além das brumas que eles projetam sobre nós. E então a verdade será mais clara.

    A propósito, como dizia arquivo X, a verdade está lá fora, e não numa série de TV.

    beato salu

    certeiro e profundo…nada como a pessoa que tem as fontes certas de informação e cultura…a tese básica do X Files é que a humanidade é o que resultou de experiencias de cruzamento de ETs com macacos…
    conheço um monte de gente que comprova essa teoria à perfeição..tanto de macaco como de ET…e muitos são um crossover exato de ambos..enfim..como disse nada como ter a base cultural certa..a verdade está lá fora..

    GilTeixeira

    Eu já vi arumento esdrúxulo por aqui, mas esse supera até os melhores dias do klaus e do nãosabia!

    damastor dagobé

    blz…pra todos os que xingam e esbravejam..que tal apresentar seus argumentos ao invés de espumar e desqualificar o comentarista? dá um pouco mais de trabalho mas vai ajudar o pessoal a entender o seu ponto de vista, pois não?

    H Aljubarrota

    Olha, sinceramente… a gente lê um comentário desses e imagina que ser idiota deve ter lá suas vantagens. Explica aí, Salu quais são…

    Lu_Witovisk

    Eu não acredito no que li. Não sei se choro ou se rio. Não só porque sempre preferi os cinemas "alternativos" quando vivia em SP e os filmes iranianos dão um baile nos enlatados americanos, mas pela displicência da afirmação. O beato salu só pode estar brincando, pois preferir o domínio americano "pelo menos" nas series televisivas (e estas series em especial que não levam ninguém a lugar algum) é o mesmo que dizer "sim, eu concordo com tudo, com a sociedade de consumo banalizada e idiotizada". BRAVO.

    damastor dagobé

    como diz o Simão.. não vejo filme de nenhum país que não tem água encanada.

    José Ruiz

    … burrice tem cura?

    M. S. Romares

    Pergunta retórica? Em todo caso, isso aí é caso terminal.

    beato salu

    ahhh..ia esquecendo…tem desperate housewives também…

Marat

Santayana é sempre brilhante! Acho que o Império (do IV Reich) ainda demora um pouco a ruir, mas o que me preocupa, de verdade, é que um bando de lunáticos, como os do Tea Party, possam vencer eleições e serem donos de tantas armas de destruição em massa!

Telma Cristina

Caro Azenha, por favor troque a foto do seu blog. Todos os textos que compartilho estão sempre com a mesma foto. Eu preciso chamar atenção dos meus poucos amigos. Eu sei que o conteúdo do texto é a mensagem relevante mas o visual também chama atenção. Me ajuda! Obrigada

    M. S. Romares

    Azenha, coloca aquela de sunguinha de crochê, fazendo pose sexy, com o mar ao fundo. Se puder, escolha um tema musical apropriado. Telma, Telma, és amiga do eunãosabia?

FrancoAtirador

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A vitória do Partido Pirata em Berlim pode ter sido um pequeno sinal destes novos tempos.
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