Brasil-Irã
29 Fev 2012
por Mark Weisbrot, do Center for Economic and Policy Research, na Folha de S. Paulo
É vital que países sigam o exemplo do Brasil e se manifestem antes de uma guerra contra o Irã começar
Na semana passada, o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, fez uma declaração corajosa e muito importante sobre a ameaça crescente de um ataque militar ao Irã. Ele pediu ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que desse seu parecer sobre a legalidade de um ataque contra o Irã, como vem sendo ameaçado.
“Às vezes ouvimos a expressão “todas as opções estão sobre a mesa””, disse. “Mas algumas são contrárias às leis internacionais.
“ As pessoas que continuam a afirmar que “todas as opções estão sobre a mesa”, aludindo ao Irã, incluem várias autoridades dos EUA e de Israel e, o que é mais importante, o próprio presidente Obama.
E todo mundo sabe o que querem dizer quando afirmam que “todas as opções estão sobre a mesa”: eles se reservam o “direito” de bombardear o Irã se não conseguirem o que querem por meios não militares, incluindo sanções econômicas.
Mas tal ação seria de fato “contrária à lei”, como Patriota sugeriu. Na realidade, é um crime muito grave segundo as leis internacionais e representa uma violação clara da Carta das Nações Unidas (artigo 2). A simples ameaça de recorrer à força militar contra outro Estado-membro da ONU -o que Obama e o governo israelense já fizeram- já é uma violação da Carta da ONU.
Aqui nos EUA, a mídia — especialmente as maiores emissoras de TV e rádio — vem produzindo propaganda de guerra sobre a “ameaça” vinda do Irã, em um replay virtual do que antecedeu a invasão do Iraque em 2003.
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O Congresso, liderado pelo lobby neoconservador e pelo Aipac (lobby pró-Israel), vem fazendo pressão para cortar as soluções diplomáticas. Uma resolução submetida ao Senado americano no momento incentivaria uma ação militar contra o Irã por simplesmente possuir a “capacidade” de produzir uma arma nuclear — algo que o Brasil, a Argentina, o Japão e outros países com programas pacíficos já possuem.
E tudo isso a despeito do fato de o Irã atender às demandas do Tratado de Não Proliferação Nuclear, incluindo as inspeções exigidas, e de não ter demonstrado nenhuma intenção de violar o tratado.
A visão consensual das 16 agências de inteligência dos EUA, segundo o “New York Times”, é que “não há prova concreta de que o Irã decidiu construir arma nuclear”. É vital que os países que estão interessados em manter a paz e um mundo regido por tratados e diplomacia internacionais, em vez da força, se manifestem, como o Brasil fez, antes de uma guerra começar.
A declaração de Patriota é muito importante. Há muito mais que pode ser feito. O Brasil poderia trabalhar com os Brics e com a Unasul para conseguir mais declarações e compromissos. Esses grupos, ou seus países-membros, poderiam anunciar como reagiriam a um país que lançasse um ataque militar não provocado contra o Irã.
Por exemplo, poderiam comprometer-se a retirar seus embaixadores desse país, a romper relações diplomáticas e a rever suas relações comerciais, com a possibilidade de sanções econômicas seletivas. Para prevenir outra guerra desnecessária e suas atrocidades inevitáveis, o esforço vale a pena.
Tradução de CLARA ALLAIN
PS do Viomundo: Israel dispõe de algumas centenas de artefatos nucleares. Índia e Paquistão, ambos da esfera de proteção dos Estados Unidos, também dispõem da bomba. Já a Coreia do Norte não pode. Deu para perceber a hipocrisia ou precisa dizer mais? Nós podemos ter a bomba, diz Washington. Na mão “deles”, é arma de destruição em massa. Faz sentido, já que o Saddam Hussein jogou aquelas bombas em Nagasaki e Hiroshima.
Comentários
Hagá
A AIPAC manda no mundo. Obama é o "office-boy" da AIPAC. A AIPAC quer sangue, ainda que o Irã tente uma mínima reação. Isso é profundamente injusto e o quadro é muito parecido com o que antecedeu a guerra do Iraque. Parabéns ao Brasil por se opor, mais uma vez, a uma guerra sangrenta, imoral, injustificável e desonesta.
