por Fernando Brito, em Tijolaço
Embora não haja qualquer sinal de que possamos ter por aqui qualquer arremedo de legislação que regule democraticamente as concessões públicas na área de comunicação – as concessões, nada a ver com liberdade de imprensa ou de expressão – o jornal O Globo, hoje, age daquela forma descrita no popular ditado de “colocar as barbas de molho, porque as do vizinho estão em chamas”.
O vizinho, no caso, é o Clarín, um conglomerado semelhante ao que é aqui a Globo, com TV, rádios, jornal, internet, produtoras de filmes e agência de notícias. E que, como a Globo,vicejou à sombra da ditadura, como um cogumelo, para relembrar a expressão usada por Leonel Brizola.
Ano passado, o Congresso argentino aprovou e a presidenta Cristina Kirchner sancionou a Lei de Serviços de Comunicação Audiovisual, que estabelece regras para o concentradíssimo sistema de rádio e televisão no país. Para entende-lo, é preciso saber que a televisão argentina é, basicamente, a cabo. Só em sete cidades, além de Buenos Aires, onde há cinco canais de TV aberta, há emissoras de recepção livre. A nova lei atacou de frente a concentração da propriedade nos meios de comunicação, estabeleceu parcelas mínimas de conteúdo nacional, de produção das próprias emissoras e de produtoras intedendentes, além de reservar um terço do espectro radioelétrico para organizações sem fins lucrativos.
É esse o fundo da ordem judicial que determinou a intervenção -na Cablevisión, uma das empresas de TV a cabo – que é a TV de 70% dos argentinos. A reação do pessoal grupo obrigou a Justiça a requerer garantias policiais, que não partiram, portanto, do Executivo.
A batalha se dá agora em torno da Papel Prensa SA, uma empresa criada por uma associação entre grupos privados e o Estado argentino. Durante a ditadura, as ações da empresa que pertenciam ao grupo Graiver – logo após a morte de seu líder David Graiver, num mal-explicado acidente de aviação- o controle da empresa foi transferido, por preço irrisório e depois de seus integrantes serem detidos sob acusação de colaborar com os Montoneros – para o Clarín e o La Nacion, unha e carne com o regime militar.
Independente das obscuridades do passado, os dois jornais se beneficiavam hoje de duas vantagens que os demais não tinham. A primeira, compravam grandes quantidades antes de estabelecerem aumentos de preço; a segunda, recompravam seus encalhes quase ao preço de capa, revendendo-os para a empresa, com o fim de reciclagem.
Ontem o Senado argentino aprovou lei determinando que o comércio de papel de jornal é de interesse público. Isso não quis dizer reestatizá-lo, desapropriando a empresa, mas que serão fixados preços únicos para a venda de papel a qualquer empresa pelo mesmo preço e o mesmo para a recompra para reciclagem.
É a isso que chamam de “atentado à liberdade de imprensa”.
Lá, como aqui, os privilégios obtidos com o convívio com o poder – especialmente com o poder autoritário – deixaram torta a boca da mídia. Não é novidade. Aqui, Samuel Wainer foi linchado pela imprensa por ter a Última Hora empréstimos no Banco do Brasil, embora todos – Globo, Diários Associados e até a Tribuna da Imprensa de Carlos Lacerda – os tivessem, e muito maiores.
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É por isso que, mesmo com léguas a nos separar do que se passa na Argentina, o Clarín brasileiro reage com tanta violência.
Comentários
Eric Nepomuceno: Executivo do Clarín torturou e ameaçou matar viúva e filha de ex-dono de Papel Prensa « Viomundo – O que você não vê na mídia
[…] Fernando Brito: As barbas do vizinho […]
@sebastianpuppo
o goberno argentino de Crsitina Fernandez de Kirchner, é por longe o mais corrupto que ja teve argentina, o estatizacao das AFJP, o control da caixa do banco central, o control das exportaciones e importaciones, os impostos, o lucro da soya, os negociados com as armas, o narcotrafico, a minerìa, o petròleo, um correlativo descenso social, emobrecimento da cultura, o aumento da criminalidade, o control dos meios de comunicacao. fazem com que esse pais nao volte mais a ser a merda que era, vai ser muito pior ainda
Lucas Villa
Argentino tem quase tanta titica na cabeça quanto brasileiro.
