Nildo Ouriques: Resposta ao projeto do “covil de ladrões” é uma revolução brasileira que cobre imposto dos ricos e reveja dívida
Tempo de leitura: 3 minpor Luiz Carlos Azenha
Temer declarou guerra. A conciliação de classes se esgotou. As opiniões são do professor Nildo Ouriques, da Universidade Federal de Santa Catarina.
“O governo Temer decretou guerra contra todos nós e pretende devolver o Brasil ao período pré-30. Não se trata de reforma da Previdência, na verdade é a supressão do estatuto previdenciário. É a supressão da CLT nos termos de Temer, proposta que já circulava nos tempos do governo Dilma”, afirma.
“O negociado sobre o legislado num contexto em que a taxa de desemprego é de dois dígitos e vai crescer ainda mais, 14 ou 15 milhões de desempregados este ano”, lembra.
Trocando em miúdos: o resultado de negociações salariais entre patrões e empregados, nas quais os trabalhadores estão enfraquecidos, vai valer mais que leis aprovadas anteriormente pelo Congresso, em conjuntura diversa.
Resultado: arrocho de fazer inveja ao aplicado pela ditadura militar.
As propostas de Temer, que retiram direitos sociais e trabalhistas, remetendo ao período pré Getúlio Vargas, segundo o professor Ouriques serão agravadas pela perenização de um quadro de austeridade de longo prazo. Os cortes vão cair — já estão caindo — nas costas dos mais pobres.
“Essa guerra de classes foi declarada por um governo corrupto, cujas principais decisões saem de um covil de ladrões, num Congresso Nacional com mais de 280 deputados e senadores delatados, denunciados e com processos de toda ordem tomando decisões que só poderiam ser tomadas por plebiscito”, acrescenta.
Na opinião de Ouriques, mesmo que Lula seja reeleito em 2018 não dará conta de promover as reformas das quais o Brasil precisa.
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“A ideia do Lulinha paz é amor é a ideia de um pacto de classes num momento em que a burguesia declara guerra aos trabalhadores”, diz. Para o professor da UFSC, as medidas tomadas por Lula em seus dois governos e pela presidente Dilma em seu período no Planalto só foram possíveis numa conjuntura econômica internacional que desapareceu.
“Não há governo que possa tirar o Brasil da crise sem romper o pacto de classes e responder à guerra que Temer está colocando para todos nós”, afirma. Quem pensa diferente “não entende a natureza financeira da crise do Estado brasileiro”.
Superar esta crise implica, por exemplo, numa reforma tributária “em que banqueiro pague imposto, latifundiário pague imposto e executivo de multinacional pague imposto”, além de uma auditoria da dívida interna que cancelaria boa parte dela.
Assim, é preciso pensar numa “revolução brasileira”, que “faça o que a proclamação da República não fez, que é instalar uma República de iguais”. Para Ouriques, “não se trata mais de promover políticas públicas caritativas, fazer a digestão moral da pobreza que Lula produziu no Brasil, mas fazer as grandes reformas, como a agrária” — sem a qual, na opinião dele, é impossível o controle inflacionário.
Para o professor da UFSC, a revolução brasileira passa pelo resgate de autores que foram “banidos” pelas universidades — para Ouriques, hoje elas só reproduzem o pensamento que vem de fora.
Dentre os autores “malditos”, Manoel Bonfim, Ruy Mauro Marini, Alberto Guerreiro Ramos, Darcy Ribeiro, Franklin de Oliveira, Gondin da Fonseca e Álvaro Vieira Pinto.
Também seria condição para essa mudança — que na opinião de Ouriques pode resultar de uma combinação de pressão nas ruas e jogo eleitoral — que haja conciliação “entre marxistas que sempre foram anti-nacionalistas e nacionalistas que sempre foram anti-marxistas”.
Vale a pena ouvir a íntegra da entrevista (clicando abaixo), que inclui uma avaliação do estado da universidade brasileira hoje.
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Comentários
Perplexo
Na Folha, mas só para assinantes. Por isso eu digitei os trechos mais importantes da matéria
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2017/01/1850083-oito-mais-ricos-tem-patrimonio-igual-ao-de-36-bilhoes-de-pessoas.shtml
Assunto: Sonegação no Brasil e concentração de renda no mundo
SONEGAÇÃO NO BRASIL
Estudo do Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos) estimou a evasão fiscal anual do Brasil em R$ 240 BILHÕES.
