Milhares de argentinos vão à Praça de Maio defender a Ley de Medios
Tempo de leitura: 4 minArgentinos exigem plena vigência da Ley de Medios
por Leonardo Wexell Severo e Vanessa Silva, de Buenos Aires, no Brasil de Fato
Em comemoração ao novo aniversário da recuperação da democracia, à luz do Dia Internacional dos Direitos Humanos e pela plena vigência da Lei de Meios, dezenas de milhares de argentinos realizaram uma manifestação no domingo (9) na Praça de Maio. Convocado por entidades populares, sindicais e culturais, o ato multitudinário em defesa da democracia na comunicação e da liberdade de expressão contou com a presença dos músicos Charly García e Fito Páez, além da própria presidenta Cristina Kirchner.
O que deu ainda mais combustível ao evento – que deveria ser uma comemoração da entrada em vigor da Lei de Meios Audiovisuais, amplamente debatida e aprovada pelo Congresso Nacional – foi a decisão dos juízes da Câmara Civil e Comercial de manter o Grupo Clarín temporariamente imune ao seu caráter democratizante.
A “Ley de Medios” estabelece que qualquer empresa pode deter no máximo 35% do mercado a nível nacional e 24 licenças, mas o Clarín detém 240, sendo dono de 41% do mercado de rádio, 38% da TV aberta e 59% da TV a cabo.
A medida cautelar conseguida no tapetão dá ao grupo aval para não cumprir uma lei legítima, debatida amplamente na sociedade, aprovada por ampla maioria no Congresso e cumprida por todos os demais 21 grupos de mídia que atuam no país.
A Chefia de Gabinete da Presidência da República defendeu que a Suprema Corte derrube a validade da cautelar proferida em outubro de 2009 a favor do Clarín e que deveria ter sido suspensa nesta sexta-feira (7) para que a Lei entrasse em vigor.
O presidente da Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual (AFSCA), Martin Sabbatella, reiterou que considera “vergonhosa” a sentença protelatória proferida por juízes da Câmara Civil e Comercial, casualmente contemplados pelo Clarín com uma viagem a Miami.
Clarín quer desestabilizar
“A desmonopolização e a desconcentração são dois aspectos muito positivos da nova lei que reparte as frequências entre os meios privados com fins de lucro, as organizações sociais e o Estado”, ressaltou o secretário de Comunicação da Confederação dos Trabalhadores da Argentina (CTA), Andrés Fidanza.
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Segundo o sindicalista, cuja entidade participou ativamente da coalizão por uma Nova Lei de Meios, “tão importante quanto a regulação proposta foi a riqueza do debate que a gestou, fruto de uma intensa participação e reflexão, onde as pessoas começaram a se dar conta do poder real da mídia, que até então tinha toda uma aura de intocabilidade”.
“As pessoas estão se dando conta de que este não é um tema jurídico, mas político, pois o que o Clarín quer é desestabilizar e debilitar o governo para impedir que a democracia avance”, denunciou o secretário de Relações Internacionais da CTA, Andrés Larisgoitia.
Na visão de Larisgoitia, há um processo de mudanças em curso no país que, mesmo avançando com debilidades, representa um patamar superior, “que não se confunde com os anos de desgoverno e privatização do Estado que empurraram a Argentina para o fundo do poço”.
“Com o povo cada vez mais consciente, restou à elite reacionária, ao sistema financeiro e às transnacionais se socorrerem na mídia e instrumentalizá-la: é uma oposição cada vez mais construída, impulsionada e formatada pela televisão. É o poder midiático que fixa sua agenda”, sublinhou o RI da CTA.
“Hoje, uma rádio do Clarín diz algo e outras 30 reproduzem aquilo sem qualquer análise crítica. Então é uma mentira que vai se reproduzindo, reproduzindo… A importância da lei está em dar espaço a outros grupos e permitir que mais vozes se expressem”, acrescentou o dirigente.
Durante a entrevista na sede da CTA, Larisgoitia observou que os mesmos meios de comunicação que agem como “instrumento da colonização cultural, não dando espaço para a riqueza da nossa música nacional, também se põem de costas à integração regional, nos deixando mais vulneráveis à padronização de seus gostos e verdades”.
Corporações ou democracia
O que está claro, alertou Larisgoitia, é o confronto “corporações versus democracia, daí a mobilização da Sociedade Interamericana de Imprensa contra a pluralidade de vozes”.
“Recentemente vimos desfilar por todos os meios uma série de dirigentes sindicais patrocinados pelo Clarín. Ou o grupo virou defensor dos trabalhadores, o que evidentemente não é o caso, ou está usando esses sindicalistas para que falem por ele. Eu acredito que não podemos nos confundir. Temos de combater o neoliberalismo, saber a todo instante quem é o nosso inimigo principal, pois o que está em jogo é a consolidação de um processo e não o retrocesso. Nem um passo atrás na democratização da comunicação na Argentina”, concluiu.
