AO VIVO, no 8°BlogProg: Breno Altman, José Genoino e Henrique Pizzolato lançam livros

Tempo de leitura: < 1 min

Barão de Itararé

Assista ao vivo as falas de Breno Altman, José Genoíno e Henrique Pizzolato no lançamento de livros na 8ª edição do Encontro Nacional de Comunicadores e Ativistas Digitais.

📕 José Genoino: Uma Vida Entrevista , Salvio Kotter e Nicodemos Sena

📘 Lawfare Nunca Mais: a Voz das Vítimas (Volume 2), Salvio Kotter e Henrique Pizzolato

📙 Contra o Sionismo: Retrato de uma Doutrina Colonial e Racista, Breno Altman

📗 Por trás das chamas – Mortos e desaparecidos políticos – 60 anos do golpe de 1964, Carlos Tiburcio e Nilmario Miranda

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Zé Maria

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content/uploads/2024/07/Interactive_Gaza_Fourattacks-fourschools_2-1720612023.jpg
SANGUE DE CRIANÇAS PALESTINAS CONTINUA JORRANDO EM GAZA
“Israel Attacks Four Schools in Four Days”
https://www.aljazeera.com/wp-
https://www.aljazeera.com/program/newsfeed/2024/7/9/israeli-attack-on-school-shelter-kills-dozens?playlist=2416138
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https://pbs.twimg.com/media/GSGwOTnWsAAf4Ch?format=jpg

“The Palestinian Red Crescent Society (PRCS) reports
that a child has been injured in firing by Israeli forces
during a raid in the town of Beit Furik east of Nablus.”

https://x.com/AJEnglish/status/1810922533333442794
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Zé Maria

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“US to resume shipping 500-pound bombs to Israel, US official says”

[“EUA Retomarão Envio de Bombas de 500 Libras (227 Kg) para isRéu,
dizem Autoridades dos Estados Unidos da Amériaca (EUA)”]

AL JAZEERA
https://x.com/RicardoEid2/status/1811165347757863038
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” US Position on Gaza Shows ‘Hypocrisy, Double Standard’ ”

Al Jazeera’s senior political analyst Marwan Bishara
says the United States has been “very complicit”
with Israel over its actions in Gaza by being silent
amid a mounting death toll.

“I would say it’s a shameful, perhaps shameless silence,”
Bishara said.

The US “continued to provide weapons and continues
to justify Israel’s genocide in Palestine, while defending
and justifying what Ukraine is doing, and at the same time,
attacking Russia in Ukraine,” he said.

Bishara described it as “hypocrisy” and “double standard”.

“Now it’s becoming a bit of a bad joke if you will … it’s been exposed as hypocrisy, but they [USA] continue to repeat it,” he said.

[” Posição dos EUA Sobre Gaza Mostra ‘Hipocrisia e 2 Pesos e 2 Medidas’ ”

“O analista político sênior da Al Jazeera, Marwan Bishara, diz que
os Estados Unidos da América têm sido “muito cúmplices” de ‘isRéu’
em suas ações em Gaza, permanecendo em silêncio em meio
ao crescente número de mortos.

“Eu diria que é um silêncio vergonhoso, talvez descarado”,
disse Bishara.

Os EUA “continuaram a fornecer armas e continuam
a justificar o genocídio de ‘isRéu’ na Palestina,
enquanto defendem e justificam o que a Ucrânia
está fazendo e, ao mesmo tempo, atacam a Rússia
na Ucrânia”, disse ele.

Bishara descreveu isso como “hipocrisia” e “duplo padrão”.

“Agora está se tornando uma piada de mau gosto, se você preferir…
foi exposto como hipocrisia, mas eles [EUA] continuam a repeti-lo”,
disse ele.]

AL JAZEERA (22:00 GMT)
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https://pbs.twimg.com/media/GSFtDp2WYAAdgWp?format=jpg

O exército israelense ordena que todos os civis palestinos
deixem a Cidade de Gaza, enquanto ataca a sede da UNRWA
[Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados
da Palestina no Oriente Próximo], um dia depois de pelo menos
27 pessoas terem sido assassinadas e 53 feridas em um ataque
militar israelense a uma escola que abriga civis deslocados
em Khan Younis.

