Marina teve “visão”antes de enfrentar doença que a enfraquecia, diz biógrafa
Tempo de leitura: 5 minCasa em que Marina Silva morou em Rio Branco, hoje com propaganda de candidato petista a deputado estadual na porta
por Luiz Carlos Azenha
Reconheço meu fascínio pessoal pela história de Marina Silva, uma verdadeira sobrevivente, saúde sempre muito frágil, alfabetizada aos 16 anos de idade pelo Mobral, estudante e professora de História, que quase se tornou freira antes de entrar no Partido Revolucionário Comunista — abrigando-se no PT. Militante fundadora da CUT no Acre, tornou-se a mais jovem senadora do Brasil. Depois, migrou para o PV e agora está no PSB. Do catolicismo flertou com o ateísmo para, mais tarde, tornar-se evangélica. Parece, mesmo, predestinada, da mesma forma que Lula.
Já disse que, dadas outras condições políticas, poderia até votar nela — por exemplo, contra Aécio Neves. Porém, isso se tornou uma impossibilidade diante do programa neoliberal do PSB, que entre outras medidas prevê a autonomia do Banco Central. Em minha modesta opinião, isso representa a importação do arrocho e da perda de direitos vivida hoje pelos europeus e uma entrega de soberania mais profunda inclusive que o leilão de Libra patrocinado pela petista Dilma Rousseff.
Fernando Henrique Cardoso tinha uma sólida base de industriais paulistas quando governou, Lula se propôs a fazer a conciliação de classes e se rendeu ao agronegócio — embora com concessões à agricultura familiar –, mas tinha sólida base no operariado paulista e em movimentos sociais quando se elegeu, além do apoio da igreja católica.
O apoio de Marina se concentra em ONGs ambientalistas — e não são todas, já que ela foi abandonada por muitos ‘verdes’ — e numa Rede que não conseguiu se organizar como partido. Como a própria indústria brasileira tem tido participação proporcional decrescente no PIB, presumo que ela e o PSB tenham decidido fazer do mercado financeiro sua base principal de sustentação.
Há toda uma filosofia por trás do discurso de Marina, que não pode ser analisado superficialmente, mas com certeza inclui como um de seus paradigmas a busca do consenso como forma de superar a luta de classes. Isso reflete exatamente a trajetória de Marina, tanto política quanto religiosa. A candidata obviamente abandonou o marxismo do PRC e parece abraçar uma espécie de “comunitarismo” muito parecido com aquele que Barack Obama abraçava antes de se tornar presidente dos Estados Unidos.
Questões religiosas são de foro íntimo, mas Marina não teve dificuldade ao discutir sua conversão mais recente com a biógrafa Marília de Camargo Cesar. Com a saúde frágil, depois de retornar dos Estados Unidos indisposta a fazer tratamento com uma droga ainda experimental, ela teve contato com um pastor que fez a ela uma espécie de “revelação telefônica”.
André Salles, o pastor, passou a descrever “as características físicas de um homem que ele percebia como uma ameaça para a senadora. Ao escutar as feições descritas, ela reconheceu a pessoa em questão”. Pelo menos publicamente, Marina nunca identificou esta pessoa.
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“Aquilo para mim foi impactante. E a partir daí passei a nutrir um sentimento de gratidão a Deus por ter usado aquele homem [o desafeto] para que eu me aproximasse de Deus”, conta Marina. Seria Lula, da qual foi ministra mas com o qual ficou ressentida pela forma como deixou o governo do PT?
Depois da revelação veio o que Marina chama de “visão”. Durante um culto, surgiu na mente da agora candidata do Partido Socialista uma sigla: DMSA.
Conta Marina:
“Foi como um relâmpago que apareceu na minha mente. DMSA. Mas não entendi o que significava. Nunca tinha tido uma experiência como aquela. Quando cheguei em casa, eu me lembrei: é o remédio!”.
DMSA era a droga que médicos norte-americanos, durante uma visita da senadora aos Estados Unidos, haviam recomendado para o tratamento da contaminação por metais pesados, da qual Marina foi vítima por conta de uma overdose de medicamentos contra a leishmaniose. Como se tratava de uma droga experimental, Marina de início rejeitou a oferta. Temia piorar ainda mais o estado do fígado já baleado.
Porém, diante da “visão”, Marina tratou imediatamente de providenciar a importação do DMSA para o Brasil. Depois de tomar o remédio, numa série de injeções em Brasília, diz ter melhorado consideravelmente da fraqueza e dos desmaios, embora ainda sofra de uma série de alergias e enfrente restrições alimentares.
Neste contexto, fica muito mais fácil entender que Marina só tenha decidido autorizar que sua biografia fosse escrita depois de uma “roleta bíblica”, ou seja, de interpretar uma frase escolhida numa página da Bíblia, aleatoriamente. Ela leu a frase e entendeu como “sim”.
Desde adolescente, desde quando pretendia ser freira na igreja católica, a candidata do PSB exibe um pragmatismo temperado por fé de grande intensidade. Inicialmente, católica. Mais tarde, evangélica.
Concordo que o Brasil é um país de muitos preconceitos, inclusive contra os evangélicos. Eu me sentiria desconfortável se Marina decidisse atender a ordens de um bispo ou pastor, a partir de preceitos religiosos. Ordens que influenciassem políticas públicas voltadas para milhões de brasileiros, muitos dos quais se declaram agnósticos/ateus.
Marina nega que tenha cedido a pressões do pastor Silas Malafaia.
Se de fato o fez, teremos entrado num campo muito complicado, num campo em que revelações e visões de foro íntimo se transformam numa ameaça ao Estado laico.
Marina diz apoiar o ensino religioso optativo em escolas públicas, ao que muitos pais respondem: mas eu vou financiar, com meus tributos, um ensino que borra as fronteiras entre Estado e Igreja?
