VISÃO ÚNICA DA MÍDIA E AGENDA REGRESSIVA IMPLODEM ECONOMIA
30.11.2016
Por Felipe Bianchi e Raphael Coraccini, na página do Barão de Itararé
Referências no contraponto ao discurso monolítico dos grandes meio de comunicação quando o assunto é economia, Luiz Gonzaga Belluzzo, Eduardo Fagnani e Laura Carvalho discutiram, nesta terça-feira (29), em São Paulo, os impactos do golpe no setor, parte do Ciclo de Debates A Imprensa e o Golpe.
Segundo eles, o governo Temer opta por um ajuste que subtrai direitos, preserva privilégios e ganha o endosso de quase a totalidade dos analistas da imprensa hegemônica.
Professora do Departamento de Economia da Universidade de São Paulo e colunista da Folha de S. Paulo, Laura Carvalho aponta que há uma fraude nas promessas econômicas do governo que se instalou após o impeachment de Dilma Rousseff. “Há uma completa falta de perspectiva de saída do fundo do poço. Criou-se o discurso de que os investidores estariam loucos para vir ao Brasil após a queda de Dilma, mas isso não está ocorrendo”, diz.
Enquanto a frustração aumenta e chega ao ápice com a aprovação em primeiro turno da PEC 55 na Câmara dos Deputados, Carvalho avalia que a imprensa começa a mudar o tom. “Antes, a PEC era a panaceia para o país. Na redação, brincam que seria o ‘Posto Ipiranga’, que daria todas as respostas para os problemas”, conta. O discurso, segundo ela, foi perdendo força e alguns já admitem que mesmo com o sacrifício dos gastos públicos, a crise persistirá.
“O grande problema da PEC é que ela nao distingue o que é direito e o que é privilégio”, critica a economista. Ao passo que congela investimentos em campos como a saúde e a educação, a matéria mantém flexível a margem para aumento de salários da esfera de poder, por exemplo. “Situação é muito dramática pela crise econômica e fiscal, mas o grande problema não foi originado de nenhuma ‘gastança’, como dizem. A solução do problema está longe de ser cortar gastos e investimentos, o que lima qualquer chance de retomar a economia”.
Carvalho também acredita que há uma crise de governança, na qual a histeria da população com a corrupção empoderou certos órgãos de controle que não buscam mais a transparência e o combate à corrupção, mas passaram a ditar a política econômica do país. Esse fator trava e bloqueia investimentos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), exemplifica.
Apoie o VIOMUNDO
“Primeiro que o Estado está longe de estar quebrado, mesmo com a dívida pública tendo saído do controle por razões como o desaceleramento da economia. Mas se o Estado for encarado como esse grande monstro que alguns pintam, fazemos coro com esse tipo de histeria, que inviabiliza a retomada”, assinala. “Não há experiências no mundo onde o setor privado retoma a economia em um cenário de recessão como o que aí está. Quem tem de fazer isso é o Estado”.
Os mantras da mídia e a ausência de debate
Se há um problema na análise econômica feita pela mídia hegemônica é que os conceitos são deformados, afirma Luiz Gonzaga Belluzzo. Para o professor da Unicamp, a discussão limita-se praticamente a repetir mantras. “A palavra austeridade, por exemplo, do jeito que é tratada, parece impossível de se posicionar contra”, argumenta. “Assistir aos comentaristas de economia na TV é um exercício de masoquismo, quase um auto-sacrifício”.
Ele lembra de Yanis Varoufakis, ministro do governo Tsipras na Grécia, em 2015, para ilustrar o que se passa no Brasil. “Quando Varoufakis colocava seus argumentos para a União Europeia, recebia caras de paisagem. É a mesma coisa. As pessoas não conseguem, de jeito nenhum, se livrar de refrões que não significam absolutamente nada”, sublinha.
Após a destituição de Dilma, as manchetes de economia da grande mídia passaram a ser no minímo curiosas, na visão do professor. “Uma das comentaristas da Globo News diz que a crise insiste em não ir embora, como se ela fosse um hóspede incômodo!”, ironiza. “O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, chegou a dizer que apesar de os indicadores estarem em queda, a indústria estaria em franca recuperação”. O paradoxo, recorda Belluzzo, não foi contestado por ninguém da imprensa.
Para ele, é preciso destrinchar o debate. “As poucas vozes dissonantes nesse meio, como a de Laura Carvalho na Folha de S. Paulo, são constantemente atacadas. A polarização que está ocorrendo leva à incapacidade de entender o argumento do outro”, diz. “A palavra ‘gastar’ virou algo ‘maldito’. Mas o gasto de um é a receita de outro. Se todos cortam o gasto, encolhem”, ilustra.
De acordo com o professor, a ausência de pluralidade na mídia brasileira é um fator crucial para a desinformação. “Sem diversidade de opiniões e ideias, onde prevalece um discurso homogêneo, fica fácil uma visão única fazer sentido. As pessoas não entendem, apenas repetem. Não porque não são inteligentes, mas porque a informação que chega a ela tem essa natureza”, diz.
Golpe, caminho para um projeto sem votos
Professor de Economia da Unicamp, Eduardo Fagnani define o golpe como a radicalização do projeto liberal no Brasil. “É antigo, mas é um projeto que não passa pelo crivo popular. Essa é a consequência do golpe na economia: levar a uma extrema reforma do Estado passando por cima do voto e da democracia”, sentencia.