No início do século XX, a Argentina era um país de primeiro mundo, com nível de renda semelhante aos países mais ricos da Europa
E conseguiram acabar com tudo isso, começando com com o crápula do Peron, estatizando a economia inteira. O resultado está aí, desde daquela época até hoje, a argentina é um país POBRE onde as pessoas que ficam batendo lata no meio da rua.
Lá é um perfeito exemplo de como o esquerdismo e excesso de detrito na cabeça destroem um país…
Paulo Roberto
Deixe de dizer bobagens e se informe mais. Saia desse seu mundinho criado pela Veja e congêneres ( o PIG) se for capaz: http://www.conversaafiada.com.br/pig/2011/12/25/p…
Morvan
Boa noite.
Falei sobre isso, sobre o imiscuimento do PIG em assuntos argentinos, há poucos dias atrás. Falei sobre a atitude corajosa de Cristina Kirchner ao estatizar o papel-prensa.
Não espero o mesmo de Dilma. Não aconselho ninguém a esperar por isto, pois Dilma já deu sobejas demonstrações de medo e de cabisbaixismo ao PIG.
Aliás, depois que eu ouvi:
– Presidenta, a eventual instalação de uma CPI prejudicaria o governo dentro do Congresso?
– “Eu acho que CPI se faz em caso extremo. Não vejo como eu poderia me manifestar sobre isso.”
– Esse seria um caso extremo?
– “Como eu vou saber?”.
Fonte: CC, http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=19225, fiquei mais encucado do antes. Perguntei aos meus botões: a Presidente Dilma, esta que não sabe se os fatos ali exarados, são de fato, motivos relevantes para uma CPI, é a mesma jovem de cenho franzido e olhar circunspecto daquela foto que mostra como se encaram nazistas?
Nem esperei a resposta, pois meus botões sempre dizem a verdade… e ela machuca.
:-)
Morvan, Usuário Linux #433640.
luiz pinheiro
Isso é que é censura, explícita e radical:
Tá na Folhaonline:
Prefeito é preso acusado de matar jornalista dirigente do PT
O prefeito de Serra do Mel (252 km de Natal), Josivan Bibiano de Azevedo (PSDB), foi preso na manhã deste sábado sob suspeita de ser o mandante do assassinato do jornalista Edinaldo Filgueira, presidente municipal do PT e dono do jornal "O Serrano".
Ele foi preso em operação conjunta das polícias Civil e Federal, cumprindo mandado de prisão preventiva do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte.
sergio
Como diz o "sábio" Andres Sanchez é tudo gângster.
Francisco. Niteroi
Muito bom este Post da carta maior com o outro lado que a nossa midiazona não conta: http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMos…
Sagarana
Não tem objetivo de calar a imprensa? Então explica porque além de expropriar a industria o governo proibiu a importação? Me engana que eu gosto.
Jairo_Beraldo
O "Clarín" brasileño, assim age, por que sabe que o sinistro das comunicações, Pau Hibernardo e a presidente, não farão nada para dar uma justificativa à sociedade. E quanto ao patriotismo corajoso e persistente do ínclito delegado Protógenes, não dará em nada…faltam machos como Protógenes na composição da mesa diretora da camara dos deputados. E venho a público, depois de ver a presidente correr da comissão da verdade, da lei de mídias e da CPI da Privataria, ser ela realmente a mulher lutadora que dizem ter sido durante a ditabranda – será que era isso que a Fóia queira mostrar nas entrelinhas…que não teve nenhuma barbarie, aponto da presidente não reagir, como fizeram e fazem nossos vizinhos? Seria este o motivo dela ter ido a celebração das festividades natalícias da Fóia?
Morvan
Boa noite.
