Exclusivo: Danielly Palma, a pesquisadora que descobriu veneno no leite materno em Lucas do Rio Verde
Tempo de leitura: 7 minpor Manuela Azenha, em Cuiabá
publicação original em 26/03/2011, às 7h22m
A repórter Manuela Azenha esteve em Cuiabá, Mato Grosso, onde assistiu à defesa de tese da pesquisadora Danielly Palma. A ela coube pesquisar o impacto dos agrotóxicos em mães que estavam amamentando na cidade de Lucas do Rio Verde. A seguir, o relato:
Lucas do Rio Verde é um dos maiores produtores de grãos do Mato Grosso, estado vitrine do agronegócio no Brasil.
Apesar de apresentar alto IDH (índice de desenvolvimento humano), a exposição de um morador a agrotóxicos no município durante um ano é de aproximadamente 136 litros por habitante, quase 45 vezes maior que a média nacional — de 3,66 litros.
Desde 2006, ano em que ocorreu um acidente por pulverização aérea que contaminou toda a cidade, Lucas do Rio Verde passou a fazer parte de um projeto de pesquisa coordenado pelo médico e doutor em toxicologia, Wanderlei Pignatti, em parceria com a Fiocruz.
A pesquisa avaliou os resíduos de agrotóxicos em amostras de água de chuva, de poços artesianos, de sangue e urina humanos, de anfíbios, e do leite materno de 62 mães.
A pesquisa referente às mães coube à mestranda da Universidade Federal do Mato Grosso, Danielly Palma.
A pesquisa revelou que 100% das amostras indicam a contaminação do leite por pelo menos um agrotóxico. Em todas as mães foram encontrados resíduos de DDE, um metabólico do DDT, agrotóxico proibido no Brasil há mais de dez anos.
Dos resíduos encontrados, a maioria são organoclorados, substâncias de alta toxicidade, capacidade de dispersão e resistência tanto no ambiente quanto no corpo humano.
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No dia seguinte à defesa de sua tese, Danielly concedeu uma entrevista ao Viomundo.
Manuela – A sua pesquisa faz parte de um projeto maior?
Danielly Palma – Minha pesquisa foi um subprojeto de uma avaliação que foi realizada em Lucas do Rio Verde e eu fiquei responsável pelo indicador leite materno.
Mas a pesquisa maior analisou o ar, água de chuva, sedimentos, água de poço artesiano, água superficial, sangue e urina humanos, alguns dados epidemiológicos, má formação em anfíbios.
Manuela – E essas pesquisas começaram quando e por que?
Danielly Palma – Começamos em 2007. A minha parte foi no ano passado, de fevereiro a junho. Lucas do Rio Verde foi escolhido porque é um dos grandes municípios produtores matogrossenses, tanto de soja quanto de milho e, consequentemente, também é um dos maiores consumidores de agrotóxicos.
Em 2006, quando houve um acidente com um desses aviões que fazem pulverização aérea em Lucas, o professor Pignati, que foi o coordenador regional do projeto, foi chamado para fazer uma perícia no local junto com outros professores aqui da Universidade Federal do Mato Grosso.
Então, começaram a entrar em contato com o pessoal e viram a necessidade de desenvolver projetos para ver a que nível estava a contaminação do ambiente e da população de Lucas.
Manuela – E qual é o nível de contaminação em que a população de Lucas se encontra hoje? O que sua pesquisa aponta?
Danielly Palma – Quanto ao leite materno, 100% das amostras indicaram contaminação por pelo menos um tipo de substância.
O DDE, que é um metabólico do DDT, esteve presente em 100%, mas isso indica uma exposição passada porque o DDT não é utilizada desde 1998, quando teve seu uso proibido.
Mas 44% das amostras indicaram o beta-endossulfam, que é um isômero do agrotóxico endossulfam, ainda hoje utilizado.
Ele teve seu uso cassado, mas até 2013 tem que ir diminuindo, que é quando a proibição será definitiva.
É preocupante, porque é um organoclorado que ainda está sendo utilizado e está sendo excretado no leite materno.
Manuela – Foram essas duas substâncias as registradas?
Danielly Palma – Não, tem mais. Foi o DDE em 100% das mães [que estão amamentando]; beta-endossulfam em 44%; deltametrina, que é um piretróide, em 37%; o aldrin em 32%; o alpha-endossulfam, que é outro isômero do endossulfam, em 32%; alpha-HCH, em 18% das mães, o DDT em 13%; trifularina, que é um herbicida, em 11%; o lindano, em 6%.
Manuela – E o que essas susbstâncias podem causar no corpo humano?
Danielly Palma – Todas essas substâncias tem o potencial de causar má formação fetal, indução ao aborto, desregulamento do sistema endócrino — que é o sistema que controla todos os hormônios do corpo — então pode induzir a vários distúrbios.
Podem causar câncer, também. Esses são os piores problemas.
Manuela – Você disse que as mães foram expostas há mais de dez anos. As substâncias permanecem no corpo por muito tempo?
Danielly Palma – Permanecem. No caso dos organoclorados, de todas as substâncias analisadas, o endossulfam é o único que ainda está sendo utilizado.
Desde 1998 os organoclorados foram proibidos, a pesquisa foi realizada em 2010, e a gente encontrou níveis que podem ser considerados altos.
Mesmo tendo sido uma exposição passada, como as substâncias ficam muito tempo no corpo, esses sintomas podem vir a longo prazo.
Manuela – Durante a sua defesa de mestrado, em que essa pesquisa foi apresentada, os membros da banca ressaltaram o quanto você sofreu para realizar a pesquisa. Quais foram as maiores dificuldades?
Danielly Palma – A minha maior dificuldade foi em relação à validação do método. Porque, quando você vai pesquisar agrotóxicos, tem de ter uma precisão muito grande.
Como são dez substâncias com características diferentes, quando acertava a validação para uma, não dava certo para outra.
Então, para ter um método com precisão suficiente para a gente confiar nos resultados, para todas as substâncias, foi um trabalho que exigiu muita força de vontade e tempo. Foi praticamente um ano só para validar o método.
Manuela – Essas mães que foram contaminadas exercem ou exerceram que tipo de atividade? Como elas foram expostas ao agrotóxico?
Danielly Palma – Das 62 mulheres que eu entrevistei, apenas uma declarou ter contato direto com o agrotóxico. Ela é engenheira agrônoma e é responsável por um armazém de grãos.
Três mães residem na zona rural, trabalhando como domésticas nas casas dos donos das fazendas. É difícil dizer que quem está longe da lavoura não está exposto em Lucas do Rio Verde, pela localização da cidade, com as lavouras ao redor.
Mas a maioria das entrevistadas trabalha no comércio, são professoras do município, algumas donas de casa, mas não são expostas ocupacionalmente. A questão é o ambiente do município.
Manuela – Mas a contaminação se dá pelo ar, pela alimentação?
Danielly Palma – A alimentação é uma das principais vias de exposição. Mas, por se tratar de clorados, que já tiveram seu uso proibido, então eu posso dizer que o ambiente é o que está expondo, porque também se acumulam no ambiente.
No caso da deltametrina e do endossulfam, que ainda são utilizados, o uso atual deles é que está causando a contaminação.
Mas, nos usos passados [dos agrotóxicos agora proibidos], a causa provavelmente foi a exposição à alimentação — na época em que eram utilizados — e o próprio meio ambiente contaminado.
Manuela – Quais são as principais propriedades dessas substâncias encontradas?
Danielly Palma – Os organoclorados têm em comum entre si os átomos de cloro na sua estrutura, o que dá uma grande toxicidade a eles.
Eles têm alta capacidade de se armazenar na gordura, alta pressão no vapor e o tempo de meia-vida deles é muito longo, por isso que para se degradar demora muito tempo.
São altamente persistentes no ambiente, tanto nos sedimentos, solo, corpo humano, e têm a capacidade de se dispersar. Tanto que no Ártico, onde eles nunca foram aplicados, são encontrados resíduos de organoclorados.