Valdeci Elias
Os Maias já previram o fim em 2012. Será que adianta lutar contra ele ?
Fabiano Araujo
O sr. Patriota tem assumido posições CONTRADITÓRIAS na chefia do Ministério das Relações Exteriores, parecendo, inclusive, que toma decisões a revelia da Presidente Dilma. Em determinado momento, apoia as potências imperialistas ao defender os tais "corredores humanitários" se afastando da posição assumida pelos BRICS e, portanto, alienando possíveis aliados em uma situação de crise internacional; outra hora, o Itamatati (sob o comando do sr. Patriota) assume posição contra as potências possivelmente agressivas (Israel e as ocidentais). Diante disso, o Brasil passa para o resto mundo a idéia de um país que quer fazer "media" ou assumir uma posição oportunista no plano internacional. Isto, sabemos, é perigoso em política internacional, pois demonstra para certos governos que o Brasil não é um aliado confiável e pode até mesmo se tornar um adversário. Uma pergunta que precisa ser feita: essas posições, assumidas pelo sr. Patriota, contam com o beneplácito da sra. Dilma?
Oxaguiam
Patriota não dá um espirro que não esteja de acordo com o que Dilma quer. Ele não é um daqueles arranjos políticos para agradar "aliados" (sic). É homem 100% dela e as decisões dele são as decisões dela.
O Brasil não apenas está passando a imagem de oportunista, o Brasil efetivamente está sendo oportunista e não merece confiança. Dilma vai a Cuba e diz que cada um tem que olhar para o seu telhado de vidro antes de apontar o dedo para os direitos humanos alheios para em seguida, na maior cara de pau, aprovar sanções contra a Síria.
Com Lula a posição brasileira era muito mais clara e firme e foi assim que passou a ser respeitado internacionalmente, agora quer voltar a abandonar o rabo para os EUA.
bene nadal
Afinal quem quer essa guerra é Israel, mas que vai fazê-la são os EUA… Eu pergunto: Quem pilota os EUA???????????????
Marat
Se a China e a Rússia tiverem um pouquinho de amor-próprio, de vergonha na cara e de respeito pela humanidade, DEVEM ajudar o Irã neste desigual e sórdido conflito engendrado pelas bestasd apocalípticas do capitalismo mundial!
Marat
O que me deixa um pouco mais tranquilo, é que as pessoas, nas conversas informais, estão percebendo (arre…) a hipocrisia estadunidense, no sentido de que eles e seus aliados podem agir com bem entenderem, mesmo que se utilizem de armas e de sangrentas guerras, e, contra os adversários, o peso de todos os meios de comunicação, para disseminar suas mentiras e suas meias-verdades. O conhecimento de todos (que já não são mais Polyannas) de que nenhum país ocidental é "bonzinho", mas apenas ladrões sedentos por poder dinheiro e petróleo, pode ser um elemento de contenção dessa violência cruel e nociva do ocidente!
ZePovinho
A presidenta Dilma aceitou receber o mafioso que presidente do Council on Foreign Relations.Esses caras são perigosíssimos e esperamos que ela saiba o que está fazendo ao lidar com um capo de tutti capi:
Quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012 às 18:58
Presidenta Dilma recebe, no Palácio do Planalto, presidente do Council on Foreing Relations
<img width="550" src="http://blog.planalto.gov.br/wp-content/uploads/2012/02/2STU0017-Editar.jpg">
Presidenta Dilma Rousseff recebe, no Palácio do Planalto, o presidente do Council on Foreign Relations, Richard N. Haass. Foto: Robeto Stuckert FIlho/PR
A presidenta Dilma Rousseff recebeu hoje (29), no Palácio do Planalto, o presidente do Council on Foreing Relations, Richard N. Haass. No encontro, foram discutidos temas da política internacional, como a instabilidade na Síria e as relações com o Irã, e a participação da comunidade internacional na resolução de conflitos. Segundo Haas, outro assunto debatido foi a cooperação entre Brasil e Estados Unidos, país que receberá a visita da presidenta Dilma em abril. O Council on Foreing Relations é uma organização norte-americana independente, dedicada à pesquisa e aos estudos das relações internacionais.