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FrancoAtirador
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ARGENTINA
FIESTA PATRIA POPULAR
Una multitud participó en la Plaza de Mayo
de los festejos por el Día de la Democracia y los DD.HH.
Más de 800 mil personas colmaron durante todo el día la Plaza de Mayo y distintos espacios públicos en todo el país para sumarse a los festejos por el Día de la Democracia y los Derechos Humanos.
http://www.telam.com.ar/notas/201212/661-una-multitud-participo-en-la-plaza-de-mayo-de-los-festejos-por-el-dia-de-la-democracia-y-los-ddhh.php
FIESTA DE LA DEMOCRACIA
Cristina:
“Es necesario que haya mayor independencia del poder económico y las corporaciones”
La Presidenta se refirió así a la Justicia por cadena nacional en la celebración por el Día de la Democracia en Plaza de Mayo y aseguró que los argentinos “demandamos mayor democratización en los tres poderes del Estado”.
http://www.telam.com.ar/notas/201212/704-cristina-es-necesario-que-haya-mayor-independencia-del-poder-economico-y-las-corporaciones.php
HOMENAJE
Madres de Plaza de Mayo
Para Taty Almeida, el dolor por las víctimas “hoy se repara con justicia”
La integrante de la línea fundadora de Madres de Plaza de Mayo, Taty Almeida, afirmó que el dolor por los familiares de detenidos desaparecidos que se reunían en la iglesia de la Santa Cruz, que fueron secuestrados y desaparecidos por un grupo de tareas “hoy se puede reparar al saber que existe la justicia legal y que ya no hay marcha atrás”.
http://www.telam.com.ar/notas/201212/653-para-taty-almeida-el-dolor-por-las-victimas-hoy-se-repara-con-justicia.php
REVOLUCIÓN: EL SUEÑO DE GUEVARA EN SU TIERRA NATAL
http://www.lafogata.org/che/nuevos/che_nuevo.htm
Emanuel Cancella
MÍDIA GOLPISTA TENTA DESTRUIR LULA E O PT
Hoje, 11/12/12, o jornal Estado de São Paulo vem na manchete principal com acusações estapafúrdias contra Lula e o PT que teriam partido de Marcos Valério. Grande parte da denúncia requentada, como se diz no jargão da imprensa. Seguindo a lógica maquiavélica de destruição de Lula e do PT, os grandes jornais rádios e TV já repercutiram e vão continuar a repercutir durante os próximos dias a denúncia vazia do Estadão.
Quando a sociedade achava que agora a imprensa e o STF iam pautar o mensalão do PSDB e do DEM, eles vêm com mais acusações levianas contra Lula e o PT. Com o agravante de que, tanto o mensalão mineiro como o dos democráticos, foram anteriores ao do PT e nem sequer se cogita de seu julgamento. O mensalão do PT, diga-se de passagem, foi julgado primeiro e por “mera coincidência” no período eleitoral.
A presidenta Dilma tem dito e reafirmado: “prefere o barulho da imprensa livre ao silêncio das ditaduras”. A sociedade brasileira precisa urgentemente buscar a imprensa realmente livre, pois a imprensa no Brasil está a serviço do grande capital que quer o PT fora do governo, e para isso tem que eliminar Lula, seu principal cabo eleitoral.
Todo esse ataque ao PT, se dá, principalmente porque o partido defende uma melhor distribuição de renda no país, através de políticas compensatórias voltadas para os mais pobres, como o bolsa família e a política de cotas. O atual governo brasileiro ainda aumentou o crédito e diminuiu os juros a pessoas físicas, principalmente através da caixa Econômica e do Banco do Brasil, e aos empresários através do BNDES.
Com Lula e Dilma no governo, o Brasil já é a sexta economia do mundo, e muitos economistas dizem que já estamos no pleno emprego. Lógico que não está tudo resolvido no Brasil, mas creio que estamos no caminho certo.
E para que ninguém duvide dessas afirmativas e do caráter golpista de nossa mídia, com perseguição política e ferrenha a Lula e o PT, no julgamento do mensalão do PT a revista Veja, em matéria de capa, afirmava que, segundo Marcos Valério, Lula era o chefe do mensalão. Essa matéria da Veja repercutiu por toda grande imprensa. Lendo essa matéria não encontramos nenhuma entrevista ou declaração de Marco Valério sobre o tema, e concluímos que se tratava de uma pegadinha, dessas que fazemos na família ou entre amigos. Mas a revista Veja estava falando para a sociedade brasileira e de um ex-presidente da República, que mereceria, de qualquer um de nós, um pouco de respeito e seriedade. Inclusive a revista imputou a chefia de uma quadrilha criminosa a Lula, sem nenhum fundamento.