A isenção fiscal de lucros e dividendos seria outro fator concentrador de renda porque reverteria a lógica de que quem tem mais paga mais imposto.
Levantamento baseado em dados do imposto de renda de 2013 apontou que a isenção de dividendos de acionistas poderia gerar uma receita de R$ 79 BILHÕES.
“Esses números mostram que temos caminhos para buscar mais recursos que permitam ao Brasil ter gastos com saúde e educação, dois fatores importantes na redução da desigualdade, condizentes com a necessidade do país”.
O documento da entidade também identifica como causa da desigualdade o foco das empresas de em remunerar desproporcionalmente sua alta cúpula, em vez de de investir nos trabalhadores como um todo e na própria produção.
OS NÚMEROS DA CONCENTRAÇÃO DE RENDA NO MUNDO
1% dos mais ricos do mundo detém a mesma riqueza que TODO RESTO DO PLANETA
1810 bilionários existem no mundo; 89% deles são homens
8 homens possuem a mesma riqueza de 3,6 BILHÕES de pessoas
182 maior foi o aumento na renda do 1% mais rico em relação aos 10% mais pobres entre 1988 e 2011
US$ 100 BILHÕES é a perda anual que países desenvolvidos têm por sonegação fiscal.
EU, PERPLEXO, PERGUNTO: TEM SAÍDA PARA A HUMANIDADE?
abelardo
Faltou incluir a Ley de Medios, certo? Ainda assim, considerando todas as inegáveis vantagens que essa lei trará ao Brasil e a população, eu, inegavelmente, considero a taxação sobre as grandes fortunas como o remédio que produzirá mais efeito, mais dor, mais gritaria e mais ódio por parte de todas as privilegiadas famílias, que, por séculos e séculos, agem como sócias proprietárias do país chamado Brasil. Temos que aprovar e marchar urgentemente para o combate e criar uma veloz e sistemática fiscalização, que esteja associada com a uma rígida, rigorosa e não menos veloz na aplicação de penalidades e multas, em qualquer empresa infratora. Portanto, seja do segmento público, privado e especulativo, a aprovação e aplicação imediata do imposto sobre as grandes fortunas, em todo o território brasileiro, não poderá criar, absolutamente, qualquer tipo de exceção e/ou isenção, a quem quer que seja. Esse é o único caminho, independente dos estragos e sofrimentos que virão até a vitória final da igualdade, do respeito, da verdade e da razão.
FrancoAtirador
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Entrevista: Valdete Souto Severo
Juíza do Trabalho Atacada por Fascistas do MBL
“Estamos Vivendo um Momento
de Caça às Bruxas Bem Perigoso
Temos que ter atenção a isso.
É o Fenômeno da Reação da Massa,
que Hannah Arendt enfrenta tão bem em sua obra,
acaba criando Legiões de Imbecis:
Pessoas que ofendem sem conhecer,
criticam sem ler, reproduzem pensamentos prontos,
muitos dos quais as atingem,
ou seja, concretamente significam Perda
até mesmo de direitos de Liberdade,
tipicamente liberais – ou ‘de Direita’, como querem alguns.
Se alguém deve ser Ofendido
porque decide em um Processo,
também pode ser Agredido na rua, Linchado,
e daí para frente perdemos os Limites.
Quem agride hoje, poderá ser agredido amanhã.”
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https://t.co/riEUIHqyoq
https://twitter.com/jornalSul21/status/820958472070201344
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16/jan/2017, 8h43min
Sul21
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Sul21: Depois da publicação da ordem judicial proibindo demissões nas fundações estaduais até acordo coletivo, a senhora começou a sofrer ataques pela internet.
Um texto que circulou em uma publicação vinculada ao Movimento Brasil Livre (MBL) a classifica como membro da “elite jurídica”, com “ideias de extrema esquerda”. Pode falar um pouco sobre essa situação?
Valdete Souto Severo: O MBL é um movimento organizado com objetivos específicos, dentre os quais auxiliar a promover o completo desmanche do arremedo de Estado social que duramente conquistamos no país.
Então, faz parte disso atacar quem trabalha com os direitos sociais.
Falar em “ideias de extrema esquerda” é risível.
