O governador Tarso Genro (PT) e boa parte de seu primeiro escalão – além de deputados e prefeitos da base aliada – realizaram na manhã desta sexta-feira (31) um ato político de celebração do fim da praça de pedágio de Farroupilha.
Essa era uma das principais promessas do petista durante a campanha eleitoral de 2010. O evento contou, inclusive, com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário Pepe Vargas (PT).
O ato foi possível graças a uma decisão proferida pela Justiça nesta quarta-feira (29), que anulou as liminares que garantiam à Sulvias e à Convias a administração dos polos de pedágio de Caxias do Sul e Lajeado.
As concessionárias ainda poderiam recorrer, já que a decisão foi emitida na segunda instância da Justiça Federal, mas o entendimento do Palácio Piratini é de que é pouco provável a possibilidade de reversão da medida.
Os polos de Caxias e Lajeado possuem quatro e seis praças de pedágio, respectivamente. Destes dez postos, cinco estão localizados em estradas federais e deverão permanecer com as cancelas erguidas. O governador Tarso Genro informou que o Palácio do Planalto irá avaliar o destino destas estações.
“A União, junto com o governo do Estado, vai avaliar se é necessário ou não repor esses pedágios mais tarde, dentro de um sistema integrado”, disse.
A única estação em rodovia estadual é a de Farroupilha, que será removida. As outras quatro praças serão administradas pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), que passará a cobrar as tarifas somente a partir da próxima quarta-feira. Isso porque o DAER precisa elaborar um inventário do patrimônio rodoviário destas praças e a EGR ainda deve contratar de forma emergencial as empresas que farão recolhimento, guarda e transporte de valores e serviços nas estações.
A intenção do governo é baixar de R$ 7,00 para R$ 5,20 a tarifa cobrada para automóveis nos quatro pontos que ficarão sob o comando da EGR.
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Tarso diz que extinção da praça de Farroupilha injetará R$ 52 milhões na economia local
Marcado para as 9h desta sexta-feira, o ato político do Palácio Piratini contou com a presença de tantas lideranças da região de Caxias do Sul que o próprio governador Tarso Genro só conseguiu discursar às 11h. O petista disse que o fim do pedágio de Farroupilha, localizado na ERS-122, é uma “conquista do Estado e da recuperação de suas funções públicas”.
Para Tarso, o ato do governo “resgata o direito de ir e vir dos cidadãos da Serra” e terá reflexos positivos na economia local, já que, segundo o governo, a Convias arrecadava, em média, R$ 52 milhões por ano com a praça de Farroupilha. “Aqui tem um símbolo muito concreto que são esses R$ 52 milhões que vão começar a girar na economia microrregional, que as pessoas vão comprar carne, sapato, roupa, tomar uma cervejinha. Este dinheiro vai ser disseminado na economia”, observou o governador.
Tarso ainda disse que o ato se inseria num contexto de luta contra privatizações no país. “A luta contra as privatizações tomou outra forma com o governo Lula, experiência que assumimos no Rio Grande do Sul. Na Europa, as privatizações levaram à crise”, comparou. Em seguida, ele reforçou que não é contrário às parcerias público-privadas, desde que não sejam nocivas ao Estado.
O governador Tarso Genro pretendia realizar pessoalmente o ato simbólico de levantamento das cancelas do pedágio de Farroupilha às 9h desta sexta-feira (31), marcando, assim, o fim da cobrança de tarifa naquela praça. Entretanto, a concessionária Convias, que administra a estação, ergueu as cancelas às 4h45min desta sexta, encerrando a cobrança da tarifa neste momento.
De acordo com a Univias – consórcio formado pela Sulvias, Convias e Metrovias -, as outra novas praças dos polos de Caxias do Sul e Lajeado também interromperam a cobrança no início da manhã desta sexta. Entretanto, no meio dos discursos, o presidente da CTB, Guiomar Vidor, encontrou uma cancela que havia sido arrancada e jogada nas redondezas e a entregou ao governador, para que ele pudesse erguê-la.
