Juliana Cardoso: Precisamos gritar mais alto em defesa da vida e da verdadeira independência
Tempo de leitura: 2 minPor Juliana Cardoso
Por Juliana Cardoso*
Quarta-feira, dia 7 de setembro, comemorou-se os 200 anos da Independência do Brasil.
Enquanto isso, na Praça da Sé e em várias cidades do país, acontecia o 28º Grito dos Excluídos e Excluídas (26º de São Paulo). Momento de reflexão e luta para a construção de uma sociedade justa, solidária, plural e fraterna.
É um dia de consciência política de luta, de sair às ruas, comemorar, refletir, reivindicar, ecoar o grito dos/as excluídos/as.
Construção coletiva, o Grito é uma manifestação popular organizada por pessoas, grupos, entidades, igrejas, movimentos sociais, sindicais e religiosos, comprometidos com as causas dos/as excluídos/as.
Neste momento em que voltamos ao mapa da fome, com mais de 33 milhões de brasileiras e brasileiros em insegurança alimentar; em que a miséria provocada pela incompetência (ou será um projeto?) do desgoverno federal jogou milhões de famílias nas ruas, no desemprego e na precarização, nosso grito é contra a fome, por acesso à moradia e emprego dignos, contra o garimpo ilegal em terras indígenas, o racismo estrutural, a lgbtfobia, a violência política, a favor da vida nas periferias do país.
Em São Paulo, nem a chuva e o frio da manhã de inverno afastaram as pessoas do ato.
As vozes, geralmente silenciadas, se fizeram ouvir, forte e claro, em defesa de todas e todos que são excluídos dos direitos, apesar do que assegura a Constituição brasileira.
Com o tema “Terra, teto, trabalho e democracia – Pão e viver bem!”, o ato paulista integra o calendário de mobilizações nacionais do Grito dos Excluídos 2022, que trouxe como lema “BRASIL: 200 anos de (In)dependência. Para quem?”
No manifesto, os organizadores do ato de São Paulo gritaram pelas
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“famílias despejadas que lotam as ruas das cidades, sem emprego, pão e saúde. O ódio aos pobres, a juventude enfrentando o desemprego, os baixos salários e péssimas condições de trabalho. A violência policial, o encarceramento em massa destroem famílias nas periferias, atingindo principalmente a população negra. Os ataques aos povos indígenas e a nossos ecossistemas. O aumento do feminicídio, a violência contra crianças, pessoas idosas e pobres. A ausência de políticas de assistência social, de saúde ou educação”.
O primeiro Grito dos Excluídos/as, realizado em 7 de setembro de 1995, tinha como lema “A vida em primeiro lugar”.
Em setembro de 2022, com o aumento da população em situação de rua nas grandes capitais, além da violência contra povos marginalizados, infelizmente seguimos precisando defender a vida.
Mas nosso grito não é em vão.
Juntas e juntos, construiremos o país, para que possamos ser felizes de novo!
*Juliana Cardoso é vereadora (PT), vice-presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de São Paulo e integra a Comissão de Defesa dos Direitos da Criança.
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Juliana Cardoso
Deputada Federal (PT) eleita para o mandato 2023/2026.
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