Aliás, essa insistência em rotular as pessoas que se opõem ao senso comum do capital como “petistas” ou “de esquerda” geralmente revela apenas um modo de tentar desqualificar o discurso.
Talvez eu até quisesse ser assim identificada, mas sou juíza.
Trabalho, portanto, desde o sistema, que é capitalista e que se insistirmos nesses dualismos reducionistas, alinha-se claramente à direita.
A intensidade e a agressividade das manifestações contra a decisão, sem sequer fazer alusão aos termos dela, mas centrando forças em ofensas pessoais e misóginas mostra que o direito social realmente enfrenta um período de franca oposição e todos aqueles que o defendem estão na mira de quem o quer destruir.
Esse episódio que ocorreu comigo já se repetiu com outros colegas.
Estamos Vivendo um Momento de Caça às Bruxas Bem Perigoso.
Temos que ter atenção a isso.
É o Fenômeno da Reação da Massa, que Hannah Arendt enfrenta tão bem em sua obra,
acaba criando Legiões de Imbecis: Pessoas que ofendem sem conhecer,
criticam sem ler, reproduzem pensamentos prontos, muitos dos quais as atingem,
ou seja, concretamente significam Perda até mesmo de direitos de Liberdade,
tipicamente liberais – ou ‘de Direita’, como querem alguns.
Se alguém deve ser ofendido porque decide em um processo,
também pode ser agredido na rua, linchado, e daí para frente perdemos os limites.
Quem agride hoje, poderá ser agredido amanhã.
Então, se revoltar contra isso é defender o direito de manifestação
e de atuação profissional de todas as pessoas.
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Sul21: A senhora é juíza do trabalho há 15 anos. Já tinhas vivido algo parecido antes por outros processos que julgastes?
Valdete Souto Severo: Já sofri pressão ou incentivo para alterar decisões
de forma mais interna, corporativa, digamos assim,
mas nunca ataques pessoais como desta vez.
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Sul21: Qual foi a sua primeira reação ao se deparar com as mensagens que estavam circulando na internet?
Valdete Souto Severo: A primeira coisa que eu fiz foi falar com o meu filho, porque ele tem 16 anos e eu achei que poderia chegar até ele aquelas ofensas.
E realmente, ele já tinha visto.
Mas conversei, ele foi bem querido e me deu um apoio muito legal.
Depois disso, eu não estava acompanhando nada, mas fiquei sabendo
por um colega da Associação [dos Magistrados da Justiça do Trabalho – AMATRA]
que me contatou dizendo que estava à disposição para alguma reação,
na forma de nota ou até de ação que coibisse que as ofensas continuassem ocorrendo. Eu tentei não ficar olhando essas páginas, mas eu fiquei revoltada.
Esse foi o sentimento.
Eu não fiquei tão agredida assim pessoalmente, porque as pessoas
que estavam falando ali não me conhecem e eram ofensas pessoais,
não eram tanto em relação à decisão.
Mas achei que tinha sim que tomar alguma atitude
porque foi uma manifestação de misoginia.
É machismo puro, é uma vontade de desconstituir o interlocutor sem dialogar.
O sentimento é de revolta, fiquei muito indignada com o que aconteceu.
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Sul21: A senhora acha que se o caso envolvesse um juiz, um homem, teria gerado o mesmo nível de ataque?
Valdete Souto Severo: Eu falei disso com uma amiga que acha que sim,
que teria uma ofensiva pessoal se fosse homem.
Eu acho que não.
Acho que tem uma questão de machismo muito forte.
Quando uma mulher faz uma coisa que desagrada
a primeira reação sempre é desqualificar
e sempre é um ataque à feminilidade:
“puta”, “vagabunda”, “safada”.
Acho difícil acreditar que um homem sofreria esse tipo de ofensa
se tivesse proferido uma decisão, que na verdade nem foi inovadora.
Quando eu proferi a decisão nesses processos,
outros dois colegas já haviam se manifestado nesse sentido
e já havia inclusive uma decisão do Tribunal [Regional do Trabalho do RS]
confirmando liminares similares àquelas que eu proferi.