No campo religioso, há controvérsias sobre se Marina representa ameaça ao Estado laico. Ouvido por Conceição Lemes, o teólogo Leonardo Boff criticou a candidata. Justamente ele, muito elogiado na biografia. O livro revela a grande influencia exercida em Marina, ainda jovem, por Clodovis Boff, irmão de Leonardo, que ministrou à então militante do PRC/PT um curso sobre a Teologia da Libertação.
Não concordo com a política econômica exposta no programa do PSB e duvido que, eleita, Marina consiga viabilizar um governo exclusivamente de “bons”, sem alianças, a não ser que algum milagre converta os “300 picaretas do Congresso” — aos quais se referia Lula — em pessoas voltadas a atender prioritariamente os interesses da população. Na verdade, a prioridade de muitos dos eleitos é pagar os favores recebidos de financiadores de campanha, garantir a reeleição e, em alguns casos, simplesmente enriquecer.
Acho muito mais fácil enfrentar o problema da corrupção no Brasil com ações institucionais — por exemplo, a Constituinte exclusiva e o financiamento público de campanhas — do que com um repentino toque divino no coração de eleitores e eleitos. Corrupção se enfrenta com inteligência, não com fé.
Talvez o meu temor neste campo tenha nascido por ter testemunhado, quando ainda era correspondente nos Estados Unidos, o presidente George W. Bush promovendo orações dentro da Casa Branca ou em eventos públicos. Não era Bush comparecendo aos cultos como qualquer outro fiel. Era como se, em contato com Deus, tivesse recebido a bênção divina para suas ações políticas. Uma delas, a invasão do Iraque, causou a morte de ao menos 200 mil pessoas, o deslocamento de milhões de outras e uma guerra fratricida que ainda hoje perdura. É isso o que o Deus de Bush queria?
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Comentários
Yacov
Não é por nada não, mas acho que a Marina toma o chazinho do SANTO DAIME…
“O BRASIL PARA TODOS não passa no SISTEMA gloBBBo de SONEGAÇÃO – O que passa SISTEMA gloBBBo de SONEGAÇÃO é um braZil-Zil-Zil para TOLOS”
Vinícius
Uma análise mais madura desta vez, Azenha.
Como você, é impossível que eu vote em Marina pois ela está alinhada com os banqueiros que querem controlar o BC. Vou ter que votar em Dilma, que apoiou que o IBGE demitisse 200 grevistas este ano. Não está fácil.
Mas não dá pra concordar com algumas críticas que fazem à Marina. !ue história é essa de implicar com a espiritualidade de Marina, expressa em visões e momentos de leitura da Bíblia, como também é expressa a espiritualidade de outros milhões de brasileiros?
Entendo que religião não é sua praia, mas por acaso você acha que se Bush fosse ateu tomaria uma decisão diferente? Tomando a mesma decisão, que ele se arrependesse? Se arrependendo, faria diferença?
Por acaso o pragmatismo extremo das piores decisões do comunismo durante a guerra fria, na China, na Rússia e no Camboja, não foram influenciadas pela frieza do materialismo? E por acaso eu não seria um idiota se acusasse FHC de ser capaz de semelhantes excessos apenas por ser ateu?
Como é que pessoas inteligentes acreditam que “quatro tuítes” de Malafaia foram responsáveis pelas mudanças no programa do PSB – se o novo programa é coerente com as idéias que ela já repetia nos anos anteriores e inclusive está além do que a bancada evangélica tem aceito no Congresso? Como é que Leonardo Boff diz que Malafaia, que sequer pertence à mesma vertente assembleiana de Marina, é o “papa” da candidata?
Estava conversando hoje com uma pessoa. Ela me disse que se os evangélicos repudiassem publicamente suas figuras mais polêmicas e caricatas seriam mais aceitos. Eu discordei. Acho que os evangélicos seriam mais aceitos se os preconceituosos fizessem mais auto-crítica.
Azenha e demais pessoas compromissadas com a justiça social, é hora da autocrítica.
Recomendo: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/afinal-quem-sao-201cos-evangelicos201d-2053.html
Mário SF Alves
Vinícius, não que concorde com tudo o que você disse, mas, de fato, cabe considerações:
I- Na campanha eleitoral de 2010 a referida candidata foi usada na estratégia midiática que visava fortalecer o candidato do sistema. Por isso teve a exposição pública e a votação que obteve.
Decorre daí a dúvida: quais os possíveis impactos de tal estratégia na capacidade de autocrítica da candidata?
II- Politicamente, o que, de fato, pode estar movendo a citada candidata?
Não lhe ocorre pensar que no calor da atual campanha, determinado, sobretudo, por forte influência do acaso, a candidata já nem sequer esteja mais conseguindo pensar por si própria e assim pondo em risco um País inteiro?
Muhamad
Foi nessa visão que ela recebeu os dois milhões de reais do caixa dois de Eduardo Campos, por antecipação, porque a seringueira é fó….rte.
FrancoAtirador
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Colapso (Pré)Anunciado:
Começou Ratinho Júnior,
Passou a Celso Russomano
E Acabará Enéas Carneiro.
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FrancoAtirador
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25/8/2014
ac24horas
ENÉAS & MARINA:
OS POLÍTICOS QUE PROJETARAM O ACRE NO CENÁRIO NACIONAL
Por Nelson Liano Jr.
(http://www.ac24horas.com/2014/08/25/eneas-e-marina-os-politicos-que-projetaram-o-acre-no-cenario-nacional)
cdn1.ac24horas.com/wp-content/uploads/2014/08/dois_01.jpg
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Galhardo
“ROLETA BIBLICA”, essa é uma piada pronta, MARINA, com a sua esquizofrenia, poderá levar esse país a uma “ROLETA INSTITUCIONAL”, o próprio Aécio já percebeu que a Marina parece não regular direito, e afirmou que politica não é para “AVENTUREIRO”, Marina vá para Miami, e seja visinha do juaquim, vocês irão se dar muito bem, lá é que é lugar de “SONHADORES”.
joraci
Prefiro Inri Cristo.
henrique de oliveira
Minha esposa também teve muitos delírios , visões etc , isso antes e principalmente depois de ser operada e passar por varias seções de quimioterapia e radioterapia por conta de um câncer extremamente agressivo, nem por isso acha que foi coisa divina , foram apenas efeitos do antes e do pós operatório , nada mais.
