Mirko Casale: O começo do fim; vídeo

Tempo de leitura: 4 min
As crianças palestinas são as principais vítimas dos ataques de Israel a Gaza. Fotos: Reprodu'~ao do vídeo
@josespadois

O começo do fim (legendado) (1)

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Por Jair de Souza*

Neste vídeo (acima), Mirko Casale, apresentador do programa Ahí Les Va, faz uma profunda reflexão sobre o significado e as consequências do atual processo de extermínio ao qual o povo palestino está sendo submetido por parte das forças militares do sionismo israelense.

É de suma importância ver o vídeo com toda atenção, meditar sobre o conteúdo nele contido e tratar de divulgá-lo o máximo possível.

Cabe a cada um de nós travar a luta com vista a impedir que uma das mais cruéis e perversas máquinas de matar da história consiga concluir seu projeto genocida de eliminar de vez o povo palestino.

Este vídeo também pode ser assistido aqui

Abaixo, a transcrição do vídeo.

O começo do fim

Por Mirko Casale*, AhíLes Va

O chamado conflito israelo-palestino não começou em 7 de outubro de 2023, obviamente. Mas vamos falar sobre o que começou.

A explosão daquela panela de pressão em que Gaza foi convertida durante décadas pelo Estado de Israel lançou na cara de todo o planeta, de forma cruel e dolorosa, a dura realidade de uma situação quase esquecida, mas insustentável, que já havia se prolongado em excesso no tempo.

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A resposta de Tel Aviv, como sempre, foi converter o insustentável em ainda mais insustentável.

Em primeiro lugar para os palestinos, logicamente, como as autoridades israelenses aspiravam. Mas também, sem querer, tornaram ainda mais insustentável o próprio projeto que dizem defender.

Neste último ano, para mais e mais pessoas ao redor do mundo, de todas as ideologias e confissões que possam imaginar, a palavra que mais lhes vem à mente quando ouvem falar do Estado de Israel não é outra senão genocidas e coisas do gênero.

Aqueles tempos em que as ações israelenses eram amplamente justificadas por grande parte da opinião pública global porque tratava-se, supostamente, da única democracia no Médio Oriente, foram definitivamente esquecidos.

Essa definição, que por então já era uma piada ruim, agora passou a ser, diretamente, uma piada de mau gosto.

Nestes meses, Tel Aviv acabou de destruir, sozinha e com as suas ações, todas as narrativas que vem tentando para sustentar desde o século passado.

Se por então era óbvio o seu total desrespeito pela vida dos outros, agora também ficou evidente sua absoluta falta de consideração pelas próprias.

Durante as primeiras horas do ataque do Hamas, naquele 7 de Outubro, as chamadas Forças de Defesa de Israel massacraram dezenas de israelenses, aplicando uma diretriz que os autoriza a atacar os seus próprios cidadãos para evitar que caiam em mãos inimigas.

As incursões e bombardeios das FDI neste último ano assassinaram muitos, muitos mais reféns israelenses do que o punhadinho que conseguiram resgatar com vida.

Hoje, cada vez mais israelenses preferem fazer as malas e regressar aos seus países de origem, aos dos seus pais ou avós, seja na Europa ou na América.

O fenômeno migratório se inverteu assim que se tornou ainda mais evidente que o Estado de Israel não é um lar seguro para ninguém, a começar pelos próprios israelenses.

E se eles tratam assim a seus próprios cidadãos, o que resta para os palestinos, libaneses ou sírios?

As FDI, que se autodenominam o exército mais moral do mundo, e que se vangloriavam durante décadas de proteger os civis dos terroristas, são agora mundialmente acusadas de serem assassinos em série de mulheres, bebês e crianças, que devem escolher entre o terror das bombas que caem nas proximidades e a morte causada por aquelas que caem diretamente sobre eles.

A sociedade israelense, a mesma que se considera tão virtuosa a ponto de olhar por cima dos ombros não apenas aos estados vizinhos, mas também ao resto do mundo, mostrou sua verdadeira cara ao planeta através das redes sociais, zombando da falta de água, de serviços básicos e de outras carências e desgraças dos palestinos, comentando como os eliminariam da face da terra, se pudessem apertar um botão que fizesse isso por eles.