Quatro escolas foram atingidas nos dias que Israel
forçou milhares de palestinos a fugir de Khan Younis
e da Cidade de Gaza.

Pelo menos três hospitais importantes foram forçados
a fechar no norte de Gaza.

Por Farah Najjar, na AL JAZEERA: http://aje.io/m5mk20

https://x.com/AJEnglish/status/1810832795490451839
https://t.co/aeD78B1RYG
https://x.com/AJEnglish/status/1810838153537753460
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Zé Maria

Manifestação do Jornalista e Blogueiro BRENO ALTMAN:
https://youtu.be/qltyd_hOBOY?t=177

“Boa tarde a todos e a todas.

Eu queria agradecer o convite de estar presente aqui
no Oitavo Encontro Nacional dos Blogueiros e gostaria
de fazer minha intervenção evidentemente destacando
a importância que tem a Questão Palestina.

Nos dias de hoje, de muitas formas a Questão Palestina
se transformou na síntese das grandes contradições
e das grandes lutas da humanidade na nossa época

a luta que trava o Povo Palestino contra o estado colonial
e racista de ‘isRéu’ não é uma luta apenas pela sua libertação;
ela é uma luta que no curso de combater por sua libertação
é o grande embate que travam os povos hoje contra o sistema
imperialista, esse sistema imperialista que é o inimigo comum
de todos os povos.

O Povo Palestino verte seu sangue e combate por todos os povos.
E, por isso, o nosso interesse, a nossa solidariedade, o nosso apoio,
de todas as formas possíveis, ao Povo Palestino é tão importante
e tão decisivo.

Eu não tenho dúvidas em afirmar que a Questão Palestina
é a régua moral dos nossos tempos.

Se nós queremos saber de que lado estamos e de que lado estão as
pessoas com quem convivemos, basta perguntar sobre a posição
que as pessoas têm e que nós mesmos temos acerca da Questão
Palestina. É uma linha vermelha, é um divisor de águas a posição
que as pessoas possuem em relação a esse tema, é efetivamente
uma régua moral e como tal deve ser tratado.

A Questão Palestina não é uma situação complexa,
é uma situação muito simples e exatamente por isso
ela é a régua moral dos nossos tempos.
Ela é o grande embate, ainda presente no século XXI,
entre um regime colonial e um povo colonizado;
não pode haver qualquer dúvida acerca de que lado
se está nesse conflito, como tampouco tivemos dúvidas
em outros conflitos semelhantes, em outros tempos:
não havia dúvida possível entre o Povo Vietnamita e
o colonialismo francês e o imperialismo norte-americano;
não havia dúvida possível entre o colonialismo francês e
o Povo Argelino; não havia dúvida possível entre os
movimentos de libertação da África Portuguesa e
o colonialismo português e não há evidentemente dúvida
possível entre o Povo Palestino, de um lado, e o estado
colonial e racista de ‘isRéu’, de outro lado.

Esse Estado de ‘isRéu’ encarna uma doutrina e é muito importante
desvendar essa doutrina. E por isso me dei ao trabalho de escrever
o livro e sair rodando o país. A esse respeito, é uma doutrina que
se legitima a partir de uma tragédia se legitima a partir do holocausto
da morte de 6 milhões de judeus nos campos de extermínio da Europa, durante o período nazista, o que faz com que as pessoas tenham
muito receio de enfrentar o Estado de ‘isRéu’ e de criticá-lo, porque
as pessoas têm o receio de serem intituladas de antissemitas,
quando enfrentam esse regime político e quando criticam essa
doutrina.
No entanto, é bastante claro que essa doutrina, o sionismo,
nada têm a ver com os judeus assassinados nos campos de
concentração, não têm a ver doutrinariamente, [pois] o sionismo
não é a identidade do Judaísmo, o sionismo é uma corrente político ideológica que, em determinadas circunstâncias, logrou conquistar
a maioria entre os judeus em meados do século passado, mas
o sionismo está para os judeus como o nazismo esteve para os alemães
e o fascismo esteve para os italianos; ser contra o sionismo não é ser
contra os judeus, da mesma maneira que ser contra o nazismo
não era ser contra os alemães e ser contra o fascismo não era ser
contra os italianos.