Urbano
A czarina silva nunca chegou a ter visão na vida; foi sempre inveja e nas horas vagas a veja…
Busch no Iraque
Só lembrando, Busch invadiu o Iraque mesmo contra todas as informações de que não tinham as armas que falavam e até hoje não encontraram nada, apenas por uma visão religiosa de que iria salvar as almas perdidas dos iraquianos. Sim esta questão religiosa da Marina é um perigo fundamentalista.
Nelson
Não, amigo. Não foi, precisamente, por causa de alguma visão ou fé que Bush ordenou a invasão do Iraque. Isso não passa de um dispositivo, digamos assim, ideológico para justificar o imperialismo ianque; Deus, dizem os fundamentalistas do grande país do norte, deu um mandato aos Estados Unidos, a nação escolhida, para comandar o mundo.
A invasão do Iraque se deu para cumprir objetivos traçados pelos estrategistas estadunidenses muitos anos antes, atendendo, inclusive, a desejos sionistas. E Bush filho só terminou o trabalho iniciado por Bush pai 12 anos antes, em 1991, e continuado pelos dois mandatos de Clinton.
Lafaiete de Souza Spínola
Só para o Azenha:
Por que neste computador, onde digito e posto, o meu comentário está sob moderação desde as 13:00 h e não aparecem os comentários depois desse horário e ao ligar o outro, pouco usado, ele aparece comentado pelo Mário S Alves e, também, os posteriores?
Nota: Esta ocorrência não é a primeira.
Lafaiete de Souza Spínola
Só para o Azenha: Ao enviar esse comentário, instantaneamente, apareceram todos!
É possível explicar?
FrancoAtirador
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Prezado Lafaiete.
Teclado: Digite F5
Mouse (Botão Esquerdo): ‘Recarregar Página’
(http://imgur.com/eCIa78N)
Para saber como Configurar o Navegador: (http://abre.ai/auto_refresh_reload)
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Fica Tranqüilo, Companheiro!
Apesar do COMETA G.A.F.E.* & CIA,
Vai dar Dilma (PT) no 1º Turno.
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Um abraço Camarada e Libertário.
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Conceição Lemes
Lafaiete, não sabemos. Vamos falar com o Leandro Guedes, que é quem cuida da parte de web.Obrigada pelo alerta. abs
L@!r M@r+e5
Recomendo usar o “Shift + F5” para recarregar a página. Isso força o navegador a buscar novamente a página no servidor e não usar a que está armazenada no seu computador.
Isso acontece muito na página principal (ela mudar se fizer o procedimento) e já vi acontecer com comentários meus também.
Boa sorte.
L@!r M@r+e5
Olha aí… Acabou de acontecer comigo. Entrei e o meu comentário acima estava como “aguardando moderação”. Depois de pressionar “Ctrl + F5” (diferentemente do Shift que informei antes) a página foi atualizada.
Cláudio
Meu voto completo para o dia 05out2014:
PresidentA: Dilma Roussef * 13 * PT
Governador: Wellington Dias * 13 * PT
Senador: Elmano Férrer * 141 * PTB
Deputado Federal: Merlong Solano * 1333 * PT
Deputado Estadual: João de Deus * 13222 * PT
Ah, não se esqueça: Você tem até hoje, 7 de setembro, para votar SIM no plebiscito, em:
http://www.plebiscitoconstituinte.org.br/vote-no-plebiscito#voto
Com Dilma, a verdade vai vencer a mentira assim como a esperança já venceu o medo (em 2002 e 2006) e o amor já venceu o ódio (em 2010). ****:D:D . . . . ‘Tá chegando o Dia D: Dia De votar bem, para o Brasil continuar melhorando!!!! ****:L:L:D:D ****:D:D . . . . Vote consciente e de forma unitária para o seu/nosso partido ter mais força política, com maioria segura. . . . . ****:L:L:D:D . . . . Lei de Mídias Já!!!! ****:L:L:D:D ****:D:D … “Com o tempo, uma imprensa [mídia] cínica, mercenária, demagógica e corruta formará um público tão vil como ela mesma” *** * Joseph Pulitzer. ****:D:D … … “Se você não for cuidadoso(a), os jornais [mídias] farão você odiar as pessoas que estão sendo oprimidas, e amar as pessoas que estão oprimindo” *** * Malcolm X. … … … Ley de Medios Já ! ! ! . . . … … … …:L:L:D:D
Francisco
Minha mãe decidia as coisas abrindo a Bíblia também. Tomei porrada de um agressor dentro da família, porque o Jeová dela nunca disse: ” – Tome providências!”.
Tenho horror a esses embustes: quem sofrem são os outros…
Mário SF Alves
Voltando à fonte e também à vaca fria.
E quem disse que há REALMENTE oposição entre criacionismo e evolucionismo? Deslocaram o eixo do embate.
Oposição há, sim, entre criacionismo e “destrucionismo”; entre ordem e caos; tese e antítese. E é dessa oposição que surge a evolução e o respectivo evolucionismo. Evolucionismo é e sempre será síntese. É espiral ascendente. E não tese ou antítese.
Simples dialética. Dialética essa que, porém, tem sido castrada ao longo de todo o embate “civilizacional” entre senhor e escravo; entre patrão e empregado.
A propósito, é possível que Heráclito, trocentos anos antes de Cristo, já tivesse clareza quanto a isso.