Manuela – O professor Pignati comentou que a Secretaria da Saúde dificultou um pouco a pesquisa de vocês, mas que vocês fizeram questão da participação do governo. Por que?
Danielly Palma – Nós vimos a importância da participação deles porque, quando a exposição da população está num nível elevado e está tendo uma incidência maior de certas doenças, é lá na ponta que isso vai estourar, é no PSF (Programa Saúde da Família).
Então, a gente queria que a Secretaria da Saúde acompanhasse para ver em que nível de exposição essa população está e para que tome medidas.
Para que recebam essas pessoas com algum problema de saúde e saibam diagnosticar, saibam de onde está vindo e o porquê de tantas incidências de doenças no município.
Manuela– Se a maioria dessas substâncias não está mais sendo utilizada, o que pode ser feito daqui para frente para diminuir o impacto delas sobre o ambiente e a saúde?
Danielly Palma – Em relação a essas substâncias que não estão sendo mais utilizadas, infelizmente, não temos mais nada a fazer.
Já foram lançadas no ambiente e nos organismos das pessoas.
A gente pode parar e pensar no modelo de desenvolvimento que está sendo posto, com esse alto consumo de agrotóxico e devemos tomar cuidado com as substâncias que ainda estão sendo utilizadas para tentar evitar um mal maior.
Manuela – Como que o agrotóxico pode afetar o bebê?
Danielly Palma – Esses agrotóxicos são lipofílicos e se acumulam no tecido gorduroso, então ficam no organismo e passam para o sangue da mãe.
Através da placenta, como há troca de sangue entre mãe e feto, acabam atingindo o feto. E alguns tem a capacidade de passar a barreira da placenta e atingir o feto.
Durante a lactação, o agrotóxico acaba sendo excretado pelo leite humano.
Manuela– Então, mesmo que não amamente o filho, ele pode nascer com resíduo de agrotóxico?
Danielly Palma – Sim, isso se a contaminação da mãe for muito elevada.
Manuela– Foi o caso nas mães [pesquisadas] de Lucas do Rio Verde?
Danielly Palma – Alguns níveis [encontrados] consideramos altos, até porque o leite humano deveria ser isento de todas essas substâncias. Deveria ser o alimento mais puro do mundo.
E a gente vê que isso não ocorre, tanto nos meus resultados quanto em trabalhos realizados no mundo inteiro que evidenciaram essa contaminação.
A criança acaba sendo afetada desde a vida uterina e depois na amamentação é mais uma quantidade de agrotóxicos que ela vai receber.
Mas é sempre bom lembrar do risco-benefício do aleitamento materno. Nunca se deve incentivar a mãe a parar de amamentar porque seu leite está contaminado.
As vantagens do aleitamento materno são muito maiores do que os riscos da carga contaminante que o leite pode vir a ter.
Manuela – Quais os riscos dessa contaminação?
Danielly Palma – Os riscos saberemos somente com um acompanhamento a longo prazo dessas crianças.
O que pode acontecer são problemas no desenvolvimento cognitivo e, dependendo da carga que o bebê receba desde a gestação, pode causar má formação, que pode só ser percebida mais tarde.
Manuela – Esse acompanhamento dos efeitos dos agrotóxicos no corpo humano já foi feito ou ainda é uma coisa a fazer?
Danielly Palma – Quanto ao sistema endócrino, existem evidências. Estudos comprovaram a interferência dos agrotóxicos.
Quanto a câncer, má formação e ações teratogênicas (anomalias e malformações ligadas a uma perturbação do desenvolvimento embrionário ou fetal), estudos realizados em animais apontam para uma possivel ação dos agrotóxicos nesse sentido.
Mas no ser humano não tem como você testar uma única substância.
Quando fazem pesquisas, sempre são encontradas mais de uma substância no organismo e, portanto, não se sabe se é uma ação conjunta dessas substâncias que elevou aquele efeito ou se foi a ação de uma substância apenas.
Manuela – Os resultados da pesquisa são alarmantes?
Danielly Palma – Foram alarmantes, mas ao mesmo tempo já esperávamos por esse resultado, até porque já tínhamos em mãos resultados da parte ambiental.
Vimos que a exposição da população estava muito alta.
Com o ambiente contaminado daquela forma, já era esperado encontrar a contaminação do leite, uma vez que o ambiente influencia na contaminação humana também.
Viomundo – O que será feito com esses resultados?
Danielly Palma – Os resultados já foram encaminhados às mães e, no início do projeto, assumimos o compromisso de, no final, nos reunirmos com elas e explicarmos os resultados.
Esperamos que as autoridades do município e de todas as regiões produtoras acordem para o modelo de desenvolvimento que eles estão adotando, porque não adianta ter um IDH alto, ter boa educação e sistema de saúde, se a qualidade de vida em termos de exposição ambiental é péssima.
Comentários
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Pagador de Impostos
Realmente é preocupante o fato de contaminações seja por agrotóxicos ou seja por quanquer outra origem. Vejo inúmeros comentários sobre agricultura familiar, agronegócio, etc e o que se extrai disso é simplesmente ideologias baratas. Alguém tem a resposta então para alimentar 9 bilhões de bocas sem o uso dessa tecnologia? Reforma agrária já? Alguém aí tá afim de encarar a enxada pra produzir alimentos? Geralmente quem fomenta isso não conhece nem de longe os assentamentos e seus integrantes "trabalhadores sem terra". Trata-se de um meio de vida imundo que sustenta à nossas custas pessoas que nunca tiveram sequer contato com a terra e formam nesses assentamentos quadrilhas de venda de materiais doados pelo governo, depredação das matas pela venda ilegal da madeira, matança de animais silvestres, comércio ilegal de lotes e tráfico de drogas e armas (ou será que ninguém sabia disso???). Reforma Agrária deve vir após uma política de sustentabilidade dos agricultores que em sua grande maioria têm que vender as terras e irem para as cidades. Depois sim fazer uma triagem para eleger quem de fato vai produzir. Aliás, agricultura familiar tem por essência a produção de alimentos para consumo da família do produtor, você que está na cidade teria que se virar pra produzir o seu alimento. A legislação brasileira é a mais rígida quanto ao registro e comercialização de produtos fitossánitários, vide a proibição de muitos produtos. Grandes corporações, capitalistas sim, têm que se adequar às exigências nacionais e isso tem garantido no Brasil a comercialização cada vez mais de produtos seguros. Alguém por aí acha que sem a tecnologia que as grandes empresas de pesquisa (Monsanto, DuPont, Basf, etc) e principalmente sem o aporte dos capitais delas (porque o que a rede oficial de custeio disponibiliza não dá nem pro cheiro) que financiam as safras ao longo do Brasil nosso país ocuparia lugar de destaque na economia mundial? Agronegócio brasileiro – 43% do PIB – o que segura o Brasil de pé. É muito fácil ter seu emprego na cidade e entrar no Carrefour, encher o carrinho e se fartar no almoço de domingo criticando quem produz. Vai lá no campo com sua família então produzir e ficar anos e anos se submetendo a morar em Lucas do Rio Verde hoje estruturada graças ao agronegócio, mas antes sem hospitais, cinema, bons restaurantes (que servem comida do agronegócio) e sem sequer estradas para ir atrás de socorro a um doente. Alguém aí sabia que Lucas do Rio Verde é uma cidade criada no meio de um assentamento de sem terras que em sua quase totalidade vendeu os lotes e se mandou para outra beira de estrada comer de graça e ganhar outro lote. Cai na real "brasileiros". Para finalizar quero dizer que o agronegócio de hoje é quem dá o de comer a esses ideologistas baratos e que devemos sim melhorar cada vez mais a segurança alimentar através de pesquisas como essa que questionam as praticas atuais mas criticar quem vence na vida à custas de muito trabalho e sacrifício é no mínimo dor de cotovelo de quem não saiu do zero.