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Íntegra em:
http://www.sul21.com.br/jornal/estamos-vivendo-um-momento-de-caca-as-bruxas-bem-perigoso-afirma-juiza-que-sofreu-ataques/
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Geraldo
Fora de Pauta
O homem que aparece no relato do ex-ministro é um desequilibrado
O que você aprende com a espetacular ruptura entre Janot e Aragão
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-que-voce-aprende-com-a-espetacular-ruptura-entre-janot-e-aragao-por-paulo-nogueira/
A espetacular ruptura entre Janot e Aragão. Por Paulo Nogueira
Postado em 15 Jan 2017
por : Paulo Nogueira
Eram amigos
Eram amigos
O que você deve esperar de um homem a quem você manda calar a boca?
Tudo — exceto que cale a boca.
É o que se viu, mais uma vez, no episódio que opôs Rodrigo Janot e Eugênio Aragão.
O caso está relatado no Estadão de hoje numa excelente reportagem de Luiz Maklouf.
A rigor, Janot não mandou Aragão calar a boca. Disse, num email, que colocasse a língua no palato.
Que diabo é isso? — se perguntou Aragão, segundo o relato de Maklouf.
Língua no palato?
Bem, que podia ser senão um calaboca? Tente falar com a língua no palato.
Eram velhos amigos. Poucas coisas são mais melancólicas que a ruptura de antigas amizades.
Mas esta teve um lado cômico, também. Aragão foi ao escritório de Janot pedir satisfação, ou coisa parecida.
“Você veio aqui me chamar de traíra?” — perguntou Janot, depois de submeter o ex-camarada a uma espera de quarenta minutos.
De traíra não, devolveu Aragão. “De desleal.” Se alguém souber a diferença entre entre ser traíra e ser desleal favor me avisar, por favor.
Aragão, conta Maklouf, soubera que vazamentos da Lava Jato tinham partido da PGR de Janot.
A conversa se incendiou quando o nome de Lula veio à baila. Janot, sempre de acordo com o artigo de Maklouf, disse que Lula é um “bandido como todos os outros”.
Ficou claro, aí, que Janot jamais perdoou Lula por tê-lo classificado como “ingrato” na conversa com Dilma gravada e vazada por Moro, numa das últimas etapas do golpe.
Ao levar a história a um jornalista do Estadão, Aragão mostrou o quanto está indignado com o comportamento de Janot.
Você tem que estar com muita raiva de alguém para fazer o que Aragão fez. Ele não tomou nenhum cuidado para que o leitor não soubesse qual era a fonte da bomba.
Ele queria que as pessoas soubessem que a fonte era ele. Melhor: ele queria que Janot soubesse que o vazamento partira dele.
Vazamento se paga com vazamento: eis um exemplo acabado de vendetta.
O objetivo de Aragão foi plenamente alcançado. O homem que aparece na reportagem é um desequilibrado, um desvairado, inconsequente o bastante para não apenas chamar Lula de bandido — mas para mandar Aragão para a puta que o pariu.
Compostura e equilíbrio é o mínimo que se espera de um procurador geral da República. Janot demonstrou despreparo mental para o cargo que exerce, ainda mais num momento tão dramático.
Fora tudo isso, cometeu o pecado de julgar e condenar Lula antes que a Justiça oficialmente se manifeste. Neste caso, faria bem em manter a língua no palato.
Geraldo
Fora de Pauta (???)
Diante de Aragão, o golpista Rodrigo Janot perde a compostura
Contando rompimento com Janot, Aragão diz que ele o mandou à p… que o pariu e falou que Lula é bandido
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/contando-rompimento-com-janot-aragao-diz-que-ele-o-mandou-a-p-que-o-pariu-e-falou-que-lula-e-bandido/
O ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão deu entrevista a Luiz Maklouf Carvalho, do Estadão, sobre seu rompimento com Rodrigo Janot.
O procurador-geral da República Rodrigo Janot teria lhe mandado um email, em maio de 2016, dizendo o seguinte: “Arengão, bota a língua no palato”.
Aragão estava de volta à PGR e tratava, com Janot, da função que ocuparia.
“Que diabos quer dizer ‘bota a língua no palato’?”, perguntou-se Aragão durante a entrevista ao Estado, gravada com seu consentimento, em uma cafeteria da Asa Sul do Plano Piloto, em Brasília. Foi uma dúvida que surgiu ao ler a metáfora sobre o céu da boca. “Significa um palavrão?”, perguntou-se, experimentando dois ou três. Conformou-se com a ordinária explicação de que Rodrigo o mandara calar a boca e/ou parar de arengar. Era um sábado, 21 de maio. Na segunda, 23, um impalatável Aragão foi ao gabinete de Janot.
