Gilmar usa discurso de mais de vinte minutos para encostar Moro na parede; vídeo na íntegra
Tempo de leitura: 3 minAo final da sessão de hoje do Supremo, Alcides Martins, representando a Procuradoria Geral da República, pediu a Gilmar Mendes que encaminhasse os fatos por ele narrados a um plenário que o ouviu em silêncio. Nenhum ministro saiu em defesa da Lava Jato. Do blog de Kennedy Alencar.
Da Redação
O homem que impediu o ex-presidente Lula de se tornar ministro da presidenta Dilma Rousseff e, com isso, acelerou o golpe de 2016, fez esta tarde a mais completa necropsia da Operação Lava Jato no plenário do Supremo Tribunal Federal.
O ministro Gilmar Mendes, que colocou duas vezes em liberdade o operador tucano Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, falou durante mais de vinte minutos contra o ex-juiz federal Sergio Moro, o procurador Deltan Dallagnol e o ex-procurador geral da República, Rodrigo Janot — que sugeriu ser bebum.
Ao tirar Paulo Preto da cadeia, Mendes livrou de delação premiada o senador José Serra e o ex-chanceler Aloysio Nunes Ferreira, artífices não só do golpe de 2016 contra Dilma, mas também de importantes decisões econômicas no passado, como a privatização da Vale e do pré-sal.
Gilmar falou, assim, em nome do dinheiro grosso — que está cansado das infindáveis operações da Lava Jato.
Elas servem hoje acima de tudo à promoção do poder de Moro, Dallagnol e seus asseclas e reféns, como a TV Globo.
O discurso de Gilmar, embora desagrade parte da base bolsonarista, soa como música aos ouvidos do empresariado: a Lava Jato está em modo moto contínuo e é óbvia ameaça à estabilidade econômica, pois precisa produzir operações infindáveis que atingem corruptores.
Corruptores não costumam ser moradores de rua.
O fato de que o representante do PGR Augusto Aras pediu a Gilmar que encaminhasse a ele suas denúncias é significativo.
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Reforça a tese de uma barganha através da qual o STF abafa os casos relacionados a Flávio Bolsonaro e à família presidencial em troca da colocação de uma focinheira na Lava Jato — mirando na estabilidade econômica da qual Jair Bolsonaro depende para se reeleger.
Hoje o governo Bolsonaro já se tornou viciado no MDB, que fornece o líder no Senado.
Investigado por corrupção, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) aprovou a reforma da Previdência e aprovará o nome de Eduardo Bolsonaro como embaixador do Brasil nos Estados Unidos.
A única aresta a aparar no acordão é a liberdade do ex-presidente Lula, que o STF não está disposto a conceder por considerar que, candidato, se elege presidente em 2022.
Para constrangimento geral dos colegas — aparente quando as câmeras da TV Justiça mostravam um ângulo mais aberto das imagens –, durante a sessão de hoje Gilmar enumerou as citações feitas por procuradores da Lava Jato a outros ministros, como Luiz Fux, Cármen Lúcia e o relator da Lava Jato Edson Fachin.
As citações foram feitas em mensagens enviadas através do aplicativo Telegram, reveladas pelo site The Intercept Brasil e parceiros.
“In Fux we trust”, escreveu Moro, brincando com a frase que consta na nota do dólar — “em Deus acreditamos” — depois de receber mensagem de Dallagnol segundo a qual Fux amava incondicionalmente a Lava Jato.
Fachin “é nosso”, declarou Deltan depois de conversar com o relator que assumiu o lugar de Teori Zavascki, morto em acidente aéreo.
Cármen, por sua vez, seria “frouxa”, na avaliação de integrante da Força Tarefa da Lava Jato em Curitiba.
Gilmar acusou Moro de ser o chefe informal da Lava Jato, afirmou que a operação utilizou prisões como forma de tortura.
Por isso, o ministro da Justiça de Bolsonaro não tem vaga em Corte Constitucional, disse Gilmar.
Moro vem sendo cogitado como vice de Bolsonaro em 2022, como forma de aplacar as divisões entre bolsonaristas e lavajateiros que agitam os bastidores do governo.
Se deixar o governo Bolsonaro, o ninho natural de Moro será compor com os tucanos, que terão Doria como candidato ao Planalto na próxima eleição.
O míssil disparado por Gilmar parece voltado a avisar Moro que ele não terá seu nome aprovado pelo Senado atual se tentar obter a próxima vaga aberta no STF, em 2020.
Em outras palavras, Gilmar encostou Moro na parede: ou sai do governo — e se une aos tucanos — ou fica e será fritado.
Comentários
MACHADO
IMPEACHMENT E CADEIA JA !!!
