Freixo: Operação da PF nos ajuda a entender a relação entre o crime, a política e a polícia e o tamanho do buraco que está o Rio

Tempo de leitura: 3 min
Em 16 de abril de 2018, pouco mais de um mês após o assassinato de Marielle Franco, Rivaldo Barbosa, então chefe de Polícia Civil, em reunião com os pais da vereadora. À direita, Marcelo Freixo, então deputado estadual pelo PSOL, mesmo partido de Marielle. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil/Arquivo


Operação ajuda a entender relação entre crime e política, diz Freixo

Freixo deu as declarações por meio das redes sociais

Por Vinicius Lisboa – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro

O presidente da Embratur e ex-deputado federal, Marcelo Freixo, amigo e aliado político da vereadora Marielle Franco, usou as redes sociais na manhã deste domingo (24) para apontar as ligações entre crime, política e polícia reveladas pelas novas prisões relacionadas ao assassinato da vereadora e do motorista Anderson Gomes.

“Em 2008, quando fiz a CPI das Milícias, nós escrevemos no relatório que crime, polícia e política não se separam no Rio. 16 anos depois, com o caso da Marielle resolvido, reafirmo a mesma frase. Um membro do Tribunal de Contas, um vereador (agora deputado) e um chefe da polícia presos envolvidos no assassinato da Marielle”, escreveu Freixo.

“Hoje a prisão dos irmãos Brazão e do Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, deixa claro quem matou, quem mandou matar e quem não deixou investigar. Esse é um ponto importante para explicar porque ficamos seis anos de angústia”.

Na manhã deste domingo (24), a Operação Murder Inc. cumpriu três mandados de prisão preventiva e 12 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), todos na cidade do Rio de Janeiro.

De acordo com fontes ligadas à investigação, foram presos Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, Chiquinho Brazão, deputado federal do Rio, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio.

A operação inclui o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Força-Tarefa do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado para o caso Marielle Franco e Anderson Gomes (GAECO/FTMA), a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República.

“A família Brazão é um projeto político no Rio de Janeiro. Tem vereador, deputado estadual, deputado federal, membro do Tribunal de Contas. E indica cargos nos governos. A operação da Polícia Federal hoje vai nos ajudar a entender a relação de crime e política desse projeto, é uma investigação fundamental para entendermos o tamanho do buraco que está o Rio”, diz Freixo.

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“Por que escolheram a Marielle? Sem dúvida porque é uma mulher negra, eles tinham certeza de impunidade. No dia seguinte, no velório, já tinha uma multidão. A resposta que a sociedade deu teve a ver com a grandeza do que Marielle representava, coisa que eles nunca foram capazes de enxergar”.

DELEGADO ENVOLVIDO

Em 16 de abril de 2018, pouco mais de um mês após o assassinato de Marielle Franco, Rivaldo Barbosa, então chefe de Polícia Civil, em reunião com os pais da vereadora. À direita, Marcelo Freixo, então deputado estadual pelo PSOL, mesmo partido de Marielle. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil/Arquivo

Freixo lembra que Rivaldo Barbosa foi uma das pessoas para quem ligou assim que soube do assassinato e ainda se dirigia ao local do crime.

“Ele era chefe da Polícia Civil e recebeu as famílias no dia seguinte junto comigo. Agora Rivaldo está preso por ter atuado para proteger os mandantes do crime, impedindo que as investigações avançassem. Isso diz muito sobre o Rio de Janeiro”.

O ex-deputado federal lembra ainda que um dos alvos da operação, o delegado Giniton Lages, ex-titular da Delegacia de Homicídios e afastado das funções pelo STF por envolvimento na obstrução das investigações do assassinato de Marielle, escreveu um livro sobre ela. “O nível de barbárie e deboche é inacreditável”.

“Foram cinco delegados que comandaram as investigações do inquérito do assassinato da Marielle e do Anderson, e sempre que se aproximavam dos autores eram afastados. Por isso demoramos seis anos para descobrir quem matou e quem mandou matar. Agora a Polícia Federal prendeu os autores do crime, mas também quem, de dentro da polícia, atuou por tanto tempo para proteger esse grupo criminoso. Essa é uma oportunidade para o Rio de Janeiro virar essa página em que crime, polícia e política não se separam”.

