Nesta segunda, acompanhe “Marielle Vive! Favelas na Reconstrução do País”; ao vivo, das 9h às 14h
Tempo de leitura: 5 minWikifavelas realiza evento “MARIELLE VIVE! Favelas na Reconstrução do País”, dia 13/3
Ascom Fiocruz
Em março, serão completados cinco anos sem Marielle Franco. Meia década e ainda seguimos sem esclarecer o crime que assassinou Marielle e Anderson.
O legado de Marielle inspira luta por justiça, memória e reparação. Em um cenário de disputas pela garantia dos direitos de cidadania, as favelas e periferias podem contribuir para a reconstrução de um país mais justo e mais inclusivo.
É com esta proposta que o Dicionário de Favelas Marielle Franco promoverá o evento “MARIELLE VIVE! Favelas na Reconstrução do País”, na segunda-feira, 13 de março, na Biblioteca de Manguinhos, buscando refletir e repercutir o legado político coletivo de Marielle Franco e lembrar também não só o assassinato da vereadora carioca, mas de seu motorista Anderson Gomes, não elucidados até hoje.
O evento contará com exposição fotográfica, mesa com parlamentares, performance cultural e apresentação de vídeos de familiares e amigos(as) em homenagem ao legado de Marielle Franco.
A programação
A exposição fotográfica “Outras Marés”, aberta ao público durante todo o evento, tem curadoria de Dante Gastaldoni e conta com a participação de integrantes do Coletivo Fotografia Periferia e Memória.
“Diante de nossos olhos, desfilam depoimentos visuais sobre as periferias, aqui entendidas em seu sentido mais amplo, não como espaços geograficamente demarcados, mas pelo viés político de territórios que estão à margem das decisões financeiras e de boa parte das políticas públicas. Vistas assim, de dentro para fora, e permeadas por cumplicidade e afeto, as favelas e as populações tradicionais se mostram pela pujança de sua arte e pela luta de sua gente para sobreviver com dignidade, na contramão da abordagem estigmatizada – e, não raro, depreciativa – com que essas localidades costumam ser representadas. Diante dessa constatação, surge a esperança de estarmos ao sabor de uma nova maré, que há de varrer desigualdades e semear utopias”, aponta Dante Gastaldoni.
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Na mesa principal, intitulada “Da Favela ao Parlamento – Reconstruindo o Brasil”, contaremos com a participação de parlamentares que representam os legados políticos de Marielle Franco.
As convidadas são as deputadas estaduais Renata Souza e Dani Monteiro e a vereadora Mônica Cunha, do Psol/RJ. Também a ex-deputada Mônica Francisco (Psol/RJ), que foi assessora de Marielle.
A proposta é um debate a partir das experiências de mulheres que atuaram com Marielle e fazem a luta coletiva para manter vivas as ideias e os ideais dela, assim como construir novos caminhos para ampliar o debate sobre favelas e cidadania, direitos humanos e segurança, gênero e raça na vida política brasileira.
Durante todo o evento serão apresentados em um telão vídeos de familiares e amigos (as) de Marielle Franco e Anderson Gomes, buscando trazer as diferentes experiências que sua vida e seu legado deixam de força e de aprendizado.
Para um fechamento lúdico e potente, companheiros e companheiras de Marielle Franco apresentarão poesia, canto e dança através da performance cultural “Eu sou porque nós somos”, que contará com Rachel Barros, Carolina Rocha, Deley de Acari e convidados(as).
O evento será transmitido ao vivo pelo Canal VideoSaúde – Distribuidora Fiocruz, e contará com acessibilidade e intérprete de Libras.
9h – 9h30 – Exposição fotográfica “Outras Marés”
Coletivo Fotografia Periferia e Memória
Curadoria: Dante Gastaldoni
9h30 – 10h15 – Mesa de abertura
Sonia Fleury (coordenadora do Dicionário de Favelas Marielle Franco e pesquisadora do CEE – Fiocruz)
Rodrigo Murtinho (diretor do Icict – Fiocruz)
Richarlls Martins (coordenador executivo do Plano Fiocruz de Enfrentamento à Covid-19 nas Favelas do Rio de Janeiro)
Valcler Rangel (representante do Ministério da Saúde)
Cláudia Rose da Silva (CEASM – Conselho Editorial)
10h15 – 12h – Mesa “Da Favela ao Parlamento – Reconstruindo o Brasil”
Renata Souza, deputada estadual (Psol/RJ)
Mônica Francisco, deputada estadual (Psol/RJ)
Dani Monteiro, deputada estadual (Psol/RJ)
Mônica Cunha, vereadora (Psol/RJ)
12h – 13h – Performance Cultural “Eu sou porque nós somos” (poesia, canto e dança)
Rachel Barros
Carolina Rocha
Deley de Acari
e convidades
13h – 14h – Encerramento
Dicionário de Favelas Marielle Franco
O Dicionário de Favelas é uma plataforma virtual de acesso aberto para a coleção e produção de conhecimentos sobre favelas e periferias.
