Juremir Machado: O canibalismo comunista da Veja

Tempo de leitura: 2 min

O canibalismo comunista da Veja

Postado por Juremir Machado da Silva, em 24 de maio de 2013, no Correio do Povo, sugerido pelos leitores Permanente e Aroeira

Praticamente nenhuma pessoa séria leva a revista Veja a sério. Sabe-se que é uma publicação humorística. Faz um humor meio sem graça, apelativo, rasteiro, como é o humor dominante na mídia brasileira atual. Mas há um traço de original nesse humor: ele é ideológico.

Nesta semana, porém, Veja caprichou no ridículo. O texto “Os ossos do socialismo” é uma obra-prima de charlatanismo, de reacionarismo delirante e de besteirol histórico. Segundo o repórter, que assina a matéria, há uma relação direta entre canibalismo e comunismo. Em 1609, os primeiros colonos ingleses instalados em Jamestown, na América, loucos de fome, comeram os seus semelhantes.

Arqueólogos descobriram os ossos de Jane, vítima do canibalismo dos seus parceiros de aventura no Novo Mundo. A revista Veja não tem a menor dúvida: “Jane foi devorada por seus pares como consequência do fracasso do modelo de produção coletiva implantado nos primeiros anos da colonização dos Estados Unidos. A propriedade era comunitária, e o fruto do trabalho era dividido igualmente entre todos. Era, portanto, uma experiência que antecipava os princípios básicos do comunismo. Deu no que deu”.

Uau! A cadeia estabelecida é imperativa: o coletivismo levou à preguiça, que levou à improdutividade, que levou à fome, que levou ao canibalismo. A saída viria com a propriedade privada. É reportagem para prêmio Esso de estupidez. Longe de mim defender o comunismo. O buraco é mais embaixo. Vejamos.

O autor tem a segurança dos tolos encantados com o lugar que ocupam na escala social: “Se não fosse o sistema fracassado, a situação dificilmente teria chegado a esse ponto”.

Todos os demais aspectos de adaptação e de conjuntura são desconsiderados. O reducionismo ideológico surge como uma iluminação. A solução chega com um novo administrador, que impõe à propriedade privada: “A decisão despertou os traços hoje bem conhecidos do capitalismo americano: o empreendedorismo e a aptidão para a competição”. Disso teria decorrido que, em 1775, os americanos “já eram mais altos que os ingleses”.

Tem gente batendo os dentes nos consultórios de dentista, onde Veja é campeã de leitura, de tanto rir. É um riso nervoso.

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Nem os primatas do Pânico fariam melhor.

Para a pragmática revista Veja, no coletivismo, entre trabalhar e comer seus semelhantes, as pessoas escolhem a segunda opção. Um colono comeu a esposa grávida. Veja, enfim, descobriu a origem da expressão “comunista comedor de criancinha”.

Na verdade, encontrou algo mais grave, o comunista comedor de feto. Sem contar que Duda Teixeira chegou ao elo perdido, a origem sempre procurada do capitalismo, o estalo: “Foi essa mudança, nascida do trauma de um inverno em que colonos caíram na selvageria que permitiu aos Estados Unidos se tornar o maior gerador de riqueza do planeta e o berço do capitalismo moderno”. O capitalismo nada mais é que uma reação ao canibalismo comunista. Agora é científico.

Não fosse grosseiro, eu diria: é a coisa mais idiota que li.

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Comentários

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Jorge Pereira

A veja não sabia que “O colono “comeu” a esposa; e por isso a mesma estava grávida – e dizem às más línguas – que continuou comendo!”

Fernando José

Ué, continuo aguardando as refutações históricas às conclusões do historiador Phillip Brice. A galera que frequenta esse blog só sabe despejar rótulos a rodo, mas informação factual que é bom…Só aqui mesmo pra ver um ser humano bípede,supostamente racional, defender o genocídio provocado por Stalin com base em supostos resultados da indústria russa; posso até aceitar, mas quero que vocês aceitem a tortura no período militar brasileiro por causa dos milhares de brasileiros que saíram da miséria no período. Pode ser assim? Por favor, respondam sem usar rótulos, só fatos, por gentileza.

    Luiz Moreira

    Fernando Jose!
    Teus conhecimentos históricos são muito restritos, como costuma acontecer com uma burguesada. Numa luta revolucionária, muita coisa acontece, e pior, muitas vezes são executadas por forças estrangeiras. Que fizeram os EUA no Vietname? Se as forças comunistas fossem devolver o que os nobres soldados dos EUA fizeram, nenhum piloto capturado voltaria vivo. O que fizeram no Japão? Jogaram as bombas sobre alvos civis e de populações sem expressão política.Porque não sobre TOQUIO? Lá estava o IMPERADOR. Lobo não come lobo.E a INGLATERRA? Nas guerras do ópio conseguiu sua expansão. Vá ópio nos chineses. Atualmente são os paladinos das boas maneiras. E quem eram os cubanos fuzilados? Boas pessoas. Não comiam criancinhas, mas faziam carteira de pele de gente. Vai te catar!!! Marx sabia o que dizia. O dinheiro é o mal, quando usado para uma classe lavar a égua. Mereceram levar, levaram. Quantos camponeses foram mortos pelas forças dos imperadores russos. Acharam que sempre seria isto? Tudo tem sua contrapartida.

RicardãoCarioca

Os comentários dos defensores dessa revista, que aparecem por aqui, são ainda mais estúpidos do que os textos desse PiG.

Marinho

Há uma contradição neste artigo do senhor Duda Teixeira.Onde ele viu algum país cuja propriedade seja comunitária e o fruto do trabalho dividido por todos? eles não cansam de dizer que nos países “socialistas” o que tinha era privilégio para uma minoria?

Ps: Este tal Claret é o Martin?

Narr

Advertência aos demais leitores: tal como a Veja, também sou defensor do capitalismo. Portanto, exijo respeito à propriedade privada: esse cadáver aqui é meu e ninguém tasca; sou a favor da livre competição: os cadáveres recentes, ainda sem títulos de propriedade, podem, sim, ser disputados pelos agentes econômicos empenhados na aquisição de fontes de alimentação; a ampliação do número de cadáveres a partir das privatizações comprova o sucesso das políticas em favor do livre mercado (vocês se lembram do tempo em que era difícil almoçar um cadáver? Graças ao PSDB, hoje…)

    grilo

    Alguém entendeu o relincho desse cara?

Lídice Leão: As encruzilhadas pós maio de 1968 – Viomundo – O que você não vê na mídia

[…] Juremir Machado: O canibalismo comunista da Veja […]

Igor Grabois: O empresariado nacional, sempre à sombra do Estado – Viomundo – O que você não vê na mídia

[…] Juremir Machado: O canibalismo comunista da Veja […]

De Paula

O colono não fez nada demais, uai; todo mundo come. Desde quando, prá ser comunista é preciso fazer voto de castidade? Os legionários da Familia Civita piraram de vez.

FrancoAtirador

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Livro
A REPÚBLICA COMUNISTA CRISTÃ DOS GUARANIS
Autor: CLOVIS LUGON

A Utopia Cristã

Por Édison de Souza Carneiro (1912-1972)*

Foi entre os Guaranis que a Utopia teve o seu batismo de fogo.

Nenhum ambiente melhor para a sua implantação do que o Novo Mundo, que
eventualmente inspiraria as teorias românticas do bom selvagem, mas por que teria cabido aos jesuítas, campeões da Contra-Reforma, ferrenhos
partidários da ordem estabelecida, a responsabilidade pela “República-Modêlo”?

