Rosangela Buzanelli: Após 1 ano de privatização, gasolina de Mataripe está 6,2% mais cara que a da Petrobrás
Tempo de leitura: 2 minRefinaria de Mataripe completa um ano de privatização com a gasolina 6,2% mais cara que a da Petrobrás
Por Rosangela Buzanelli, em seu blog
Fez um ano neste mês de dezembro que a Refinaria Landulpho Alves, a Rlam, foi privatizada.
E esse tempo foi mais que suficiente pra confirmar aquilo que a gente já vem alertando: a privatização não é a solução para o alto custo dos combustíveis.
Ao contrário, esse processo facilita a criação de monopólios regionais, que resultam no aumento dos preços e no custo de vida, impactando a inflação e o bolso da população brasileira.
Um estudo apresentado pelo Observatório Social do Petróleo deixa evidente esse cenário.
O levantamento mostra que em 12 meses sob gestão privada, a refinaria baiana vendeu gasolina a um preço, em média, 6,2% mais caro do que o cobrado pela Petrobrás.
Em relação ao diesel S-10, o valor ficou 2,6% acima da média da estatal.
Os dados indicam ainda que a Acelen, gestora da Refinaria de Mataripe, manteve os preços herdados da Petrobrás somente no primeiro mês de administração, aumentando, a partir de então, para valores acima do PPI (Preço de Paridade de Importação), política de cálculo dos combustíveis definida pelo governo para a Petrobrás.
O levantamento também indica que a Refinaria de Manaus, Reman, que teve sua venda finalizada em 30 de novembro, deve seguir o mesmo caminho da refinaria da Bahia.
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No dia seguinte à conclusão do negócio com a Petrobrás, o preço do gás de cozinha produzido pela unidade manauara foi reajustado em 93 centavos por quilo.
A Reman é a única produtora de gasolina no Norte do país, responsável pelo atendimento dos estados do Pará, Amapá, Rondônia, Acre, Amazonas e Roraima.
Os fatos comprovam a cada dia que privatizar faz mal ao Brasil e defender a Petrobrás é defender o Brasil.
*Rosangela Buzanelli é a representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Petrobrás
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Comentários
Zé Maria
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“COMPRARAM A CORSAN COM DINHEIRO NOSSO”
A Aegea, empresa privada que arrematou a Corsan,
tomou R$ 19 BILHÕES de empréstimo do BNDES
nesta semana
Por Arilson Wünsch, Presidente do Sindiágua, no Sul21
A venda da Corsan evidencia três realidades dolorosas para a cidadania e a soberania. Venda de patrimônio público muito abaixo do seu valor, a compra desse patrimônio por empresas privadas com dinheiro público tomado de um banco do povo (BNDES) e tratar a água como mercadoria, sendo um direito humano básico que deve ser garantido e preservado pelo poder público.
Entregar quase de graça um patrimônio construído ao longo de 50 anos com os recursos de todos os gaúchos por R$ 4 bilhões foi um escárnio. Um escárnio celebrado por uma série de discursos entreguistas, mentirosos, ufanistas e de compadrios.
Para arrematar a Corsan apareceu apenas uma empresa: a Aegea.
Nosso sindicato registrou, em cartório, o nome da empresa vencedora,
quatro dias antes do leilão por conhecer os bastidores de combinações
para que fosse favorecida.
De um lado o preço pífio, de outro, a empresa privada que arrematou a Corsan
tomou R$ 19 bilhões (sim BILHÕES) de empréstimo do BNDES nesta semana.
O segundo maior da história do BNDES.
Os diretores da Aegea declaram após o leilão que investirão R$ 16 bilhões
na empresa adquirida (só a arrecadação prevista para os próximos 20 anos
da Corsan é de em torno de R$ 120 BILHÕES, números de outubro/22).
Somado este valor [R$ 16 Bi], mais os R$ 4 bilhões da compra da Corsan,
é praticamente o valor tomado emprestado do banco público federal.
Ou seja: de um lado o governo gaúcho rebaixou o valor da empresa.
Do outro, o governo federal [de Guedes/Bolsonaro] “emprestou”
o dinheiro para a empresa privada “comprar” a estatal gaúcha.
Dinheiro público de todos os lados que irá para o bolso da iniciativa privada
e quem vai pagar a conta é a população gaúcha e a brasileira.
A gaúcha vai pagar mais, claro. Porque a tarifa vai aumentar e o serviço vai piorar.
Já temos os traumáticos exemplos da CEEE-D, vendida a troco de banana,
com péssimos serviços …
Íntegra :
https://sul21.com.br/opiniao/2022/12/compraram-a-corsan-com-dinheiro-nosso-por-arilson-wunsch/
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Zé Maria
O Governo LULA, por meio do Presidente do BNDES, Aloízio Mercadante,
tem a Obrigação Moral de anular esse Contrato de Empréstimo Viciado.
