BC sobe taxa de juros para 13,25%: ‘Novo aumento é um desastre”, diz Lindbergh Farias

Tempo de leitura: 2 min
Reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil. Foto: Raphael Ribeiro/Banco Central

Da Redação

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) eleva pela quarta vez consecutiva a taxa básica de juros da economia brasileira (Selic).

A alta foi de 1 ponto percentual, aumentando a Selic de 12, 25% para 13, 25% ao ano.

A quarta elevação consecutiva da Selic  acontece na primeira reunião comandada por Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente para a presidência do BC. Galípolo substituiu Roberto Campos Neto.

A decisão foi unânime, ou seja, os nove diretores votaram nesse sentido.

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), em mensagem postada no X (antigo Twitter), alerta:

”Esse novo aumento de 1 ponto percentual da Selic é um desastre que pode provocar uma desaceleração excessiva da economia e terá um enorme impacto fiscal

É inaceitável a armadilha criada por Roberto Campos Neto, que na última reunião do Copom, enquanto presidente do BC, tenha deixado contratados dois aumentos de 1 ponto percentual na taxa Selic.

Gabriel Galípolo não tinha muita alternativa de mudar essa rota, neste primeiro momento, sem criar uma grande crise.

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O grande desafio da nova gestão do BC é sair dessa armadilha e retomar uma política que permita conciliar o controle da inflação com a manutenção do crescimento econômico e a geração de empregos.

Não há justificativa técnica para um choque monetário dessas proporções.

A própria carta enviada por Galípolo em que explica os motivos da inflação de 4,83% aponta que a principal razão do descumprimento da meta foi a alta da taxa de câmbio, que significou um aumento de 1,21 ponto percentual na composição da inflação do ano passado.

O peso do suposto “sobreaquecimento da economia” foi de APENAS 0,49 ponto percentual.

O que nós estamos vivendo no Brasil é um terrorismo econômico liderado pelo mercado financeiro que todos os dias fala em “crise fiscal”, “gastança” e “descontrole das contas públicas”. A realidade não é essa!

O Brasil realizou um dos maiores esforços fiscais do mundo. Nós saímos de um déficit de 2,3% do PIB, em 2023, para 0,1%, em 2024.

Sabe onde tá o descontrole fiscal? Nessa taxa de juros altíssima! Cada 1 ponto percentual a mais na SELIC significa cerca de R$ 55 bilhões de déficit no orçamento público.

No acumulado de 12 meses, até novembro de 2024, o Brasil gastou mais de R$ 837 bilhões com o pagamento de juros da dívida, enquanto o déficit primário do país foi de apenas R$ 14,5 bilhões.

Juros altos só são bons para os rentistas. O aumento dos juros espreme as famílias e as empresas, mata o investimento e compromete o crescimento da economia e o aumento da renda, sem impacto significativo sobre a inflação. Precisamos superar o legado desastroso de Roberto Campos Neto”.

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Comentários

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Zé Maria

Subir os Juros atualmente é um Abuso Insolente!
EVIDENTE ASSALTO AO ORÇAMENTO DA NAÇÃO!
É nisso que dá nomear Agentes do Mercado
para Cargos Fundamentais na Administração.

Bartolomeu

Com esse aumento com o presidente do BC indicado por LULA, Campos Neto vira santo.

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