Beatriz Cerqueira a Zema: Por que massacrar os servidores, se sua reforma da previdência não equilibra as contas do Estado?; vídeo

Tempo de leitura: 2 min

por Beatriz Cerqueira*

Em 19 de junho de 2020, em plena pandemia, o governador Romeu Zema (Novo) entregou à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) o seu projeto de Reforma da Previdência.

De nada adiantaram os argumentos de que o momento era inadequado para a tramitação da proposta.

Devido à covid-19, as sessões têm sido virtuais e os servidores públicos estão excluídos dos debates de uma reforma que vai lhes afetar muito as suas vidas e de seus familiares.

E, sem a participação efetiva de servidores, a eventual aprovação de uma reforma tão profunda ferirá as regras democráticas.

Só que, além de cruel,  a reforma será incapaz de dar folga às finanças estaduais!

É isso mesmo que  você entendeu, caro leitor.

Ao contrário do que diz o governo, é impossível afirmar que a aprovação da reforma garantirá o pagamento futuro de benefícios e remunerações e a ampliação das políticas públicas do Estado de Minas Gerais.

O governo Zema também diz que, sem reforma, o Estado não tem equilíbrio atuarial.

Mas o estudo que apresenta mostra que, mesmo com a reforma, Minas Gerais não terá equilíbrio atuarial até 2050.

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Nessa quinta-feira, 27/08, Zema mandou à Assembleia Legislativa um substitutivo ao projeto.

Foi apresentado durante a reunião da Comissão Especial.

Mais um atropelo e desrespeito, já que até agora não respondeu o básico:

— Por que quer desmontar o Ipsemg — Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais?

— Por que quer  prejudicar as mulheres e impor às professoras 40 anos de sala de aula e aposentadorias 65% menores?

— Por que esse massacre se a reforma não equilibra as contas do Estado?

— Cadê os estudos embasando os projetos e o substitutivo?

Assim, de silêncio em silêncio, o governo Zema vai destruindo a vida e aposentadoria dos servidores.

Aliás, silêncio é o seu modus operandi, desde que tomou posse em janeiro de 2019.

Temos vários exemplos. Veja vídeo no topo.

Só que nós não estamos sozinhos.

Na reunião extraordinária desta sexta-feira, li moções de repúdio de 26 câmaras municipais contra a reforma da previdência proposta pelo governo do Estado.

*Beatriz Cerqueira é deputada estadual (PT-MG), presidenta da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da ALMG e diretora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG)

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