O governo Dilma aceitou diagnósticos equivocados sobre a crise econômica e como enfrentá-la, pondera Fagnani. Mas o que ocorre no país após o golpe, segundo ele, é o desmonte completo do Estado social. A obediência ao rentismo, a regressão nos direitos humanos e sociais, a retirada de direitos trabalhistas e a destruição das bases financeiras do Estado descrito na Constituição de 1988 são os ingredientes da receita que vem sendo cozinhada pelo governo ilegítimo, assinala.
Há um falso consenso de que o gasto social é o grande vilão da questão fiscal, opina Fagnani. Essa tese, segundo ele, leva a uma revisão da Constituição. “O gasto social cresce junto com a democracia. Tanto a experiência nacional quanto a internacional mostram que o gasto social está longe de ser esse ponto fora da curva”, defende.
“Esse conjunto de medidas, em especial a PEC 55, não são peças de um ajuste fiscal, de medidas para a responsabilidade fiscal. Elas significam uma mudança brutal no sistema em que vivemos”, alerta Fagnani. “Assim que as medidas forem aprovadas, o artigo 6º da Constituição e todo o capítulo sobre a ordem social e a garantia de direitos serão transformados em letra morta pela asfixia financeira”.
Veja também:
Golpe contra os pobres protege o alto funcionalismo, denuncia Lindbergh
Comentários
Carlos Soares
É espantoso como os mesmos economistas q deram apoio pro PT quebrar o país, ainda se apresentam como se soubessem alguma coisa de útil!
PS: só permitem comentários elogiosos?
FrancoAtirador
.
.
https://pbs.twimg.com/media/CyicpTEWEAA_ztE.jpg
https://pbs.twimg.com/media/CyicpTAXUAQPpkb.jpg
Mais Uma do Escritório TGP de Advocacia Administrativa
https://twitter.com/ZeGeraldoPT13/status/804064804990230528
.
.
FrancoAtirador
.
.
“Sem Diversidade de Opiniões e Ideias,
onde Prevalece um Discurso Homogêneo,
fica fácil uma Visão Única fazer sentido.
As pessoas não entendem, apenas repetem.”
.
“A Palavra ‘Gastar’ virou Algo ‘Maldito’.
Mas o Gasto de Um é a Receita de Outro.
Se Todos Cortam o Gasto, Encolhem”
.
Economista Luiz Gonzaga Belluzzo
Professor da UNICAMP
.
.
FrancoAtirador
.
.
A Sociedade Inter-Americana de Imprensa
sediada no Estado da Flórida, IúnáitStêits,
é o Mega-Oligopólio Midiático Continental
Encarregado dos Bombardeios na América.
É o Principal Responsável pela Promoção
de ‘Movements’ que se articulam em favor
de Corporações Econômicas Americanas
para Desestabilizar Governos de Esquerda,
geralmente se aproveitando da Ignorância,
da Ingenuidade e da Credulidade de Pessoas.
.
.
FrancoAtirador
.
.
Aqui na América Latina, esse Discurso Monolítico,
Economicamente Liberal e Politicamente Fascista,
Só Alterna os Idiomas Espanhol, Inglês e Português.
Mera Cópia do Press Release Elaborado na Matriz.
.
.
FrancoAtirador
.
.
Organizações Criminosas que Formam
um Cartel de Empresas de Comunicação
Acobertadas por um Falacioso Manto
‘Sagrado’ de Liberdade de Imprensa,
que na Prática se Traduz na Usurpação
da Potencialidade Crítica dos Indivíduos,
para Estabelecer um Padrão Ideológico
cujo Objetivo Cruel é Sangrar as Nações.
.
.
FrancoAtirador
.
.
Curiosidade
Quem São os Que Lucram com as Crises
Políticas, Econômicas e Sociais do País?
.
.
Dica
No Terceiro Trimestre, a Petrobras
já sob a Administração do PSDB
teve um Prejuízo de R$ 16 Bilhões.
Entretanto, no Início de Setembro,
as Ações da Petrolífera na BOVESPA
Haviam Mais que Triplicado de Valor.
Diz a Porta-Voz do Cassino da Bolsa,
Representante Máxima dos Mercados
e Também Sócia dos Especuladores:
.
http://g1.globo.com/economia/mercados/noticia/2016/01/acoes-da-petrobras-fecham-no-menor-valor-desde-2003.html
http://g1.globo.com/economia/mercados/noticia/2016/01/acao-da-petrobras-tem-queda-de-27-no-primeiro-mes-de-2016.html
http://g1.globo.com/economia/mercados/noticia/2016/01/acao-da-petrobras-cai-abaixo-de-r-5-e-hora-de-comprar.html
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2016/11/petrobras-tem-prejuizo-de-r-164-bilhoes-no-terceiro-trimestre.html
http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2016/11/lucro-das-empresas-de-capital-aberto-sobe-14-no-3-trimestre.html
http://www.bolsavalores.net/2016/09/09/acoes-da-petrobras-petr4-triplicam-de-valor-em-2016/
.
.
Carlos Soares
avisa pro Belluzzo q o gasto excessivo de “um”, além de virar receita do outro, vira dívida do “um”!
e se o “um” não pagar, quebra!
e quando o “um” quebrar, todos q dependem dele, se ferram!
assim, o “um só pode gastar dentro das suas possibilidades!
Deixe seu comentário