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PS.:
¹É bom não esquecer que o contrário também pode ocorrer, e já ocorreu. Basta lembrar como a extrema direita na Alemanha de 1939 se apropriou de algumas de algumas das teses da Teoria da Evolução.
Mário SF Alves
Concluindo:
Há estranho no ar. Alguém precisa urgentemente rever alguns conceitos primordiais.
Refiro-me à ideia contida no enunciado marino-silvista dando conta de que “Deus criou tudo, inclusive a teoria que desafia a Criação.”
Isso remete à Idade Média, quando artistas eram proibidos de assinar suas obras por imposição religiosa, com a premissa de que era Deus o verdadeiro e legítimo autor.
É sério isso. E pior: anuncia o retorno ao Feudalismo como solução possível pra a atual crise do capitalismo, que, segundo o assistente social e marxista José Paulo Netto, é crise estrutural, ante à qual a de 1929 seria anjinho barroco, de tão inofensiva.
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Então, fundamentalistas feudais eleitoralmente reunidos, sinto muito, mas é hora de desativar esse motor transverso-retórico:
“Deus criou tudo, inclusive a teoria que desafia a Criação.” Será? Observe o que vem a seguir:
A criação não existiria sem seu oposto. Não existiria ordem [criadora] sem o respectivo caos [destruidor] que a antecede. Aliás, é bem provável que uma força não existisse sem a outra [Yin-Yang, equilíbrio instável, big bang]. Portanto, há choque de opostos, sim, dona feudarina. Há tese e antítese; e o dito EVOLUCIONISMO não se inclui entre nenhuma das duas. Evolucionismo é síntese e não oposto do criacionismo. Entenderam, oh, feudalíssimos senhor@s em deseperada fuga para o universo da retórica e da planificação medievalesca?
Caso alguém me pergunte onde ficaria Deus nessa estória, já, de antemão, confesso que não faço a mínima ideia. Para isso é prudente consultar um teólogo. E dos bons, claro!
Apenas sei que para efeito de cálculo e especulações políticas Deus é uma variavel imponderável ou admensional, o que em princípio invalida qualquer análise absoluta e definitiva sobre o sistema; o que igualmente não exime ninguém da mencionada consulta ao teólogo de confiança.
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¹Para melhor esclarecimento quanto à referida crise, segue o link:
http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Para-Meszaros-capitalismo-vive-uma-crise-estrutural-profunda/4/17047
Muhamad
“Para isso é prudente consultar um teólogo.”
Melhor pedir para Blá-blá esclarecer isso com o Senhor na próxima conversa que eles tiverem.
Ela costuma ter visagens e falar com Deus e é melhor falar diretamente com Ele do que fazer roleta bíblica.
Mário SF Alves
“DMSA.
Conta Marina:
“Foi como um relâmpago que apareceu na minha mente. DMSA. Mas não entendi o que significava. Nunca tinha tido uma experiência como aquela. Quando cheguei em casa, eu me lembrei: é o remédio!”.”
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Humm… DMSA… droga experimental desenvolvida nos SPYstates… sei não.
DMSA – não seria um escamoteamento da nova logo da ideologia neoliberal?
Algo como… D de Dona, M de Marina, S de Sultã, A de Acre?
Ou… quem sabe, confundiu-se a a coisa e a sigla seja DMRA: Dona Marina [pelo andar dessa sua carruagem, comanda por um mundo de oligarcas, ainda serás a] Rainha do Acre.
Mário SF Alves
Imprescindível. Verdadeiro antídoto contra a amnésia coletiva:
http://www.aloysiobiondi.com.br/spip.php?article77
Edmar
Não sei quem escreveu mas li esses dias que, enquanto os Governos LULA/DILMA se batiam com os tais 300 picaretas pra viabilizar que milhões de pobres passassem a ter comida todo dia; outros milhões tivesses acesso a casa própria; outros ao carro novo; outros à faculdade pra si ou pros filhos, os MALAFAIA da vida estavam lá na TV dizendo que o que conseguiram fora “retorno” de Deus às contribuições depositadas naquelas contas bancárias expostas durante os sermões televisivos. Parte grande dos coitados acham que “melhoraram” porque Deus achou que mereciam. Alguém precisa mostrar que, se assim foi, é porque Deus levantou pessoas como LULA e DILMA pra viabilizar o atendimento a tais preces. Agora, como os judeus após o êxodo, quem um Rei e não percebem que estão lhe empurrando a “rainha marionete dos bancos”, que será suas desgraças, como os reis foram pros israelitas, segundo o Velho Testamento. Com os reis vieram dominação, guerras, fome, destruições. Segundo alguns evangélicos, pagam até hoje. Vão encarar?
Lafaiete de Souza Spínola
Excelente essa matéria do Azenha!
Entra no âmago da questão.
Participei, intensamente, no Blog Sonháticos (Movimento por uma Nova Política), durante os anos 2011 e 2012, de forma independente. Minhas posições nunca foram aceitas pelo núcleo mais próximo que combatia a “conquista do poder só pelo poder”; o “pragmatismo”; e dava uma importância exagerada ao trabalho em rede, sem um partido de sustentação.
Durante o lançamento do movimento para criação do partido, surgiram dois temas que polarizaram os integrantes:
1. Solicitação para que os participantes do blog sugerissem o nome do partido. O resultado gerou muito descontentamento, pois o nome escolhido por maioria, nem foi considerado. O núcleo já tinha o nome: REDE. A maioria dos membros se sentiu ultrajada! Para que tanta discussão em torno de um nome que já haviam decidido!
2. Senti que faltava o principal, o programa do partido: Criei um tópico específico: “O PROGRAMA do PARTIDO”(ainda não haviam definido que seria REDE). Considerei que começavam a discutir, amplamente, o nome do partido e nada era levantado sobre o programa. Como primeiro e prioritário ponto do programa, propus que fossem investidos 15% do PIB na educação básica, a prioridade. Imediatamente, um dos coordenadores contestou, com o argumento de que os 5% atuais são mais que suficientes. Declarou que a educação básica só precisava de gestão. Já desconfiava, fazia muito, sobre os caminho do denominado MNP (Movimento por uma Nova Política). Neste momento, chegou a prova!