Neste livro ardente e apaixonado, Clovis Lugon investiga a fundo a conjunção feliz de circunstâncias, sem dúvida singulares e excepcionais, que permitiu à República dos guaranis viver mais de 150 anos e servir de exemplo para outras Repúblicas menores, como a dos ‘Chiguitas’ e a dos ‘Moxes’.

Nada havia, de comparável, no Ocidente.

As terras, que se estendiam por quase meio milhão de quilômetros quadrados nos domínios americanos da Espanha, eram indivisas (‘Tierras de Dios’), o gado comum; em cada missão, a propriedade coletiva do solo e dos animais de criação possibilitou a reserva de campos e pastagens para bois, ovelhas e cavalos e a policultura.
Pomares e hortas, parreiras, plantações de mate, de fumo, de trigo, de arroz, de cana-de-açúcar, de algodão, de espécies aromáticas para a produção de perfumes, completavam-se com o jardim de aclimação dos jesuítas.
Florescia o artesanato, dava-se começo a atividades industriais.
Fabricavam-se tecidos e móveis, montavam-se e produziam-se relógios e carrilhões, talhavam-se imagens de santos, construíam-se igrejas, fundiam-se e forjavam-se metais, movimentavam-se prelos, fazia-se vinho.
As mulheres, em casa, fiavam e teciam algodão e lã.
Os homens partiam em bando alegre, entoando canções, para a faina nos campos, não excedendo de seis horas a jornada de trabalho, com duas de intervalo para o almoço e a sesta.

O dinheiro não intervinha nas transações internas e, em pagamento dos serviços prestados à comunidade, cada chefe de família recebia víveres e
artigos de acordo com as necessidades de todo o grupo familiar.

Tanto mais edênico o trem-de-vida nas missões dos guaranis, tanto maior a pressão do mundo colonial, sempre ávido de terras e de escravos,
pela sua extinção.

Inevitavelmente, o tempo e o lugar fizeram com que a “República-Modêlo” contrariasse as ambições dos colonos espanhóis e se visse envolvida nas disputas entre Portugal e Espanha na América.

Nascidas, ostensivamente, para implementar as reiteradas declarações reais em favor da liberdade do gentio, as missões deviam servir de anteparo à expansão territorial dos portugueses do Brasil (chamados aqui
Paulistas, Mamelucos, etc.)- Uns e outros acabaram triunfando — e tripudiando — sobre o sistema que, com boas razões, Lugon considera
“comunista”, mas antes que os ‘Servos de Jesus’, dedicada, abnegada e desassombradamente, honrassem os seus compromissos com os catecúmenos
indígenas e com a Espanha.

Os Bandeirantes puderam devastar as missões do Iguaçu, mas não tentaram outras incursões após a sua decisiva derrota de 1641; efetivos Guaranis por duas vezes ajudaram os espanhóis contra os portugueses da Colônia do Sacramento, diante de Buenos Aires; e, sob o comando de ‘Sépé Tirayu’ e de ‘Nicolás Languirú’, combateram galantemente contra a entrega das Missões do Uruguai (hoje integrantes do Rio Grande do Sul) à Coroa Portuguesa.

Quanto aos colonos espanhóis, a República “Comunista” viveu o bastante para impedir a escravização dos Guaranis.

O Evangelho e o bacamarte se aliaram para preservar, como um exemplo para o futuro, a Utopia cristã — a primeira tentativa de organização racional da sociedade na América.

Só se constrói bem o futuro quando nossas ações se guiam pelo profundo conhecimento das raízes exemplares do passado, e por isso é que é
importante — em frente ao antiqüíssimo sonho de uma existência feita de amor e paz, sem dominantes e dominados — o estudo e a análise da
primeira tentativa de uma organização racional da sociedade na América.

*(http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&view=article&id=759&Itemid=184)

Livro
A REPÚBLICA COMUNISTA CRISTÃ DOS GUARANIS (1610-1768)

Autor: C. Lugon
Editora: Paz e Terra
Tradutor: Álvaro Cabral

1ª Edição: 1968

2ª Edição: 1976

Original em francês

LA RÉPUBLIQUE COMMUNISTE CHRÉTIENNE DES GUARANIS – 1610/1768

Clovis Lugon
1ª Edição: Les Éditions Ouvrières, Paris, 1949

    FRANCISCO HUGO

    Beleza, FrancoAtirador!
    Permita-me acrescentar “A Missão”, filme (Inglaterra, 1986) vencedor da Palma de Ouro, com oito indicações para o Oscar, dirigido por Roland Joffé, com Robert De Niro, Jeremy Irons e irretocável elenco.

FRANCISCO HUGO

Humildemente confesso que, há muito, perdi meu tempo respondendo aos neoliberais que infestavam o blog do Kupfer.
O máximo conseguido por mim foi autoridade moral para concluir: os neoliberais foram, são e serão sempre assumidos canibais.
“Não há sociedade; há indivíduos. Sobrevivam os mais aptos.”
É o que bradavam/bradam por detrás dos canhões apontados para o genocídio.
Os neoliberais devoraram centenas de etnias. Mas têm estômago para muitas mais.
O Stalin, muito esforçado, tentou: chegou a, talvez, um Dadá Maravilha.
De canibalismo os neoliberais entendem.
A força/aptidão deles, contudo, não é a inteligência.

    Ligia Malta

    Exato, Francisco, é tão exato que nem é uma analogia, é identidade: Coma-se o mais fraco ou definhe o mais fraco, é o mesmissimo principio aplicado em ambiente diferente.

claret

Qualquer coisa que se possa ligar ao Socialismo de modo a execrá-lo deve ser aclamada. O que não foi contado na história é que os primeiros a serem canibalizados foram aqueles com tendência ao livre empreendimento, os únicos que ainda produziam alguma coisa e eram malvistos. Aí a coisa degringolou de vez e funcionou o lema ” A cada um segundo suas necessidades, a cada um segundo seu trabalho”. Se comeram, rsrsrsr

Vinicius Garcia

O pior é que há gente que leva isso a sério, e mais usa como base de argumento, será que o rei do esgoto se atreveria a disseminar essa tese? Logo ele que tanto se gaba do “intelecto privilegiado” que possui?
Defender tais sandices deve incomodar noites de sono.

Bacellar

Até um tempo atras você chegava no dentista, sentava lá na salinha, cara de boi no abatedouro, e na falta do que fazer, pré-história dos smartphones, escolhia se ia perder tempo com a Veja ou uma revista voltada a “mulher” qualquer. As vezes a opção era mais cruel: Veja ou Vejinha. Mas pelo menos tinha o Millor! Que falta faz o Millor nos consultórios de dentista!

Zhungarian Alatau

No pragmatismo capitalista, eles não teriam devorado seus semelhantes, mas escravizado ou vendido como escravos. A Veja não consegue ser considerada séria nem pelos seus pares, a revista Forbes, que denuncia a ligação da Veja com Cachoeira e Demóstenes.

A Veja vai, aos poucos, se enforcando na sua liberdade irresponsável.

Marco

Sr.Juremir.Parebens pelo artigo.Gostaria de agregar alguns conceitos ao respeito do tema.Não é incomum até dentre as pessoas que são ou se dizem comunistas,contraditar este velho e eficaz método dos doutrinadores da sociedade de classes da propriedade privada,de desqualificar qualquer sistema que não seja,o que privilegia seus patrões,e deixam passar ao largo,a diferença que existe entre sisteme e regime.Convém contudo,indagar desses senhores,defensores capitalismo,quais benefícios trouxe à humanidade,nos longos anos de sua existência,senão privilegiar alguns poucos e acenar aos demais,a possibilidade de irem aos céus,depois de mortos,inda dizendo que outras teses que os contradiga,são utópicas.