JotaCe
O REI ESTÁ NU
Prezado Etrusco,
Não conheço pessoalmente a pesquisadora Danielly Palma nem qualquer outro integrante do grupo, mas, se fosse o caso, eu diria a todos que as críticas que você faz ao brilhante trabalho que tanta repercussão vem causando, decorrem justamente do valor que ele encerra. Pois desnuda o rei, demonstra mais uma vez a verdade que o lobby do veneno busca esconder, e o que pode fazer uma universidade dotada de visão social. Obviamente que não há nada de pessoal, mas se torna lamentável o apego às picuinhas do seu texto. Por exemplo, grafando o termo contaminantes entre aspas. Ele foi usado corretamente no seu sentido genérico. Como se resíduos de poderosos venenos, mesmo que não se tratem de organismos vivos, não contaminassem, não poluissem o leite materno, o primeiro alimento também dos seres humanos. Depois disso, se segue a velha ladainha dos que defendem e lucram com a venda dos biocidas. E assim em sua acendrada defesa do indefensável, o lobby tenta deter o direito de impor que os demais
(continua)
JotaCe
O REI ESTÁ NU (2 e 3)
aceitem submissos os critérios e conceitos pseudocientíficos que criou e conseguiu oficializar para vender mais e se livrar de problemas. Daí você tenta ardilosamente desviar a questão, iludir o grande público, quando indaga por ‘limite crítico’, ‘limite de carência’, mesmo sabendo que os biocidas detectados são organoclorados à exceção de dois – e que são igualmente maléficos. É possível admitir que o lobby possa defender a venda do endossulfam por mais dois anos? Por que, em nome de tais critérios, se deve aceitar o fato que venenos podem ser ingeridos pelas criancinhas na amamentação ? Ou mesmo pelos nascituros ainda no ventre das mãe? Ainda, e de maneira desgraciosa, assoma a tentativa de desvalorizar o grupo, por ele ter o que você denomina uma ‘fraca produção intelectual’. Dentro de tal raciocínio, trabalhos de grande importância para a humanidade não teriam qualquer valor… Por que então o lobby dos agrotóxicos se apressou em publicar a apaixonada defesa que você faz ? (Continua)
JotaCe
O REI ESTÁ NU (4)
Finalmente, o que é mesmo uma pena, não há razão para uma arremetida contra o blogue por haver publicado o trabalho. Nem cito a Nature nem a Science e alguns homólogos, mas você deve saber que, não raro, surgem questões, desmentidos, pedidos de desculpas etc., por parte de grandes periódicos que lidam com assuntos científicos. Nada contra tais revistas, caro Etrusco, mas temos que aceitar que a natureza humana é frágil, a grande mídia que defende o lobby é um exemplo disso. Finalmente, deixo claro que não conheço pessoalmente nenhum dos componentes do Vi o Mundo. Contudo, admiro a todos eles pela contribuição que dão a um jornalismo decente como o que precisamos ter em todo o Brasil e diferente daquele daos grandes jornais e programas televisivos: sem omitir, sem manipular, sem falsear a verdade. Enfim, sempre que necessário, deixar o rei desnudo para que melhore a qualidade de vida em toda a nação. Um abraço do,
JotaCe
Etrusco
Bom,
o topico e interessante e precisa ser investigado. No entantdo, se fala em teores altos, numeros e porcentagens. Isso nao diz muita coisa. Qual eh o limite critico para esses "contaminantes" no corpo humano? A mestranda falou em "alto" e baixo", mas em relacao a que? O fato de se encontrar agrotoxicos nos alimentos eh mais do que esperado, por isso se tem o limite de carencia, os quais foram estabelecidos em estudos criteriosos para garantir que nao causem danos a saude humana e animal.
qual metodo usado para detectar o leite materno, foi algum metodo padrao intenacional, onde a OMS ou outro orgao de competencia intenacionalmente reconhecida que estabeleceu?
Primeiro irei ler a dita cuja da dissertacao, posteriormente, se algum artigo cientifico for publicado em alguma revista de alto impacto (digo revista internacional, com FI acima de 5.00) talvez possamos realmente levar em conta a tragedia que a mestranda relatou.
Alem disso, o grupo nao demonstra competencia para tal. Um curso com conceito CAPES 3, fraca producao intelectual do grupo de pesquisa, nao somam 10 artigos publicados juntando a mestranda e o orientador. Nenhum artigo publicado em revista ou periodico de impacto que va de encontro com o impacto da pesquisa.
O titulo da pesquisa foi inteligente, causar impacto, mas isso qualquer um pode fazer. Bom, irei pro pronunciar mais adiante, depois que publicarem os artigos em algum periodico descente e de alto impacto impacto condizente com o que os mesmos apresentaram.
Aos que divulgam as noticias. Sejam um pouco critico. Por acaso leram o material antes de publicar? Se os estudos iniciaram em 2007, ja estamos em 2011, onde estao os resultados???????? Se fossem realmente de alto impacto, ja deveriam estar publicados na NATURE, na SCIENCE….nao….estao publicados na nternet, por sabe la quem, ONDE TUDO SE ACEITA ABERTAMENTE e dao impacto para coisas que acharam importantes. Vamos ser mais criticos gente.
Dina
Penso que pouco importa a revista onde será publicado o artigo, o fator de impacto dela ou o modelo estatístico usado. Sabemos que existem diversos bons manuscritos em revistas científicas nada famosas.
O fato é um só diante do problema. O Brasil usa abusivamente agrotóxicos!!! As pesquisas podem se ajustar conforme o meio científico requeiram, isso é apenas um detalhe. Mas o problema já está lá!!!
Almeida Bispo
Interessante! Quando os assunto envolvem as mega corporações euro-americanas (British, Monsanto e Dupont, por exemplo)… Cadê o Green Peace? WWF? Cadê os eco-malandros?
Raquel Rigotto: A herança maldita do agronegócio | Viomundo – O que você não vê na mídia
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Wanderlei Pignati: Até 13 metais pesados, 13 solventes, 22 agrotóxicos e 6 desinfetantes na água que você bebe | Viomundo – O que você não vê na mídia
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Em pratos limpos» Entrevista com a pesquisadora que descobriu veneno no leite materno
[…] Matéria publicada originalmente no Viomundo Categories: agrotóxicos Tags: Comentários (0) Trackbacks (0) Deixar um […]
Zaré Augusto
Deu no Globo Rural…
É o PIG nos envenenando de corpo e alma !!!
MEIO AMBIENTE
Produção rima com conservação
Lucas do Rio Verde, MT, mostra que é possível combinar plantio de grãos com respeito à natureza
Texto Sérgio Oliveira
Fotos José Medeiros
Colheita de soja, recuperação de áreas degradadas e cuidados com fauna e flora: tudo ao mesmo tempo agora
Quando começaram a chegar ao então assentamento de Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso, no início dos anos 80, os colonos – em sua maioria gaúchos e paranaenses – ouviam algumas recomendações do Incra – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária: abram os lotes ou perderão a terra; construam suas casas perto de uma nascente para facilitar o abastecimento de água; desmatem a beira dos rios e córregos para evitar a malária; mantenham 20% da mata nativa, para ficar de acordo com o Código Florestal. Dos anos 90 para cá, tudo foi virado de ponta-cabeça. A reserva legal passou para 35%. As beiras de rios e córregos, hoje se sabe, jamais deveriam ter sido desmatadas. A atividade agrícola ou pecuária deveria ser mantida a uma distância de 100 metros das nascentes, sendo que, nesta faixa, a vegetação nativa teria de ser integralmente preservada. Essa reviravolta pegou os agricultores de calça curta. Muitos deles estão no rol dos que hoje têm "passivo ambiental", ou seja, estão em dívida com o meio ambiente e, por tal razão, estão sujeitos às penas da lei. Paremos por aqui para conhecer o outro lado desta história.
A pesquisadora que descobriu veneno no leite materno « CartaCapital
[…] * Matéria publicada originalmente no Viomundo […]
Roberto Locatelli
É nessas horas que sentimos a necessidade desesperada de uma mídia que não faça o jogo dos poderosos. Isso tem que ser denunciado aos quatro ventos!! Situação absurda!