Outras cinco concessionárias seguem administrando os demais polos de pedágio no Estado: Coviplan (Carazinho), Metrovias (Região Metropolitana), Santa Cruz Rodovias (Santa Cruz do Sul), Brita (Gramado) e Rodosul (Vacaria). De todas estas, somente a Rodosul ainda não teve o prazo de encerramento de contrato expirado – será no dia 22 de junho. Entretanto, ela já conta com uma decisão judicial para permanecer até dezembro.
As outras empresas já ultrapassam o limite de concessão que o Palácio Piratini entende estar definido nos contratos, graças a decisões judiciais. Portanto, se essas decisões não forem revogadas por recursos impetrados pelo governo, elas estão temporariamente autorizadas a administrar os polos até dezembro.
O chefe da Casa Civil, Carlos Pestana (PT), assegura que o governo não ficou frustrado com o levantamento antecipado das cancelas feito pela concessionária na praça de Farroupilha. “É uma conquista da população gaúcha, em particular da Serra, que há muito tempo reivindica a extinção desse pedágio. É um símbolo muito forte de um novo modelo de pedágio que nós estamos construindo no Estado”, declarou.
O presidente da Associação Gaúcha de Concessionárias de Rodovias (AGCR), Egon Schunck Júnior, afirmou ao jornal Pioneiro que não há mais tempo para tentar reverter a decisão judicial favorável ao governo e que, por isso, a transição no polo de Lajeado ocorrerá conforme a implementação do Piratini.
Ele salienta que as concessionárias continuam com medidas na Justiça para tratar de outras questões envolvendo a disputa com o governo pelos pedágios e não descarta futuras ações caso a transição em Lajeado seja desfavorável à empresa.
“Temos de esperar acontecer e, a partir do que acontecer, ver o que pode ser feito”, comentou.
Com informações do Palácio Piratini, de Zero Hora e do Pioneiro
Comentários
Pedágios em SP: rentabilidade sobe, investimentos caem – Viomundo – O que você não vê na mídia
[…] Tarso Genro acaba com pedágio Farroupilha no RS […]
Hildo
Com a prodigalidade de uma imperatriz, a presidenta Dilma anunciou em Adis Abeba que perdoou as dívidas de doze países africanos com o Brasil. Coisa de US$ 900 milhões. O Congo-Brazzaville ficará livre de um espeto de US$ 352 milhões.
Quem lê a palavra “perdão” associada a um país africano pode pensar num gesto altruísta, em proveito de crianças como Denis, que nasceu na pobre província de Oyo, num país assolado por conflitos durante os quais quatro presidentes foram depostos e um assassinado, cuja taxa de matrículas de crianças declinou de 79% em 1991 para 44% em 2005. No Congo Brazzaville 70% da população vive com menos de US$ 1 por dia.
Lenda. Denis Sassou Nguesso nasceu na pobre província de Oyo, mas se deu bem na vida. Foi militar, socialista e estatizante. Esteve no poder de 1979 a 1992, voltou em 1997 e lá permanece, como um autocrata bilionário privatista. Tem 16 imóveis em Paris, filhos riquíssimos e seu país está entre os mais corruptos do mundo.
Hildo
Tendo em vista o atual modelo de “concessões” (privatizações) do governo Dilma, o exemplo do gaucho serve como bom ou mal exemplo?
Vlad
É a exceção que confirma a regra.
O liberal governo central está fatiando todo o patrimônio e “concedendo-o” por meio século renovável, por mais um século e meio.
E o Tarso fazendo graça.
“Ministério do Planejamento:
A segunda etapa das concessões rodoviárias do governo Dilma Rousseff — que engloba 6 mil quilômetros em sete trechos — deverá ser anunciada em até seis meses, com projetos do Programa de Investimentos em Logística (PIL). O desembolso previsto é de R$ 23,5 bilhões nos primeiros cinco anos.”