“Ele me deu quarenta minutos de chá de cadeira”, contou, no segundo suco de melancia. Chegou, então, o subprocurador da República Eduardo Pelella, do círculo de estrita confiança de Janot (mais ontem do que hoje). “O Rodrigo é o Pink, o Pelella é que é o Cérebro”, disse Aragão, brincando com o seriado famoso.
Pelella, que não quis dar entrevista, levou-o, “gentil, mas monossilábico”, à sala contígua ao gabinete, e foi ter com Janot. Quando sentiu que outro chá de cadeira seria servido, Aragão resolveu entrar. “Os dois levaram um susto”, contou. Pelella pediu que o colega sentasse, e se retirou.
Começou, então, conforme diálogo relatado por Aragão ao Estado, a tensa e última conversa de uma longa amizade:
Janot: Você me deu um soco na boca do estômago com aquela mensagem (“não estou interessado em cargos”).
Aragão: É aquilo mesmo que está escrito lá.
Janot: Então considere-se desconvidado.
Aragão: Ótimo. Eu não quero convite (para função), tudo bem, não tem problema. Olha, Rodrigo, nós somos diferentes. É isso mesmo. Para mim, você foi uma decepção…
Janot: O que você está querendo dizer? Vai me chamar de traíra?
Aragão: Não, traíra não. Não chega a tanto. Desleal, mas traíra não. (No caso Operação da Lava Jato) você foi extremamente seletivo…
Janot: Você vem aqui no meu gabinete para me dizer que eu estou sendo seletivo?
Aragão: É isso mesmo.
Janot: Você vai para a p… que o pariu… Você acha que esse (ex-presidente) Lula é um santo? Ele é bandido, igual a todos os outros…
Aragão: Você foi muito mesquinho em relação ao Lula, só porque ele disse que você foi ingrato (em razão da indicação para a função)… Não tinha nem de levar isso em consideração.
Janot: Isso é o que você acha. Eu sou diferente. O Lula é bandido, como todos os outros. E você vai à m…
Aragão: E os vazamentos das delações? Eu tive informações, quando ministro da Justiça, pelo Setor de Inteligência da Polícia Federal, que saíram aqui da PGR…
Janot: Daqui não vazou nada. E eu não te devo satisfação, você não é corregedor.
Aragão: É, você não me deve satisfação, mas posso pensar de você o que eu quiser.
Janot: Você vá à m…, você não é meu corregedor.
Aragão: Eu não vim aqui para conversar nesse nível. Só vim aqui para te avisar que estou de volta.
(…)
A divergência começou, sempre na versão de Aragão, nos idos do mensalão, mais precisamente quando Janot, já procurador-geral – “com a minha decisiva ajuda”, diz Aragão – pediu a prisão de José Genoino (e de outros líderes petistas), em novembro de 2013, acatada pelo ministro Joaquim Barbosa, do Supremo. “O Rodrigo já tinha dito ao Genoino, na minha frente, e na casa dele, várias vezes, que ele não era culpado”, contou o ex-ministro da Justiça.
Teva
Esse tipo de discurso é muito perigoso. Um radical que acha que está fazendo crítica de esquerda, mas apenas enche a bola da direita, como se pode ver muito bem nos comentários que aqui já apareceram. Além do mais, esse professor parecer pensar que o Brasil deve jogar toda a ciência que existe no mundo no lixo e reinventar a roda. É, as coisas na universidade andam mesmo difíceis.
Mineiro
Na atual conjuntura, todo mundo vai ter que ceder de um modo ou de outro, isso eu to falando no campo progressista. Porque se não entrar num acordo, aí eu concordo com acordo, não vai sair nada. Verdade seja dita, a direita se unem quando é preciso, mas a esquerda nem pra salvar a própria pele se unem. Ou se forma mesmo de verdade uma frente contra esses golpistas malditos desgraçados ou vai ser daí pra pior,é vai ser bem pior.