Nelson
“O Governo LULA, por meio do Presidente do BNDES, Aloízio Mercadante,
tem a Obrigação Moral de anular esse Contrato de Empréstimo Viciado.”
–
Concordo plenamente com essa tua reivindicação, Zé Maria. Apoiadíssimo.
Não há outra ação a ser tomada, a esperarmos, do governo Lula.
Zé Maria
https://ri.aegea.com.br/wp-content/uploads/sites/33/2021/07/Comp-Acionaria-Port.png
“EMPREITEIROS DA ÁGUA”
“Controlada pela Equipav e tendo o GIC como acionista minoritário,
a AEGEA anunciou uma transação com a Itaúsa, que passou a deter
10,2% do capital da empresa.”
[Reportagem: Maria Luíza Filgueiras | PipLine Valor.Globo | 30/04/2021]
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Quer dizer que o BNDES emprestou Dinheiro a Juro Privilegiado
a uma Empresa Privada {AEGEA], de fachada, que tem como
Maiores Acionistas:
uma Empreiteira da Água (Equipav);
um Fundo de Investimento do Governo de Singapura (GIC); e
um Banco Privado (ITAÚ);
para comprarem a Empresa Pública 100% Estatal do RS (CORSAN).
https://ri.aegea.com.br/governanca-corporativa/composicao-acionaria/
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Ou seja, no final das contas, o Banco Estatal Federal (BNDES) emprestou
dinheiro público para o Maior Banco Privado (ITAÙ) do País lucrar, direta
ou indiretamente, com a Aquisição da Companhia de Tratamento de Água
do Estado do Rio Grande do Sul (CORSAN).
Como é fácil para um Banco Privado ter Lucro no braZil!
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Zé Maria
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Foi precisamente para abocanhar o Patrimônio Público
dos Estados e Municípios Brasileiros, que o desgoverno
de Guedes e Bolsonaro, junto com um Bando de Picaretas
no Congresso Nacional, fez aprovar o ‘Marco do Saneamento’,
que nada mais é do que o meio mais fácil para o Setor Privado
(Empresas e Bancos Falcatruas) lucrar com o Dinheiro Público
financiado pelo Setor Público, e ainda se apropriar de empresas
públicas (estatais) estaduais e municipais – altamente lucrativas –
que prestam Serviço Público Essencial à População, em especial
à Mais Carente, como o Fornecimento de Água Tratada além do
Saneamento do Esgoto Urbano.
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Zé Maria
E os Bolsotários da Pequena Burguesia não falam mais em Preço Alto da Gasolina.
Guedes e Bolsolão subtraíram a Verba dos Estados e Municípios e os Combustíveis,
na Bomba, se mantiveram no Patamar Reajustado e continuam aumentando.
Criminosos Canalhas Impatrióticos colaborando com o Cartel dos Lesa-Pátrias.
Zé Maria
Faltam 9 dias e 23 horas para o Brasil sair da Mão dos Assaltantes Larápios.
https://twitter.com/ContadorQueda/status/1605971435519885312
Nelson
Os liberais-neoliberais-capitalistas pensaram a privatização como solução para o encurtamento, a redução dos espaços para a obtenção de lucros gerada pela próprio a lógica de funcionamento do capitalismo. OU seja, somente para resolver os problemas dos capitalistas.
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A lógica de funcionamento do capitalismo exige lucros crescentes a cada período que passa. Ao mesmo tempo, vai concentrando esse lucro em um número cada vez menor de pessoas, sugando renda do restante da sociedade.
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O resultado disso, somado à evolução contínua da tecnologia, que corta postos de trabalho sem cessar, vai escasseando o contingente de consumidores das mercadorias produzidas pelos capitalistas e, por consequência, reduzindo o espaço para a obtenção de lucros que citei no primeiro parágrafo.
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A privatização como meio de garantir produtos e serviços a preços e tarifas mais baixos para a população só existe na avassaladora propaganda feita para convencer bilhões a aceitarem como a solução mágica que vai lhes legar uma vida boa. Vida boa mesmo, só para o topo da pirâmide.
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E a solução encontrada pelos liberais-neoliberais-capitalistas foi avançar sobre o patrimônio coletivo, assenhorear-se das riquezas comuns, para daí, extrair, em cima dos seus antigos donos, os lucros crescentes de que necessita o capitalismo.
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Concluindo. Com as privatizações, a imensa maioria perde para que uma minoria ínfima – de, quando muito, 1% – possa ver seus ganhos prosperarem eternamente.
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O resultado está à vista de todos. Com as privatizações parcelas sempre crescentes da população de qualquer país vão “descendo a ladeira” rumo à pobreza ou à miséria.
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