Mardones

A Veja ainda existe? k k k k

Marinho

Veja é uma publicação para nosso nível (infelizmente), se fosse publicada na Escandinávia já teria ido à falência a tempos.

Marinho

Este tal de Duda Teixeira não foi o “intelectual” que escreveu um livro em parceria com o outro picareta Leandro Narloch?

Gerson Carneiro

RT @VEJA Chega de imaginar: a Copa de 2014 começa agora, no Rio.

Não era em 2038?

RT @VEJA Maracanã passa no teste, mas Brasil fica no empate: 2 a 2.

Ah, tinha que ter um “mas”.

    Paulo Monarco

    Gerson, muito lhe respeito, mas POR FAVOR, não entre nessa seara. Tem muita, mas muita lama putrefata passando por debaixo dessas absurdas construções, para essa inconsequente, apócrifa e eugenista competição. Como dizia o mestre João Saldanha “(…)não tirem os criolos das arquibancadas e do gramado, porque caso isso ocorra, é sinal que nosso país faliu!” Pois bem, ontem no “baratíssimo” e “limpo” “New Maraca”, diante do “new brazilian soccer” a “torcida” embranqueceu; fantasmagórica alegoria para deleite dos defensores da “futura” “modernidade” “brazileira”. Os únicos negros ali presentes eram serventes, faxineiras e guias zelando pelo Brasil que não mais poderá frequentar um antigo e querido quintal.

    E isso pra ficar numa bem pequenina, minúscula, infinitesimal amostra do resto da lama que passará por debaixo da ponte Brasil até a copa da dona fifa no ano que vem.
    Com a Olimpíada do Nuzman na conta futura pra estuprar o bolso e a consciência do brasileiro.

    Abraços!

    Paulo Monarco

    E pra não ficar só na alegoria, estava lá eu, ao custo de mesmo que absurdos 150 reais, para dar as boas vindas a um velho amigo, afinal vale qualquer sacrifício por um antigo amigo, não é mesmo? Para meu espanto e tristeza, não o encontrei. Ali estava uma confortável, bonita e asseada “arena fifa”. Sim, com limpinhos, comportados e alvos espectadores, mas…sem coração, sem torcida e sem paixão, num lugar sem identidade, sem liberdade e sem alma. Os ecos de um antigo FLAXFLU ainda ressoam em minha cachola, mas sabendo já de antemão que ali, espaço eles não terão, pois meu querido amigo desapareceu. Deu espaço a uma limpinha “arena fifa”.

XAD

E por falar no PIG, algo me diz que, hoje, o ESTADÃO mexeu com o CARA ERRADO…

Bateu, levou – Resposta de Ivan Sartori ao Estadão: “Lamenta-se, profundamente, o tom sarcástico e tendencioso de notícia sobre o Presidente do Tribunal de Justiça, que estaria empreendendo reeleição e, por isso, teria “aberto os cofres da instituição”. Deplora-se, ainda, a adjetivação gratuita constante da notícia, que menciona “ares de estadista” do Presidente, o qual seria amigo de deputado que estaria sendo processado por improbidade, circunstância que teria determinado o surgimento de uma lei o ano passado. Deplora-se, também, a falsa informação, na primeira página, de que todos os valores pagos a título de auxílio-alimentação se destinaram somente aos juízes, quando mais de noventa por cento se destinaram aos servidores. NÃO É DE HOJE A FALTA DE SERIEDADE DESSE JORNAL, QUE POSA DE VESTAL, DENEGRINDO AS PESSOAS COM QUEM NÃO SIMPATIZA. A notícia tem clara intenção de provocar a opinião pública contra o Presidente da Corte, com meias verdades e falsas premissas. Isso dito, vem, agora, a verdade: 1. O auxílio-alimentação vem sendo pago pelo Fundo Especial de Despesa há mais de seis anos, por força de lei de 2006 e, agora, por uma lei mais específica do ano passado, uma vez que o tesouro não suporta essa despesa; 2. O valor do auxílio-alimentação consta do orçamento anual, que não pode ser inovado pelo Presidente; 3. Desembargadores, juízes e servidores, cerca de 50.000, recebem o mesmo valor a esse título, mas somente os primeiros votam; 4. Diante do gigantesco quadro de pessoal do Poder Judiciário de São Paulo, todos os pagamentos e valores são expressivos. Para se ter uma ideia, há um passivo de cerca de 5 bilhões, entre magistrados e servidores. 5. Nesse contexto, eventual reeleição do Presidente Sartori, que nem foi por ele cogitada, independe desses pagamentos, que viriam qualquer que fosse o Presidente, como aconteceu em anos anteriores; 6. A Assembleia Legislativa aprovou lei o ano passado, porque assim entenderam os deputados paulistas, por força de recomendação do CNJ e do Tribunal de Contas do Estado, sendo, no mínimo irresponsável, afirmar, como fez o jornal, que a lei teria sido aprovada em razão de suposta amizade entre o Presidente Sartori e o então Presidente do Parlamento, deputado Barros Munhoz. Com essa asserção, o jornal sugere “conchavo” absurdo entre todos os deputados e o Presidente Sartori. A ATITUDE COSTUMEIRAMENTE TENDENCIOSA E, AGORA, CRIMINOSA DO JORNAL “O ESTADO DE S. PAULO” em nada enobrece a imprensa brasileira, a qual, em regra, é séria. Fatos que tais antes contribuem para GERAR DESCONFIANÇA EM RELAÇÃO A MUITO DO QUE VEM SENDO NOTICIADO NA IMPRENSA. MEDIDAS JUDICIAIS SERÃO TOMADAS.” (Caps Lock por minha conta). Ivan Ricardo Garisio Sartori Presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo

Márcio Gaspar

“Foi essa mudança, nascida do trauma de um inverno em que colonos caíram na selvageria que permitiu aos Estados Unidos se tornar o maior gerador de riqueza do planeta e o berço do capitalismo moderno”.

Essa é pior que o Boimate.

guilherme

Pelos comentários que li abaixo acredito que ínguém leu a reportagem. Deveriam primeiro ler a reportagem e depois virem aqui comentar, assim como esta posto parecem que estão brincando de siga o líder, todos concordando e malhando mas sem dundamento.

Abel

Então em 1775 os americanos já eram mais altos do que os ingleses? Deve ter sido propaganda do Thomas Jefferson (que aí por volta de 1786 era embaixador dos EUA na França). Ocorre que os europeus estavam convencidos do contrário – de que plantas, animais e até mesmo a humanidade – haviam degenerado na América. E, por isso, eram *menores* do que seus congêneres europeus…

Sobre o canibalismo, em 1846 os Estados Unidos já eram francamente capitalistas. Pois um grupo de 81 viajantes, o “Donner Party”, viu-se preso no inverno, no alto das montanhas Rochosas, enquanto tentavam chegar à Califórnia. Sem alimentos, acabaram recorrendo ao canibalismo. Não porque fossem comunistas ou ateus, mas porque chegaram à triste conclusão de que não lhes restava outra opção. Quarenta e oito pessoas sobreviveram para contar a história…

FrancoAtirador

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Extermínio de ornitorrincos no Brasil*

Por Emir Sader, no Blog do Emir -Carta Maior

As coisas funcionam assim:

Um domingo a Veja denuncia que o governo teria pronto um plano para eliminar todos os ornitorrincos do território nacional.

À noite, o Fantástico, com uma reportagem cheia de detalhes, dando a impressão que já a tinha preparada, rogando aos espectadores para que façam algo para parar o extermínio. E, enquanto soa uma música dramática de fundo, diz que não façam por cada um de nós, mas pelos ornitorrincos.