Mineiro
Assino em baixo ,acabou a conciliação sem vergonha de classes ,se é que um dia existiu essa maldita . Só na cabeça dos vagabundos, covardes do Pt que existiu isso. Da onde que rico concilia alguma coisa com pobre,patrão concilia alguma trabalhador. Isso prova a idiotice do Pt, PCdoB e do Lula de abandonar a luta classes que aos poucos a direita facista foi comendo pelas beiradas fingindo que não estava acontecendo nada. E o Pt mais o Lula desde contra atacar ,não, fingiu que estava tudo as maravilhas, que não estava acontecendo nada e estava tudo sobe controle. Estava mesmo ,olha o que aconteceu. O maior erro foi deixar aquele poste ser pres. Vá lá uma vez tudo bem, mas o segundo mandato tava na cara que iria dar nisso. Só não viu quem não quis.
Bovino
O problema é que o Lula nem chega perto dessa pauta e o PSOL acha que a lavajatense Luciana Genro é candidata pra alguma coisa.
Teremos pau nos pobres e entreguismo por uns 10 anos ainda.
Nelson
Creio que tu estás bastante otimista, Bovino. O Sistema de Poder que domina os EUA e boa parte do planeta, que tem anseios de dominá-lo por completo, tem um projeto para o Brasil que não se restringe a 10 anos.
–
O projeto é deixar nosso país no chinelo, numa posição tal que levaremos décadas, talvez séculos para dela sairmos. O Brasil, assim como a Argentina, o México e outros países de grande potencial de desenvolvimento e, por conta disso, capacidade de competição no mercado mundial, não podem trilhar um caminho autônomo, soberano.
–
É esse o principal motivo do golpe. Ainda que tímido, no meu entender, o caminho de autonomia e soberania pelo qual os governos do PT conduziram nosso país não era aceito, de forma alguma, pelo Sistema que citei.
–
Com as privatizações e a assinatura de TLCs, previstas no “Ponte para o Futuro”, o Sistema quer deixar espaço zero para que um projeto nacional volte a vicejar no futuro.
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Ou nós barramos esse entreguismo desses vendilhões da Pátria ou teremos andar genuflexos, talvez ad eternum.
Eu
Dez anos? Realmente foi muito otimismo, prezado Bovino. Não custa lembrar que, um dia, Henry Kissinger declarou que “os EUA jamais tolerarão outro Japão abaixo da linha do equador”. Diante de tudo o que eles fizeram e fazem desde então, não tenho nenhuma dúvida… Mas torço muito para que você tenha razão. Saudações!
Allex
Muito bom. Esses intelectuais combativos, apaixonados (mas sem descambar para o ódio ou a irracionalidade) e que enxergam o Brasil de verdade e não o da grande mídia golpista…Eles precisam aparecer mais. O professor Nildo Ouriques poderia se juntar a outros nomes importantes com opiniões semelhantes para buscarem mecanismos de democratização e popularização de suas ideias. É preciso conquistar corações e mentes.
FrancoAtirador
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Revolução Brasileira? Mas já Combinaram com os Herdeiros do Roberto Marinho?
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FrancoAtirador
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Tudo é Tão Mais do Mesmo…
General Goy-Góy Falou Aos Herdeiros Sem-Nome
do Roberto Marinho Que Vai ‘Endurecer o Regime’:
https://twitter.com/mdenser/status/820649702869860352
https://twitter.com/mdenser/status/820650415389872128
https://twitter.com/LeCommunard/status/820651326996615170
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Eu
Franco Atirador, vou citar algo muito inteligente que alguém escreveu, em um comentário a um post meu: não há revolução possível, em um País de 206.081.432 habitantes espalhados em 8.515.767,049 km², sem a hegemonia dos meios de informação. Lembra-se? Pois é, mas os incendiários ainda não tiveram lucidez de entender o País em que vivem. Gostaria de saber se eles combinaram com os “russos”, pois acho mais provável passar um camelo pelo orifício de uma agulha que a classe dominante ceder, sem luta, todos os privilégios auferidos nesta Terra Brasilis. E esta turma, quando se une para se defender, se une mesmo, para o que der e vier. Principalmente se der na cabeça dos mais fracos e vier ao encontro de seus interesses. Grato pela ótima colocação e saudações!