Zé do rolo
O ministro gilmar mendes e o mundo inteiro sabe que nunca existiu lava jato e sim farsa a jato de Curitiba pois todo o conteúdo divulgado pelo site Intercept Brasil em parceria com a veja e folha é VERDADE ou seja o Moro e o dallagnol e demais procuradores da lava jato que na verdade é farsa a jato de Curitiba armaram contra o Lula e o Janot com suas declarações e seu livro a ser lançado só comprova que nunca existiu lava jato e sim farsa a jato de Curitiba.
Zé Maria
Trechos da Entrevista de Lula Concedida
ao Canal do Portal Jurídico ‘Migalhas’:
[1] Sobre Progressão de Regime: https://youtu.be/xaNXle15-vM
https://www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI312299,51045-Lula+rebate+ideia+de+desrespeito+a+Justica+por+recusar+semiaberto
[2]Sobre indicações ao STF: https://youtu.be/pJM0tECjjLM
https://www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI312302,71043-Exclusivo+Lula+diz+que+nao+se+arrepende+de+nenhuma+indicacao+ao+STF
Zé Maria
Criminalistas comemoram decisão do STF,
mas “Modulação”, em HC, preocupa
Para o advogado criminalista André Callegari,
a decisão [de conceder a Ordem de Habeas Corpus]
respeitou a Constituição.
“A ordem natural num processo de partes é que o acusado
fale por último, ainda que o colaborador seja também
um corréu.
É indiscutível que há um interesse dele na sua versão
contra o delatado, o que justifica que este deve ser
o último a falar.
A única dúvida que tenho é se cabe modulação em HC.
Porque ou se concede a ordem ou não se concede.
Uma vez concedida, o próprio artigo 580 do CPP determina
o efeito extensivo a corréus que estejam na mesma situação
fático-jurídica concretizando o princípio da isonomia”,
explicou.
Na opinião do doutor em direito penal Conrado Gontijo,
a decisão do STF é importante também para balizar
novos acordos de delação premiada.
“Ao firmarem acordos de colaboração premiada, os delatores
assumem a obrigação de atuar para comprovar as acusações
feitas em face dos delatados, pelo Ministério Público.
São, portanto, auxiliares do órgão de acusação.
No entanto, é grande o risco de que, ao fixar uma tese,
o STF, em vez de efetivamente reverenciar o direito à ampla
defesa, restrinja a possibilidade de que situações concretas,
nas quais esse direito fundamental tenha sido violado,
sejam examinadas.
O essencial é que, sempre, seja resguardado, na maior amplitude
possível, o direito fundamental à ampla defesa.
Não se pode conceber que, a pretexto de proteger a ampla defesa,
sejam criadas barreiras ao seu exercício”,
argumenta.
íntegra: https://www.conjur.com.br/2019-out-03/criminalistas-comemoram-decisao-stf-modulacao-preocupa
Leia também: https://www.conjur.com.br/2019-out-03/senso-incomum-literalista-voluntarista-diante-caes-plataforma
Zé Maria
Conceição/Azenha.
Como afirmou o Jornalista Kennedy Alencar,
quem, ao final, se dirigiu ao Gilmar para pedir
que enviasse à PGR os “elementos” (da #VazaJato),
referidos pelo Ministro do STF durante o
julgamento de 02/10, foi o Sub-Procurador-Geral
Alcides Martins, representando, interinamente,
o Procurador-Geral da República (PGR).
Augusto Aras, “à primeira vista”, estava
de amores com Jair Bolsonaro e Moro,
e com Onix e o Ministro do Turismo,
Marcelo Álvaro Antonio (aquele mesmo
do Laranjal do PSL em Minas Gerais),
na Festa da Posse na sede do MPF.
Ou seja, enquanto o primeiro se interessou
em apurar os indícios de ilegalidades e Crimes
ocorridos no âmbito da Operação Lava Jato,
o outro estava os Bandidos interessado apenas
em Auto-Promoção.
https://youtu.be/lS4Qe1f30Fc?t=3417
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2019/10/02/interna_politica,793863/durante-posse-como-pgr-augusto-aras-troca-afagos-com-bolsonaro.shtml
Wellington Ramos
Isso aí é jogo de cena, o que de efetivo o Supremo fez contra a lava jato nos últimos 5,5 anos ? Nada.
A constituição e o CPP foram dia a dia violados e o Supremo nunca fez nada contra o Moro.
Essas sessões do supremo são uma encheçao de linguiça. São reuniões do banho Maria. Faz de conta.
RAIMUNDO NONATO CAMPOS SOUSA
O Moro prendeu o chefe do Mensalão e do Petrolão. Vem aí Bonat.
O crime não compensa.
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