Depois disso eles, a mesma imprensa, afirmam que Lula e Rosemary, a ex-chefe de gabinete da presidência em São Paulo, têm um caso extraconjugal. Isso de forma tendenciosa e nada livre, como imagina e defende a nossa presidenta, e sem nenhum fundamento palpável, apenas por imaginação e dedução, seguindo a mesma lógica do julgamento do mensalão do PT:
Na verdade, a grande mídia brasileira está em plena campanha para a sucessão presidencial de 2014 e não quer a continuidade do PT no governo e, como deduziu que para isso tem que destruir Lula, persiste nessa saga diariamente. Além disso, a grande mídia teme um movimento da sociedade brasileira em busca da imprensa livre em substituição à mídia golpista instalada no Brasil. O mundo desenvolvido já democratizou a mídia. Em nosso continente, a Venezuela e Argentina já iniciaram o processo, e por isso são atacados duramente por nossa mídia. Precisamos imediatamente acabar com a ditadura e o monopólio da mídia no Brasil e colocá-la a serviço da sociedade!
RIO DE JANEIRO, 11 de dezembro de 2012
Roberto Locatelli
Acho que estamos divulgando de maneira equivocada nossa luta por uma Lei Geral das Comunicações. Estamos passando a impressão que se trata de regular conteúdo. E não é: trata-se de combater a PROPRIEDADE CRUZADA dos meios de comunicação.
Justamente o monopólio da mídia é que acaba sendo uma regulação de conteúdo: tudo que é contra o Governo é amplificado. Tudo que é favorável ao Governo é escondido. A Globo e a Veja regulam o conteúdo da informação.
Jacó do B
Já no Brasil…..o povo vai às ruas em eventos ‘importantes’ como Carnaval, futebol,jogo de peteca, marcha da maconha, defender a Globo e tirar foto com o pop star BatBarbosa. E o Galvão Bueno consegue induz os analfabetos funcionais a odiar os argentinos. Deus é brasileiro??
Zezinho
Pelo jeito não chegou nem perto dos 500 mil do último panelaço mês passado…
Rodrigo Leme
Precisam correr com essa lei, tem muito veículo de mídia divulgando a inflação real da Argentina, que o governo esconde como o diabo na igreja. Já teve até consultoria sendo censurada por divulgar o número real (dica: é bem maior que o oficial), falta só a imprensa.
Jacó do B
“tem muito veículo de mídia”….Clarin, La Nacion, Globo. Pra você tirar 10 faltou a frase clássica dos alienados de direita: deu na Veja!
Rodrigo Leme
Então, onde você sugere que as pessoas se informem sobre a situação da inflação na Argentina? Os tais “blogs independentes” não tocam no assunto, o que é um indício interessante.
Os fatos: preços subindo na Argetina com freqüência, cálculos paralelos de inflação no mercado argentino, diferença absurda de valores do dólar oficial x paralelo, pressão do FMI pela alteração na metodologia de cálculo do governo argentino…
Se você tiver algo mais do que me chamar de “leitor de Veja” traga. Senão desista, pq o que você tenta fazer comigo outros fazem muito melhor. Muda de carreira.
Mário SF Alves
Você diz que os tais “blogs independentes” não tocam no assunto. Pronto, tá subentendida a sua crítica, e, gozado isso, mesmo assim tem uns e outros que não se desgarram deles. Por quê, heim, Rodrigão?
gab
que inveja!!!
Alô Alô sr. Paulo Bernardo Silva.
Jorge Moraes
O Poder Judiciário vem assumindo na Argentina, no Brasil – onde mais? – o perigoso papel antes reservado às Forças Armadas: protagonistas de golpes contra a vontade popular, lá na Argentina, como aqui, no Brasil, recém-medida.
O clima é pesado. Cheira mal. A artilharia midiática, linha de frente do capital, prepara o terreno, vitimizando-se e afrontando. Preparam terreno. Inventam ídolos (de pés-de-barro), aproveitam-se do desgaste do poder legislativo, põem azeite, regam as plantas, inventam crises, distorcem.
Repisam o filme. No final, o bandido mostra a cara.
Vlad
Bom…eu apoiaria…mas resta saber se combinaram com os milhares que eles estavam lá para isso.
Porque parece que foi mais pra show rock/pop/”sertienejo” (haha):
“Este domingo 9 de diciembre a partir de las 15 en Plaza de Mayo se realiza la Fiesta Patria Popular.
Actuarán Charly García; Fito Páez; Carlos Vives; Víctor Heredia; Teresa Parodi; Illya Kuryaqui; Vicentico; Los Pericos; La Bomba De Tiempo y el Choque Urbano entre otros. Y habrá puestos regionales a lo largo de la avenida.
El fin del festival es esperar el inicio del Día de la Democracia y los Derechos Humanos, que se celebra el 10 de diciembre, a 29 años de retorno de la democracia.”
http://www.youtube.com/watch?v=YsDWcjg3Je8
LEANDRO
Alguém está mentindo…..
“Fazemos uma convocação a todos os trabalhadores da Argentina que tenham a intenção de expressar esta exigência ao governo”, disse em entrevista coletiva Hugo Moyano, líder da ala opositora da Central Geral dos Trabalhadores (CGT).
“A mobilização será numerosa, não importa o que o governo diga”, afirmou Moyano. Ele também antecipou que a CGT impulsionará protestos contra o governo em todo o país.”
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