Rogério Correia: Por que denúncias contra Aécio só vieram depois do impeachment?

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Aécio e sua turma: Eduardo Azeredo, Marcos Valério, Oswaldinho e os Perrella, passando por Furnas e a Cidade Administrativa

Da Redação

O deputado estadual Rogério Correia, do PT de Minas, lamentou em sua página no Facebook: “Aécio está em toda denúncia de corrupção. Avisei e denunciei às autoridades desde o início. Por que só após o impeachment saem notícias?”

Ele tem razão. Aécio Neves foi um dos líderes da campanha pelo impeachment de Dilma Rousseff. Nunca aceitou a derrota nas eleições de 2014. Articulou o bloco tucano que aderiu às manobras de Eduardo Cunha assim que o ex-presidente da Câmara ficou sem os votos do PT no Conselho de Ética.

Se Aécio tivesse sido atingido por denúncias antes da autorização da Câmara para abertura do processo, não teria força política para alvejar Dilma.

O timing dos vazamentos, acordos de delação e denúncias ao longo da Operação Lava Jato merece um estudo de caso. Pode ser coincidência, provavelmente não é.

A última operação da Polícia Federal prendeu um ex-ministro do PT na casa de uma senadora do PT e colocou homens armados diante da sede do PT justamente às vésperas da votação do afastamento definitivo de Dilma Rousseff no Senado.

É verdade que Rogério Correia denunciou Aécio às autoridades. Faz tempo. Por conta disso, a bancada aescista na Assembleia Legislativa tentou cassá-lo em 2012.

O deputado petista resistiu. “Se tudo for investigado, ele acaba preso“, disse Rogério em entrevista ao Viomundo em 8 de outubro de 2014. “Ele” era o senador Aécio.

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Isso foi bem antes da mais recente denúncia contra o ex-presidente do PSDB e ex-governador de Minas Gerais, a de que um preposto de Aécio teria recebido 3% de propina nas obras da Cidade Administrativa, orçadas inicialmente em R$ 500 milhões mas que acabaram custando mais de R$ 2 bi aos cofres públicos.

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Cidade Administrativa, com prédios de Niemeyer, surgiu onde um dia ficou o hipódromo de Belo Horizonte

Delator vai relatar propina em obra da Cidade Administrativa

No diário mineiro O Tempo, 25.06.2016

Segundo Léo Pinheiro, da OAS, suborno chegou a 3% do custo total do serviço da empreiteira

O empreiteiro Léo Pinheiro, sócio e ex-presidente da OAS, vai relatar, com base em documentos, que pagou suborno a auxiliares do então governador de Minas Gerais, o hoje senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, durante a construção da Cidade Administrativa.

Trata-se da mais cara obra do tucano nos oito anos em que permaneceu à frente do Estado, entre 2003 e 2010.

O relato de Pinheiro sobre o centro administrativo, um complexo inaugurado em 2010 para abrigar 20 mil servidores, faz parte do acordo de delação premiada que está sendo negociado com a força-tarefa da Lava Jato. O acordo ainda não foi assinado.

Segundo Pinheiro, a OAS pagou 3% sobre o valor da obra a um dos principais auxiliares de Aécio, Oswaldo Borges da Costa Filho.

Conhecido como Oswaldinho, ele é apontado por tucanos e opositores como o tesoureiro informal de seguidas campanhas de Aécio, entre 2002 e 2014.

Léo Pinheiro relatou a investigadores que tem provas do caminho que o dinheiro percorreu até chegar ao assessor do tucano.

Aécio nega que tenha recebido qualquer recurso ilícito e que tenha havido irregularidades na obra.

Estimada em R$ 500 milhões, a obra da Cidade Administrativa foi orçada em R$ 949 milhões, mas acabou custando R$ 1,26 bilhão, segundo documentos do governo de Minas obtidos pela Folha de S. Paulo, mas que a atual administração, do PT, não comenta.

Esse foi o custo das obras de engenharia. Com mobiliário e outros itens, o gasto total alcança R$ 2,1 bilhões, ainda de acordo com os dados obtidos pela Folha.

Junto com Odebrecht e Queiroz Galvão, a OAS fez um dos três prédios do complexo, o Edifício Gerais. No consórcio, a Odebrecht era a líder, com 60% do contrato. A OAS respondia por 25,71% e a Queiroz Galvão, por 14,25%. Como a OAS recebeu R$ 102,1 milhões, os 3% da suposta propina seriam equivalentes a pouco mais de R$ 3 milhões.

