Depois de escrever “me ajuda, o que faço?”, senadora tucana afirma que não fez pedido a Moro
Tempo de leitura: 2 minDa Redação
“Foi um comentário. Não estava entregando uma demanda”, afirmou ao UOL a senadora tucana Mara Gabrilli sobre a mensagem que enviou ao juiz Sérgio Moro, pedindo que Marcos Valério fosse ouvido sobre o assassinato do ex-prefeito Celso Daniel, de Santo André.
O pedido foi feito em março de 2017.
A declaração confirma a autenticidade do conteúdo da informação revelada pelo Intercept Brasil.
A mensagem de Gabrilli foi repassada pelo então juiz federal Sérgio Moro ao chefe da Força Tarefa da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol.
“Favor manter reservado”, observou Moro.
Não é o papel de um juiz federal pedir investigações à promotoria, ainda mais envolvendo uma deputada adversária do partido sob investigação, ainda mais em caso ou casos que o juiz pode vir a julgar.
Não se sabe ainda quais providências Dallagnol tomou sobre o caso.
Valério havia deposto diante de Moro em 12 de setembro de 2016.
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À época, sem apresentar provas, disse que ouviu dizer que o empresário Ronan Maria Pinto extorquiu José Dirceu, Lula e Gilberto Carvalho — sem explicar o motivo.
Ronan foi preso por envolvimento num esquema de corrupção nos serviços de transportes de Santo André quando Celso Daniel, o prefeito assassinado, do PT, estava no cargo.
Mara Gabrilli e alguns procuradores de São Paulo nunca desistiram da tese — desmentida pela própria polícia — de que Daniel teria sido morto a mando da cúpula do PT.
Preso em Minas Gerais por causa de seu envolvimento no escândalo do mensalão, Marcos Valério voltou a ser ouvido sobre o assunto em outubro do ano passado, por promotores paulistas.
Apesar da polícia civil paulista atestar que a morte de Daniel não foi um crime político, a teoria conspiratória é uma das pedras angulares do antipetismo em setores do Ministério Público.
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