Tentei colocar comentários no Blog da Marina, mas notei que era pouco visitado. Quase tudo não passava pelo crivo da “moderação”. Exemplo:
Blog da Marina
Postado em 25/11/2011 por Equipe Marina | Categoria(s): Artigos
Assumir a derrota
Na quarta-feira, na Comissão de Meio Ambiente do Senado, ocorreu uma das derrotas mais sofridas que a luta socioambiental em defesa do desenvolvimento sustentável poderia viver. Durante toda a sessão, o tom era de “dever cumprido”, de “conquista histórica”, de “consenso entre ruralistas, cientistas, governo e ambientalistas”. Mas, na verdade, o que ocorreu mesmo foi um acordo entre poucos: governo e ruralistas, mediados pelos senadores Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Jorge Viana (PT-AC), Luiz Henrique (PMDB-SC), Kátia Abreu (PSD-TO) e pela ministra do Meio Ambiente, Izabela Teixeira. Leia íntegra do artigo da Marina Silva no site da Folha de São Paulo (apenas para assinantes).
1.LAFAIETE SPÍNOLA. 06/12/2011 O seu comentário está aguardando moderação.
É a mais pura verdade o meu comentário do dia 03.12.11. Inclusive, não acredito haver algo discordante da linha de pensamento da Marina. As estruturas partidárias atuais, aqui e la fora, têm que ser mudadas ou continuaremos colhendo crises. Isso pode não agradar a alguns, porém é uma necessidade!
2.LAFAIETE SPÍNOLA. 03/12/2011 O seu comentário está aguardando moderação.
A verdade:
Necessitamos de partidos sem donos, com programas para serem cumpridos, sem ambição do poder só pelo poder. Partidos que, obrigatoriamente, seus quadros sejam substituídos por outros, democraticamente, dentro de prazo determinado, em todos os níveis. Se você acha que isso é utopia, então é um dos interessados no “status quo” ou é daqueles que ficam esperando o salvador da pátria. Lembre-se, quando os caciques declaram que estão negociando com o outro partido, isso significa, quase sempre, estar fazendo acordo com os caciques do outro clube fechado. Partidos, de verdade, não têm donos nem herdeiros. Precisamos encontrar o caminho da dignidade. Você ainda não parou para pensar nisso?
Movimentos desorganizados, só pela internet, em longo prazo, não levam a lugar nenhum, sempre surgirão grupos para tirar proveito. Só um partido, democrático, como descrito, poderá conduzir o país, por caminho mais seguro, a um destino melhor; com educação, com saúde pública, sem crime organizado, sem corrupção, sem lavagem de dinheiro.
Financiamento público exclusivo para as eleições, possibilitando a independência financeira dos partidos, inibindo a nefasta troca de favores.
Mandato único para todos os níveis passa a ser, apenas, uma conseqüência. O mundo está a caminho de grandes transformações. Só, assim, com ampla participação, teremos um país mais justo, um mundo menos conturbado.
Hoje, fica mais claro o porquê daquela moderação!
Mário SF Alves
Honra-nos seu depoimento, prezado Lafaiete. Inclusive por ajuadar a desmontar a farsa dos que tentam escomotear a realidade/a velha ordem sob o título de nova política.
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Por mais que me esforce não consigo ver nada de novo nessa política antipolítica.
É a velha ordem engendradora de caos. É a velha ordem engendradora e mantenedora do caos. É a velha ordem na raíz da qual se encontra o caos. Ordem caótica, portanto. Ordem que se opõe à evolução dos meios garantidores dos direitos e deveres individuais e coletivos em nosso País e, por extensão, no mundo.
Um caos e uma ordem mantidos pelos preconceitos, pelas superstições e pela prepotência. Um caos perpetuado pela ordem caótica que o mantém sob a hegemonia de uma mídia fora-da-lei. Por isso não se dialetiza; por isso seus comentários ficaram suspensos; por isso a evolução não vem. Pois, para isso é necessário o livre embate entre as forças que compõem a sociedade, e por isso é tão importante, imprescindível, a conquista da democracia plena.
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E por falar nisso, como é que está você em relação às expectativas quanto ao futuro deste País?
Continua enredado, não, não é?
Lafaiete de Souza Spínola
Mário,
Estou numa fase, por motivos pessoais, de escrever menos. Mas acompanho, perplexo, os acontecimentos.
Muitos fenômenos estranhos, começando pela morte do candidato.
Alguns pequenos fenômenos, como ligar este computador e notar que o meu comentário não se encontra sob moderação. No outro, onde posto os comentários, continua sob moderação. Não aparecem o seu comentário nem os postados depois das 13:00 h.
Mário SF Alves
“Alguns pequenos fenômenos, como ligar este computador e notar que o meu comentário não se encontra sob moderação. No outro, onde posto os comentários, continua sob moderação. Não aparecem o seu comentário nem os postados depois das 13:00 h.”
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É… essa coisa de zeros e uns é mesmo imprevisível. São muitas as variáveis envolvidas, inclusive o poder de fogo¹ [em todos os sentidos possíveis] da sua máquina. Porém, não creio que seja isso. O mais provável é que seja algum “tilt” nos zeros e uns que compõem um dos subprogramas do Viomundo.
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¹Por falar nisso, já pensou em planejar e montar seu próprio computador e/ou além disso migrar para o Linux-Ubuntu, por exemplo?
Estou pra lhe dizer que é um belo passatempo e em contrapartida controla-se melhor as tais variáveis; e o melhor: o equipamento fica mais ágil e confiável.
Havendo uma boa relação custo-benefício… por que não?