Concordo, Jairo_Beraldo.
É a certeza de impunidade piguiana. E não adianta falar do sr. sinistro do silêncio, o sr. Bernardo. Ele é só um preposto da Presidente. Se ela não quiser, ele não tem como fazer qualquer atitude contra o PIG.
:-)
Morvan, Usuário Linux #433640.
EUNAOSABIA
Cristina fez na Argentina algo parecido com o que ocorreu no Brasil de janeiro de 2003 para cá.
Muitos jornais e jornalistas que eram críticos do governo de KK, como num passe de mágica descobriram as virtudes do seu governo, o caso mais emblemático é o do jornal Argentino Página 12, independente e de jornalismo crítico, de repente se tornou um admirador e propagador das virtudes da presidente e seu governo.
Não por acaso, o Página 12 é totalmente lastreado em propganda oficial, de empresas estatais, algo semelhante se deu nestas paragens…..
Marat
Muitos brasileiros têm rixa ou mesmo ódio dos argentinos, mas ninguém pode negar, que, no conjunto, eles são muito, mas muito mais politizados que nós.
Essa legislação é moderníssima, inteligente e procura mostrar a todos que é possível de se conviver com um monstro, só que o monstro, dessa vez, terá de alimentar-se sozinho, para provar sua eficiência.
Parabéns, Argentina!!!!!!!!!!
Lucas Villa
Engraçado é a pobreza do imaginário brasileiro.
Sempre que há uma situação onde é denunciado algum abuso por parte da classe política, seja uma acusação de corrupção, seja a criação de mais um imposto, só a título de exemplo, ouço aquela bobagem de "se fosse na argentina eles já estariam fazendo um 'panelaço' e quebrando tudo na rua, só aqui que não se protesta".
Tem que ser brasileiro mesmo pra achar que argentino é "consciente" e politicamente instruído.
Como disseram ai, um país que já foi a grande nação da América do sul e que hoje está de joelhos perante a revolução gramsciana não pode ser um país de gente "consciente".
Marat
Realmente, Villa, alguns brasileiros têm sim, pobreza de imaginário, em especial aqueles que adoram a cartilha neoliberal e é fã dos fanáticos do mercado…
Ao menos os da esquerda tem Gramsci, Marx, Engels etc… etc… etc… e os da direita, a quem seguem? Adam Smith, Roberto Campos, Francis Fukuyama etc….
ZePovinho
Acredito que essa matéria complementa as informações que o post carrega.Quem matou David Graiver,o antigo e legítimo dono da PAPEL PRENSA???????????????????????Não é "teoria conspiratória" do paranóico ZePovinho(o neurótico de guerra):
http://operamundi.uol.com.br/conteudo/entrevistas…
CIA matou banqueiro para jornais argentinos ficarem com Papel Prensa, diz jornalista
Em 1990, o jornalista argentino Juan Gasparini lançou um livro sobre um dos temas mais controvertidos da história recente da Argentina: a morte do empresário David Graiver, em um acidente de avião com causas nunca esclarecidas e a venda da Papel Prensa, principal empresa responsável pela fabricação e distribuição de papel-jornal para os jornais argentinos, aos grupos Clarín e La Nación, maiores conglomerados de mídia do país. Vinte anos depois, uma acusação feita pelo governo de Cristina Kirchner faz o assunto se tornar o centro da discussão política na Argentina.
Após mais de dois anos de pesquisa, Juan Gasparini escreveu El Crimen de Graiver, reeditado em 2007 sob o título David Graiver: El Banquero de los Montoneros e que agora chega à terceira edição. A nova versão acrescenta um prólogo e um epílogo que atualizam os acontecimentos e começou a chegar às livrarias da Argentina na última sexta-feira (3/9).
Em entrevista ao Opera Mundi, Gasparini fala sobre sua hipótese sobre a morte do banqueiro, sobre a obscura venda das ações da Papel Prensa e sobre o investimento de 17 millhões de dólares que teriam sido doados a Graiver pela guerrilha dos Montoneros, um dos braços armados do peronismo. ……………………………………….