Arilson de Matos
Lamentável o fato da contaminação, porém no início dessa matéria se fala que se usa mais agrotóxico em Lucas o que em outros lugares; primeiro, nem todo agrotóxico comercializado é utilizado em nossas áreas; segundo, temos mais safras que outros lugares, seu uso é proporcional; terceiro, dominamos uma tecnologia de ponta em pulverização (como GPS) .
Leider_Lincoln
Quarto: você beberia a água?
Luverdense
Sim moro em lucas e bebo a água todos os dias, assim como vc bebe a sua.
Apesar de saber que estamos sendo contaminados por agrotóxicos (o que lamento), Lucas é modelo de sustentabilidade, se esta pesquiza fosse feita em todos os habitantes do estado ou pais ou mundo, estaríamos sendo honestos com os resultados, pois existe a contaminação de todos, Lucas mais uma vez é vítima de interesses pessoais e políticos de alguns.
Marcia Costa
Apenas parabéns pela reportagem. Não há muito o que comentar diante de mais essa tragédia…
JotaCe
PARABÉNS E DUAS SUGESTÕES (2)
Até hoje o lobby dos agroquímicos não pôde contestar o trabalho daquele pesquisador. Ainda, gostaria de lhe dizer que a agricultura orgânica é a única forma que existe de uma luta hábil e inteligente, capaz de vencer o lobby. E pode ser praticada com todas as culturas que praticamos, industriais ou não, as 'cash crops': da cana-de-açúcar, à soja, e ao milho. Das verduras às plantas frutíferas… O desequilíbrio que há entre o apoio governamental ao agronegócio e à agricultura familiar é tremendo e nauseante em suas vantagens ao primeiro. Por que não uma matéria – ou uma série delas – demonstrando os bons resultados que já oferece a agricultura orgânica no Brasil no quadro da agricultura familiar? Seria uma forma não só de ajudar a corrigir a distorção, mas de abrir caminhos a uma agricultura sustentável e de respeito à Vida. Abraços
JotaCe
Mário SF Alves
JotaCe,
Sugiro certo cuidado ao se referir à agricultura orgânica. Tal apelo é no sentido de não se enfatizar demais esse modelo de produção; mesmo porque antes dele, e totalmente ao largo desse conceito (orgânico), a agricultura pré-capitalista (não confundir com modo de produção feudal ou semi-feudal) era o modelo orgânico por excelência. Lembra do P. V. de Caminha relatando ao rei de Portugal que aqui "em se plantando tudo dá"? Pois é. Tudo bem que o sistema sócio-econômico mudou, que a maior parte do solo está poluída e/ou virou poeira a assorear rios e córregos e que a Mata Atlântica já quase sucumbiu, porém não há nada aí que não possa ser reversível. E olha que tudo isso, tal excelência, nem em sonho poderia contar com os atuais recursos de informática, os mesmo que permitem conduzir experimentos, testar hipóteses e balizar todo o processo produtivo em um piscar de olhos.
Claro que não se substitui o modo e nem o modelo de produção assim, de hora para outra, mas, o Brasil é de dimensões continentais e o processo poderia ser gradual, com dois ou mais modelos, inclusive o fóssil-dependente/envenenante/agronegócio, sendo pari passu praticados sem maiores conseqüências. Bastaria um zoneamento agrícola ou agro ecológico idealizado, construído e legal e socialmente bem referenciado.
Boa sorte,
Mário SF Alves.
JotaCe
PONTOS DE VISTAS (4)
entre outros propósitos, para a orientação e forma das atividades a serem desenvolvidas e para o estabelecimento de critérios de financiamento que contemplem mais de perto a agricultura familiar. Devo dizer que, se me compraz o avanço da nossa agricultura ecológica, em tempo algum preconizei a substituição radical, imediata e concomitante dos modelos. Por isso numa sugestão à Manuela de fazer uma reportagem sobre o tema (ou uma série delas), eu a justifiquei também como uma forma de abrir caminhos a uma agricultura sustentável e de respeito à Vida. Pois temos que andar, fazer caminhos. Justo como disse o poeta espanhol: ‘Caminante, no hay camino, se hace camino al andar’…Abraços do,
JotaCe
Mário SF Alves
Sim, há muito que ver. Sigamos em frente.
Att.,
Mário.
JotaCe
Caro Mário SF Alves,
Grato pela atenciosa manifestação. É bom saber que a luta por uma agricultura ética conta com o apoio de pessoas como você. Muito apreciaria ter suas críticas a quaisquer eventuais comentários que eu faça. Abraços,
JotaCe
JotaCe
PONTOS DE VISTAS (3)
que o paciente manuseou ou ingeriu até na água de beber, ao longo de sua vida? Quanto à reversibilidade da perda de solo no Brasil, lembro que parte do mesmo já se encontra assoreando o Estuário do Rio da Prata; do bioma da Mata Atlântica, só restam fragmentos; grande parte da Floresta Amazônica foi substituída por pasto, ou está em processo de savanização; como reverter o processo de assoreamento de nossos rios, da poluição deles, e a de muitos aqüíferos já comprometidos, e que seriam as nossas reservas para o futuro? O Brasil precisa da Lei dos Meios para que tais temas e outros ainda, sejam conhecidos por todos. Sua sugestão dos zoneamentos agrícolas procede, e eles muito ajudariam, ainda que se fizessem necessárias ações mais diretas e imediatas tanto do governo quanto da cidadania. Pois serviriam, (continua)
JotaCe
PONTOS DE VISTAS (2)
‘maximização produtiva’, pelo da ‘otimização produtiva’ da agricultura ecológica. Este, é o único modelo conhecido capaz de desenvolver uma agricultura (lato senso) lucrativa, de caráter permanente, e que visa aliar a manutenção dos equilíbrios naturais com a oferta de alimentos sadios. E que se apoia no princípio ético do respeito à Vida. Os relatos colhidos pelo ‘Vi o mundo’ de competentes professores e pesquisadores universitários, são apenas uma amostra do que ocorre por todo o país e somente no que se refere ao agrotóxico. Pelo que entendi do seu texto, há quem defenda uma reversão, mas o que dirão dela os familiares dos trabalhadores rurais mortos pelo veneno? Ou os médicos e toxicólogos incapazes de fazer frente a milhares de casos crônicos de morbidade decorrente da ação sinérgica de múltiplos venenos (continua)
JotaCe
PONTOS DE VISTAS (1 a 4)
Caro Mário SF Alves,
Grato pelas suas observações que vou responder, pois apreciaria justificar o que escrevi. Primeiramente não vejo como e porque associar o relato do escrivão do rei, à necessidade de se considerar a agricultura ecológica como um retorno a um passado de 500 anos. Nem podem ser comparados os cultivos de cana-de-açúcar da Bahia e Pernambuco, que inauguraram no século XVI a nossa agricultura, com as plantações de Sertãozinho, onde 16.000 ha delas são cultivados pelo modelo ecológico. Pois decerto que conquistamos ao longo de cinco séculos um grande volume de conhecimentos de multivárias aplicações. Eles nos permitem substituir, numa progressão razoável, o atual modelo de
Hélio Pereira
O programa Globo Rural de hoje,foi só elogios aos Fazendeiros de Lucas do Rio Verde,segundo a Repórter Camila Marconato,eles são exemplos de preservação Ambiental,foi citado ate uma ONG que deu garantias de cumprimento de Metas Ambientais por parte destes Agricultores.
Fiquei com a nítida impressão de ter sido uma Reportagem encomendada,não foi citado um a sobre Poluição por Agrotoxico.