Atenção!!!
Cuidado com o descarte das peças usadas/material inservível; pode ser que o Rede exija de vocẽ um RIA/relatório de impacto ambiental. (:
Mário SF Alves
A melhor resposta/sugestão/L@!r M@r+e5:
“Olha aí… Acabou de acontecer comigo. Entrei e o meu comentário acima estava como “aguardando moderação”. Depois de pressionar “Ctrl + F5″ (diferentemente do Shift que informei antes) a página foi atualizada.”
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Procedimento este que a meu ver não exclui a tese do referido “tilt”, muito pelo contrário, talvez o confirme.
Abs.
Urbano
E não confunda ungida com fingida, viu czarina?
Urbano
A czarina silva mais parece uma máquina copiadora, pois até a máscara dos black bloc ela copiou…
Urbano
Mas se a czarina silva tem tantas visões transcendentais, então por que ela plagia, imita, copia, enfim fila tudo que é de trabalhos dos outros que estão neste plano? Balacobaco também, né czarina? Esse segmento não vai dar pra ti, não. Nesse circo, em que a czarina quer uma cartola e uma bengala, o que há de mutreteiros saindo pelo ladrão, e só a enganar panacas, não consta em nenhum versículo de nenhum capítulo…
Mário SF Alves
Gostei disso. Essa, com certeza, decorre da mais pura e legítima inspiração, né não, Urbano?
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Pensar é bom, companheiro, pensar é bom.
Urbano
Eu não penso, não, Mário. Só tenho visões, a exemplo da czarina silva (rsrsrs)… Tu não sabes a força hercúlea que tenho de fazer, a fim de não por o outro pé no lado da burrice (rsrsrs). Mais uma vez muitíssimo obrigado, Mário.
Zilda
Antônio Conselheiro formou uma comunidade com pessoas deserdadas, pobres,miseráveis e não com banqueiros, grandes empresários….Repito o que já disse Plinio de Arruda Sampaio – que nos deixou recentemente – “Marina é carreirista”.
Maria Helena Correa
Lembro-me de que ele também cunhou o termo ECOCAPITALISTA para a Marina de então. Imagine o que ele diria agora, com esse programa feito (melhor dizendo, mal copiado e colado) pela Neca do Itau.
Fabio Passos
Está muito claro.
O governo a marina entrega a banca.
E o povo pobre e trabalhador… fica a espera de milagres.
Navarro
É bom entender o que é autonomia do Banco Central.
Autonomia do BC: de quem e para quê?
Por Claudia Safatle
A autonomia do Banco Central volta, mais uma vez, aos palanques dos candidatos à Presidência da República, em um debate que mais confunde do que esclarece.
A independência ou a autonomia de dezenas de bancos centrais no mundo foi um pré-requisito da implementação do regime de metas para a inflação. A primeira pressupõe amplo grau de liberdade. No caso brasileiro, nunca se pensou em independência. O que, vira e mexe, se discute aqui é a necessidade de conceder autonomia operacional legal para o BC perseguir a meta de inflação, que é definida pelo presidente da República, eleito pelo voto popular, e aprovada pelo Conselho Monetário Nacional. Para tal, o instrumento é a taxa de juros.
A autonomia implica dar ao Banco Central condições de resistir às pressões indevidas do governo, da indústria, dos bancos ou de interesses de quem quer que seja, para acomodar mais inflação em troca de mais crescimento. Se esse é um “trade-off” possível no curto prazo, no médio e longo ele é extremamente danoso para a sociedade e, sobretudo, para os mais carentes que veem a escalada dos preços corroer o poder de compra da moeda.
No PT a discussão começa a se despir do preconceito
Em contrapartida, o BC tem que ser submetido a um conjunto de deveres, a começar da prestação de contas de seus atos e resultados ao Congresso.
Políticos em busca da reeleição tendem a ser, aqui e em qualquer lugar do mundo, mais lenientes com a inflação. Preferem, na visão imediatista da urna, distribuir bondades em forma de juros baixos e aumento do gasto público, comprometendo o controle da inflação. Um BC com autonomia para levar a inflação à meta é uma forma de proteger esses políticos de si mesmos e de salvaguardar os mais pobres do populismo irresponsável.
A candidata do PSB, Marina Silva, firmou compromisso com o reforço institucional do BC no seu programa de governo. No PSDB de Aécio Neves, o tema ainda é sensível. Tucanos nunca apoiaram a ideia, mas Arminio Fraga, indicado por Aécio para o cargo de ministro da Fazenda, se eleito for, é francamente favorável à autonomia em lei. Mesmo em um grupo ainda restrito do PT a tendência é de retirar o assunto do debate ideológico e trata-lo com pragmatismo. Para economistas próximos ao partido, a ideia tornou-se mais urgente depois que o governo Dilma Rousseff fez estremecer a credibilidade do BC ao permitir a disseminação, verdadeira ou não, da crença de que ela decide sobre todos os temas da economia. Não delega.
Chegou-se a discutir meses atrás, no PT, um esboço de proposta de autonomia para o BC garantir a estabilidade da moeda mediante o manejo da taxa Selic. Nessa versão, à missão de cumprir a meta de inflação seria acrescida a da preservação do emprego; e a gestão das reservas cambiais, as intervenções no mercado de câmbio, seria compartilhada com o Ministério da Fazenda.
O modelo comportaria, ainda, um conselho de notáveis, com função de assessoramento, formado só por pessoas com larga experiência em política monetária e em fim de carreira. Isso protegeria o BC de ser capturado pelo mercado, avaliam.
Há uma imensa variedade de possibilidades que podem emoldurar o quadro regulatório de um BC mais autônomo. A experiência internacional é rica de exemplos. O que falta é uma discussão séria e aberta sobre os ônus e os bônus de uma iniciativa dessa natureza.