Busca estimular a coleta e construção coletiva do conhecimento existente sobre as favelas e periferias de todo o Brasil, por meio da articulação de uma rede de parceiros, tanto nas academias quanto nas instituições produtoras de conhecimentos existentes nos próprios territórios.
Você também pode fazer parte.
Descubra, produza e compartilhe histórias e memórias das favelas e periferias.
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O Dicionário de Favelas Marielle Franco tem se dedicado, desde o seu lançamento, em 2019, a impulsionar ações de preservação de memórias em favelas e periferias do Brasil, como parte do nosso compromisso com a expansão da cidadania e do direito à cidade.
O projeto, sediado no Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (ICICT-Fiocruz), baseia-se na criação coletiva de um espaço virtual capaz de reunir e divulgar os conhecimentos sobre estes territórios de forma interdisciplinar, interinstitucional e plural.
Já são mais de 600 colaboradores cadastrados e 1.500 verbetes compartilhados na plataforma, abarcando os mais variados temas, como: cultura, sociabilidade, segurança, saúde, habitação, mídia, comunicação, juventude, relações étnico-raciais, violência, entre outros.
Tem ainda uma área especial para acompanhamento dos efeitos da pandemia do novo coronavírus nas favelas e periferias do Brasil.
Todos os conteúdos incluídos na plataforma do Dicionário de Favelas são chamados verbetes, quaisquer que sejam eles. Temos diferentes tipos de verbetes: textos, poemas, imagens, vídeos, filmes etc., desenvolvidos por usuários cadastrados que podem ser produzidos de maneira colaborativa.
Para respaldar as decisões políticas e o próprio funcionamento da plataforma, contamos com uma equipe interdisciplinar de pesquisadores(as) e um forte Conselho Editorial, constituído por representantes de diferentes favelas e periferias e instituições acadêmica.
Por exemplo, Instituto Raízes em Movimento, Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré, Núcleo Piratininga de Comunicação, Grupo ECO, Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), além de outros parceiros de diferentes estados do país.
Hoje, superando barreiras e ampliando espaços, o Dicionário de Favelas se insere em diferentes frentes de trabalho, propondo uma atuação para além da plataforma.
São cursos de formação técnica e política, produções de audiovisuais e entrevistas, além de publicações de artigos em sites, blogs e revistas acadêmicas.
Marielle Franco é homenageada pelo Dicionário de Favelas por sua luta em defesa dos direitos humanos, em especial das mulheres negras, dos(as) moradores(as) de favelas e da população LGBTQIAP+.
Ela foi eleita em 2016 com expressiva votação como vereadora da cidade do Rio de Janeiro aos 37 anos e vinha se consolidando como uma liderança política inconteste na defesa de valores democráticos e práticas políticas coletivas, que mobilizaram a juventude.
Nascida e criada na favela da Maré, estudou sociologia e tornou-se mestre em administração pública com dissertação sobre a política de segurança conhecida como UPP – Unidades de Polícia Pacificadora.
Entusiasta do Dicionário de Favelas, contribuiu com um verbete sobre esse tema (UPP – A redução da favela a três letras).
Marielle foi executada em 14 de março de 2018 em um bárbaro crime político, ainda não elucidado.
Buscaram calar sua voz, assim como o fizeram com a de tantas outras lideranças populares.
Mas sua trajetória deixou muitas sementes e o Dicionário de Favelas Marielle Franco se compromete a difundir os valores pelos quais ela viveu e morreu.
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Comentários
Zé Maria
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“Ela (Marielle Franco) foi eleita em 2016 com expressiva votação como vereadora da cidade do Rio de Janeiro aos 37 anos e vinha se consolidando como uma liderança política inconteste na defesa de valores democráticos e práticas políticas coletivas, que mobilizaram a juventude.”
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Alguém tem alguma dúvida de que foi
por essa razão que a assassinaram?
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