No dia seguinte, a Folha intitula: “Feroz investida do governo contra os ornitorrincos”. “Ameaça de extinção”

Na terça, o Jô coloca a pergunta: Vão desaparecer os ornitorrincos? Como os brasileiros não reagem frente à extinção dos ornitorrincos?

Miriam Porcão fala da escassez dos ornitorrincos, com seus reflexos na inflação e na pressão para novo aumento da taxa de juros.

FHC escreve sobre a indiferença do Lula e a incompetência gerencial do governo para proteger a vida de um animal que marcou tão profundamente a identidade nacional como o ornitorrinco.

Aécio diz que está disposto a por em prática um choque de gestão, similar ao que realizou em Minas, onde a reprodução dos ornitorrincos está assegurada.

Marina diz que a ameaça de extinção dos ornitorrincos é parte essencial do plano do governo da Dilma de extinção do meio ambiente. Que assim que terminar de conseguir as assinaturas para ser candidata, vai apelar a organismos internacionais a que intervenham no Brasil para evitar a extinção dos ornitorrincos.

Marcelo Freixo denuncia que são milícias pagas pelo governo os que estão executando, fria e sistematicamente, os ornitorrincos.

Em editorial, o Estadão afirma que o extermínio dos ornitorrincos faz parte do plano de extinção da imprensa livre no Brasil e que convocará reunião extraordinária da SIP para discutir o tema.

Um repórter do Jornal Nacional aborda o ministro da Agricultura, perguntando os motivos pelos quais o governo decidiu terminar com os ornitorrincos, ao que o ministro, depois de olhar o microfone, para saber se é do CQC, respondeu: – Mas se aqui não há ornitorrincos!
O repórter comenta para a câmera: – No governo não querem admitir a existência do plano de extermínio dos ornitorrincos, que já está sendo posto em prática.

Começam a circular mensagens na internet, que dizem: “Hoje todos somos ornitorrincos” e “Se tocam em um ornitorrinco, tocam a todos nós”.

Heloisa Helena declara que os ornitorrincos são só o princípio e que o governo não tem limites na sua atuação criminosa, os coalas e os ursos pandas que se cuidem.

Uma ONG com sede em Washington lança uma campanha com o lema: “Fjght against Brazilian dictatorship!! Save the ornitorrincs!!”

O Globo, Folha e o Estadão com a mesma manchete: Sugestivo silêncio da presidente confirma culpabilidade.

Colunista do UOL diz que, de fonte segura, lhe disseram que o governo, diante da péssima repercussão do seu plano de exterminar os ornitorrincos, decidiu retroceder.

Todos os jornais editorializam, no final da semana, que os ornitorrincos do Brasil estão salvos, graças à heroica campanha da imprensa livre.

*(Este artigo é a simples tradução e adaptação dos nomes para personagens locais, de um texto que corre nas redes da Argentina. As coisas funcionam assim lá e aqui)

http://cartamaior.com.br/templates/postMostrar.cfm?blog_id=1&post_id=1256

    FERRETTI

    Então Franco Atirador, esqueceu que o Senador Alvaro Dias e demais lideranças do PSDB iriam protocolar uma ação na PGR pedeindo urgente investigação coontra o governo do PT alegando a tragédia que iria causar ao povo brasileiro com a eliminação de um animal tão nobre para nossa sociedade.

Zé Brasil

Esta reporcagem dará um programa especial no Painel da goebellsnews!Além do waak, participariam dele o reinaldo, o nunes, o magnolli e o mainarddi, último satélite desde Venecia, It, naturalmente!

Simplesmente patético!

Em termos de besteiras só perde para aquele monte de bobagens dos criacionistas norteamericanos que conseguiram colocar dinossauros na Arca de Noé!

Vá estudar mais, seu foca!

    Hildo

    Que bobagem! Todo mundo sabe que quem criou o universo foi o homem, e quem criou a história foi Karl Marx.

abolicionista

O problema é que o público da Veja e afins não lê nada além de Veja e afins. É um círculo vicioso que se retroalimenta, jornalismo de retardados que fabrica retardados. A incapacidade de pensar criticamente atingiu patamares que nem George Orwell seria capaz de imaginar, muito por conta do fato de que vivemos em um país sem tradição letrada (basta comparar o número de livrarias que existe em Buenos Aires com São Paulo, mesmo sem levar em conta a população). O jornalismo para retardados se espraia como erva daninha nas consciências dotadas daquele “pequeno intelecto” que tanto serviu de massa de manobra durante o século XX. Chegou o momento de rever estratégias, não podemos nos rebaixar ao nível dos retardados, é preciso investigar as origens de sua ignorância, de sua incapacidade de pensar com profundidade.

    Abel

    Algo que me veio à memória é o fato da circulação da “Veja” ser sempre informada como em torno de 1 milhão de exemplares. Já ouço esse número pelo menos desde os anos 1990. Sugere que eles não conseguem atrair novos assinantes, apenas manter a base existente (e vender para governos amigos, como São Paulo etc)…

Fabio Passos

FrancoAtirador

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Anticomunismo é um conjunto de ideias, correntes e tendências intelectuais que possuem em comum a negação dos princípios e ideias do comunismo e a oposição a todo governo ou organização que dê suporte prático ou teórico a esta ideologia.

O anticomunismo não é um movimento político coerente e unificado, sendo na verdade um conjunto heterogêneo de partidos políticos, ideologias, governos e escritores. Não há consenso, entre os anticomunistas, sobre a precisa definição do comunismo e identificação dos comunistas, nem em relação aos métodos para combatê-los. Ao longo do século XX, surgiram inúmeras correntes anticomunistas, de matrizes ideológicas diversas: democracia cristã, liberalismo, conservadorismo, fundamentalismo, fascismo, nazismo, integralismo, Doutrina de Segurança Nacional, etc.. Todas estas correntes concordam, no entanto, em identificar o comunismo como uma ameaça à propriedade privada e ao capitalismo. As posições anticomunistas variam muito, desde uma oposição restrita apenas ao partido comunista até um antagonismo contra toda a esquerda política, passando pela oposição ao marxismo, socialismo, sindicalismo, socialdemocracia, anarquismo e teologia da libertação.

O anticomunismo surge após a Revolução de Outubro, mas possui antecedentes na repressão aos movimentos socialistas do século XIX e na crítica conservadora ao Iluminismo, à democracia e à Revolução Francesa de 1789. Ao longo do século XX, vários regimes políticos adotaram leis e políticas anticomunistas. As ditaduras de extrema-direita foram as mais violentas nestas medidas, aplicando sistematicamente a prisão, tortura e o desaparecimento forçado contra militantes de esquerda e intensa propaganda anticomunista. Esses governos foram acusados de terrorismo de Estado.

Anticomunismo de extrema-direita
A ideologia conservadora de Joseph de Maistre, desde o século XIX, adotou uma oposição de princípio ao ateísmo, secularismo, racionalismo, revolução, hedonismo, democracia e socialismo, considerados pelos conservadores como produtos nefastos do Iluminismo. Os conservadores acreditam que a crítica racional à religião, à tradição e ao absolutismo produz apenas a dissolução da família, da moral, da propriedade privada e da ordem social e política. Contra isso, advogam o princípio da autoridade hierárquica.3 Os movimentos socialistas, comunistas e social democratas foram alvos de críticas semelhantes.

O político e escritor nazista Alfred Rosenberg criou a ideia de revolução conservadora.