E até mesmo embarcar em um cruzeiro para ver Gaza queimando confortavelmente no alto mar.

Uma desumanização tão enraizada na mentalidade israelense que não será resolvida com a saída de Netanyahu.

Porque o atual governo não é o problema, senão que a face mais feia de um problema de fundo.

Um problema tão óbvio que, este ano, fez cambaleara até então aparentemente intocável impunidade do Estado de Israel, outorgada mais ativamente pelos Estados Unidos e mais passivamente pela União Europeia, durante mais de meio século.

Embora esta cumplicidade, aberrante ou sussurrada, não tenha sido de forma alguma rompida, hoje está muito mais sujeita a decisões eleitorais e a cálculos de sondagens de opinião.

Os tempos de “Façam o que quiserem, que eu os apoio, ou olho para o outro lado” se acabaram. Porque hoje o mundo inteiro continua vendo o que está acontecendo na Palestina, mesmo fechando os olhos com todas as forças.

Diante de tal acúmulo de circunstâncias, Tel Aviv decidiu fugir para a frente, apostando em uma guerra após outra, buscando alcançar a derrota total de seus numerosos inimigos, a qualquer custo.

Mas por mais danos que causem a Hamas, Hizbolá, ou a quem seja que os enfrente, nem como os enfrente, ou mesmo que temporariamente lhes consigam impor condições que parecem próximas da rendição, porque com cada uma das suas ondas de ataques indiscriminados, o Estado de Israel semeia, regra e vai colher a seguinte geração da resistência palestina e regional.

Porque, se algo ficou claro este ano é que o pior inimigo do Estado de Israel, e não lhe faltam inimigos, não é outro, nem mais nem menos, que o próprio Estado de Israel.

Um paradoxo cujo desenlace não pode ser outro senão que uma criatura mal concebida que acaba devorando a si mesmo.

Como bem sabemos, o conflito não começou em 7 de outubro de 2023. Mas, hoje, podemos dizer que, sem margem para dúvidas, começou o início do seu fim.

*Mirko Casale é o roteirista, apresentador e diretor do programa Ahí les va! (Aí, está!), que há cinco anos a RT transmite para países de língua espanhola.

*Tradução ao português e legendas: Jair de Souza

*Jair de Souza é economista formado pela UFRJ; mestre em linguística também pela UFRJ.

*Este texto não representa obrigatoriamente a opinião do Viomundo.

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Zé Maria

Excerto

“[isRéu] é Uma Criatura Mal Concebida
que Acabará Devorando a Si Mesmo.”

.

Zé Maria

https://revistaforum.com.br/u/fotografias/m/2024/10/2/f960x540-137420_211495_5050.jpeg
https://revistaforum.com.br/temas/missil-hipersnico-60135.html

Conheça o “Míssel Hipersônico Haj Qasem”,
“estrela” do Arsenal Bélico Iraniano, que gera
Grande Pânico no Estado Genocida de isRéu

“Mais Devastador e Menos Interceptável dos Mísseis,
ele é o ‘Top de Linha’ das Forças Armadas do Irã e teria
Acertado quase Todos os Alvos no Ataque de terça (1°)”

[ Reportagem: Henrique Rodrigues | Revista Fórum ]

O mundo parou e prendeu a respiração na terça-feira, 1° de outubro de 2024.

Faltavam poucos minutos para as 14h no Brasil, quase 20h na maior parte
dos países do Oriente Médio, quando uma chuva de mísseis disparada
pelo Irã iluminou os céus não só de Telavive, a capital, mas de praticamente
todo o território de isRéu.

As imagens mostravam uma “luta” incessante do Iron Dome, o moderno
sistema de defesa antiaérea israelense, tentando caçar os artefatos
da Nação Persa.

Na propaganda de isRéu, tudo dava certo e o país estava protegido por
seu ‘escudo intransponível’ [segundo os sionistas], apesar do susto.
Mas essa não era a verdade.

A realidade é que grande parte dos mísseis iranianos, excluindo aí aqueles
que foram abatidos pela aviação de caça e os navios da Marinha dos EUA
estacionados na região e pelas baterias antiaéreas da Jordânia, havia caído
em solo de isRéu e provocado grandes explosões.