PS:Por que será que eles adoram essas horríveis gravatas amarelo-ouro?????????????????????????????
beattrice
Que foto é pior: essa ou aquelas com o office-boy do próprio (FHC)?
Bonifa
Este sorridente rapaz deve estar alinhado com os neocons e os guerreiros Dick Cheney e Hillarry Clinton, na busca incessante de meios para levar os EUA a uma guerra contra o Irã. Já que não dizem o teor das conversas entre ele e Dilma, devemos supor que ele tenha ou apenas sondado as posições do Brasil frente ao possível conflito, ou solicitado alguma tomada de posição brasileira que favoreça Israel ou os EUA em caso da deflagração do conflito.
Rafael
Não há duvida que o motivo é o de sempre: PETROLEO. Israel é desculpa. Dizem que o Irã é uma ameaça a Israel e usam isso. Papo furado assim como as armas de destruição em massa. Na verdade é a lei do mais forte. Os eua são uma potência militar e estão em crise. O Irã tem 130 bilhões de barris de petróleo. O que dá se considerar 35 dólares o barril por baixo 5 trilhões de dólares. Precisa de mais argumento?
Os americanos geram o caos, vão destruir o Irã e depois as empresas americanas reconstruirão o Irã e o petróleo pagará o custo. No Iraque por exemplo a empresa que faz a reconstrução é do vice-presidente do Bush na época. Uma leve coincidência.
Os americanos criam uma mundo horrível, corrupto, violento onde manda o mais forte, onde se roubo as riquezas de outros países na força. isso é a liberdade que os americanos defendem, o modo americano de vida.
Leider_Lincoln
As coisas não funcionam assim para os EUA não. Qual a última guera que eles efetivamente ganharam? Contra a poderosa Granada! E outra, o Irã [é mais antigo que a china, e tem uma população que é quase o dobro de Afeganistão e Iraque somados, em um país de enorme extensão territorial, com clima e relevo dificílimos. Aquilo não é um atoleiro, como foram Iraque e Afeganistão, mas seria a ruína, como um Vietnã infinitamente piorado…
betinho2
O presidente do Irã já disse que não tem necessidade de fabricar bomba atômica, pois já tem duas dentro de israel, se referindo a Usina Nuclear israelense, bem como o Centro de Pesquisa Nuclear de Israel, citando inclusive a localização. Ou seja, alguns misseis bem apontados nesses dois alvos faz o estrago que faria uma bomba atômica. A grita de Israel e dos EEUU ma verdade não é contra a fabricação, pelo Irâ, da bomba atômica, é contra o aumento de potencial convencional de armamento, que possa atingir os alvos acima citados. Isso no que diz respeito ao campo bélico, mas o que querem mesmo é voltar a ter a extração de petrôleo sob seu comando, como no tempo do capacho Xá Reza Pahlevi.
Operante Livre
É,…a carta da ONU é tão respeitada quanto a nossa constituição, no Estado de São Paulo.
O gato subiu no telhado e acho pouco provável que não caia. Só não sabemos o tamanho do estrago.
EUA, ISRAEL e Inglaterra não são Estados que merecem a mínima confiança. Não haverá paz no mundo enquanto tiverem algum poder de destruição. Não podemos permitir que nossas crianças sejam educadas pelos valores deles.
niveo campos e souza
Dos Estados Unidos nada a esperar que não mentiras, sordidez e esperteza.
Niveo Campos e Souza
Regina Braga
Sabe,que eu tbém ,gostei mais do seu- ps…Que saudades do Amorim ! Ficou na defesa,para se precaver, do humanitarismo da ONU.