O anticomunismo era uma das bandeiras dos movimentos e regimes fascistas, sendo estes vistos muitas vezes como uma reação ao crescimento dos movimentos socialistas e comunistas.4

Os fascistas justificavam seu anticomunismo como uma forma de defender a propriedade privada, a religião, o nacionalismo e a ordem social contra o internacionalismo, o ateísmo e a socialização dos meios de produção, defendidas pelos movimentos e teorias socialistas. O líder dos nazistas alemães, Adolf Hitler, alegava ainda que havia uma conspiração judaico-marxista internacional, e atribuía aos judeus tanto o marxismo dos partidos comunistas, socialistas e socialdemocratas, quanto o liberalismo. O anticomunismo de Hitler, portanto, mesclava-se com o preconceito antissemita e racista:

“A doutrina judaica do marxismo repele o princípio aristocrático na natureza. Contra o privilégio eterno do poder e da força do indivíduo levanta o poder das massas e o peso-morto do número. Nega o valor do indivíduo, combate a importância das nacionalidades e das raças, anulando assim na humanidade a razão de sua existência e de sua cultura. Por essa maneira de encarar o universo, conduziria a humanidade a abandonar qualquer noção de ordem. E como nesse grande organismo, só o caos poderia resultar da aplicação desses princípios, a ruína seria o desfecho final para todos os habitantes da Terra.”
Com a chegada de Hitler ao poder, em 1933, os militantes de esquerda (comunistas, socialistas, anarquistas e socialdemocratas) foram duramente reprimidos, muitos deles presos, torturados e escravizados nos campos de concentração. No Brasil, o integralismo adotou as práticas do fascismo europeu, incluindo o seu anticomunismo.

Após a derrota do III Reich, no contexto da Guerra Fria, o governo dos Estados Unidos adotou uma política externa de apoio a movimentos regimes de extrema-direita, considerados aliados na luta contra o “comunismo ateu internacional”.

Para justificar essas medidas, foi elaborada a Doutrina de Segurança Nacional, ensinada na Escola das Américas a militares latino-americanos, e reelaborada, no Brasil, por Golbery do Couto e Silva.

Uma das consequências dessa política foi a Operação Condor, programa multinacional secreto de extermínio da esquerda latino-americana, elaborado pelas ditaduras militares sul-americanas em parceria com o governo estadunidense.

Nos Estados Unidos, a Ku Klux Klan adotou o anticomunismo, mesclando-o com as suas doutrinas racistas e fundamentalistas, e o macartismo da década de 1950 lançou uma campanha de repressão contra milhares de indivíduos acusados de comunistas.

Na década de 1970, o neoconservadorismo, em reação à Nova Esquerda, incorporam o neoliberalismo à agenda política tradicional da extrema-direita estadunidense.

Em 2011, na Noruega, Anders Behring Breivik realizou diversos atentados terroristas contra prédios governo e militantes do partido governante, acusados pelo terrorista de serem agentes de uma conspiração islâmica-marxista para destruir as culturas nacionais europeias.
Muitos apontaram a enorme semelhança entre as crenças de Breivik e o discurso xenófobo e racista de vários políticos europeus.
Um militante da Front National francesa chegou a elogiar as ideias de Breivik, dizendo discordar apenas do uso do terrorismo político para alcançar seus objetivos.

Anticomunismo liberal
Políticos e intelectuais liberais condenaram a Revolução de Outubro e combateram os partidos comunistas, a quem acusavam de autoritarismo. Economistas filiados ao Liberalismo económico, como Hayek, Mises e Milton Friedman desenvolveram uma crítica teórica ao socialismo em geral, afirmando que qualquer política de justiça social e nacionalização de riquezas é uma ameaça à liberdade individual e prejudicial à eficiência econômica e tecnológica.
O mercado capitalista, segundo os liberais, é o único sistema econômico compatível com a democracia política.
Os liberais vão mais longe, condenando toda redistribuição de riquezas como coercitiva.

Por esta razão, os liberais opõem-se a toda a esquerda política, e não apenas aos partidos comunistas.

(http://pt.wikipedia.org/wiki/Anticomunista#Anticomunismo_de_extrema-direita)

    rodrigo

    Basta ver a idolatria deles ao Friedman…
    E mais, isso aí não é humor não, isso aí é algo sério, e esse sujeito demente que escreveu a “reporcagem” é um dos luminares jovens desse pensamento gerontocrata. Ou como lembrou o primeiro comentarista ali embaixo, é o ápice do processo de embrutecimento nacional inseminado e disseminado pelo FEBEAPÁ. Que nunca mais terminou.

    Filósofo do Chuí

    É fato que mesmo entre os comunistas não há um consenso histórico se tal ou qual experiência (governo totalitário de tendência esquerdista) foi comunismo ou não. De um modo geral, o consenso que se conseguiu entre os comunistas é: se a “experiência” deu certo, era comunismo; se não deu certo, não funfou, não era o “verdadeiro” comunismo.
    Parece que só restam: Cuba e Coréia do Norte para contar a história.
    Os companheiros sabem que fica mais fácil enganar o povo e vender a ideia de que o “verdadeiro comunismo” – a despeito dos milhoões, milhares ou centenas de mortos que produziu ou produzirá, com certeza – será a redenção da humanidade, um reino de paz onde existirá justiça entre os homens.
    O jargão é bonito e empolga os desavisados. Fez muito jovem naïve na década de 70 ir ao Araguaia lutar contra o exército brasileiro, enquanto os mentores dessa roubada ficavam bem escondidinhos, em segurança nas cidades.
    Mas, é assim mesmo. Segundo Lamarca, ” a vida não importa” o que vale é a propaganda que se pode fazer dela.

    Fabio Oliveira

    Não é uma questão de “se funfou é o verdadeiro Comunismo”, é uma questão sim de negar um regime que não tem nada a ver com a conceituação dada por Marx a uma sociedade comunista o rótulo de comunista. Em relação a Coreia do Norte, não existe NENHUM escrito de Marx em que ele fala que uma sociedade ideal incluiria um país governado por uma regime dinástico e uma classe burocrática-militar sobre a outra, aliás Marx nunca pregou uma sociedade PERFEITA, isso é apenas um rótulo atribuído por anti-comunistas que insistem em empregar a falácia do espantalho, aliás o que Marx faz é traçar uma análise do Capitalismo em sua época e apontar uma análise econômica, ele não aponta tintin por tintin como deveria ser uma estrutura política

Fabio Passos

Entao o pessoal da veja tem medo de virar comida para comunistas?
Nao tem com que se preocupar. Comunista nao come junk food. rsrs

    abolicionista

    Só tem um detalhe, Willian, reforma agrária não torna o país comunista, pelo contrário, dinamiza o capitalismo. Faltou na aula de história, filhote?

    willian

    Abô, é só provocação, leva a sério não.

    abolicionista

    Levar a sério? You gotta be kidding me…

FrancoAtirador

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“Poderia haver uma sujidade, uma impudência de qualquer natureza na vida cultural da nação em que, pelo menos um judeu [petralha], não estivesse envolvido?
Quem, cautelosamente, abrisse o tumor haveria de encontrar, protegido contra as surpresas da luz, algum judeuzinho [petralhinha]. Isso é tão fatal como a existência de vermes nos corpos putrefatos.”
Adolf Hitler [R.A.] – Mein Kampf

“A doutrina judaica [petralha] do marxismo repele o princípio aristocrático na natureza. Contra o privilégio eterno do poder e da força do indivíduo levanta o poder das massas e o peso-morto do número. Nega o valor do indivíduo, combate a importância das nacionalidades e das raças, anulando assim na humanidade a razão de sua existência e de sua cultura. Por essa maneira de encarar o universo, conduziria a humanidade a abandonar qualquer noção de ordem. E como nesse grande organismo, só o caos poderia resultar da aplicação desses princípios, a ruína seria o desfecho final para todos os habitantes da Terra.”
Adolf Hitler [R.A.] – Mein Kampf

(http://pensador.uol.com.br/autor/adolf_hitler_mein_kampf)
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Padre Peyton no Brasil

Patrick Peyton (Carracastle, Condado de Mayo, Irlanda, 9 de janeiro de 1909 – Los Angeles, 3 de junho de 1992) foi um padre católico irlandês, da Congregação de Santa Cruz, pároco de Hollywood e fundador da Cruzada do Rosário em Família – movimento autorizado pela Igreja que visava unir as famílias em torno da oração.