Tesoureiro. Oswaldo é contraparente de Aécio: ele é casado com uma filha do padrasto do senador, o banqueiro Gilberto Faria (1922-2008).

Após vencer a eleição para o governo em 2002, o tucano colocou-o para presidir a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, a Codemig, empresa pública dona de mineradoras, hotéis e fontes de água mineral.

Foi a Codemig que fez a licitação em 2007 e cuidou da obra da Cidade Administrativa, o que foi considerado incomum, já que Oswaldinho teve papel na arrecadação da primeira campanha de Aécio ao governo.

A família de Oswaldo também é proprietária de uma empresa de táxi-aéreo. Ele tem uma coleção de carros raros, entre eles um Rolls-Royce que Aécio costumava usar quando era governador.

‘Declarações falsas e absurdas’

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse em nota enviada à Folha de S. Paulo que desconhece os relatos feitos pelo empresário Léo Pinheiro sobre suposta propina em sua administração e que considera as declarações “falsas e absurdas”.

A nota afirma que acusações como essas precisam de provas, “sob o risco de servirem apenas a interesses outros que não os da verdade”.

O senador afirma estranhar o que chama de vazamento “deste trecho” da delação de Pinheiro, da OAS, que o cita como beneficiário de propina.

Segundo nota enviada pela assessoria de imprensa do senador, as obras da Cidade Administrativa foram contratadas por R$ 948 milhões em 2007 e tiveram custo final de R$ 1,26 bilhão, em 2010.

Entre as razões do aumento está a construção de um túnel que não estava previsto no projeto inicial e que demandou uma nova licitação.

O comunicado aponta que os aditivos firmados na construção da Cidade Administrativa “corresponderam a 10% do valor inicial, percentual inferior aos 25% autorizados pela Lei 8.666 para obras públicas”.

A assessoria de Aécio reitera que “a obra foi conduzida com absoluta transparência e controle da sociedade”, inclusive com aprovação de órgãos de controle do Estado.

A nota afirma ainda que, antes da abertura da licitação, os editais foram submetidos a avaliação prévia do Ministério Público e do Tribunal de Contas do Estado.

“Todas as especificações técnicas do projeto tiveram acompanhamento e monitoramento da empresa de auditoria externa, atestando e assinando juntamente com a gerência da obra”, diz a nota divulgada.

A assessoria de imprensa do senador não quis se pronunciar sobre os relatos de que Oswaldo Borges da Costa atuou como “tesoureiro informal” das campanhas do tucano.

Procurado, o empresário Oswaldinho, como é conhecido, não atendeu as ligações nem retornou.

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Comentários

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Morvan

Boa tarde.

É verdade. As notícias contra este rapaz normalmente viram pó, somem. Mas agora, após o golpe (D. Rose Weber ainda tem dúvidas?), o Ministro das Desavenças, inimigo figadal do enfurnado, promete não deixar pedra sobre pedra… e todos sabem que, nos subterrâneos, o Nosferatu é um craque.

FrancoAtirador

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Dolo Direto de 1º Grau: Premeditação e Má-fé.

http://hissa.jusbrasil.com.br/artigos/352577166/diferenca-entre-dolo-direto-de-1-grau-dolo-direto-de-2-grau-e-dolo-eventual
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Mariano

O desabafo de Gleisi Hoffmann

Gleisi: fui vítima de “espetáculo desnecessário”!
Juízes que “protegem e retardam decisões de outros, sobre os quais há provas mais do que suficientes para uma ação contundente”

publicado 27/06/2016

Saiu no Blog do Esmael Morais:

Gleisi Hoffmann: Um espetáculo desnecessário

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), em sua coluna desta segunda-feira (27), denuncia o espetáculo midiático que prendeu seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo. Segundo ela, ele não participou nem se beneficiou de esquema de que o acusam. “Ele sabe que eu nunca o perdoaria!”, escreve a colunista. Gleisi afirma que a operação cinematográfica teve o objetivo de influenciar no Senado, onde aumentam as chances de barrar o impeachment de Dilma. Abaixo, leia, comente e compartilhe a íntegra do texto:

Um espetáculo desnecessário

Gleisi Hoffmann*

A prisão de Paulo Bernardo foi um despropósito do princípio ao fim. Prisão preventiva? Prevenir o que? Um processo iniciado em meados de 2015, sem nenhuma diligência feita, nenhuma oitiva realizada, mesmo por diversas vezes ter ele solicitado para depor?