Francisco
A questão é que a televisão e´um meio educativo… O presidente do Irã viu na TV degolarem Hussein, viu na TV o presidente afro-americano autorizar o linchamento à moda KKK de um dos líderes da unidade africana…
O Irã vai botar "pocando"…
Eduardo Di Lascio
O Irâ quer a bomba para ter mais cacife internacional, mas vai ter que segurar esse rojão sozinho. Desculpem o trocadilho, não resistí. A aposta deles é que Israel não lançaria um ataque preventivo em grande escala, para destruir seu programa nuclear. Mas é uma aposta muito grande.
ZePovinho
Algumas pessoas defendem que o Brasil tenha a bomba.Eu também achava isso,mas essas coisas são caras pra burro e custa uma nota preta manter arsenais nucleares.
A posição do Brasil é a melhor.Tem a capacidade de fabricar artefatos nucleares em curto período,mas não gasta dinheiro com isso até se sentir realmente ameaçado.
Eu nunca critiquei o ministro Patriota porque ainda acredito nele.O estilo é almofadinha,mas ele é bom.Faz o que a Dilma manda,além de orientar a presidenta com o profissionalismo doItamaraty.
E por falar em Dilma,ela encontrou no dia 29 o presidente do Concil on Foreign Relations,o think thank que manda nos EUA junto com a Comissão Trilateral e o Clube Bilderberg.O que terá sido acertado?
Bonifa
Verdade que a Dilma encontrou com o chefe dessa turma? É necesssário que pelo menos se "vaze" o teor das conservas. É uma preocupação pendente, enorme. Cadê nossos repórteres investigativos? Isso não pode ficar monopolizado apenas por cochichos de iluminados.
ZePovinho
Olha o link,Bonifa,que esqueci de colocar:
http://blog.planalto.gov.br/presidenta-dilma-rece…
Prof. Fábio
Zé Povinho! Tu é fantástico!
Jair de Souza
É verdade o que diz o PS. Bomba atômica em mãos do imperialismo são instrumentos de paz. É somente a paz o que praticam e almejam os EUA, a Europa neocolonialista e o Israel sionista. Na visão humanista dos ideólogos desses países, a matança de seres humanos de países com cujos governos eles não concordam é uma defesa da paz. Por exemplo, seria terrível que alguém morresse vítima de um artefato nuclear do Irã ou da Coreia do Norte, já se o artefato for usado por Israel, EUA ou pela Europa neocolonialista, tudo bem, é defesa humanitária. Na verdade, os representantes dessas forças e seus ideólogos são realmente muito humanitários, o problema é que só eles é que se consideram seres humanos. Assim, fica fácil entender.
Fabio_Passos
<img src=http://s1-04.twitpicproxy.com/photos/large/523949194.gif?key=34382124>
Silvio I
Azenha:
Iran não e o Iraque nem a Líbia. A mesma Síria não e igual; Temos-nos ali os interesses da Índia, Paquistão, China, e Rússia. Não e o mesmo. Se Israel bombardear Iran neste, momento. A coisa pode ser feia inclusive para Israel. Tenho a impressão que os israelenses vão a ter que jogar os botes as águas, para escapar novamente, como o fizeram, quando a invasão dos exércitos do Império Otomano. E provável que o mundo pode arder de novo em outra guerra mundial.
Miguel
ouvi esse mesmo discurso na epoca da invasao do Iraque…
Julio Silveira
Azenha, desse jeito vão vetar sua proxima entrada lá poderão alegar problema no passaporte.
guilhermeni
India e Paquistão não são exatamente protegidos e bons aliados dos americanos. O Paquistão já está se aproximando da China há algum tempo, desde o caso |Raimond Davis pelo menos. A India se recusou a parar de comprar petróleo iraniano a partir das sanções unilaterais americanas. Além disso o Irã fez tratos comerciais com China, Rússia e India para vender petróleo em moedas que não o dólar.
Outra coisa, o Irã é o império Persa mesmo que adormecido. Qualquer ponto do Estreito de Hormuz assim como a costa norte de Oman e Arabia Saudita estão no alcance dos mísseis surface-surface iranianos.Esses mísseis podem ser lançados de simples caminhões e o Irã é um país grande. A não ser que EUA e Israel ataquem com armas nucleares, vai ser uma guerra diferente doq os ocidentais estão acostumados.