O Padre Peyton tornara-se extremamente grato à Nossa Senhora pela recuperação de sua saúde e, com a permissão dos seus superiores, iniciou a uma cruzada, na qual pregava a importância da oração, especialmente quando feita em família.

Era conhecido como “o padre de Hollywood”, pelo gosto por holofotes e multidões.

Cruzadas pelo rosário

Em seu trabalho religioso a serviço do governo dos Estados Unidos, conduziu cerca de 40 cruzadas do rosário em muitos países, mobilizando em torno de 28 milhões de fiéis.

Ele participou de centenas de programas de rádio e televisão com muitos artistas famosos de cinema da Broadway e Hollywood, e criou, ainda, o Teatro da Família.

Nessas cruzadas, criadas a partir de Hollywood em 1947, produziu cerca de 600 programas de rádio e de televisão com cerca de 10.000 transmissões com o intuito de pregar a oração em família e alertar as populações do mundo contra o perigo comunista, desde 1947 até meados de 1969.

No caso do Brasil, a criação do movimento teve o intuito de preparar a opinião pública para o golpe militar de 31 de março de 1964.

A visita do Padre Peyton ao Brasil, em 1963, teve um sentido de pregação anticomunista e contou com o apoio da CIA, no contexto da Guerra Fria, contribuindo para a preparação do golpe militar de 1964.

Segundo escreve Hugh Wilford em The Mighty Wurlitzer, How the CIA played America, a vinda do Padre Peyton ao Brasil foi decidida no final de 1962, em Washington, D.C., com apoio da Agência Central de Inteligência (CIA), no contexto da guerra fria. A operação clandestina mais importante para derrubar João Goulart foi intermediada por um multimilionário devoto do catolicismo, J. Peter Grace (1913 – 1995). Não era apenas uma questão de fé. Grace tinha interesses econômicos na América do Sul em transporte, açúcar e mineração. Wilford descreve Peter Grace como “um homem decidido”, que “sempre usou dois relógios – um mostrando a hora local de onde estava, e outro com a hora da sede da empresa, em Nova York. Ele também carregava um revólver na cintura.” Católico devoto, era integrante da Ordem dos Cavaleiros de Malta, uma organização católica, através da qual exercia grande influência na hierarquia católica dos Estados Unidos. Da organização fizeram parte dois diretores da CIA, William Casey e John A. McCone. Peter Grace era Chefe da Seção Americana da Ordem e, no pós-guerra, patrocinou a “Operação Clipe de Papel”, que tinha a finalidade de recrutar cientistas alemães a fim de trabalharem nos Estados Unidos. Von Braun, que inclusive havia sido preso em 1944 por suspeita de traição, depois de declarar que a V-2 era destinada à exploração espacial e não à guerra, reuniu 115 colaboradores e afinal renderam-se todos aos norte-americanos.

Grace foi o intermediário entre o então diretor da CIA, Allen Dulles, e o padre Patrick Peyton, fundador da Cruzada do Rosário, dedicada a promover a Virgem Maria. Os dois pediram 500 mil dólares para financiar as atividades iniciais da Cruzada na América do Sul. Dulles gostou do projeto apresentado e convocou Grace para um encontro com o então vice-presidente Richard Nixon, na Casa Branca (ele serviu no posto de 1953 a 1961). Nixon já conhecia o multimilionário Grace, que havia apresentado meses antes a dois outros empresários com grandes interesses na América do Sul, David Rockefeller e Juan Trippe, o dono da empresa de aviação PanAm.

A Cruzada para a Oração da Família, de Nova York, foi escolhida como organização de fachada. O evento-piloto custou 20 mil dólares e aconteceu em La Serena, no Chile. Diante do sucesso da mobilização dos católicos chilenos, em 1960, o padre Peyton recebeu a promessa de financiamento de 100 mil dólares para mobilizar os católicos de Caracas. O comício final da Cruzada na Venezuela atraiu 600 mil pessoas. Em Bogotá, a multidão chegou a 1 milhão de pessoas. O objetivo central do projeto era derrotar candidatos de esquerda nas eleições, promovendo políticos e governos favoráveis aos Estados Unidos.

Logo depois do comício de Bogotá, houve mudança repentina de planos. O empresário Peter Grace, intermediário entre a CIA e o padre católico, informou a Peyton que doravante os alvos seriam Recife e Rio de Janeiro, numa campanha que começaria em 1962. Escreve Wilford (op.cit., p. 190-191):

“A Cruzada tinha desenvolvido em 1962 uma técnica de evangelização chamada Missão Popular, que envolvia o recrutamento local de técnicos que viajavam com equipamento para mostrar filmes religiosos, feitos na Espanha, em projeções ao ar livre, com comentários de catequizadores laicos. À técnica foram acrescentados efeitos especiais espetaculares, desenvolvidos para apelar à população dos centros urbanos, como o Rio de Janeiro, onde a famosa estátua do Cristo, no Corcovado, foi decorada com um rosário iluminado de 30 metros e uma cruz de 7 metros de altura. Quando Peyton pregou na cidade, em 16 de dezembro de 1962, 1,5 milhão de brasileiros vieram ouvi-lo.”

Um ano depois, na Festa da Imaculada Conceição (8 de dezembro de 1963), também declarado o “Dia da Família” pelo presidente João Goulart, a Cruzada patrocinou uma transmissão especial de TV desde o Rio de Janeiro, com a participação de, entre outros, Bing Crosby, Pelé e Agostinho dos Santos, que cantou Ave Maria no Morro. O programa, que também foi mostrado em outros países da América do Sul, atingiu a maior audiência da história da Cruzada do Rosário da Família.

Esses feitos espetaculares foram obtidos num período de crescente crise política no Brasil, que culminaram em março de 1964 com a derrubada do presidente João Goulart em um golpe militar liderado pelo general Humberto Castelo Branco. Goulart tinha causado insatisfação em Washington ao adotar políticas como a de indicar socialistas para o ministério, e a CIA estava profundamente envolvida nos eventos que levaram à derrubada dele, através de ligações com grupos locais de direita e organizações norte-americanas, como o American Institute for Free Labor Development (AIFLD). O AIFLD, criado em 1962 pela AFL-CIO, recebia fundos do governo dos Estados Unidos, sobretudo através da USAID (United States Agency for International Development).

Em 1962, com a bênção do presidente dos EUA, John Fitzgerald Kennedy, o Departamento de Estado dos Estados Unidos recomenda a ida do padre Peyton ao Brasil – de acordo com dossiê publicado pelo Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil da Fundação Getúlio Vargas. Em plena Guerra Fria, a esquerdização da América Latina tira o sono do mais jovem presidente norte-americano.

João Goulart, o Jango, transformado em presidente em 1961 e esvaziado pelos militares, que o fazem engolir o parlamentarismo, assume o poder de facto, como chefe de governo, após o plebiscito de 1963, e tem o apoio da esquerda: com os brizolistas, sindicalistas e comunistas. A frágil democracia brasileira está ameaçada por radicalismos de ambos os lados.