No ano passado houve uma tentativa, abortada por Dilma, de dar andamento ao projeto de lei de autonomia que dorme nas gavetas do Congresso Nacional há sete anos, sob o patrocínio do ex-presidente Lula. Era uma forma de sossegar os mercados e empresários descrentes da política econômica do governo. Um meio de resgatar a confiança no governo e reduzir o custo da desinflação.
Mais recentemente, imaginou-se, no âmbito da candidatura de Dilma à reeleição, abrir esse debate mediante proposta de lei ao Congresso, até como uma forma de ganhar espaço para a correção dos preços represados no próximo ano, sem ter que arrochar mais a política monetária para impedir o descontrole inflacionário.
O regime de metas, opção que se espalhou por dezenas de países dos anos 1990 para cá, é o que tem se mostrado mais eficaz para estabilizar os preços, por sua simplicidade e transparência.
O governo define a meta de inflação e delega ao Banco Central – cuja diretoria é ocupada por nomes da escolha do presidente eleito e aprovada pelo Senado – a missão de cumpri-la. O arcabouço comporta salvaguardas para acomodar choques de oferta e bom-senso para, em nome de uma trajetória de desinflação, não afundar o país na recessão.
A base do sistema é a coordenação das expectativas. Quando mais bem sucedido for o BC nessa tarefa, menor será a elevação dos juros necessária para domar a inflação. Para tanto, a autoridade monetária precisa de sólida credibilidade junto aos agentes econômicos. E a terá se tiver autonomia para agir e essa seria expressa por mandatos não coincidentes com os ciclos eleitorais para os dirigentes do BC.
A discussão sobre o porquê de o país ter, por longos anos, as maiores taxas de juros do mundo é legítima e necessária na campanha eleitoral e fora dela. Ao invés de reduzir o problema à suspeita de que o BC está tão somente a serviço dos banqueiros, deveria se começar a analisar a realidade da estrutura do crédito no país.
Hoje praticamente metade do crédito é direcionado e os que têm acesso a esses empréstimos pagam juros subsidiados de no máximo 9% ao ano (são os financiamentos do BNDES, do Banco do Brasil e da Caixa). Aos demais sobra o crédito no segmento livre, que custa juros acima de 30% ao ano.
Essa é uma das distorções que reduz o raio de alcance da política monetária e obriga a economia a ter que conviver com taxas mais elevadas nos ciclos de desinflação.
Se tivesse menos sujeito às intempéries do governo, às estripulias fiscais e à consequente dificuldade de coordenar as expectativas, talvez o BC não tivesse que elevar os juros a 11% ao ano às vésperas da eleição presidencial e, ainda assim, encerrar o exercício com inflação na casa dos 6%.
Claudia Safatle é diretora adjunta de Redação e escreve às sextas-feiras
E-mail: [email protected]
Mário SF Alves
Se é assim, estamos discordando desse item do programa Rede/psb, por quê?
Clayton Augusto Benevides
Excelente artigo Azenha, parabéns! É uma pena que uma parte do nosso povo não tenha a lucidez para enxergar a verdadeira Marina. Uma ministra medíocre que está sendo alardeada como presidente competente. Vamos nos atrasar 4 anos de novo. É uma pena!
Maria Maria
A Marina consulta a bíblia sempre . Mas não deve ter encontrado inspiração pra dar autonomia ao Banco Central e nem pra deixar o Pré-sal em segundo plano. O Brasil não merece isso. E nem a bíblia diz isso.
Maria Maria
A Marina quase foi freira, mudou de idéia. Quase foi atéia, mudou de idéia.Foi do PRC(partido revolucionário Comunista). Mudou de idéia. Foi do PT, mudou de idéia. Tentou ser da Rede, mudou de idéia. Agora é do PSB. Uf!
Jacó do B
Faltou o PV….
Trabalhador brasileiro
Marina é predestinada a ser governadora do Acre.
Depois é depois.
Denise
Nem isso
Denise
Esse historinha de ser vidente é um perigo
Giordano
Tens razão, Denise. Não consigo entender como uma pessoa pode pretender ter o merecimento de ser escolhida do Deus para realizar ou deixar de fazer alguma coisa. Talvez essa pessoa padeça de algum déficit mental, não achas?
Carlos Eduardo Luz – Curitiba
Eu particularmente não votaria em nenhuma pessoa que acredita fervorosamente que o mundo foi feito em sete dias e aproximadamente à 4 mil anos.
Léo
Interessante o que diz no texto sobre o que os cristãos de algumas religiões chamam de “revelação”. A dita “revelação” nada mais é que uma ideia, por vezes uma solução (seja a solução de resolção de um calculo ou palpite sobre algo que você não tinha ou o comprimido que esqueceu de tomar para tratar o resfriado).
Estamos em um site/ blog jornalistico irei citar o prório Azenha como exemplo: Azenha como qualquer outro funcionario de uma empresa ou detentor de um site/ blog que divulga opiniões de leitores, é obrigado a frequentar (enquanto funcionário) e fazer reuniões no caso do site/ blog. Em ambos os casos ele sugere pautas de reportagens, nesse caso ele tem uma “revelação divina” que será aceita ou não por seus chefes, colegas de trabalho.
Desculpe a analogia, Azenha.
Outro fator da “revelação” geralmente surge quando você, diante de uma interrogação ou icognita que permeia seus pensamentos (no caso da marina era sua fragil saúde). A “revelação” via telefone tenho minha opinião e não darei aqui, para evitar conflitos desnecessários.
Bacellar
Caixinha de sugestões:
Duas novas seções no VoM. Economia e artigos.
E sobre este especificamente (você Azenha, hehehe, deveria produzir mais artigos de opinião e análise pois são sempre excelentes) me preocupa demais também um governante dado à visões e revelações místicas. E me preocupo mais ainda com o neoliberalismo hardcore da equipe circundante. O Brasil não tem cacife pra isso no momento; iremos pro buraco arrastando a AL junto…Eu sei! Previ isso esta manhã na borra de café da minha xícara!