Bernardino
Esse PATRIOTA esta com discurso de vedete.Ele é americanófilo ate a medula incluseve casado comuma
americana do norte.O Brasill nao conta nada,nao tem bala na agulha nem poder nuclear,alem de forças armadas FROUXAS que entregara nosso programa nuclear aos IANQUES.
A ONU hoje ´´e uma PROstituta dos EUA e a OTAN sua CAFETINA.Se houver reaçao serao da grande CHINA e da velha RUSSIA com dinheiro e armada ate os dentes ecom tradiçao de BRIGA.Brasil é CAHORRO morto e de origem portuguesa de tradiçao COVARDE.OS Fatos falam por MIM,ate as pedras SABEM disso!!
AS Forças armadas do Brasil ate hoje so partiiparam forças de PAZ mediocres pra distribuir senha para o sopao em SUEZ e no HAITI.Nesta ultuma em um bar em Porto Priciipe tomara um pau em um bar das tropas americanas durante o terremoto de la e pasmem nem voltaram pra se vingar!!Esse é o Brasil
Luca K
KKKKKKK, Bernardino, vc força um pouco a barra mas faz algumas boas observações!
[]s
EUNAOSABIA
O general americano Douglas McArthur, quando da assinatura do Ato de Rendição do Império Japonês a bordo do USS Missouri, lembrou que a partir daquele momento as guerras nunca mais seriam as mesmas, dada a gigantesca capacidade destrutiva que o homem desenvolvera a partir daquele momento. Douglas McArthur se referia as bombas atômicas e sua capacidade de aniquilamento total da espécie humana.
Está mais do que na hora de pararem com esse vídeo game horrendo, o ser humano tem que encontrar outra forma de resolver seus problemas que não pela guerra.
Em tempo: Ouvi de um comentarista em uma rádio, que especialistas americanos dizem que Israel não tem condições de sustentar um ataque contra o Irã, sozinho Israel não é capaz, mas que os EUA em três ou quatro semanas no máximo, têm capacidade de destruir este país de forma completa, acho que se referia a sua capacidade militar e de infra estrutura.
Muito sofrimento velho.
Leider_Lincoln
Os analistas se esquecem que disseram a mesma coisa sobre o Iraque, país com 30% da população e 1/4 da área. Todos vimos no que deu! Falaram o mesmo sobre o Afeganistão. Vietnam, um país de budistas plantadores de arroz então seria uma baba… Israel é menor do que pelo menos uns 50 municípios brasileiros e efetivamente, perdeu a guerra de 73, só não sendo esmagado pelas tropas sírio-egípcias por que os EUA os acudiram no último momento. Gritam muito e têm alto falantes, mas não têm coragem suficiente para encarar um país que ofereceria uma resistência tenaz o conduziria o preço do petróleo a 250 dólares o barril, jogando a economia mundial e muito mais eles próprios, no fundo do abismo…
EUNAOSABIA
Estou me referindo a destruição da estrutura militar, bases, portos, aeroportos e infra estrutura em geral, é diferente de ocupar o território que só é possível com tropas de infantaria.
Não estou me referindo a uma invasão e controle do país com tropas em seu território.
Mísseis de cruzeiro e bombardeiros que não podem ser detectados por radar, como os B2 e F22, além de aviões não tripulados e armados, não tem defesa para essas armas.
O ataque pode gerar duas reações, o fim do regime pela derrocada de seu poder militar, ou torná-lo ainda mais forte, unindo seu povo contra um inimigo externo.
Pode ter certeza que todos os alvos principais e secundários já estão gravados nos programas de computador das ogivas tanto dos TomaHawk como outros meios de ataque.
Outra coisa, o petróleo não vai a isso tudo, basta que outros países produtores aumentam sua oferta, como Kwait, Iraque, e Arábia Saudita, além como direi, de outros penduricalhos.
Rodrigo
Insabível!
Cuidado com teus comentários humanistas, porque a realidade pode acabar por te desiludir…
Aliás, minha bola de cristal vem falhando um pouco ultimamente.