JotaCe
GLOBO, A ADVOGADA DO DIABO
Caro Hélio Pereira,
É por esta e muitas outras razões que urge seja criada a Lei dos Meios. Outra atitude não seria de esperar de um programa da Globo, costumeira serviçal das multinacionais do agrotóxico. Pra ela pouco se dá que o povo brasileiro seja envenenado diariamente. Para esse fim usa a inteligência e capacitação dos seus funcionários que elaboram os seus diversos programas que mentem ou omitem a verdade, ou a dissimulam como verdadeiros trabalhos de peritos. É a chamada ‘arte global’. O interesse é o dinheiro que, também, consegue do governo. Abraços,
JotaCe
JotaCe
PARABÉNS E DUAS SUGESTÕES (1)
Cara Manuela, com as entrevistas que você fez aos pesquisadores Wanderley Pignati e Danielly Palma, e a publicação do artigo da Dra. Raquel Rigotto, o Vi o Mundo se destaca numa luta muito especial: a de publicar a verdade das coisas no campo da agricultura. E num belo exemplo de jornalismo, aponta o caminho suicida que pratica a chamada ‘agricultura moderna’ no Brasil num grande estado do qual se apoderou o agronegócio. Lutar contra o lobby do veneno ao qual se junta o dos fertilizantes solúveis, dos transgênicos, o de grandes laboratórios e de fábricas de máquinas, apoiados todos pela grande mídia serviçal e apátrida. Lembro aqui duas coisas: por que não fazer uma matéria sobre os trabalhos do biólogo Francis Chaboussou ex-Diretor do Inra, a maior instituição de pesquisas agronômicas da França? Ele demonstrou com sua tese da trofobiose que os agrotóxicos e fertilizantes solúveis ao alterarem o metabolismo das plantas, as tornam mais sujeitas à ação dos insetos e ácaros, e agentes de doenças. (Continua)
JotaCe
PARABÉNS E DUAS SUGESTÕES (2)
Até hoje o lobby dos agroquímicos não pôde contestar o trabalho daquele pesquisador. Ainda, gostaria de lhe dizer que a agricultura orgânica é a única forma que existe de uma luta hábil e inteligente, capaz de vencer o lobby. E pode ser desenvolvida com todas as culturas que praticamos, industriais ou não, as 'cash crops': da cana-de-açúcar, à soja, e ao milho. Das verduras às plantas frutíferas… O desequilíbrio que há entre o apoio governamental ao agronegócio e à agricultura familiar é tremendo e nauseante em suas vantagens ao primeiro. Por que não uma matéria – ou uma série delas – demonstrando os bons resultados que já oferece a agricultura orgânica no Brasil no quadro da agricultura familiar? Seria uma forma não só de ajudar a corrigir a distorção, mas de abrir caminhos a uma agricultura sustentável e de respeito à Vida. Abraços
JotaCe
JotaCe
PARABÉNS E DUAS SUGESTÕES (2)
Prezada Manuela: Até hoje o lobby dos agroquímicos não pôde contestar o trabalho daquele pesquisador. Ainda, gostaria de lhe dizer que a agricultura orgânica é a única forma que existe de uma luta hábil e inteligente, capaz de vencer o lobby. E pode ser praticada com todas as culturas que praticamos, industriais ou não, as chamadas 'cash-crops': da cana-de-açúcar, à soja, e ao milho. Das verduras às plantas frutíferas… O desequilíbrio que há entre o apoio governamental ao agronegócio e à agricultura familiar é tremendo e nauseante em suas vantagens ao primeiro. Por que não uma matéria – ou uma série delas – demonstrando os bons resultados que já oferece a agricultura orgânica no Brasil? Seria uma forma não só de corrigir a distorção, mas de abrir caminhos a uma agricultura sustentável e de respeito à Vida. Abraços
JotaCe
Schell
Assim: o fato de algum deses produtos ter sido proibido não significa, necessariamente, que não continue sendo produzido e utilizado, ainda mais em terras que – podemos dizer – são fronteiras agrícolas e geográficas. O lucro, sabeos, é pai de todos os males.
ONG Cea
Mulheres em luta – Ação Direta na Solae em Esteio-RS 2010 http://www.flickr.com/photos/cintiabarenho/440345…
Marcelo de Matos
(parte 2) O país está preocupado em dominar a tecnologia do trem bala e dos aviões militares. E a tecnologia dos medicamentos e dos defensivos agrícolas, que garantem o feijão nosso de cada dia? Dizem que no Brasil só os bancos dão lucro, mas, na verdade, os defensivos dão mais lucro que os bancos (para as multinacionais, é claro). Outros setores que dão mais lucro que os bancos são os de cerveja, cigarro, cosméticos, mineração, petróleo, medicamentos, mas, essa é outra estória. Se produzíssemos aqui os defensivos agrícolas poderíamos, além de economizar divisas, manter um controle maior sobre esses produtos. Muitos deles, usados também na pecuária, chegam de contrabando via Paraguai. A produção e controle desses produtos, bem como a inviabilização do contrabando, deviam constituir a maior preocupação nacional.
JotaCe
ALHOS E BUGALHOS
Caro Marcelo de Mattos, é uma pena que, ao invés de considerar a gravidade das denúncias que figuram nas matérias da Manuela Azenha, colhidas junto a dedicados e competentes pesquisadores, você tente justificar o impossível, chegando aos extremos de chamar os biocidas usados no agronegócio de ‘defensivos agrícolas’, como o fazem os lobistas do veneno. Os defensivos agrícolas são substâncias ou preparados que fortalecem as plantas contra a ação de organismos como insetos e ácaros, e de agentes de doenças. Não afetam a saúde humana, nem o meio ambiente, e deles são exemplos as caldas bordalesa e sulfocálcica, o biofertilizante, e o extrato de diversas plantas. Inexistem virtudes nos agrotóxicos, como também não há uso seguro para eles que aparecem até no leite materno. E, quanto ao ‘feijão nosso de cada dia’ sossegue o seu espírito. São os (esquecidos) pequenos agricultores que produzem o alimento do povo brasileiro. Abraços,
JotaCe
Marcelo de Matos
(parte 1) Em alentada tese sobre a agricultura brasileira, disponível na rede (www.granos.agr.br), está dito que: “Graças a pesquisa e tecnologia, investimentos, aumento da produtividade, redução da intervenção do governo no setor com a desregulamentação dos mercados, abertura comercial e estabilização da economia com o Plano Real, o Brasil conseguiu tornar-se uma potência agrícola mundial. O país ocupa o terceiro lugar no ranking global dos principais exportadores, atrás apenas dos EUA e da União Européia.” “O agronegócio é responsável por 33% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, 42% das exportações totais do país e 37% dos empregos, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.” Muito bem, mas, com tanto desenvolvimento nessa área, não temos fábricas de fertilizantes, nem de defensivos agrícolas. O governo Dilma está montando uma fábrica de fertilizantes em Minas e outra no RGS, com apoio da Petrobrás. Na área de defensivos estamos a pé: os fornecedores são multinacionais como Bayer, Du Pont, Singenta, Dow Quimical.
JotaCe
Caro Marcelo de Matos,
Não cabe a promoção que faz a Granos sobre a agricultura brasileira e que você realça. Se proporciona lucros aos donos do agronegócio e àquela empresa como corretora que é, a agricultura que você defende vem causando prejuízos alarmantes à nacionalidade, pelo seu paradigma bitolado e reducionista. Um exemplo é o solo que se esvai pelos rios depois de destruída sua estrutura pela ação das máquinas e dos agrotóxicos, e estimado por técnicos em cerca de um bilhão de toneladas para cada 80 milhões de toneladas de grãos. Ainda que a prática da agricultura implique uma perda de 2 a 5/t de solo por hectare num ano, o Iapar chegou a encontrar mais de 100t para a mesma área e no mesmo período! E o que dizer do custo social resultante do ar e dos rios assoreados e poluídos, e da qualidade de alimentos envenenados que o povo consome? Ou das mortes e doenças crônicas causadas pelos agrotóxicos? Abraços,
JotaCe
Mário SF Alves
Ótimo, JotaCe! Estou, francamente, admirado com a consistência interna, precisão e fundamentação dos seus argumentos. Cidadão do mundo! Patrimônio da humanidade! Este deveria ser o estatus de todos aqueles que têm este seu senso de responsabilidade. Pena que a sociedade atual não tenha defesas tais que a permitam fortalecer quem a ajuda na travessia em direção à luz .
