Troca de defunto simboliza colapso, diz deputado Bordalo; fake news do bolsonarismo dificultam combate à pandemia no Pará
Tempo de leitura: 2 minDa Redação
A família desconfiou e o neto, contrariando orientação da funerária, abriu o caixão durante o velório: o defunto não era o de dona Maria da Conceição Oliveira, de 68 anos.
Depois do susto, parentes correram atrás: apesar de ter atestado de óbito, dona Maria foi encontrada viva no Hospital Abelardo Santos, em Belém.
A Secretaria de Saúde do Pará (Sespa) admitiu que o erro foi do Serviço de Verificação de Óbitos, que está sobrecarregado.
Para o deputado estadual Carlos Bordalo (PT-PA), um episódio simbólico do colapso sanitário e funerário na região metropolitana de Belém.
Ele recebe pedidos de eleitores por vagas em UTIs, que não consegue atender.
“Todos os dias recebo dois, três apelos dramáticos de mães, de colegas, de companheiros de movimento social pedindo, deputado, pelo amor de Deus, me arranja um leito, como se eu tivesse acesso a estes leitos”, diz o deputado.
O Pará poderá ter 200 mil infectados pelo coronavírus, se não forem seguidas com rigor as medidas de isolamento social, afirma ele — baseado em projeções de pesquisadores locais.
O impacto será sentido especialmente entre paraenses que sobrevivem com menos de um salário mínimo, em bairros pobres da capital, de quase 2 milhões de habitantes — considerando toda a região metropolitana.
As UTIs no Pará estão com ocupação entre 90 e 100%.
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Na capital, a Prefeitura já pediu para abrir mais 300 covas em cemitérios, informa Bordalo, embora no estado tenham sido oficialmente registradas até agora 369 mortes por coronavírus.
Bordalo denuncia que, além do comportamento irresponsável do presidente Jair Bolsonaro, que milita contra o isolamento social, as fake news pelo whats app estão prejudicando o combate à pandemia.
O deputado cita três: que o clima impediria a disseminação do coronavírus no Pará, que a doença é fruto de uma conspiração da China Comunista e que o governador Helder Barbalho (MDB-PA) estaria evitando dar remédios eficazes contra a doença à população.
Tais mentiras costumam circular por redes bolsonaristas.
O governador Barbalho determinou uma medida extrema: lockdown em Belém, Ananindeua, Marituba, Benevides, Castanhal, Santa Izabel do Pará, Santa Bárbara do Pará, Breves, Vigia e Santo Antônio do Tauá, na tentativa de controlar a disseminação do vírus.
Belém teve 45% de isolamento social no dia em que o governador decretou o lockdown, mas em bairros como a Cidade Velha o índice estava em 30%.
Em 2018, o presidente Jair Bolsonaro venceu as eleições presidenciais em Belém, no segundo turno, por 55% a 45% dos votos.
Comentários
Zé Maria
As Falsas Notícias (Fake News) dos BolsoFascistas
liderados pelo Serial Killer do Cercadinho do Palácio,
estão estorvando a Campanha de Saúde Pública
de Combate à Contaminação no País Inteiro.
Governadores e Prefeitos que não decretarem o
Isolamento Social serão Cúmplices do Genocídio.
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