Onde você comprou a sua? Ela também tá dando problema na hora de confrontar duas opções diametralmente opostas que na verdade fazem parte de um mesmo sistema bipolar?
Gersier
"mas que os EUA em três ou quatro semanas no máximo, têm capacidade de destruir este país de forma completa",
Será que é o mesmo especialista que disse em uma das doses de pessimismo veiculadas pela famigerada globo adjetivada de "telejornais", que afirmou ,logo no primeiro dia da invasão do Iraque pelos beligerantes norte americanos,que "em uma semana no máximo a guerra estaria terminada".Ah,esses especialistas e suas bolas de cristal opaco.
Bonifa
De fato, as autoridades americanas sabem que Israel não tem condições militares de atacar sozinho o Irã, e disseram isso às autoridades israelenses. Elas responderam que poderiam ter condições de resolverem sozinhas, mas como fazer isso era um segredo. Os americanos ficaram desconfiados de que Israel esteja blefando e que na verdade pretendam se lançar ao ataque para gerar um fato consumado, forçando os EUA a envolverem-se e darem-lhe a cobertura de que precisam. Neste caso, o envolvimento iria num crescendo até uma guerra entre americanos e iranianos, com Israel na retaguarda. Este cenário não agrada os americanos, mas as pressões dos falcões aumentam a cada dia, no sentido já do prévio compromisso americano de dar suporte ao ataque israelense. Os falcões têm seus planos, antigos, de dominação militar do Irã.
E S Fernandes
Respeito muito o Patriota. Ele está mais que correto. Não há o que retocar em seu discurso.
Mas este novo Brasil que teria começado em 2003, tão amado e odiado; tão defendido ou atacado, é muito contraditório. Está a meio caminho de sua independência e de sua colonização; está a meio caminho de uma consciência própria, mas também do complexo de vira lata. Está a meio caminho de um projeto próprio e também do empurrar com a barriga neoliberal. É e não é. Como os avanços são pobres; parcos e mesquinhos; como aquilo que há de novo e bom é muito pouco; como não há nada consolidado; como nenhum vende pátria e torturador está preso; como nenhum corruptor está preso, etc. etc, na hora H pode muito bem o país, para ficar bem na foto com o Império, permitir e dar o aval ao ataque ao Irã. Espero que isto não aconteça. Espero que outros Patriotas se levantem.
Bonifa
É um problema extremamente complicado. Decidida a guerra, faltará apenas o grande pretexto final para a mesma, mesmo que este pretexto esteja mais para uma construção artificial do que para alguma coisa apoiada na realidade. Diante da quase certeza de um ataque de Israel ao Irã, e da quase certeza de que os EUA se envolverão substancialmente em tal ataque, a diplomacia brasileira terá que se manifestar com superior habilidade nesta questão. O que não podemos de modo algum é tomar posições, mesmo aparentemente razoáveis, que estimulem ou dêem suporte aos iniciantes desta guerra trágica. É óbvio que tal guerra, que não se sabe que rumo poderá tomar depois de desencadeada, não interessa de nenhum modo a qualquer dos BRICS. São países que, por não serem completamonte modelados pela conformação cultural-econômica do way of life dito "ocidental", têm maior compreensão da importância do respeito às diversidades culturais e religiosas. Seus povos não vêem iranianos ou sírios como bichos papões de outro planeta. Os BRICS são países que têm esperança e meios para viabilizar a construção de um futuro promissor, ao contrário dos "ocidentais" que se debatem em crise aparentementemente terminal de seus sistemas economicos, sem perspectivas animadoras para seus povos. A posição de Israel é tão singular que se torna difícil ou quase impossível compreendê-la, sem lançar mão de teorias que fogem completamente ao exercício aberto da razão. Chega-se à conclusão de que Israel não quer que seus vizinhos se desenvolvam. Prefere-os tateando na Idade da Pedra. Assim como os romanos proibiam os judeus de construírem forja de ferro, para que não fizessem espadas, Israel terminará por proibir que os outros povos da região estudem matemática e física, porque poderão desenvolver meios de fabricarem armas. Hoje, bombardeiam centrais nucleares. Amanhã, bombardearão universidades. Já estivemos a exigir uma posição mais firme da diplomacia brasileira diante desta terrível situação que o mundo defronta no momento. Mas agora entendemos melhor que, apesar de não devermos perder qualquer oportunidade de expressar nossa posição de constante busca pelos caminhos da paz e da legalidade internacional, apesar disso, faz-se necessário muito cuidado para tratarmos com essas pessoas loucas, principalmente quando sua loucura está munida de formidável poder de destruição.