JotaCe
Caro Mário SF Alves,
Muito agradeço suas generosas palavras, mas devo dizer que sou apenas um aprendiz. Ainda que, nesta condição, tenha o prazer de compartilhar opiniões neste blogue onde tantos lutam como você por um Brasil melhor para todos! Abraços,
JotaCe
Mário SF Alves
Sim, obrigado. Ainda que não tivesse ousado lhe dizer de minha admiração, e admitindo que aprendiz seja a expressão da verdade, eu diria que realmente este é um universo vastíssimo e é cada vez mais imprescindível que o debatamos técnica, social e politicamente.
Mário SF Alves.
DESCOBERTA DE AGROTÓXICO NO LEITE MATERNO LEVANTA DISCUSSÃO SOBRE A NECESSIDADE DE UMA POLÍTICA DE ALIMENTAÇÃO NO BRASIL « Educação Política
[…] Danielly Palma – Quanto ao leite materno, 100% das amostras indicaram contaminação por pelo menos um tipo de substância. O DDE, que é um metabólico do DDT, esteve presente em 100%, mas isso indica uma exposição passada porque o DDT não é utilizada desde 1998, quando teve seu uso proibido. Mas 44% das amostras indicaram o beta-endossulfam, que é um isômero do agrotóxico endossulfam, ainda hoje utilizado. Ele teve seu uso cassado, mas até 2013 tem que ir diminuindo, que é quando a proibição será definitiva. É preocupante, porque é um organoclorado que ainda está sendo utilizado e está sendo excretado no leite materno. (Texto Completo) […]
Adriano Almeida
A Globo mais uma vez, tenta manipular a opinião pública. Foi mostrado uma reportagem no globo rural, onde aparece o prefeito de Lucas do Rio Verde, dando uma aula de ecologia. Fiquei a imaginar a importância de fontes alternativas de informação.
Rede Globo de manipulação: o câncer nacional
Valdeci Elias
A solução, é o desenvolvimento, da pessoa trangênica. As multinacionais não estão criando, sementes e plantas ,resistentes a altas doses de agrotoxicos ? Elas tamben deveriam criar, as pessoas que suportam ,altas doses de agrotoxicos.
João
Preocupante, no mínimo, a situação dos moradores de Lucas do Rio Verde e outros municípios onde se usa o agrotóxico indiscriminadamente.
Algo tem que ser feito. Estamos diante, guardadas as devidas proporções, de um desastre ambiental e humano igual ao ocorrido na usina de Fukushima.
Ainda bem que temos o Azenha e outros locais, na internet, onde se pratica jornalismo.
Parabéns Azenha! Creio que a Manuela deva ser sua filha (ou irmã). Como diz o ditado "quem sai aos seus não degenera".
liosant
com esses agrotóxicos perdi muitos familiares, ou seja, de mãe gravida ao senhor já idoso estão contaminados
A pesquisadora que descobriu veneno no leite materno | Ativando Neurônios
[…] Vale a pena ler a entrevista inteira. Clique aqui e leia ela completa no Vi o Mundo. […]
Antonio Alves
O ESTADO é por tantas vezes criticado na sua ineficiência ao fiscalizar o uso de agrotóxico, mas ninguém se lembra da IRRESPONSABILIDADE da "iniciativa privada", nesse caso, representado por agentes do agro-negócio, que no seu espírito individualista busca maximizar o lucro a qualquer custo, ignorando a vida a sua volta.
Com a cotação da soja a $30,00 a saca, "o pessoal" do agro-negócio está rindo a toa e ninguém se lembra de guardar dinheiro. Quando a cotação da soja cai, o governo pega o nosso dinheiro para "salvar" "o pessoal" do agronegócio.
Diante disso, pode se dizer que Agrotóxico e Agro-negócio têm feito muito mal tanto para os trabalhadores estão no campo, como também pra quem está na cidade.
cesar
Parabens a DraDANIELLY PALMA pela pelo estudo E PELA CORAGEM.Urge publicação em revistas internacionais e divulgação para todas os orgãos também internacionais :OPAS,OMS porque no Brasil já foi divulgado e o lobby no congresso nacional não vai mexer em nada .É so ver a bancada ruralista atual.Uma sugestão a Dra DANIELLY . FAzer dosagem de pesticidas em familiares dos proprietarios de terras na cidade, quem sabe aí se sensibilizam e contaminem menos o ambiente . CAde o forum de sustantabilidade, o PV, o Greenpeace.Tá tudo dominado mesmo
A PESQUISADORA QUE DESCOBRIU VENENO NO LEITE MATERNO.
[…] aqui. Compartilhar Imprimir | Enviar Dê seu voto: (Seja o primeiro a […]
Edson
Fantástico projeto, mas…
(…) Romero tem suas pinturas e esculturas… fazendo parte das mais expressivas coleções.. e a família do saudoso Roberto Marinho.
http://blog.planalto.gov.br/romero-britto-doa-ima…
SAUDOSO ROBERTO MARINHO???
Que isso companheira?? Tá mudada hein??
Urbano T Mertz
A presença de residuos de agrotóxicos no leite materno já é conhecida há muito tempo. E não é privilégio da região de Lucas do Rio Verde, onde até o ar está contaminado (http://verdades-ocultass.blogspot.com/2010/09/contaminacao-com-residuos-de.html). Agrotóxicos estão presentes em todas as regiões de agricultura intensiva, produção de hortaliças, etc.
Qualquer mãe, que busca uma alimentação "sadia" com frutas e hortaliças convencionais corre o risco de se contaminar com residuos de agrotoxicos, como já demonstrado pela ANVISA (http://www.anvisa.gov.br/divulga/noticias/2009/pdf/150409_para.pdf)
Diziam que os transgênicos serviriam para reduzir o uso de produtos químicos, mas, pelo contrário, o seu uso cresceu e nos tornamos campeóes mundiais (http://www.rel-uita.org/agricultura/agrotoxicos/brasil_campeon-por.htm), para orgulho da nossa indústria, da cadeia de revendas, e garantia de mais dinheiro para campanhas políticas.
Por outro lado, tá assim de faculdades formadoras de agrónomos vendedores de agrotóxicos e sementes transgênicas. E os professores e pesquisadores sendo muito bem tratados pelas multinacionais, vão criando seus discípulos.
Na EMBRAPA, com seus convênios milionários com a Monsanto, Syngenta e BASF (http://imediata.org/?p=89), a maioria dos pesquisadores nem quer ouvir falar em pesquisa de alternativas tecnológicas para a agricultura familiar, pois não alimentam a roda da fortuna da cadeia produtiva do agronegócio.
O que fazer??? Escolher alimentos orgânicos, fortalecer a ANVISA, voto consciente, muita informação, e não se deixar emgambelar pelo discurso dos ruralistas, que o mundo vai passar fome sem transgênicos e agrotóxicos.
Com o tipo de agricultura industrial que taí estamos nos matando, e matando a natureza criadora de alimentos e vida. Ainda há tempo, somos um país tropical, biodiverso, onde a natureza insiste em gerar vida, mas tudo tem limite.
FrancoAtirador
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Agronegócio é um eufemismo para denominar uma ideologia
baseada no direito sagrado à propriedade,
onde o proprietário se acha no pleno direito
de fazer o que bem entende com os reinos animal, vegetal e mineral,
sem se sentir no dever de dar satisfações ao Estado e à Sociedade.
Ironicamente o agronegociante ainda se sente um benfeitor do ser humano,
um espécime escolhido por Deus para salvar da fome a Humanidade.
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A AGRICULTURA FAMILIAR É A ÚNICA ALTERNATIVA PARA O PLANETA.
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VIVA O MST E TODOS OS MOVIMENTOS SOCIAIS LIGADOS AO CAMPO.