Cláudio
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: * * * * 04:13 * * * * .:. Ouvindo As Vozes do Bra♥♥S♥♥il e postando: A grande mídia (mérdia) é composta por sabuj@s suj@s a serviço dos ianque$ e do $ionismo de capital especulativo internacional e outras máfias (como a ma$$onaria) d@s canalhas direitistas…
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Muito bom texto mas o principal problema, a questão central para resolução da realidade opressiva brasileira está na ditadura midiática que assola o País e de onde derivam e passam todas as possibilidades de intervenção (ou não) em todos os demais problemas cruciais brasileiros. Assim, é preciso destruir ou pelo menos desgastar cada vez mais a influência enorme da ‘grande’ mídia direitista sobre o pensamento do indivíduo, predispondo-o à mínima análise e confronto de informações para obtenção de algo que mais se aproxime do real no contexto nacional e, inclusive, oportunizando estabelecer conexões com o que vai pelo mundo inteiro.
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AS MORDOMIAS DOS MARAJÁS EM PÉ DE GUERRA:
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Os 17 mil juízes receberam em média 46,1 mil por mês em 2015;
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Os 1,2 mil promotores e procuradores de Justiça recebem salário máximo teórico de 33,7 mil mensais;
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Magistrados e promotores têm auxílio-moradia de 4,3 mil mensais. Se morarem juntamente com um cônjuge que também tem direito a auxílio, ambos recebem da mesma forma;
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Todos têm 60 dias de férias por ano e, em caso de trabalho fora do local, uma diária equivalente a 1/30 da remuneração mensal;
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Pena máxima em caso de punição disciplinar: aposentadoria compulsória com salario integral (i$$o é punição mesmo ou é premiação ?…)
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Poesia contra a distopia (Distopia = Ideia ou descrição de um país ou de uma sociedade imaginários em que tudo está organizado de uma forma opressiva, assustadora ou totalitária, por oposição à utopia. “Distopia”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/distopia [consultado em 01-10-2016].)
…
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B……………………………A
…I………………………I
…….S………………C
………..T………N
…………….Â
tele……………………..visão
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tele……………………..vazão
.
tele……………………..vazio
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……………………………………………………….(Cláudio Carvalho Fernandes)
.:.
::
.:.
ReXistência
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Não deixe que aluguem o seu pensamento:
Simplesmente mude de canal ou desligue a TV
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Diga “NãO” à Rede Goebbels
……………………………………..……………….(Cláudio Carvalho Fernandes)
.:.
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.:.
Globo
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PATRÃO
PADRÃO
LADRÃO
……………………………………..……………….(Cláudio Carvalho Fernandes)
.:.
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(En la lucha de clases)
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En la lucha de clases
Todas las armas son buenas
Piedras
Noches
Poemas
…………………..……………………………….(Paulo Leminski)
::
(Não é a beleza)
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Não é a beleza
Mas sim a humanidade
O objetivo da literatura
………………………….……………………….(Salamah Mussa)
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A existência precede a essência.
……………………………………..…………….(Jean-Paul Sartre)
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Por uma verdadeira e justa Ley de Medios Já pra antonti (anteontem. Eu muito avisei…) !!!! Lula (sem vaselina) 2018 neles (que já tomaram DE QUATRO no PSDBosta) ! ! ! !
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Jorge Moraes
Escutei atentamente a entrevista. A pauta do Professor Ouriques é extensa e de digestividade necessariamente lenta, pelo quanto fugidio de um pensamento por assim dizer “médio” (no sentido de comum)
Intelectuais como o entrevistado estimulam o debate.
O Professor elabora sua crítica de forma apaixonada, o que por si só já constitui um dado positivo.
Tendo a considerar que a avaliação feita aos governos Lula -Dilma, apesar de conter certa procedência, seria excessiva – principalmente se ponderada com os imperativos do real que a correlação de forças do período estabelecia.
Gostei particularmente da leitura que ele fez sobre o papel das universidades, o confronto acadêmicos x intelectuais, e o abandono da graduação, pontificando, no conjunto.
Sobre as Revoluções mencionadas (EUA, Inglaterra, França, China), sem entrar no mérito de suas respectivas essencialidades para o brotar de países potentes, tese do Professor, seria interessante lembrar que em todos os casos, os estopins foram, salvo melhor juízo, situações-limite (guerra de independência nos EUA; conflitos sucessórios na Inglaterra; crise do absolutismo, derrota militar e fome na França; etc).
A meu ver, à pergunta principal “o que seria a Revolução Brasileira?”, a resposta dada pelo Professor é insuficiente.
De uma maneira geral, entretanto, o saldo é positivo.
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