Morvan
Boa moite.
Apesar de alguns recuos, com relação à Política Exterior praticada nos dois Governos Lula, como por exemplo, na questão síria, onde o Brasil fez o jogo dos "humanitários" (Sic!), não podemos não felicitar ao Patriota pela sua postura, no caso em voga. Israel e Estados Unidos estão doidos por uma guerra. Desculpa não é problema. Vide as "armas de destruição em massa" dos iraquianos! Somente a união em um grande uníssono da Comunidade Internacional podem evitar que estes dois cães eternamente açulados ataquem o Irão. Não podemos confiar na ONU, pois a ONU de hoje reflete o mundo da metade do século passado e quem nela está exercendo todo o poder, como os Estados Unidos, não querem jamais mexer nesta configuração favorabilíssima. A ONU está claramente a reboque dos EUA. Sabemos sobejamente disto.
Que o Patriota e a Presidente não passem por cima da postura histórica do Brasil com relação à autodeterminação dos povos e pela promoção da paz, sempre.
:-)
Morvan, Usuário Linux #433640.
Oxaguiam
Eu darei parabéns a ele quando na hora de votar o Brasil não apóie a aventura estadunidense. Na hora da verdade o Brasil está se saindo um verdadeiro traíra
Morvan
Boa noite.
Oxaguiam, eu não tiro seu mérito. Mas, durante esta fase, por assim dizer, de "instrução" da guerra, ou guerra diplomática (Sic!), ele está jogando certo. Eu sou um dos que virão até aqui para criticar a postura dele e de Dilma (a dona do jogo, não das palavras) caso, numa fase mais aguda eles mostrem "trairagem". Então, especificamente falando, nesta fase, a postura do Patriota está correta – penso.
:-)
Morvan, Usuário Linux #433640.
beattrice
De discursos estamos vacinados, aguardemos a ação do personagem, a ação é que conta.
Porco Rosso
O discurso é bonito, mas de que adianta se, na hora de votar, o Brasil vota como querem as grandes potências?
Gustavo Pamplona
Porco Rosso??? Adorei o nome e o avatar!!! hahhahahahha Então conheça o meu PORCO!!! -> vide assinatura
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Desde Jun/2007 emporcando no "Vi o Mundo"! ;-)
Fundador do PORCO – Partido de Oligarcas Representantes de Capitalistas Opressores (PIG)
ratusnatus
Isso não é verdade hoje e nem nunca o foi no passado, incluindo o período da ditadura!
assalariado.
Porco Rosso, seu "PS" é ótimo. Atitudes típicas da social democracia mundial que, sempre andam em cima do muro com ligeiras caidas para a direita. Também aqui no blog, aterrizaram, negativam, a torto e a direita, os comentários, em vez de argumentar. Eles (a social democracia), sempre foram e são sem identidade politica. Com fortes sintomas de direitite aguda. O discurso do embaixador Patriota, é ambiguo, duvidoso, e esta coerente com sua ideologia.
Embora eu ache os dois últimos paragrafos do texto (antes do PS do viomundo), boas propostas de encaminhamento anti guerra. Na minha culta ignorancia esta guerra ira acontecer, e começará no estreito do Ormuz. Russia e China estarão do lado do Irã. A trama esta sendo feita, de todos aos lados. E a crise do capital é o mote, e não a tal bomba.
Saudações Sociaslistas.
JoãoP
Achei muito importante o texto. Mas o "PS" do sempre bom Azenha está mais afiado do que nunca…
Lu_Witovisk
maravilhoso o ps. joga na cara a realidade.