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Silvio I
Manuela Azenha;
Brasil em este momento, e o campeão mundial no uso de agrotóxicos. Existem umas poucas multinacionais que o produzem. E induzem aos fazendeiros a usar os. Os grandes plantadores de soja são os campeões em seu uso. Os órgãos do governo são demasiado benevolentes com estes senhores. Não e possível que em muitos países do mundo este proibido e que aqui se continuem usando. E mais interessante ainda que estejam proibidos, trocam a embalagem, e é o mesmo produto. O existe falta de controle o convivência.Ai entra o famoso jeitinho.Ademais não e possível que um produto que faz mal para a saúde humana ,que envenena as águas subterrâneas , leite, pastos etc. tenha ainda um tempo, para ser usado, quando deveria ser proibido imediatamente, sem prazo. Tem-se que fazer a reforma agrária rapidamente e seriamente, não ir empurrando com a barriga. Já leva muitos anos de esta forma. Olhamos-nos muito para os EUA, eles fizeram a reforma agrária, faz mais de duzentos anos, foi feita no governo de presidente Jefferson. A reforma agrária traria para o Brasil, o desarrolho da agricultura sem agrotóxicos. Uma agricultura orgânica. Todo isto ocorre, por o desejo de uns poucos de lucrar o máximo possível, sem importar se com a vida, nem a saúde de ninguém, fazer dinheiro rápido, assim amanha, todos saiam perdendo. Total que importa, eles já não estarão aqui.
FrancoAtirador
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SERÁ QUE OS ORGANOCLORADOS PROIBIDOS DEIXARAM MESMO DE SER UTILIZADOS NO BRASIL ?
Será que há fiscalização para evitar o contrabando de venenos de uso ilegal no País ?
Não daria, por exemplo, para trazer de outro país o DDT numa embalagem com rótulo de um produto legalizado ?
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Cético
Os donos do agronegócio utilizam perigosos agrotóxicos de forma indiscriminada e em quantidades muito acima do necessário, sem nenhum cuidado, por dois motivos principais: ignorância e estupidez. Ignorância, porque pensam simplificar o problema das pragas, quando na verdade caem na armadilha das espertas empresas produtoras que sabem que logo esses produtos deixarão de fazer efeito e os ignorantes continuarão a comprar outros mais “eficazes”. Estupidez, porque defendem com unhas e dentes – às vezes com armas mais letais – o interesse desses espertalhões que os iludem com a promessa de maiores lucros em menor tempo. Agora, se eles não são nem ignorantes nem estúpidos e sabem de tudo isso, então são cúmplices e, portanto, também criminosos!
Capitalismo
As mães de Lucas do rio Verde serão recebidas pela presidente numa demonstração de que providências serão tomadas para eliminar o problema/contaminação?
Parace que o brasileiro está enredado em armadilhas contra a dignidade humana e sózinho. Quem viver verá. Apoiar Direitos humanos no exterior é excelente, mas e as mães de maio que agora tem certeza de que policiais militares fazem parte de grupo de extermínio? Quem vai recebê-las em audiência.
Esta nóticia sobre contaminação de leite maternmo é mais uma pova da violação de Direitos Humanos da população pobre e a ganãncia desmedida de alguns poucos e a falta de fiscalização para suas ações capitalistas desminas e nefastas.Parabéns a Danielly Palma.
betinho2
Tá tudo dominado.
Infelizmente esses bravos pesquisadores não terão suas pesquisas devidamente valorizadas. O lobby do agronegócio é tão poderoso quanto a bélica e a petrolífera, até porque na CÚPULA estão todos interligadas e de comum acordo comendo na mesma mesa, e lá, possivelmente só ORGÂNICOS.
Cadê o GREENPEACE e o PV nessa hora? Respondo: financiados pelo esquema do SISTEMA.
Agrotóxicos contaminam o leite materno! | ESTADO ANARQUISTA
[…] Manuela Azenha, do Viomundo: […]
Julio Silveira
É cruel. Mas muita gente não compartilha a ideia de povo, pobre, é gente. Para muitos são apenas numeros invisiveis. Como em Auschwitz-Birkenau com a diferença de que lá eram tatuados.
mariazinha
Essa notícia é, simplesmente, terrível! Dona dilma deveria tomar sérias providências. É preciso governar com seriedade e tirar do rosto o sorriso, diante desse ultraje às crianças brasileiras que são agredidas, ainda no berço. É assim que o inimigo moderno, consegue dizimar uma civilização inteira: matam suas crianças e suas mulheres, como os sionistas fazem, na Palestina.
kalango Bakunin
Realmente esse tipo de problema originou-se no sorriso e na falta de seriedade da Dilma.
Fabio
Oh Mariazinha, a Presidenta Dilma está no governo a 3 meses, esses problemas com agrotóxicos vem desde os ano 60/70, começaram na região sul e agora migraram para o resto do país, levados pela turminha de sulistas que foram produzir em outras regiões. A Dilma deve fazer algo mesmo, concordo, mas não adianta nada esse tonzinho de direitista derrotada seu, mesmo por que foram com os governos militares e civis de direita que esse problema apareceu e cresceu. Vamos ver se a hora que proibirem de vez o organoclorados ai não vai vir a turminha do PIG enche a paciencia com o papo de que a Dilma está querendo atacar a produção nacional, tenha a paciencia.
mariazinha
Ô Fabio:
dá um tempo, tá? Essa história: ' papo de direitista' está fora de moda. O que está mesmo incomodando é não poder-se reclamar de nada. Dona Dilma já está no governo há bastante tempo e já deveria, pelo menos, dar demonstrações de incômodo com esse assunto que ficou crônico. Aparece com as estrelas da globo e da folha, o sorriso estampado como se tudo estivesse às mil maravilhas enquanto as criaças se envenenam. Isto já encheu as medidas. Ninguém mais do que eu lutou por ela atendendo aos apelos do nosso maior presidente. VC está parecendo judeu; não se pode criticar Israel que pulam no nosso gogó como devoradores esfomeados. Eu votei em D. Dilma mas não sou refém de ninguém, nem de vc. Agora, essa situação vexaminosa dos agrotóxicos e que não pode continuar.
Seja muito feliz.
Fabio
Ah sim, com certeza a Dilma agora é culpada de tudo, essas proibições de uso de agrotóxicos já vigoram a algum tempo, e não é por falta de aviso ou falta de conhecimento técnico dos agricultores, o problema é q não dá pra manda prende esses caras, vcs. deviam era reclama com eles mesmos, q são culpados por essa situação, é gente q tem capital e assitencia técnica, só que os caras preferem toca veneno em lavoura a faze um manejo técnico, que diminui em muito o numero de aplicações. Talvez a "Mariazinha", queira que o governo saia prendendo a cidade de Lucas do Rio Verde toda, por que com esse pessoal não adianta programinha de educação ambiental ou proibição de uso de principio ativo. E vc. é refém de sua ignorância no assunto minha filha.
Maria Libia Spina
Como disse EINSTEIN – "Nasceram com cérebro por engano, bastava-lhes a medula espinhal". MARIAZINHA nem sabe entender a reportagem.
Hélio Pereira
Mariazinha,será que você esta com Febre?
Regina Braga
Não acredito mais ,em uma ação de um Estado isolado.A pesquisa é forte demais para ficar restrita ao Mato Grosso, o país no seu conjunto está sendo atacado.A resposta deve ser dada em conjunto,Sociedade e Governo.Não são só os agrotóxicos,mas a modificação genética do milho e soja,que vão produzir os mesmos efeitos que os agrotóxicos.Não é um Estado mas a Federação,nem um ou outro Ministério mas todos.O Brasil está sendo destruido pela ganância de grandes empresas.Uma ou outra voz,não vai resolver.Temos que mostrar juntos o genocídio silencioso.
Edemilson
Nesta questão, o buraco é mais embaixo. Dentre do modelo vigente de ocupação da terra e produção agropecuária no Brasil, não há solução adequada para o impacto negativo dos agrotóxicos no ambiente. Há somente paliativos. A origem do problema está na década de 60, quando se tomou a decisão política de "modernizar" o campo via uso intensivo de insumos, mecanização e concentração da terra, em vez de uma reforma agrária massiva. Deu no que deu. E este cenário de contaminação não é privilégio exclusivo do Brasil. Basta ver a situação dos países considerados desenvolvdos (EUA e Europa), onde a contaminação já atingiu as água profundas (a chamada contaminação de 3a. geração), um caminho que estamos começando a percorrer. No Brasil, a situação é mais dramática em função da fragilidade de nossas instituições.