Liz Almeida
Será que foi Deus que disse pra ela promover a autonomia do Banco Central, e deixar o pré sal (futuro dos brasileiros) em segundo plano?
A marina não tem que sentar na cadeira da presidência da república, mas na cadeira de uma sala com um psiquiatra.
foo
A história do remédio (DMSA) está gravada em video, para quem quiser ver:
https://www.youtube.com/watch?v=owhEvB4L178
Elias
Não frequento este blog à toa. Aliás, creio que me incluo entre os primeiros a frequentá-lo. No artigo acima, Luiz Carlos Azenha consegue descrever de maneira rica e sintética o perfil de Marina Silva. Objetivamente, é mostrada passo a passo a vida de uma adolescente que se tornou mulher num ambiente inóspito, que vacilou entre a crença e a descrença, e mais tarde, devido a um quadro grave de saúde abraçou a Assembleia de Deus, ramificação evangélica que segue até hoje. Esse me parece o grande entrave de se confiar em Marina. Ela demonstra nitidamente que quer governar o Brasil de forma messiânica. Com a bíblia à sua frente e não do seu lado. Decididamente, ela não convence quando fala em Estado laico. A mídia golpista/financista/capitalista/ianque quer a todo custo tirar Dilma do poder. Insiste em mentir que com Dilma o Brasil está mal. E a resposta é esta: mal com Dilma, pior sem Dilma. Simples assim.
Zilda
Luiz Carlos Azenha, até tu? Acredita mesmo que Marina tenha esse grau de inocência que você está expondo? Faça-me o favor! Marina foi mudando de religião, de partido, de convicção na medida dos interesses carreiristas dela. Por que ela sempre deu passos no rumo certo que a levaria a se tornar celebridade (ambientalista e não seringalista); evangélica e não católica -nas Comunidades Eclesiais de Base, onde recebeu sua formação politica popular- e onde não chegaria nem a bispo; e no PT, onde também teria que enfrentar uma longa fila para ser candidata a presidente!… Podia ter ficado de fora da eleição este ano até fundar o partido dela – ela não se omitiu em 2010? Ficou “neutra” no 2º turno. Se é contra a politica por que não criou uma ONG ao invés de um partido? Ultimamente parece que querem nos tratar, nós, povo brasileiro, como um bando de idiotas e, me surpreende, que você Azenha, também nos trate assim. Carreirista, como Plinio a chamou. Isto sim, é Marina.
anac
Pulou de galho em galho. Objetivo único: o poder pelo poder.
Que não e característica de uma pessoa inocente e ingênua.
Nerivaldo Afonso Santos
Quer dizer então que essa mulher tem uma espécie de alucinação e é com essa ideia que pretende governar o Brasil! Poderia ler um pouco sobre psicologia e acordar desse estado de transe em que se encontra.
Orivaldo Guimarães de Paula Filho
Isso não é sintoma de esquizofrenia?
Urbano
No círculo, difícil é não encontrar um… Precisa-se ser imbecil até a medula, para fazer na czarina silva presidente do Brasil. Agora tem uma coisa… pelo menos a alfafa ela garantirá, sabendo que é o prato predileto dos que a colocaram no Planalto.
Urbano
Fazer da czarina…
José Carlos
Parabéns pelo texto, Luiz Carlos Azenha. Conseguiu colocar nestas linhas tudo que aprendeu em 20 anos de treinamento dentro da Rede Globo. Expôs, dissimuladamente, para a reflexão de seus leitores, a fragilidade da saúde de Marina Silva. O assunto, que ainda não estava em discussão por ninguém ter coragem de trazê-lo à tona, assim como também ninguém teve coragem de tratar do câncer recém curado de Dilma em 2010. Mas, a cada um cabe a sua missão. Parabéns também pelo arremate final, citando o tal deus de araque de George Bush, com uma disfarçada inocência de quem não soubesse a qual deus Bush serve e serviu, a qual ele obedece e teme. Aliás, o mesmo de Obama, que se, não teve a chance de demonstrar sua servidão e obediência no Iraque, demonstrou-a na Líbia, na Síria e na Ucrânia. Aliás, esse deus que a pouco descobriu-se guarda morada também nas camadas mais profundas, aquelas que ficam abaixo da camada de sal, também já demonstra sua força por aqui, para além do deus de marina Silva. Mesmo tendo Dilma dito literalmente que a maldição desse deus negro e oleoso, que acomete quase todos os países que o abrigam em suas profundezas, não assolaria o Brasil, ele já se tornou o assunto principal desta campanha eleitoral, e já é vendido como o deus que proverá saúde e educação para todos os brasileiros, como se, todo o resto de riqueza que temos, não fosse o bastante para prover nosso povo dessas necessidade, se houvesse compromisso público de quem nos governa. Quem acredita que essa riqueza fará pelo povo brasileiro tudo o que até hoje não foi feito, não conhece a nossa história.
nadja
Uma esquizô na presidência, lindo para o mundo ver.
José X.
Ah desculpa aí, a candidata tem um problema sério: egocentrismo patológico. Por causa disso ela já mostrou que é capaz de tudo, absolutamente tudo, para conseguir poder. Aquele “programa” C-C/C-V neo liberal que recusa a realidade (neo liberalismo não funciona *para o povo*, ponto), sua resistência às hidrelétricas e ao petróleo, pra mim é coisa de gente louca de pedra, que deveria ser internada e a chave jogada fora.
Muhamad
Quer dizer Marina da Silva tem visões e ouve vozes do além?
E uma criatura dessas quer ser presidente do Brasil….
Maria Izabel L Silva
Ótimo. Antônio Conselheiro já tem uma substituta. Com direito a visões e premonições … o pacote completo.
anac
É mais que Antônio Conselheiro, pois ainda tem os milicos de pijama apoiando.
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