Os vídeos mostrando as detonações se multiplicaram nas redes sociais
e alguns mostravam inclusive dezenas de bombas atingido o horizonte
simultaneamente.

Passadas algumas horas, o Irã explicou o que houve.

Seus mísseis, em grande proporção, não foram interceptados e atingiram
os alvos para os quais foram programados em Teerã, só que esses alvos
eram apenas instalações militares e locais desabitados, ao redor de centros
urbanos, para não fazerem vítimas civis, deixando um recado claro ao
[des]governo do primeiro-ministro de extrema direita Benjamin Netanyahu.

Já na quarta (2), especialistas em assuntos militares de todo o mundo, ouvidos por veículos de imprensa, após verem vídeos e fotos com destroços
dos armamentos israelenses, confirmaram que os mísseis iranianos teriam
tido sucesso em romper a proteção do Iron Dome e de outros dois sistemas
de defesa de isRéu.
Aliás, esses mísseis que realizaram tal façanha eram de tipos variados,
mas um especialmente seria o grande medo de isRéu.

Estamos falando do “Haj Qasem”, a “estrela” do arsenal iraniano.

O nome dele é uma homenagem ao general Qasem Soleimani, o comandante
máximo desde 1998 das “Forças Especiais al-Quds”, da Guarda Revolucionária do Irã [em Persa: سپاه پاسداران انقلاب اسلامی; transliterado: “Sepáh e Pásdárán e Enqeláb e Eslámi”; traduzido para o Português: “Exército de Guardiões da Revolução Islâmica”], assassinado por um drone das Forças Armadas
norte-americanas nos primeiros dias de 2020, no Iraque.

O artefato é um míssil balístico hipersônico, ou seja, ele realiza um trajeto balístico e atinge velocidade muito acima da velocidade do som, capaz de fazer manobras antes de detonar no alvo.

No caso do hipersônico “Haj Qasem”, a velocidade atingida é a de
“Mach 12”, aproximadamente 4 Km/s (cerca de 14.400 Km/h).
[Para efeito de Comparação, a Velocidade do Som na Atmofesfera,
a 20ºC, é de 343 m/s ou cerca de 1.235 Km/h].

E é aí nessa velocidade que está seu grande poder.

Mesmo para sistemas complexos de defesa antiaérea, como o glamouroso
Iron Dome, a trajetória e a velocidade do “Haj Qasem”, que tem 11 metros de
comprimento, pesa mais de sete toneladas e carrega uma ogiva altamente
explosiva de mais de 500kg, impossibilita na maior parte das vezes a sua
interceptação.

O míssil foi desenvolvido para alcançar um alvo a até 1.400 quilômetros
de distância, com precisão, autonomia mais do que suficiente para
chegar no espaço aéreo do Estado sionista.

No caso do ataque de terça (1°), pouco mais de 200 mísseis foram lançados,
no total, pelo Irã contra isRéu, e apenas alguns poucos “Haj Qasem” estavam
entre eles.

A maior parte desses projéteis era de mísseis menores, que também fazem
grandes estragos, embora a função deles tenha sido outra:
embaralhar e sobrecarregar o Iron Dome e seus dois sistemas auxiliares,
abrindo espaço para que os poderosos “Haj Qasem”, assim como os também
temidos “Fattah-2” e “Shahab-3”, passassem direto pelo bloqueio e
atingissem os alvos.

[Assim sendo, a maioria dos mísseis balísticos que partiram do Irã
atingiu o solo israelense, mas as Forças Armadas Iranianas “al-Quds”,
da mesma forma que fez há 6 meses, no ataque de 13 de abril deste ano,
mirou em zonas descampadas – embora próximas de cidades e rodovias –
para não fazer vítimas e dar um recado direto para o governo do primeiro-
ministro de extrema-direita Benjamin Netanyahu:
“nossos mísseis atingem qualquer ponto do território de Israel e
a maior parte deles ‘fura’ a moderna proteção do Iron Dome”.
(https://bsky.app/profile/revistaforum.com.br/post/3l5iatxgkgl2x)]