O sionismo é uma doutrina que se sustenta sobre dois pilares
– embora o campo ideológico do sionismo tenha diversas alas –
o consenso ideológico do sionismo se sustenta sobre dois pilares.
Um pilar, a conformação de um estado de supremacia étnica Judaica
como uma possível solução contra o antissemitismo.

Essa é a vertente original do sionismo, se contrapondo, à época,
no final do século XIX, à outra corrente política ideológica
que era predominante entre os judeus e seria predominante
até os anos 1940 da nossa era, uma corrente político-ideológica
majoritária entre judeus que tinha sido fundada por um judeu alemão chamado Karl Marx e que propunha enfrentar o antissemitismo
a partir do fim da sociedade de classes, da revolução socialista,
do fim da propriedade privada, concluindo que a base material
do antissemitismo era o papel econômico e social que os judeus
haviam desempenhado, desde a antiguidade, concentrando
quase de forma monopolista a atividade mercantil e a atividade
creditícia financeira e que, portanto, somente a superação
dessa base material – o que seria possível apenas com a revolução –
somente com a superação dessa base material é que deixaria
de existir o antissemitismo.

O sionismo surge com uma outra concepção; uma concepção
claramente nacional chauvinista racista, sustentada pela burguesia
Judaica e aliados na Europa e nas Américas, financiada por um dos
maiores empresários do petróleo, na época, o Barão de Rothschild,
um judeu milionário que havia comprado seu título de nobreza
até mesmo para escapar do antissemitismo na Europa.
Então o sionismo surge a partir desse pilar: construir um estado
de supremacia étnica Judaica como solução ao antissemitismo;
e, ao escolher a Palestina como local de construção do seu projeto,
o sionismo também se transforma em uma doutrina colonial,
porque à época em que a Palestina é escolhida para a construção
do projeto sionista, para ser esse território no final do século XIX
os judeus não significavam, não representavam naquele território,
mais do que 5% da população; 85% da população era do que hoje
nós conhecemos como palestinos.

Portanto, para que um projeto de supremacia étnica pudesse ser
implementado naquele território, o único caminho possível, na lógica
do sionismo, era o colonialismo, a expulsão, a limpeza étnica,
a segregação, a submissão e, no limite, o extermínio, o genocídio.

Por isso que o sionismo deve ser sempre caracterizado como
uma corrente racista e colonial.
Embora ele possua várias alas, todas essas alas estão filiadas
a esse duplo pilar:
[1] a construção de um estado de supremacia étnica judaica e
[2] o de ocupar total ou parcialmente a Palestina.

Para construir esse estado supremacista, o sionismo deu luz,
deu vida, a um regime brutal, a um regime de Apartheid, como
nós não vimos nada semelhante desde o final da segunda guerra
mundial. O regime colonial de Israel supera em muito em tirania
e violência tudo que a gente assistiu depois da segunda guerra,
é mais violento, racista e colonial do que o regime do Apartheid
da África do Sul é mais brutal que as ditaduras da América Latina
dos anos 1970 e 1980 desrespeita os direitos humanos com uma
selvageria jamais vista, desde que o exército vermelho esmagou
o nazismo em Berlim em 1945, e por isso o sionismo e o seu regime
devem ser combatidos sem dó nem piedade, sem qualquer tipo
de contemplação ou vacilação, porque é o braço mais brutal
e selvagem do sistema imperialista.

E esta luta que trava o Povo Palestino deve ser apoiada
de forma irrestrita e incondicional com base, inclusive,
no direito internacional que concede e garante
aos povos colonizados o direito de recorrer a todas as
formas de luta contra o colonialismo, incluindo a luta
armada, como é determinado pela Resolução 3103
das Nações Unidas aprovada em 1973 [*].

Portanto, essa é a síntese que eu gostaria de apresentar
aqui no nosso Oitavo Encontro Nacional dos Blogueiros,
com um apelo, com um chamado, me somando
a múltiplos chamados de que nós devemos
ampliar, aprofundar, intensificar a solidariedade
incondicional e irrestrita ao Povo Palestino.

Muito obrigado.”

[Aplausos]

[*] https://digitallibrary.un.org/record/191382?v=pdf
https://digitallibrary.un.org/record/191382/files/A_RES_3103%28XXVIII%29-EN.pdf
https://digitallibrary.un.org/record/191382/files/A_RES_3103%28XXVIII%29-ES.pdf

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