Attila Louzada
Corrigindo o comentário anterior: Há um entre Rio Grande e Peltas, no RS, cuja concessão vai até 2026!
willian
Acabar com UMA praça de pedágio é noticia? Realmente faltam boas noticias nas administracoes petistas.
Attila Louzada
William, os pedágios têm contratos de longo prazo e, para serem fechados, há um complicado caminho judicial. Há um entre Rio Grande e Peltas, no RS, cuja concessão vai até 2016!
willian
Exato. Quando acabarem com todos sera noticia. Noticiar com alarde a extinção de uma praça é campanha. Já tem comentarista dizendo que ele acabou com todos os pedagios e cobrando o mesmo dos tucanos.
A noticia é mera politicagem.
jader
E esses pedágios são cobrados e não vão duplicar essa rodovia com esse dinheiro arrecadado!! POA/PELOTAS uma vergonha de Estrada !! Graças a RBS e BRITTO !!
Rodrigo Leme
Ao menos mudaram o título da matéria. Na miúda, sem “PS do Viomundo”, mas mudaram, pelo menos
Leandro
Foi uma vitória do Tarso, ou uma conveniência ???
Julio Silveira
Para corroborar um pouco mais a farsa ideologica, ontem vi a reportagem da Record sobre o assunto. Dizia que, na realidade algumas praças serão substituidas por outro gestor, agora Publico, disseram que irão rebaixar o valor do pedágio, mas não ficarão gratis.
Na verdade certamente serão pagos, agora o futuro dira por quanto tempo serão mais baratos, já que o Tarso é meio traiçoeiro. A proposito, acredito no Olivio, mas não é ele o gestor.
romano
Se não me engano tem o Olívio Dutra, ali,no palanque, à esquerda, pra dar garantia, não?
J Souza
Menos um…
Quem sabe amanhã, menos dois…
Depois de amanhã, menos três…
E assim, aos poucos, vão devolvendo ao povo o que é do povo…
Pedágio em estrada construída com recursos públicos tem que ir para os cofres públicos.
E que as empreiteiras/concessionárias, se quiserem, que construam estradas com seu próprio dinheiro, se quiserem lucrar com pedágios. Chega desse pseudo-capitalismo, de Estado, onde os capitalistas não entram com quase nada!
LEANDRO
De que adianta alguém tirar se a dilma bota outro?
Hildo
Xi.. Abafa o caso!
Fabio Passos
Muito bom.
Tomara que seja o inicio do fim para a roubalheira privata nas estradas brasileiras.
Julio Silveira
Paguei tres pedágios hoje para ir e voltar de Tramandai, no RS. Apesar de ser rodovia federal acho que o titulo da reportagem esconde uma enganação ideologica.
LEANDRO
Alguém tá errado nessa história, porque o governo federal tá privatizando as rodovias e com tarifa maior que antes, já que o valor anterior não trouxe melhorias nas privatizadas pelo lula. No RS vamos ver se a qualidade do serviço nas mãos do estado vai continuar ou piorar como geralmente acontece, aí privatizam de novo.
Jorge Nogueira Rebolla
Foi extinta uma única praça de pedágio e algumas outras foram assumidas pelo governo do estado. Então o título e o texto estão em profunda contradição. O mais interessante nisto tudo é que alguns parecem não ter lido mais que a manchete.
O correto seria: Tarso extingue praça de pedágio de Farroupilha
Cleo
De fato o título poderia ser diferente e mais claro, mas não está errado. Perceba que está escrito pedágio, no singular, e não pedágios, no pluiral, o que deixa claro que se trata de apenas um pedágio.
Mas a manchete também poderia ser:
Governo gaúcho livra motoristas de pedágio.
Governo gaúcho extingue praça de pedágios e diminui tarifas.
Praça de pedágios de Farroupilha é extinta e tarifas diminuem em outras praças.
Tarso Genro libera cancelas em praça de pedágios.
Tarso Genro cumpre promessa de campanha e acaba com pedágio em Farroupilha.