Mário SF Alves
Bem lembrado, Edemilson. Naquela ocasião, em pleno regime militar, optou-se pela chamada modernização conservadora da agricultura. Tal opção/estratégia era a um só tempo desmobilizadora das Ligas Camponesas (que lutavam pela reforma agrária) e incentivadora da expansão do modo de produção capitalista no campo. E não ficou pedra sobre pedra. Toda uma cultura secular de produção agrícola, sustentada em práticas (e técnicas) – que incluíam o calendário lunar, o pousio, a rotação de culturas, a adubação orgânica e outras – foi totalmente varrida do mapa. Para tanto, não faltou sequer a tática de estigmatização social do agricultor que, a partir daí, virou o Jeca Tatu, personagem do Monteiro Lobato. Tal estigma foi tão forte, tão eficiente, que perdurou por décadas e décadas. E o grande responsável por isso – por essa estigmatização – tem DNA próprio e responde pelo nome de grande mídia nacional.
Henrique
Não é a classe E ou D a culpa por estes problemas. Muito difícil na classe C. Se alguém é culpado esse alguém poderá ser encontrado nas classes B e A. Com certeza! É lá que está a ganância!
Almeida Bispo
O DDT contém dioxina, e possivelmente vem da metabolização do Tordon e do Roundup, abusadamente usados no Brasil e que, por sua vez, são filhos do agente laranja, aquele veneninho que os americanos jogaram nos vietcongues, e que logo, logo, estavam percebendo a quantidade de – seus próprios – soldados diabéticos que haviam fabricado. Pesquisas sobre os efeitos do DDT na Flórida, evidenciou a diminuição na libido dos jacarés, assim como perturbações gerais na sua sexualidade. Isso acontece a todos os seres vivos sexuados. Como diria uma amigo meu: "DDT é brocha!" E todos os seus parentes, atualmente usados e abusados pelos campos do Brasil.
JoséIvanMAquino
Enquanto isso a Diplomacia brasileira embarcou na armadilha dos Direitos Humanos no Irã.
José Ivan Mayer de Aquino
Ação da Cidadania Contra a Fome, a Miséria e Pela Vida
mariazinha
Estou 'poraqui' com d. dilma e seu patriota.
Não gostei nem um pouco do papelão que fizeram nos últimos dias. Talvez na invasão do Planalto, ianques/sionistas, tenham chantageado e ameaçado os dois.
Esses tais cavaleiros do Apocalípse e mais seus agregados são capazes de qqer. crueldade; até envenenar as crianças brasileiras com seus agrotóxicos. Os olhos avarentos debruçam-se sobre o BRASIl. Precisamos defender a riqueza que DEUS nos deu, com unhas e dentes. Os agressores estão às nossas portas, dispostos a nos agrdir com qqer. tipo de arma.
NAMASTÊ! http://www.inminds.co.uk/boycott-israel.html
O_Brasileiro
Os alimentos orgânicos são inacessíveis à maioria da população porque nesse país nunca se fez Reforma Agrária de verdade… Inclusive no governos Lula.
É a dívida do campo fazendo vítimas até mas cidades!
Yes we créu !!!
Um dos principais argumentos a favor do uso de agrotoxicos eh a suposta escassez de alimentos. As corporacoes do agrobusiness vendem a ideia de que sem otimizar a producao, nao haveria como alimentar tanta gente. Serah mesmo? Sugiro ao Viomundo algum artigo de especialista pra acabar de vez com essa ideia de que a fome eh o que justifica o uso de agrotoxicos. Ao que me parece, quem leva sempre a melhor eh o grande produtor, ou seja, aquele que gera poucos empregos, aquele proprietario de grandes extensoes de terra. O pequeno produtor, ou a agricultura familiar, nada tem a lucrar com a biotecnologia dos agrotoxicos. Muito pleo contrario.
Gerson Carneiro
A revista Carta Capital, nº 638, de 23 de março de 2011, traz exatamente uma reportagem especial "Como alimentar 9 milhões de seres humanos?". Tá nas bancas.
Yes we créu !!!
Valeu !!! Vou tentar conseguir esse exemplar. De todo modo, acho que vale a pena ter algum artigo com essa discussao aqui no Viomundo.
Gerson Carneiro
Aliás, são 9 bilhões de seres humanos, e não 9 milhões. É a quantidade estimada para o ano de 2050.
JotaCe
Caro Yes We Créu,
O pretexto de resolver os problemas alimentares da humanidade pela agricultura do agronegócio, é o mesmo que acobertou a chamada ‘Revolução Verde’, cujo projeto publicado e apoiado pela ONU em 1970, representou um dos grandes malogros da história da agricultura. Teve à sua frente o agrônomo estadunidense Norman E. Borlaug, que recebeu naquele ano o Prêmio Nobel da Paz, e contou com o apoio da ONU, do Banco Mundial e de grandes fundações dos Estados Unidos. Caracterizou-se pelo uso de variedades altamente dependentes de insumos, ênfase da mecanização agrícola, irrigação e agroquímicos. Iniciada no México, Filipinas e Índia, ocasionou grandes perdas àqueles países. Mas atendeu às suas verdadeiras finalidades: implantar e expandir o uso da agroquímica, e o uso excessivo da maquinaria agrícola por todo o mundo. O agronegócio brasileiro nada é mais do que uma herança de tão destruidor paradigma de agricultura. Abraços, JotaCe
Yes we créu !!!
Era o que eu suspeitava…. Valeu pela dica.
Mário SF Alves
Olha… é nessa perpectiva que se deve tratar tão gravíssimo problema. Quero dizer que a sociedade, especialmente os intelectuais, devem superar toda forma de preconceito, estigmas e falsas dicotomias, e tratar de tratar essa questão com todo o afinco possível. O momento é oportuno e já passou da hora. Nesse sentido, creio que sua contruibuição, meu caro, está muito bem calibrada. Oxalá, multipliquemos por mil essa forma de abordagem, e bastaira isso para um possível início da superação de mais esse terrível processo de escravização dos povos.
Marcio'
(WikiLeaks) Meirelles queria ser o "Presidente do Brasil" nas costas do Lula:
http://blogdopaia.blogspot.com/2011/03/wikileaks-…
Yes we créu !!!
Olha, eu li o post, mas nao vi a parte da reportagem onde Meirelles queria ser o "Presidente do Brasil" nas costas do Lula. Acho que o blogueiro se confundiu… A proposito, vc eh o blogueiro?
Gerson Carneiro
Nenhuma autoridade em Mato Grosso tomará qualquer iniciativa no sentido de combater a contaminação por envenenamento por agrotóxicos (seja em humanos ou não) em detrimento dos métodos que elevam os lucros do agronegócio. Nenhuma.
Mato Grosso é um Estado aonde acontecem muitas barbaridades. E permanecem tão escondidas quanto o veneno no leite materno. Desde desobediência de normas trabalhistas, maltratos a índios (há lugares em que os donos das terras se sentem também donos dos índios), e índios que ameaçam e cobram pedágios, agressão ao ambiente, contrabando de gado, até esse absurdo relatado neste post. Não que não aconteçam absurdos em outros Estados, na minha Bahia por exemplo.
O importante é ganhar muito dinheiro, e qualquer problema que surgir posteriormente, a culpa será do Governo Federal. O que fica evidenciado em cada crise de febre aftosa.
Denise
E de ganhar muito dinheiro ainda fazem parte a indústria farmacêutica e a máfia de branco.Porém o Brasil nunca importou tanto veneno como nos últimos anos. Nossa visão deve ser imparcial,nestas questões.
Gerson Carneiro
Brasil é o país das máfias. Dos cartéis.
Agora é o Detran que está aprontando mais uma palhaçada pra nós. Aguarde.
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