Documentário sergipano ‘Velho Chico, a Alma do Povo Xokó’ é indicado para o Festival de Gramado
Tempo de leitura: 3 minDocumentário sergipano é indicado para o 52º Festival de Cinema de Gramado
O longa documental terá exibição inédita na quarta-feira, 14 de agosto, no horário das 20h20, via Canal Brasil ou Globo Play
Por Michele Amorim Becker*
Velho Chico, a Alma do Povo Xokó é o único representante do Nordeste na Mostra Competitiva de Longas Documentais do 52º Festival de Cinema de Gramado, que acontece entre os dias 9 e 17 de agosto, na serra gaúcha.
Dos 158 títulos submetidos para a mostra, a curadoria do mais respeitado festival do cinema brasileiro escolheu cinco para compor a competição, dentre eles, o documentário sergipano.
A mostra terá exibição exclusiva pela grade linear do Canal Brasil ou pela Globo Play, de 12 a 16 de agosto, no horário das 20h20.
Velho Chico, a alma do povo Xokó será exibido na quarta-feira, dia 14 de agosto, neste mesmo horário.
O rio São Francisco, chamado pelos povos indígenas de Opará (Rio-Mar), é uma entidade tão viva e tão presente na vida dos ribeirinhos que eles também o chamam de Velho Chico, como se estivessem se referindo a uma pessoa, um parente, um ancião.
Integralmente nacional, esse rio nasce na Serra da Canastra, em Minas Gerais, e segue sua jornada Brasil adentro, banhando cinco estados e o Distrito Federal, além de formar uma divisa natural entre o estado de Sergipe e Alagoas.
Ambientado na Terra Indígena Caiçara, localizada na região do Alto Sertão sergipano, o filme de não ficção narra, de forma poética, a história de um rio e de um povo.
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Duas histórias que se fundem: a do povo Xokó, uma etnia indígena existente no estado de Sergipe, e a do rio São Francisco, sua razão de existir.
Trata das suas lutas e conquistas, da retomada de suas terras, da cultura da cerâmica e dos rituais indígenas, como o Ouricuri (espaço sagrado) e o Toré (dança circular indígena).
Para o Cacique Bá, a escolha do documentário para integrar a mostra competitiva, em Gramado, é considerada uma vitória.
“É muito emocionante tudo isso. Desde as filmagens que isso mexe com a gente. As falas marcantes, profundas, nos inspiram. Nós já somos vitoriosos, porque essa produção mostra que nós temos uma história, temos uma alma, a alma Xokó, e temos a nossa fonte de existência que é o Velho Chico, mas eu acredito que podemos subir mais um degrau e trazer o troféu para casa”, diz a liderança indígena referindo-se ao Kikito de Ouro, principal troféu do cinema brasileiro.
“É um filme que fala do Brasil e deve ser visto por todos os brasileiros, independentemente de diferenças econômicas, sociais ou culturais. Sua temática é adequada para estudantes, portanto, interessa também aos professores; sua linguagem é construída para ser compreendida por pessoas de todas as faixas etárias e de diferentes classes sociais”, acrescenta a produtora executiva Cacilda de Jesus.
Velho Chico, a alma do povo Xokó é uma realização da WG Produções, com direção de Caco Souza, roteiro de Lelê Teles, produção executiva de Cacilda de Jesus, pesquisa e produção de Michele Amorim Becker.
A obra obteve recursos da Agência Nacional de Cinema (Ancine), por meio do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA).
O documentário também conta com o apoio do Governo de Sergipe, por meio da Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe (Funcap), principal parceira na produção e primeira janela de exibição da obra (conforme Edital de Chamada BRDE/FSA Fluxo Contínuo para TV 2018).
Vale enfatizar ainda que a delegação que representará Sergipe, em Gramado, também conta com o apoio do Governo de Sergipe por meio da Seduc e da Funcap.
Além do longa documental sergipano, competirão na categoria de Longas Documentais do 52º Festival de Cinema de Gramado: Mestras de Roberta Carvalho (PA); Clarice Niskier, Teatro dos Pés à Cabeça de Renata Paschoal (RJ); Poemaria de Davi Kinski (SP); e Toquinho Maravilhoso de Alejandro Berger Parrado (SP).
*Michele Amorim Becker é a produtora de Velho Chico, a alma do povo Xokó
Ficha Técnica de Velho Chico, a alma do povo Xokó
Empresa Produtora: WG Produções e Publicidade
Direção: Caco Souza
Roteiro: Lelê Teles
Produção: Michele Amorim Becker
Produção executiva: Cacilda de Jesus
Direção de fotografia: Maila Louback Gonçalves e Marcus Vinicius de Melo Soares
Direção de arte: Jorge Oliveira
Trilha musical: Ricardo Vieira
Trilha sonora original: Ricardo Vieira
Montagem: Jorge Oliveira e Thais Ramos
Desenho de som: Marcelinho Porto
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Zé Maria
Legítima Cultura Popular Brasileira.
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