….Qual é sua hipótese sobre a morte de Graiver?
O que eu investiguei e defendo no meu livro, sem que ninguém tenha desmentido, é que foi um atentado executado pela CIA. Para mim, é evidente que as políticas dos EUA e da CIA, em particular, estavam totalmente entrelaçadas com as ditaduras. O próprio Senado norte-americano já pediu desculpas por essas intervenções.
Qual era a relação entre Graiver e os Montoneros?
Meu livro explora a hipótese de um investimento de cerca de 17 milhões de dólares dos Montoneros no grupo Graiver. Tratou-se, a meu ver, de uma operação combinada entre os chefes da organização e o próprio David Graiver, operação consentida pela então mulher dele, Lidia Papaleo, e conhecida pelo irmão do banqueiro, Isidoro Graiver, como eu explico no livro.
………………….
A relação entre Graiver e os Montoneros pode ser ou é usada pela oposição ou por simpatizantes do regime militar para legitimar a venda da Papel Prensa?
Eu poderia concluir que a operação para aniquilar o grupo Graiver a cargo das forças armadas seguiu um plano de três fases sucessivas e interdependentes. A primeira foi decapitar o grupo, uma multinacional avaliada em 200 milhões de dólares com tentáculos na Argentina, na Bélgica e nos EUA, abatendo seu chefe, David Graiver, num assassinato reconhecido pelo jornal Clarín de 2 de junho de 2010.
A segunda etapa foi executada respeitando as aparências da legalidade, com a assinatura de sua viúva e sua herdeira em liberdade – ainda que, sem dúvida, sob o controle e a pressão do regime militar. A transação deveria parecer limpa, neutralizando eventuais críticas. Tinha de observar as formas de uma transação comum, responsável, para que o projeto monopolizador do "insumo vital" destinado a abastecer jornais e revistas em escala nacional, a “joia da coroa” dos Graiver, mudasse de mãos sem despertar medos nem suspeitas.
A terceira etapa foi a expropriação forçada do muito que restava para os Graiver, para quem parecia dispensável acatar as regras republicanas. Esse saque foi feito com os espoliados já na prisão. E começou um mês depois de quando estiveram presos clandestinamente, passando de imediato a serem condenados a grandes penas de prisão pela Justiça Militar.
Teriam chegado a cometer um assassinato por causa da Papel Prensa?
Essa é também parte da minha hipótese de trabalho. Graiver foi assassinado por ter recebido um investimento de 17 milhões de dólares da guerrilha peronista, dinheiro que ajudou o banqueiro a se instalar no centro mundial das finanças capitalistas em Nova York, comprando dois bancos………………..
Conceição Lemes
ZePovinho, vc poderia postar de novo o link? Este está dando erro. abs
ZePovinho
Acho que essa matéria é privativa do UOL,Conceição.Está em "SHTML".Vou mandar para o endereço eletrônico do VIOMUNDO.
Conceição Lemes
Obrigada, abs.
Eduardo Guimarães
É ainda pior, a Papel Prensa produz bem menos do que poderia, obrigando os jornais menores e que não participam da festa a importar o insumo, com óbvios prejuízos de competitividade. É incrível que ao tomar medidas para dar igualdade de condições a todos os jornais e ao retirar a vantagem auferida injustamente pelos jornais Clarín, La Nación e La Razón, digam que, ali, trata-se de investir contra a "liberdade de imprensa". A liberdade que querem os jornais em questão é a de dificultarem que veículos menores lhes façam concorrência. É muito revoltante. O Globo conta a história como quer e as associações das máfias midiáticas – como a aparelhada SIP – tratam de difundir desinformação. A situação de oferta de papel-jornal na Argentina não poderia existir nos EUA, pois naquele país há lei contra monopólios, sobretudo se manipulam o mercado em benefício próprio. Ao ser obrigada a funcionar a plena capacidade e a vender papel-jornal a todos pelo mesmo preço, a Papel Prensa aumentará a liberdade de expressão. Na Argentina não há mais condições de mentir assim sem que ninguém passa contestar. No Brasil, nada no horizonte contra práticas de desinformação como essa de O Globo. Precisamos de um governo de verdade, no Brasil.