Governo gaúcho cumpre o prometido e extingue pedágio de Farroupilha.
Povo gaúcho começa a se libertar de pedágios.
Pedágios: Já vão tarde!
Fim dos pedágios? Antes tarde do que nunca.
Na verdade foram extintas 6 praças de pedágio, 5 em estradas federais, que podem ser recriadas ou não pelo governo federal, e uma em estrada estadual, que não será mais reativada, pelo menos enquanto Tarso Genro for governador.
Cabe destacar que o governador Tarso Genro prometeu a extinção da praça de pedágio de Farroupilha, a redução da tarifa nas demais praças e a melhoria dos serviços. É justo que ele mostre que está cumprindo o prometido, para que não seja cobrado pelo que não prometeu, e para que as pessoas não fiquem apenas falando que os políticos nunca cumprem o que prometem…
Rodrigo Leme
O título da matéria diz algo que o conteúdo nem ao menos remotamente confirma. Seria mais justo dizer que o pedagio estatizado, não? Visto que na pratica somente um pedágio foi extinto.
Cleo
Na verdade foram extintas 6 praças de pedágio. A de Farroupilha, que estava numa rodovia estadual e 5 em rodovias federais que o Rio Grande do Sul devolveu para o governo federal, que poderá, ou não, reativar os pedágios, arcando com qualquer ônus decorrente disso.
Daniel Cavalcanti
Parabéns Governador Tarso Genro!
Quem dera, essa vergonha chamada pedágio, que enriquece os bolsos do apadrinhados do PSDB, fosse extinguido daqui de São Paulo.
Yasser Arafart
Qual Tarso? Aquele que acabou de a$$inar o contrato com a Elbit em Israel? Ou aquele que foi dar esmolas à autoridade palestina?
Leonardo M. G.
Bola dentro (ao menos uma!) do Governador Tarso Genro, pra compensar o desastre ferroviário (trademark by Mino Carta) que o bocó do Secretário Estadual de Educação anda fazendo por aqui…
CEZAR
ESSA PRAÇA FOI EXTINTA. POR BARRAR AS PESSAOS ENTRE DUAS CIDADES PRÓXIMAS. OUTRAS PRAÇAS CONTINUARÃO A EXISTIR, MAS COM TARIFAS MAIS BAIXAS E SOB CONTROLE PÚBLICO
Conceição Lemes
Cezar, utilize letras minúsculas nos próximos comentários. sds
Nilson Moura Messias
Este é o PT, velho de guerra, sempre em defesa da população brasileira.
Apavorado por Vírus e Bactérias
Isso tem que vir para São Paulo, onde os preços dos pedágios são uma afronta. O PSDB esfola o povo de São Paulo de todas as maneiras possíveis.
O único projeto do PSDB e da direita é a corrupção. E esse projeto é inconfessável. Por isso, o PSDB e seus presidentes de plantão não têm projetos, a não ser acabar com as instituições públicas de segurança, educação, saúde e transporte urbano.
jaime
Muito bem, Tarso Genro. Finalmente um pouco de ação concreta, pra resgatar aquelas cagadas do tempo do Ministério da Justiça, tipo Satiagraha.
Um a zero para os gaúchos que souberam votar ao término do prazo de concessão, ao contrário dos paranaenses que preferiram Beto Richa e agora que se richem.
Embora a tendência seja manter os pedágios sob a administração do Estado com uma tarifa mais barata, acho uma importante medida para servir de exemplo.
O que é público tem que servir ao público e não a empresários oportunistas. Pra esses existe a lei do “mercado” – concorrência, risco e que vença o mais competente. Contratos com o Estado garantindo o lucro, só no país da jabuticaba mesmo.
Um Estado que não seja capaz de administrar uma estrada tem mesmo que entregar os pontos.
souza
vitória do povo gaúcho através da boa administração estadual.
Roberto Locatelli
Evidentemente, os governadores de São Paulo, Paraná e Minas Gerais farão o mesmo, extinguindo praças de pedágio. Brincadeirinha…
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