Se eles tivessem sido programados para acertar em cheio grandes
aglomerados urbanos, como Tel Aviv, Haifa ou Eilat, uma tragédia
de dimensões colossais teria se abatido sobre isRéu.

https://revistaforum.com.br/global/2024/10/2/conhea-haj-qasem-estrela-do-arsenal-do-ir-que-grande-medo-de-israel-166662.html

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Zé Maria

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“A Alemanha está silenciando e ameaçando ativistas
que estão se manifestando contra o genocídio e
a ocupação na Palestina.
A polícia alemã afirma que é antissemitismo dizer que
Israel deve parar de bombardear crianças e afirmar
que os palestinos também merecem segurança,
liberdade e justiça”.
“Devemos todos nos levantar contra a repressão
que os ativistas estão enfrentando simplesmente
por se manifestarem contra o genocídio e a ocupação
na Palestina.
Em Dortmund, em toda a Alemanha e em todo o mundo.
Não seremos silenciados. Palestina Livre!”

GRETA THUNBERG
Ativista Sueca.
https://twitter.com/i/status/1843930080847790376
https://x.com/GretaThunberg/status/1843930085109445105
.
.
“Greta Thunberg acusa Alemanha de Silenciar
Protestos pela Causa Palestina Contra isRéu
e revela Ameaças da Polícia aos Ativistas”

“Jovem Sueca participou de Protesto na Capital Berlim
contra o Massacre de Palestinos Promovido por isRéu”

Por Ivan Longo, de Berlim para a Revista Fórum

A ativista ambiental sueca Greta Thunberg,
que nos últimos anos ampliou sua atuação para
questões que vão além das mudanças climáticas,
incluindo pautas sociais, acusou a Alemanha de
silenciar os protestos em solidariedade ao povo
palestino, que ocorrem semanalmente no país.
Ela também revelou que foi ameaçada de prisão
pela polícia alemã.

Nesta quarta-feira (9), Greta, que tem 21 anos,
divulgou um vídeo em suas redes sociais relatando
que foi convidada para participar de um acampamento
estudantil pró-Palestina na cidade alemã de Dortmund.

No entanto, a mobilização foi desarticulada após a polícia
ameaçar ela e outros ativistas com prisão.

Na terça-feira (8), em Berlim, ela já havia participado de
uma manifestação contra o massacre de palestinos
promovido pelo Estado de isRéu em Gaza.

“Na terça-feira, fui convidada pelo Acampamento
Estudantil pela Palestina em Dortmund para participar
de um painel.
Pouco depois de postarem uma foto anunciando isso,
a polícia apareceu e disse a eles que tinham que
desmontar o acampamento e sair, e que eu seria presa
se fosse até lá.
Tudo isso porque me convidaram para falar e eu havia
participado de uma manifestação pró-Palestina em Berlim
na noite anterior.
Então, na noite de terça-feira, os estudantes desmontaram
o acampamento”, detalha Greta Thunberg.

A ativista ressaltou, entretanto, que a mobilização pró-Palestina,
tanto na Alemanha quanto em todo o mundo, “está longe de acabar”.

Greta criticou a polícia alemã por classificar como ‘antissemita’
qualquer manifestação que condene o Estado Sionista por
“bombardear crianças”.

“A Alemanha está silenciando e ameaçando ativistas
que estão se manifestando contra o genocídio
e a ocupação na Palestina.
A polícia alemã afirma que é antissemitismo dizer que
Israel deve parar de bombardear crianças e afirmar
que os palestinos também merecem segurança,
liberdade e justiça”, afirmou a jovem sueca.

“Se puder, por favor, demonstre seu apoio ao movimento
estudantil e ao acampamento em Dortmund e em todos
os lugares onde as pessoas estão enfrentando repressão
por se manifestarem contra o genocídio e os ataques em
larga escala de Israel.
Nós não seremos silenciados”, prosseguiu a ativista,
que, durante o protesto em Berlim, já havia classificado
o governo alemão como “cúmplice do genocídio” em Gaza.

https://revistaforum.com.br/global/2024/10/10/video-greta-thunberg-acusa-alemanha-de-silenciar-causa-palestina-revela-ameaa-da-policia-167198.html
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