Almeida Bispo
E as ORGANIZAÇÕES GOLPE não perdoam!
EUNAOSABIA
Desistam, vocês não vão conseguir, vocês simplesmente não podem.
RicardãoCarioca
Deve ser muito triste só conseguir a atenção das pessoas pelos motivos errados e não tirar da cabeça pessoas, partidos e temas que odeia. Se você gosta de defender políticos que enfiam a mão no seu bolso e rouba o seu dinheiro, o problema é seu. Se se sente confortável com as cordinhas do PiG lhe manipulando, o problema é seu. Se não consegue entender que a maioria de nós quer a punição de políticos corruptos de todos os partidos, não importa se estão na oposição ou situação, o problema é seu. A sua incredulidade e dos demais pigzumbis só faz aumentar o nosso ímpeto por um Brasil passado a limpo.
Por que você não manda o seu dinheiro para os políticos que defende? Você simplificaria o processo, compreende? Eles não precisariam criar off-shores, empresas de fachadas no país, pagar propinas, conchavar com doleiros… Nossa! Que trabalho danado só para roubar o seu dinheiro! Você depositando o dinheiro na conta de um laranja deles, chegaria no mesmo resultado bem mais rapidamente.
Francisco
O fato é o seguinte: a burguesia latino-americana não se garante!
marcosomag
Rí às gargalhadas em plena Barão de Itapetininga (centro de SP, para quem não conhece) ao ler a "notícia" que o governo da valente Cristina (Acorda, Dilma!) Kirchner estaria censurando a "imprensa independente" da Argentina com sua política para o papel de imprensa. Acho que os transeuntes ao redor acharam que eu estava ficando maluco… Maluco mesmo foi o editor que mandando colocar uma bobagem destas na primeira página de um jornal que deveria ser um dos mais prestigiados do Brasil!
FrancoAtirador
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Entrementes…
NA COLÔNIA DE FÉRIAS DO PIG
<img src="http://4.bp.blogspot.com/_DBOt3LSnrlU/TI741mp5WgI/AAAAAAAAA30/92MYIjGYbFA/s320/20100914.jpg">
PIGMERVAL (em close) e AS PIGUINHAS DO JOHN PAUNCHY (ao fundo)
<img src="http://3.bp.blogspot.com/_xMo_4rCEdX0/SAgSy3aFMEI/AAAAAAAAAuY/Hvxjpc4raiE/s320/porco.JPG">
PIGLIANE MASSA CHEIROSA
<img src="http://1.bp.blogspot.com/_AV_omxdsu6E/TS5NNobuDpI/AAAAAAAAAEs/KFGpQ4-9rLI/s1600/porco.jpg">
OTÁRIO, O PORQUINHO, OU SIMPLESMENTE OTARINHO
<img src="http://www.vaiarrebentar.com.br/wp-content/uploads/2011/02/Prolasaosporcos.jpg">
CAPO SUÍNO CIVITTI
<img src="http://dj-scene.com/wp-content/uploads/2011/02/Tattoo-Pigs-236×350.jpg">
JUVENTUDE DA SOCIAL DEMOCRACIA BRAZILEIRA
<img src="http://pu.i.wp.pl/k,NzU0NTE2NzIsNDkyMTcwNzI=,f,969557_ce519b6386da9d60_big.jpg">
OLD PIG FH
Operante Livre
HAY QUE ENDURECERCE Y SIN EL MÍNIMO DE TERNURA CON EL PIG.
No hay que dar perolas a chanchos.
FrancoAtirador
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"Ni a los perros las cosas santas,
no sea que las pisoteen
y después se vuelvan contra ustedes
y los despedacen"
(Mt 7)
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luiz pinheiro
Compren periodicos de los cuervos
Y te quitarán los ojos.
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