Entra em cena um padre irlandês, de pele e cabelos muito brancos, conhecido como “o padre de Hollywood”, em razão do seu gosto por holofotes e multidões. Patrick Peyton era em tudo o padre Marcelo dos anos 1960 – só que com alcance mundial e uma obsessão pelo rosário. Seus discos, nos quais personalidades do mundo do cinema rezavam com ele os 15 padre-nossos e 15 dezenas de aves-marias do rosário, frequentavam a lista dos mais vendidos. Sua Cruzada do Rosário em Família levava multidões às ruas, em países tão díspares como México e Uganda.

O apelo das mobilizações que o padre realizou no Brasil ia ao encontro do discurso da direita da época, segundo o qual os comunistas ateus iriam acabar com a família. Contra eles, o rosário! Historiadores atribuem às “cruzadas” do padre Peyton a semente que levou à Marcha da Família. O seu famoso slogan era A família que reza unida, permanece unida. Além de criar a Cruzada do Rosário em Família, o padre também participou da Marcha da Família com Deus pela Liberdade.

(http://pt.wikipedia.org/wiki/Patrick_Peyton)
(http://www.eeh2010.anpuh-rs.org.br/resources/anais/9/1274665716_ARQUIVO_TextoHistoriaPoliticaIanpuhRS2010.pdf)

JGesy

Quando a revista INveja se escandaliza com a descoberta: “Um colono comeu a esposa grávida”; o que realmente, ela está querendo dizer$
PS: O simbolo ” $ ” estã substituindo ao de interrogação.

Caracol

Bom, confesso que de início não acreditei que a tal revista tivesse publicado essa coisa. Achei que era piada do Juremir.
Depois, lendo os comentários, percebi, perplexo, que não era piada não, era verdade. Algum imbecil escreveu mesmo aquela temeridade, ele foi buscar um fato histórico para servir às suas intenções, distorceu-o, e como produto dos malabarismos mentais dos seus dois neurônios… escreveu aquilo, e a revista usou papel e tinta e publicou mesmo!!!
Por favor digam-me qual é o número da revista, isso aí é um documento comprovando até onde desce a estupidez humana! Caraca! Estou pasmo.

O mais gozado mesmo disso tudo é que afinal, a competição insuflada pelo capitalismo em direção ao consumismo desenfreado e alucinado, essa competição é que conduz ao canibalismo!
Vocês têm dúvida? Olhem em torno e “Veja m” como todos estão se devorando! Estão todos se comendo, e eu não “Vejo” nenhum comunista ou socialista praticando canibalismo por ideologia.

Certo estava Curzio Malaparte: “La cosa che me fa ma paura é la stupiditá humana”.

Marat

O mais triste na dita “revista” é que qualquer assunto é motivo para falar de “fracassos” do Socialismo. Se forem fazer uma matéria sobre a garoa de SP, vão dar um jeito de falar mal de comunismo, socialismo etc. Esse tipo de ardil é tão tosco, tão superado, tão estúpido que tira a vontade de ler as matérias escritas ali… Até uma revista de informática da Editora colocou certa vez, no editorial uma fala ofensiva ao Chávez, e ao socialismo… Dessa forma fica difícil ler o que eles escrevem. Eles deveriam parar de subestimar o leitor, ou de querer estupidifcar pessoas, para aumentar o rebanho do Tio Sam.

    Zanchetta

    KKKKKKKKKKKKKKK

Marat

Hoje a “arte” é isso que vemos e ouvimos; os livros são essas bobageiras de auto ajuda (afirmo e reafirmo: apenas o onanismo é auto ajuda!). E as músicas, hein, especialmente aquelas ouvidas pelos boçais que circulam com seus carrões por SP. Temos que ouvir aquele lixo, porque os estupidificados colocam num volume de parque de diversões… Para completar, toda essa escumalha intelectual assiste Big Bos…, os jornais da Globo, as novelas da Globo, leem a Folha ou o Estado (esses são um pouquinho menos imbecis, mas são pra lá de arcaicos…) e, finalmente, cometem harakiri mental, ou seja, leem essa putrefata “revista”. Não há adjetivos mais para qualificar o corpo abjeto saído das entranhas podres dos Civitas… Lixo vil, ignominioso, podre etc., que entra na cabeça dos coitadinhos que não têm poder de discernimento… É por essas e outras que ainda estamos atolados no chamado “terceiro mundo”…, mas, poderia ser pior: Poderíamos ter um governo que apoiasse guerras e roubo de petróleo, e que desrespeitasse a soberania dos outros povos, mas, é esse tipo de governo que a veja apoia (com muito dinheiro sujo, é claro)!

José Livramento

http://riorevolta.wordpress.com/2013/05/20/por-stanley-ou-o-direitismo-pueril/

Falsificação é o forte desta galera ultra-liberal.

Milton conti

Juremir sensacional, como sempre.

Leio seus artigos diariamente no Correio do Povo, o único jornal decente de Porto Alegre.

trombeta

Muito bom! kkkkkkkkkkkkkk…..

Parabéns Juremir, só levando na gozação mesmo!

Paulo Metri: Libra, a gota de petróleo a transbordar o barril – Viomundo – O que você não vê na mídia

[…] Juremir Machado: O canibalismo comunista da Veja […]

Valdson

O curioso é que boa parte dos leitores e admiradores de Veja se dizem cristãos. Pena que eles acreditam que a Bíblia é a palavra de Deus, mas nunca a leram:

“E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum.
E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister.”
Atos 2:44-45

“E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns.”
Atos 4:32

Wilson R. Caveden (Teteia)

[…] Do VioMundo […]

Terezinha

Não consigo entender porque este povo que adora os EEUU não se mudam para lá e nos deixam em paz! Seria medo de ter que comer os semelhantes para sobreviver?Sim, porque certamente não poderiam fazer lá o que fazem aqui, estariam presos!

Priscila

Qual é a data dessa edição da Veja?

Paulo

Parecida com vocês.

Fernando José

O Juremir falou, falou, falou, mas não deu num argumento para justificar porque discorda das afirmações do repórter da VEJA, que simplesmente reproduziu um trabalho histórico conhecido há muitos anos nos Estados Unidos. O experimento coletivista em Jamestown deu formidavelmente errado – que grande novidade!!! – e sem ter o que comer, algumas pessoas partiram pro canibalismo, como ocorreu também na Ucrânia, na época de Stalin. Não entendi o escãndalo do Juremir, só se justifica pelo ódio patológico a qualidade da revista VEJA.

    Maurício

    Fernando, se você se informasse melhor sobre o assunto teria sabido que eles fizeram isso porque ficaram isolados dentro do forte cercados pelos índios. Não teve absolutamente nada a ver com “experimentos socialistas”.

    http://www.nytimes.com/2013/05/02/science/evidence-of-cannibalism-found-at-jamestown-site.html?_r=0

    Paulo

    Cuidado Maurício, se o repórter da Veja vê isso vai dizer que os índios são o outro problema da humanidade (além do comunismo…)

    josue

    Caro Fernando.
    Esta história de Jamestown realmente é um fato histórico. O que irrita na Veja é a apropriação disto de uma forma, no mínimo, anacrônica – para não dizermos mal-intencionada. A experiência dos colonos teve mil razões para fracassar, desde o desconhecimento das condições climáticas e de plantio no novo mundo à falta de planejamento quanto à possibilidade de um inverno mais severo do que o “comum” na Europa ocidental (cuja corrente do Golfo ajuda a amenizar o frio, coisa que não ocorre no leste dos EUA – qualquer livro de geografia de 5a séria traz esta informação).
    Colocar a culpa pelo fracasso na suposta organização comunitária chega a ser um crime historiográfico. E a Veja, que não tem qualquer credencial para fazer qualquer tipo de análise histórica descente, age inescrupulosamente alterando descaradamente fatos, sejam estes jornalísticos ou históricos, para vender sua única verdade: a Fé nos Dogmas do Capitalismo como um presente dos deuses. Nem mesmo o mais ardente defensor sério do Capital é tão imbecil a este ponto, o Capitalismo é um produto de um contexto sócio-histórico e tende a ser suplantado (ou adaptado, como vem fazendo) quando o contexto não mais o comportar. Não custa lembrar que mesmo os “Ordos” Medievais que perduraram por mais de 10 séculos e eram, de fato, encarados enquanto Graça divina, encontraram seu fim com a nova conformação da sociedade européia após os fatos ocorridos entre os séc. XIII e XVI.