Evandro
O Patriota tá viajando na maionese. Quer dizer então que os EEUU e Israel, ou a Otan, não conhecem o conteúdo da carta da ONU! Conhecem e muito bem e se estão violando seu conteúdo (vide Libia) é porque querem. É evidente que eles não vão nem considerar pressões diplomáticas de paises como Brasil e homólogos. Lembrando também que o Brasil votou junto com a Otan na resolução da ONU contra a Siria enquanto seus homólogos da AL (Venezuela, Cuba, Nicarágua, Bolivia) votaram com a Russia e China.
Julio Silveira
Bem lembrado Evandro, esse discurso me parece mais daquelas manobras artificiais para não parecer internamente tão associado aos interesses do império, por que a diplomacia brasileira mudou de rumo com a saida do Celso Amorim, isso mudou.
Leider_Lincoln
Síria é uma coisa, Irã, outra. Não dá ´para enfiar a cabeça dentro da areia e achar que o Assad é apenas uma vítima de um complô maligno. É um argumento tão honesto quanto dizer que o Videla ou o Médici estavam protegendo a democracia dos comunistas. É sim um assassino sanguinário que atira e mata o próprio povo. Parcela da população o apoia? Grande m.*! Parcela importante da população também apoiava e ainda defende a ditadura brasileira até hoje…
Oxaguiam
O problema não é e nem nunca foi a Síria ser ou não uma ditadura. A questão é: cabe a quem decidir que tipo de governo cada Estado deve ter? Certamente não cabe aos EUA.
Admitindo-se que caiba à "comunidade internacional" interferir nos países em que os dirigentes atiram no próprio povo, por que não interferir em 80% dos países desse planeta (inclusive EUA, Israel e Brasil – não esqueçamos dos Pinheirinhos diários)?
Por que interferir na Síria e não na Arábia Saudita? Por que na Líbia e não em Israel? As respostas são claras e a análise acerca da Síria não pode ser dissociada dessa realidade.
Evandro
Caro Leider:
Se a Dilma e o Patriota acham que o presidente sirio é um assassino sanguinário, que não o apóiem, mas fazer o jogo sujo da Otan é outra história. Até as pedras sabem que a Otan está pouco interessada em direitos humanos na Síria. E tampouco o Irã a Dilma/Patriota vem apoiando, pois recentemente o presidente do Irá esteve na AL e não veio ao Brasil. A verdade é que a politica de Dilma e Patriota é diferente daquela de Lula/Amorim. Se o Lula ficava em cima do muro, a Dilma já pulou para o outro lado faz tempo.
Bonifa
A Russia e a China não apoiaram o regime de Assad. Mas apoiam a defesa da Síria contra uma guerra onde quem está por trás são as potências ocidentais e Israel. Sublinharam enfáticamente que não estavam apoiando Assad. Mas não poderiam permitir que se instalasse o caos na Síria com a morte de milhares de civis e incalculável prejuizo material para o país, como ocuorreu na Líbia. Mas, principalmente a Rússia, gestiona no sentido de que Assad seja afastado do governo, porém dentro de condições de normalidade que permitam sua substituição por um governo eleito. Isto está a caminho, e um passo importante foi a votação de aprovação da nova Constituição pela população síria. Acontece que é justamente isso que outros querem, não querem que haja paz e normalidade no Síria. Deste modo, Rússia e China procuram fazer com que haja na Síria, pós-Assad, um governo que não seja um fantoche dos interesses de Israel e das potências ocidentais, e que, ao se desalinhar de sua aliança com o Irã, permita um cenário mais cômodo para o ataque daqueles contra os iranianos. Se os "ocidentais" quizessem realmente a paz e a democracia na Síria, apoiariam os esforços sino-russos neste sentido. Agora, as pressões em favor da guerra com o Irã e do esmagamento da Síria são tão grandes há jornalistas ocidentais, como Immanuel Wallerstein, que afirmam que Washington, na verdade, deu um suspiro de alívio quando a Russia e China vetaram a resolução no Conselho de Segurança da ONU.
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