“Irresponsável, insana e desastrosa”
Foi com estas palavras que a presidenta nacional do PT, companheira Gleisi Hoffmann, definiu a decisão do Banco Central, de elevar a taxa básica de juros para 12,5%.
Detalhe: estão previstos mais dois aumentos. Se vierem, a taxa de juros poderia chegar a 14,25%.
Uma pergunta que não quer calar: por qual motivo a decisão foi unânime?
Aliás, de que adianta nomearmos diretores e indicarmos um novo presidente para o Banco Central, se na hora do vamos ver não existe nem mesmo um teatro que diferencie os “good cop” e os “bad cop”?
Repete-se, no Banco Central, algo parecido com o que já vimos, no passado recente, com as nomeações feitas para o Supremo Tribunal Federal.
Finalmente: fica mais uma vez comprovado que foi errada a tática de contemporizar com Bob Fields Neto.
Também estamos pagando muito caro pela definição, apoiada por Haddad e Tebet, da meta de inflação.
Sem falar no principal: está desmoralizada a crença de que uma política fiscal austera produziria uma política monetária decente.
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Quanto mais a Fazenda dá, mais a banca exige, sem limites.
Tudo isto junto e misturado deveria levar o governo a mudar sua política econômica.
Ou, pelo menos, deveria levar todo o Partido a comprar a briga. Por exemplo, não aceitando que se corte, inutilmente, na nossa própria carne, com medidas que afetam negativamente o salário mínimo, o BPC e outras políticas sociais.
*Este texto não representa obrigatoriamente a opinião do Viomundo.
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