Qual risco oferecia meu marido à ordem pública? A instrução processual? A aplicação da lei? Sempre esteve à disposição das autoridades, em endereço conhecido, há mais de dois anos não ocupa nenhum cargo público, é aposentado pelo Banco do Brasil, depois de 38 anos de contribuição previdenciária.

Conheço o Paulo há muitos anos. Sei de suas virtudes e de seus defeitos. Sei especialmente o que não faria. E não faria uso de dinheiro alheio para benefício próprio. Não admitiria desvios de recursos públicos para sua satisfação ou da família. Tenho certeza de que não participou ou se beneficiou de um esquema como o que estão acusando-o. Ele sabe que eu nunca o perdoaria!

O patrimônio que construímos ao longo de nossa vida nem de perto chega ao que estão acusando-o de ter se beneficiado. São dois imóveis adquiridos antes de 2004 e um, no qual moramos em Curitiba, adquirido em 2009, financiado junto ao Banco do Brasil, por 20 anos. É uma dívida, mais que do que um patrimônio, constantes das declarações de imposto de renda.

A imprensa noticiou nosso apartamento como uma grande cobertura. O condomínio tem 160 apartamentos, com vários prédios pequenos. O que dizem ser cobertura é o último apartamento, no oitavo andar, um pouco maior que os demais. É confortável, jamais luxuoso.

A operação montada para a busca e apreensão em nossa casa e para a prisão do Paulo foi surreal. Até helicópteros foram usados, força policial armada, muitos carros! Pra que isso, chamar atenção? Demonstração de força? Humilhação? Gasto de dinheiro público desnecessário, é isso!

Foi uma clara tentativa de humilhar um ex-ministro nos governos Lula e Dilma, que colheu muitos elogios no exercício de seu cargo. É também uma tentativa de abalar emocionalmente o trabalho de um grupo crescente de senadores que discordam dos argumentos que ora vêm sendo usados para afastar uma presidenta, legitimamente eleita por mais de 54 milhões de votos.

O que vemos é a mesma e repetida seletividade que vem marcando decisões do Ministério Público e de juízes que promovem carnavais midiáticos contra alguns políticos, ao mesmo tempo em que protegem e retardam decisões de outros, sobre os quais há provas mais do que suficientes para uma ação contundente, definitiva.

Não estou aqui a reclamar o respeito como parlamentar com mandato popular e prerrogativa de foro, sobre o qual, aliás, já me manifestei contrária e assinei uma Proposta de Emenda Constitucional para extingui-lo. Mas o respeito com que qualquer mulher ou homem deve ser tratado por agentes de estado, principalmente os que exercem a função policial. Senti na própria pele o que aflige diariamente milhares de pessoas, homens e mulheres, atingidos pelo abuso do poder legal e policial.

Nas remexidas em minha casa, sequer o computador que meu filho adolescente utiliza em seus trabalhos escolares foi poupado. Agora, é prova de processo criminal. Senti naquele momento todo o mal que pode causar o controle de segmentos do Estado sem limitações. Tentei impedir. Disseram que iriam devolvê-lo no mesmo dia. Sou uma pessoa de fé. Acreditei e liguei no final da tarde de quinta-feira porque meu guri sente falta do computador que usa para jogar e comunicar-se com os amigos. Responderam que só hoje, segunda, 26, começariam a analisar o disco rígido e não há mais data para devolvê-lo. Buscavam achar dinheiro? Cofres? Documentos que pudessem nos incriminar? Não acharam nada, nada! O que provavelmente tenha frustrado a operação espetáculo.

Minha luta aqui e agora é pela restauração da dignidade do nome de meu companheiro, duramente atingido pelas precipitações do noticiário. Sei que é uma cruzada difícil, contrariar a onda corrente.

Ainda não encontrei alívio para a minha dor, para a dor dos nossos filhos, apesar do testemunho de amigos e companheiros que, mesmo na adversidade, não perdem a fé e ousam falar com coragem, o melhor instrumento de combate que temos.

Quero agradecer aqui, publicamente, minha bancada de senadores e senadoras, que na primeira hora fizeram-me uma linda nota de solidariedade. Também a todos e todas que externaram carinho, confiança e apoio através de telefonemas, e mails, mensagens.

Muito obrigada aos que se solidarizaram comigo e com todas as pessoas da minha família. Tudo que tenho para oferecer de volta é a minha amizade e compromisso na luta por um mundo melhor. Podem contar comigo. Hoje e sempre.

jeca tatu

Denuncias?Que denuncias?Saiu na VEJA, na Grobus? Não! Então não me venha com churrumelas! Diria o SUPERJUIZ GLOBAL E A FORÇA CARECA!

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