Daniel Cara: Troca na Educação, primeiro revés dos militares; é a mediocrização da pauta de educação; ouça
Tempo de leitura: 2 minDa Redação
Pelo twitter, às 11h33 dessa segunda-feira (08/04), o presidente@jairbolsonaro divulga:
Comunico a todos a indicação do Professor Abraham Weintraub ao cargo de Ministro da Educação. Abraham é doutor, professor universitário e possui ampla experiência em gestão e o conhecimento necessário para a pasta. Aproveito para agradecer ao Prof. Velez pelos serviços prestados.
Também pelo twitter, @DanielCara, coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, detona a escolha:
Bolsonaro sempre surpreende, para pior.
Um ultraliberal no MEC, economista articulador da Reforma da Previdência.
O mundo empresarial terá livre acesso aos mais de R$ 100 bilhões da pasta.
O Direito à Educação está ainda mais distante de ser consagrado.
No tuíte seguinte @DanielCara completa:
O novo ministro da Educação como tem sido regra na pasta, não entende nada de…
EDUCAÇÃO
O economista Abraham Weintraub, ex- assessor de Onyx Lorenzoni, se dica à reforma da Previdência.
A educação no Brasil nunca foi respeitada, mas jamais tão desrespeitada.
Daniel Cara é educador e cientista político. Atua na área da Educação, Ciência e Tecnologia.
Daniel gravou e postou o áudio abaixo na Rede da Campanha Nacional pelo Direito à Educação. Nele, faz uma análise rápida da substituição.
Daniel Cara diz:
— Isso (a substituição de Ricardo Vélez Rodriguez por Abraham Weintraub) não significa trocar seis por meia dúzia. Tem aí uma mudança na agenda do Ministério da Educação.
– O Ricardo Vélez Rodriguez era, sim, indicado pelo Olavo de Carvalho e tinha o apoio dos militares. Até porque ele é professor Emérito da Escola de Comando e Estado Maior do Exército.
— O Abraham Weintraub também indicado é por Olavo de Carvalho, mas ele é apoiado pelo grupo dos ultralibeirais do Paulo Guedes. Essa é a diferença fundamental.
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— Enquanto o Ricardo Vélez defendia como prioridade a militarização das escolas, o Abraham Weintraub vai defender como prioridade a guerra cultural olavista. Essa é grande proposta dele.
— No governo Bolsonaro não vai ter política educacional. O que vai ter é a mediocrização da pauta de educação.
— Significa o primeiro revés dos militares no governo Bolsonaro.
Ouça. Vale a pena. Esse áudio chegou até nós, via o jornalista e ativista Julian Rodrigues:
Comentários
Nelson
Eu sempre digo: “há espaço para piorar”. E a coisa vai correndo assim, neste rumo.
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