Teje Preso bomba nas redes depois de Aziz mandar ex-diretor do Ministério da Saúde para a cadeia; veja o momento
Tempo de leitura: 3 minAziz manda prender ex-diretor do Ministério da Saúde sob a acusação de mentir à CPI
Roberto Dias foi convocado a dar explicações sobre acusações de que teria pedido propina em negociação de vacina e pressionado servidor do ministério a liberar Covaxin. Ele nega as acusações.
Por Gustavo Garcia, Marcela Mattos e Sara Resende, G1 e TV Globo
O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), determinou nesta quarta-feira (7) a prisão do ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Dias.
Segundo Aziz, a decisão foi tomada porque Dias mentiu e cometeu perjúrio, isto é, violou o juramento de falar de verdade.
Até a última atualização desta reportagem, Roberto Dias ainda estava na sala da CPI e não havia deixado o Senado.
Esta foi a primeira prisão determinada pela CPI da Covid.
Roberto Dias foi convocado a dar explicações sobre as acusações de que teria pedido propina de US$ 1 por dose de vacina em negociações e teria pressionado um servidor do ministério a agilizar a aquisição da Covaxin, vacina produzida na Índia. Dias nega as duas acusações.
Durante o depoimento, Aziz acusou Roberto Dias de ter mentido e ter omitido informações da comissão.
“Chame a polícia do Senado. O senhor está detido pela presidência da CPI”, afirmou Aziz a Roberto Dias.
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A decisão de Aziz provocou reação da advogada de Roberto Dias. Ela afirmou que a prisão é um “absurdo” e que o ex-diretor deu “contribuições valiosíssimas” para a comissão.
A advogada ainda questionou se Roberto Dias continuaria na condição de testemunha ou se havia passado à condição de investigado.
“Se estiver na condição de investigado, eu vou orientar que ele permaneça em silêncio”, declarou a responsável pela defesa do ex-diretor.
Reação de senadores
Aliado do Palácio do Planalto, o senador Marcos Rogério (DEM-RO) perguntou a Aziz em qual fato e em qual argumento o presidente da CPI se baseou para determinar a prisão.
Aziz, então, respondeu: “Perjúrio desde o início.”
Marcos Rogério, na sequência, indagou: “Qual o fato?”.
Aziz, em resposta, disse: “Vários. Vários. Vários. Dizer que não tinha conhecimento que ia se encontrar com o Dominghetti. Marcar uma audiência relâmpago…”
A senadora Simone Tebet (MDB-MS), então, sugeriu uma acareação entre Roberto Dias e Elcio Franco, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde.
Omar Aziz respondeu que não fará acareação “com dois mentirosos”.
O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), se dirigiu a Aziz e pediu respeito aos direitos de Roberto Dias.
“Vossa excelência nunca se afastou desta posição de equilíbrio”, disse Bezerra.
Aziz, então, respondeu que não aceitará que a CPI vire “chacota”.
“Tenho sido desrespeitado como presidente da CPI, ouvindo historinhas. As pessoas se preparam. Não aceito que a CPI vire chacota. Temos 527 mil mortos. e os caras brincando de negociar vacina. […] Ele está preso por mentir, por perjúrio”, declarou Aziz.
“Se eu estiver cometendo abuso de autoridade, que a advogada dele me processe. Nós não estamos aqui para brincar, para ouvir historinha de servidor que pedir propina. Ele que recorra na Justiça, mas ele está preso e a sessão está encerrada. Pode levar”, completou.
Dominghetti
Em depoimento à CPI da Covid, na semana passada, o policial Luiz Paulo Dominghetti afirmou que, em um jantar em 25 de fevereiro, em Brasília, Roberto Dias pediu propina de US$ 1 por dose de vacina em uma negociação que envolveria 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca.
Dominghetti se apresenta como representante da Davati Medical Supply.
Roberto Dias nega ter pedido propina e afirma que não conhecia Dominghetti e jantava com um amigo quando o vendedor de vacinas apareceu.
Quando a denúncia surgiu, a AstraZeneca informou que não tem intermediários no Brasil. Também afirmou que todas as doses de vacina do laboratório estão disponíveis por meio de acordos firmados com governos e organizações multilaterais, como o consórcio internacional Covax Facility.
A empresa acrescentou que não disponibiliza vacinas para o mercado privado nem para prefeituras e governos estaduais.
Também na ocasião, a Davati disse que Dominghetti não tem vínculo empregatício com a empresa e atua como vendedor autônomo.
“Nesse caso, ele apenas intermediou a negociação da empresa com o governo, apresentando o senhor Roberto Dias.
Sobre a denúncia relatada por Dominghetti, de que o Ministério da Saúde teria solicitado uma ‘comissão’ para a aquisição das vacinas, a Davati afirma que não tem conhecimento”, acrescentou a empresa.
Comentários
Zé Maria
No QG do Ministério da Saúde:
Cabo Dominguetti, o Caixeiro-Viajante, que ficou de trazer para o braZil 400 Milhões de
Doses da Vacina AstraZeneca em uma Mala.
Roberto Dias, o Sargento Betão, que acresceu
um sobrepreço de 1 Dólar por Dose da Vacina,
a título de Propina a ser rateada entre os Soldados e os Oficiais do Quartel.
Tenente-Coronel Blanco, que dava as Ordens
aos Conluiados de Baixa Patente, com exceção
do Capitão Miliciano-Mor, o Comandante.
Élcio Franco, o Coronel “Faca-na-Caveira”,
que coordenava os negócios do QG,
a quem respondia o Tenente-Coronel Blanco.
General Pezaduello, o que obedecia o Capitão-Comandante. [*]
*[“Em outubro de 2020, o então ministro da Saúde,
General Eduardo Pazuello, pediu a demissão
do Roberto Ferreira Dias, após o diretor se envolver em suspeitas de irregularidades em um contrato para compra de 10 milhões de kits de testes de Covid.
Porém, o presidente Jair Bolsonaro vetou a demissão, por pressão política.”
(https://www.opovo.com.br/noticias/politica/2021/07/07/quem-e-roberto-ferreira-dias–acusado-de-cobrar-propina-e-alvo-cpi-da-covid.html)]
Centrão de Farda + Centrão Sem Farda = Ministério da Saúde
[e quantos outros Ministérios do (des)Governo Jair Bolsonaro?
https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2021/07/4936010-camara-apura-disputa-entre-militares-e-centrao-por-espaco-no-ministerio-da-saude.html
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