Centrais defendem acordos de leniência para combater o desemprego provocado pela Lava Jato
Tempo de leitura: 4 minCentrais defendem acordos de leniência para combater o desemprego
Em nota conjunta, CSB, CTB, CUT, Força Sindical, Nova Central e UGT avaliam os impactos da Lava Jato no mercado e pedem que Congresso se mobilize para que empregos sejam resgatados
por Redação RBA publicado 29/11/2016
São Paulo – As centrais sindicais reconhecidas formalmente divulgaram hoje (29) nota conjunta em que defendem a regulamentação de acordos de leniência para que as empresas envolvidas na Operação Lava Jato possam manter suas operações e estancar o processo de extinção de postos de trabalho.
No texto, as entidades analisam os impactos das investigações no mercado de trabalho e mostram que, desde que a operação foi deflagrada, no início de 2014, 87 mil postos de trabalho foram desativados em 29 empresas do setor de infraestrutura. “Some-se a esse número outros 65 mil empregos indiretos que se estima terem sido eliminados nas empresas prestadoras de serviços ou fornecedoras de insumos”, afirmam CSB, CTB, CUT, Força Sindical, Nova Central e UGT.
Mas o impacto é ainda maior, diz o documento, diante do fato de que para cada R$ 1 milhão investido no setor de construção pesada, R$ 1,6 milhão é movimentado na economia. “…o impacto negativo da operação Lava Jato em toda a economia seria de 1,9 milhão de empregos eliminados, que representariam cerca de R$ 22,4 bilhões em salários”, sustentam as centrais, considerando dados de consultores do mercado de trabalho.
Confira abaixo a íntegra da nota:
O Brasil atravessa um período bastante longo de aumento do desemprego, que se iniciou no último trimestre de 2014 e vem se arrastando até hoje.
Os índices que medem o nível de desemprego apontam para a dramaticidade do problema: saímos de uma taxa de 6,5% no último trimestre de 2014 para os atuais 11,8% (PNAD Contínua, IBGE).
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A destruição de 2,9 milhões de empregos formais nos últimos dois anos evidencia que o problema atinge postos de trabalho de melhor qualidade, sob a proteção da legislação trabalhista e no setor mais organizado da economia.
O país parou de gerar empregos e passamos a ver a destruição de bons postos de trabalho em ritmo contínuo e acelerado.
Ainda que se possa identificar vários fatores internos e externos que atingiram a economia e levaram a esse quadro dramático no mercado de trabalho, uma das suas razões foi a paralisação das atividades de um conjunto importante de empresas e de empreendimentos de infraestrutura.
O combate à corrupção desencadeado pela operação Lava Jato não foi acompanhado de medidas que preservassem a continuidade de obras e de investimentos. As empresas investigadas tiveram suas atividades paralisadas, acarretando demissões, falências, interrupção da execução de obras e de contratos.
Desde que a operação Lava Jato foi deflagrada, foram destruídos cerca de 87 mil postos de trabalho diretos em 29 construtoras envolvidas.
Some-se a esse número outros 65 mil empregos indiretos que se estima terem sido eliminados nas empresas prestadoras de serviços ou fornecedoras insumos.
Mais ainda, a se considerar os efeitos induzidos pela redução dos negócios e da massa salarial que era posta em circulação, o impacto alcança cifras muito maiores.
Segundo a GO Associados, em estimativa elaborada em agosto de 2015, esse número seria ainda maior: o impacto negativo da operação Lava Jato em toda a economia seria de 1,9 milhão de empregos eliminados, que representariam cerca de R$ 22,4 bilhões em salários.
Para a LCA Consultores, a cada R$ 1 milhão gasto no setor da construção pesada, são movimentados R$ 1,6 milhão na economia como um todo.
O crescimento do desemprego é o principal problema ser enfrentado no país, pois exclui do mercado consumidor uma parcela considerável da população, reduzindo o consumo e as possibilidades de recuperação da economia, faz crescer a pobreza, sobrecarrega os programas sociais e amplia os conflitos sociais.
Sendo assim, entre as diversas medidas que poderiam contribuir para redução do desemprego está a reativação de um conjunto de atividades ligadas à infraestrutura e energia, com destaque para o setor de construção pesada e de montagem industrial e os estaleiros.
Com isso, além de se recuperar capacidade de geração de emprego, será preservada a expertise e o domínio tecnológico que colocou as empresas brasileiras em posição de destaque no cenário internacional.
Para tanto, se faz necessário a aprovação de projeto de lei regulamentando os acordos de leniência que permita que as empresas funcionem sem prejuízo da punição para executivos que tenham liderado ações de corrupção.
O Senado Federal já aprovou o Projeto de Lei nº 3636/2015, que regulamenta os acordos de leniência, aperfeiçoando a lei anti corrupção.