Edição: Lílian Beraldo

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Zé Maria

Só Pra Lembrar

Eleições 2018

Daniel Silveira (PSL), Cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PM-RJ)
e Rodrigo Amorim (PSL), respectivamente, Candidatos a Deputado
Federal e Estadual pelo Estado do RJ, foram eleitos neste domingo (07/10).

Ambos são do Partido de Jair Bolsonaro, que passou ao Segundo Turno
da Eleição Presidencial contra Fernando Haddad (PT), e ganharam ‘Notoriedade’ nesta semana após “quebrarem ao meio uma Placa em Homenagem à Vereadora Carioca Marielle Franco (PSOL), Assassinada
em 14 de Março no Centro da Cidade do Rio de Janeiro. [UOL,07/10/2018].

“Placa de Marielle foi quebrada para restaurar a ordem”, diz Flávio Bolsonaro

Filho do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL),
o Deputado Estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ)
afirmou, nesta quinta-feira (4), que os dois
candidatos do PSL que retiraram e quebraram
uma placa em memória da vereadora Marielle
Franco (PSOL), assassinada em março, estavam
“restaurando a ordem”.

A depredação envolveu os candidatos a deputado estadual
no RJ Rodrigo Amorim (PSL) e a deputado federal Daniel
Silveira (PSL).

[A Placa foi] Considerada Depredação ao Patrimônio Público pela Dupla
e por Flávio, que é Candidato ao Senado no Estado do Rio.
A homenagem estava colocada sobre a placa oficial indicando a Praça Floriano, nome oficial da região da Cinelândia.

A Depredação foi registrada em foto e divulgada por Amorim em vídeo publicado em sua página no Facebook no domingo (30/9).

Na segunda (1º/10), Amorim, que foi Candidato a Vice de Flávio [01 do Jair]
na Campanha à Prefeitura Municipal do RJ em 2016, publicou uma Foto sua
ao lado do Cabo Silveira em que ambos, sorridentes, seguram a Placa com
o nome de Marielle Quebrada –a imagem circulou pelas redes sociais nesta
quarta-feira. [UOL,04/10/2018]

OBS:
Os Partidos Poíticos PSL e DEM, que apoiaram a Eleição do Capitão
Jair Bolsonaro à Presidência do braZil, em 2018, fundiram-se em 2022,
para criar o União braZil, Partido ao qual, até esta data, é Filiado o
Deputado Federal e ex-Vereador Chiquinho Brazão, Preso pela Polícia Federal, em 25/3/2024, por ser um dos Mandantes da Execução Sumária
de Marielle Franco, conforme Confissão do Executor do Crime, o Policial
Militar Ronnie Lessa, por meio de Depoimento em Colaboração à Justiça devidamente Homologada pelo Supremo Tribunal Federal.

https://twitter.com/DaniBacedo/status/1771996189774201018
https://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2022-02/tse-aprova-criacao-da-uniao-brasil-fusao-entre-dem-e-psl

.

Zé Maria

https://www.camara.leg.br/deputados/204476/biografia
.
Pergunta que não quer calar:

“Quantos ‘Chiquinhos Brazões’ existem nos Partidos

que apoiaram o Capitão Golpista Jair Bolsonaro?”
.
.

O Deputado Federal Criminoso Chiquinho Brazão
saiu do Avante e foi para o União braZil-dos Cônjes-
quando o Partido do Janones resolveu apoiar a
Candidatura de Lula a Presidente Contra a Reeleição
do Capitão do Exército Jair Bolsonaro com quem
os Irmãos Brazão fizeram Campanha Casada no RJ.
https://pbs.twimg.com/media/GJdlI-tXwAAao1c?format=jpg
.
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https://twitter.com/i/status/1772302823985651994
https://twitter.com/bruxaOD/status/1772328121586356681
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https://pbs.twimg.com/media/GJdlI-tXwAAao1c?format=jpg

“Isso não é Milícia;
É Estrutura de Poder.”

MARCELO FREIXO
ex-Deputado, Estadual e Federal, RJ.
ex-Presidente da CPI das Milícias
na Assembléia Legislativa do Rio.
https://twitter.com/i/status/1771922696361697473
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