    Serj Sargsyan

    Caro Fernando José ou Filho do Reinaldo Azevedo. Eu como “esquerdopata” que sou, pois penso que TODOS devem ter oportunidade neste país, não somente as “vadias” do neoliberalismo, acho que patológico é o fato de alguém ler aquele monte de esterco e ainda chamar aquilo de “qualidade”. Tenha dó, vir aqui tentar defender o indefensável. Por que a Veja, com a sua grande qualidade, não faz uma reportagem de capa sobre o fato do Aécio Neves ser réu em um processo que tramita na justiça de Minas por desvio de dinheiro público? Se ela é tão boa, tão imparcial assim, por que não faz isso?

    Matheus

    Então explica aí como Cuba erradicou a desnutrição infantil, segundo a Unicef-ONU (não vela dizer que são “organizações comunistas”), e o Brasil do agronegócio continua tendo famintos.

    ps: longe de mim defender o stalinismo, mas na URSS a fome na região ucraniana se deu por causa da combinação de uma seca com a resistência armada à coletivização forçada. Depois disso, essa foi a ULTIMA crise agrícola soviética em tempos de paz, mas a fome em massa voltou nos anos 1990 e 2000 (por que será?). O que pode ser criticado, com justeza, é o AUTORITARISMO do governo de Stálin, que não soube negociar uma coletivização voluntária e apelou para a repressão violenta na primeira contestação. O stalinismo foi ditatorial e burocrático, mas seu sucesso na industrialização e na defesa contra as tropas nazi-fascistas foi inegável.

    Julio Cesar

    O Juremir faz tempo q não se sabe o que ele quer dizer. Pra mim ele é o Caetano Veloso da comunicação! Ou não…

    Bertold

    Oh dó… em pleno site do Viomundo Fernando José consegue comer um peixe vendido por Veja como história real e, ainda por cima, de elocubração correta do acontecimento? Filho, um cursinho básico de introdução à filosofia, que normalmente tem um pouquinho de introdução à lógica, sabe, e que normalmente ajudar a conseguir uma melhor performance no pensar, raciocinar, adquiri visão periférica i tali cosa pode ser-lhe muito útil.

Kleiner Michiles

Não é só essa historinha ridícula para leitor imbecilizado que carrega um forte conteúdo ideológico, mas toda matéria publicada na Veja tem por objetivo exaltar o capitalismo ao máximo e obviamente denegrir qualquer forma de organização coletiva. O problema é que isso se faz apelando para o há de mais baixo nos recursos midiáticos, vale tudo: desde criar historinhas mirabolantes,factoides, denegrir a imagem de alguém (desde que seja do PT é obvio),ou seja, mentir, mentir e mentir! É Um lixo só!!

Lu Witovisk

A revista aposta na imbecilidade de seus leitores e sou capaz de apostar que terá muita gente repercutindo o assunto como assunto super serio.

    Ricardo Lima Vieira

    Não tenha dúvida. “Veja”, há muito tempo, deixou de ser uma publicação respeitável; no entanto, ainda é muito respeitada por aquela parcela da classe média que considera “in” ser vista em fila de banco (segmento uniclass da vida…) lendo uma “reportagem” da revista, ou folheando a Falha (desculpe, Folha) de SP.

    Sou professor de uma escola pública central em minha cidade, e, na hora do cafezinho, valha-me Deus! É um tal de “eu li na Veja…”, “a Veja disse que…”, com aquele olhar de assombro de quem descobriu a Revelação. E são maioria na hora do cafezinho, e são os que “trabalham” a cabeça do alunado de escola pública, e isto ocorre em qualquer escola pública onde haja professores que se dão ao trabalho de “ler”.

    Ademais, é fácil ler Veja, você quando o faz é poupado das dores do raciocínio, da conclusão de uma leitura; eles concluem por você… E não é o que querem a maior parte dos que a lêem? Fácil, fácil, depois é só sair com aquele ar superior dizendo: “deu na Veja!” Meus sais…

    FrancoAtirador

    .
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    Isto é muito grave, meu caro Professor Ricardo.

    Há tempos, estão arregimentando toda a base social.

    É o American Way of Life às últimas conseqüências:

    Dinheiro no bolso e Revista Veja em baixo do braço;

    A “Classe C” se alimentando de “salada de boimate”;

    O Fanatismo Cego conduzido pela Hipocrisia e a Má-Fé.

    A Superstição triunfando sobre a Ciência e a História;

    A “Liberdade da Imprensa-Empresa” para a Desinformação;

    A consumação da “Livre Iniciativa” para a Deseducação;

    Tudo isso sob o Patrocínio Oficial em todas as esferas

    e instâncias governamentais de todos os poderes estatais.

    Viva o BraZil-Colônia dos United States of America!
    .
    .

    FrancoAtirador

    .
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    Editorial

    Resulta impossível disputar a hegemonia com os monopólios da comunicação, contam com o apoio de uma cultura imposta desde a ditadura que abrange todos os habitantes do Brasil, independentemente da posição social e política. Mais ainda, os monopólios liderados pela Globo, construíram e constroem uma falsa cultura padronizada ao longo do território nacional.

    É preciso disputar essa hegemonia ou há outras estratégias?
    Como se derruba esse pétreo e vertical edifício?
    Como se desconstrói tal arquitetura econômica e cultural?

    Mudar a legislação de meios, discutir a regulamentação dos mesmos, tudo é importante, mas, e a cultura criada? Levará muito tempo retirar do cotidiano de cada brasileiro um instrumento de domínio que controla a vida dentro do próprio lar.
    A mídia monopólica ocupa espaço central em salas de espera de clínicas e despachos públicos e privados.
    Acompanha almoços, lanches e jantas em bares e restaurantes.
    Tem rádios que resoam em táxis, carros, caminhões, fones de ouvido pessoais, habita mar, terra e a mente.
    Relata o mesmo e do mesmo jeito, com os mesmos fins, seja qual for o veículo ligado.

    Esse veneno social, que não é fácil de vacinar, corrói o tecido independente de qualquer país; fere toda tentativa de soberania comunicacional, econômica, alimentar, energética, territorial, sanitária.

    Todos os setores da sociedade são cúmplices desta ditadura comunicacional e cultural.
    Federação, estados, municípios, sindicatos, organizações sociais diversas, gastam bilhões de reais para alimentar, consolidar e desenvolver este monstro antagônico aos interesses mais sensíveis da sociedade, que não consegue visibilizar o dano que lhe é ocasionado.

    Disputar a hegemonia com esta praga midiática não é possível na atual conjuntura.

    Mudar uma cultura política, jurídica, educacional e cultural é o fundamental.

    Florianópolis, 30 de maio de 2013.

    (http://desacato.info)

Luiz Aldo

Isto é o Roberto Civita mandando suas influências de lá de baixo para a redação do Febeapá…

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