Estudante de jornalismo denunciou Bolsonaro como responsável pela pandemia. Perdeu a esposa, de 24 anos, para a doença

Tempo de leitura: 2 min
Reprodução

Nesta semana, o Viomundo dá rosto a jovens mortos pela covid-19, para desfazer falsidades bolsonaristas e homenagear as 265.500 vítimas, seus parentes e amigos.

No meu caso particular, pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado pelo vírus, não precisaria me preocupar, nada sentiria ou seria, quando muito, acometido de uma gripezinha ou resfriadinho, como bem disse aquele conhecido médico daquela conhecida televisão. Jair Bolsonaro, 65 anos de idade, em rede nacional de TV

Da Redação, com G1 e redes sociais

O casal estava naquela fase de curtir os sapatinhos do bebê e a barriga de Luana Gurgel, de 24 anos de idade.

O futuro papai, estudante de jornalismo da Universidade Federal do Maranhão, denunciou o presidente Jair Bolsonaro em janeiro em uma rede social: 

O Presidente fez pouco caso da gravidade da situação, ignorou especialistas, foi contrário ao isolamento social e lockdown idicado por infectologistas para minimizar a transmissão do vírus, ajudou a espalhar mentiras, fez trocas no ministério da saúde de colaboradores que não aceitaram o seu posicionamento de negação à ciência, indicou à população remédios ineficazes para o tratamento da doença, e ainda tem sido incompetente no planejamento da vacinação, que já deveria ter começado há tempos.

Na verdade, ele nem quer que o povo se vacine.

Então, sim, as mãos de Bolsonaro estão sujas de sangue pelas mais de 200 mil mortes de covid-19 no Brasil.

Cairo Yuri, também de 24 anos, talvez não esperasse que a tragédia chegasse tão perto.

Afinal, ele e a mulher eram jovens.

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Os primeiros sintomas foram em 15 de fevereiro. O casal procurou o Hospital Macrorregional de Imperatriz, no interior do Maranhão, mas o teste deu negativo, o que não é incomum.

Luana, grávida de 8 meses, passou uma semana com tosse e falta de ar. O casal procurou uma clínica particular para fazer um segundo teste, que deu positivo.

Dois dias depois, na terceira visita ao Hospital Macrorregional, ela foi internada.

“Passou o dia inteiro com febre, muita tosse e muita falta de ar. E quando a gente voltou essa terceira vez ao hospital, já foi para internar ela. Quando a gente chegou lá, um exame de raio-X constatou que ela estava com 50% do pulmão comprometido e a saturação estava muito baixa. E foi aí que decidiram internar ela”, conta Cairo.

Ele iniciou uma mobilização pelas redes sociais e conseguiu promessa da Secretaria de Estado da Saúde (SES) de transferência para São Luís, que fica a 630 km de distância.

Mas Luana passou muito mal na sexta-feira, 26, e teve de fazer uma cesariana de urgência. Bento nasceu bem de saúde.

Horas depois, já no dia 27, 12 dias depois da internação, Luana, que não tinha comorbidades, faleceu.

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Carlos Nogueira

Mais uma vítima do genocida e sua quadrilha.
As três maiores vergonhas do Brasil são:
1 – O povo
2- As forças armadas.
3 – Os supremos e alguns juízes.

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