A matéria está na Câmara dos Deputados, aguardando ser colocada em pauta e ir à votação.
Preocupados com a demora em se adotar medidas que permitam a reativação das empresas e dos empregos, as centrais sindicais CSB, CTB, CUT, Força Sindical, NCST e UGT, e as confederações patronais CNA, CNC, CNCOOP, CNF, CNI e CNT, reunidas no Fórum Nacional do Desenvolvimento Produtivo, manifestaram-se ao Presidente da Câmara dos Deputados pedindo que a tramitação do Projeto de Lei seja retomada com urgência.
O Congresso é a instância que tem a prerrogativa e a responsabilidade por definir os termos pelos quais a leniência das empresas poderá ser estabelecida. O que se quer é que este processo não fique parado, dada a gravidade da situação.
Obviamente, não se trata de colocar a geração de emprego em oposição ao combate à corrupção. Ao contrário, o que se quer é garantir que o firme combate à corrupção não faça recair sobre os trabalhadores o ônus da perda dos empregos, e que não impute à sociedade o custo da perda de empresas geradoras de riquezas e de benefícios para todo o país.
E este anseio corresponde ao que se verifica em muitas outras nações, onde a corrupção é combatida mas as empresas não param de funcionar.
O país atravessa uma grave crise econômica, talvez a maior de sua história. É urgente que toda a sociedade se esforce para que voltemos a crescer e gerar empregos.
Um elemento importante nesse aspecto, para geração de empregos em um setor intensivo em trabalho e fundamental para a garantir a retomada de obras de infraestrutura econômica e social no país é o da construção civil.
Sem dispositivos legais que possibilitem a realização dos acordos de leniência, esse setor continuará paralisado.
Veja também:
Estrella, um dos descobridores do pré-sal: Estamos perdendo o Brasil
Comentários
FrancoAtirador
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https://twitter.com/minc_rj/status/803661670845399041
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FrancoAtirador
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Fórum Interinstitucional em Defesa do Direito e da Justiça do Trabalho (Fiddejust)*
“MANIFESTO A RESPEITO DA PEC 55 E OS EFEITOS PARA COM A JUSTIÇA DO TRABALHO”
http://sintrajufe.org.br/site/arquivos/Manifesto%20-28-11-2016.pdf
http://www.amatra4.org.br/publicacoes/imprensasub/1185-manifesto-do-fiddejust-a-respeito-da-pec-55-e-seus-possiveis-efeitos-para-com-a-justica-do-trabalho
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(*) O Fiddejust foi Criado Dia 16 de Novembro,
sendo Formado pelas Seguintes Entidades:
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Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 4ª Região (AMATRA IV)
Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT/RS)
Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra)
Ministério Público do Trabalho (MPT/RS)
Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT)
Associação dos Juízes para a Democracia (AJD)
Fundação Escola da Magistratura do Trabalho do RS (Femargs)
Associação Gaúcha dos Advogados Trabalhistas (Agetra)
Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas (Abrat)
Central Única dos Trabalhadores (CUT/RS)
Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal do RS (Sintrajufe/RS)
Associação Gaúcha dos Auditores Fiscais do Trabalho (Agitra)
Associação dos Servidores da UFRGS, UFCSPA e IFRS (Assufrgs)
Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait)
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB/RS)
Federação dos Empregados no Comércio de Bens e Serviços do RS (Fecosul/RS)
Sindicato dos Empregados de Agentes Autônomos, Bens e Serviços do Estado do RS (Seaacom/RS)
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http://www.trt4.jus.br/portal/portal/trt4/comunicacao/noticia/info/NoticiaWindow?cod=1407554&action=2&destaque=false&filtros=INSTITUCIONAL
https://www.facebook.com/sintrajufers/photos/a.541158145985971.1073741827.146003468834776/938535426248239/?type=3
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Sérgio
Atenção, Alerta Geral: Moro vai fugir para os EUA????
Vários Blogs noticiam que ele protocolou ontem, 28/11, pedido de afastamento para ausentar-se por 1 ano, com destino aos Estados Unidos (Pátria Mãe).
Suspeita-se que como a corda está arrebentando e a Farsa a Jato ficando desnudada, decretaria a Prisão/Condenação do LULA, mesmo sem provas alguma, e correria para o colo do Patrão!!!!
Cadê as Forças Progressistas, os Movimentos Sociais, Deputados, Senadores ou mesmo as FFAAs!!!!
FrancoAtirador
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Curiosidade 2
Já Publicaram
a Nota em Inglês?
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FrancoAtirador
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Apenas por Curiosidade:
O Departamento de Estado
dos IúnáitStêis Concordam?
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FrancoAtirador
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