Marcos de Oliveira: Brasil e China elevam status da relação bilateral ao patamar de Comunidade de Futuro Compartilhado
Tempo de leitura: 3 minBrasil e China elevam status da relação bilateral ao patamar de Comunidade de Futuro Compartilhado
Presidentes do Brasil e da China reforçam parceria e ligam PAC à Iniciativa Cinturão e Rota; projetos prioritários serão apresentados em 2 meses
Por Marcos de Oliveira, no Monitor Mercantil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta quarta-feira, que a visita do presidente chinês, Xi Jinping, já se tornou um novo marco na história das relações Brasil-China e abriu um novo capítulo na construção da comunidade Brasil-China com um futuro compartilhado.
Lula afirmou que a sinergia aprimorada das estratégias de desenvolvimento entre o Brasil e a China contribuirá muito para a reindustrialização do Brasil, promoverá a integração da América do Sul e dará um exemplo de solidariedade, cooperação e benefício mútuo entre os países em desenvolvimento.
O Brasil espera usar o Porto de Chancay, no Peru, para melhorar a conectividade e o nível de logística do Brasil e de toda a América do Sul com a China.
Por sua vez, Xi Jinping pediu que China e Brasil, dois grandes países em desenvolvimento em seus respectivos hemisférios, tomem a iniciativa de assumir a responsabilidade histórica de defender o esforço para salvaguardar os interesses comuns dos países do Sul Global e tornar a ordem internacional mais justa e equitativa.
Xi Jinping, que faz visita de Estado ao Brasil nesta quarta-feira, afirmou que a relação entre os dois países vive o seu melhor momento na história.
“Fizemos uma retrospectiva do relacionamento da China com o Brasil ao longo dos últimos 50 anos. Coincidimos que este relacionamento está no melhor momento da história. Possui uma projeção global estratégica e de longo prazo cada vez mais destacada. E estabeleceu um exemplo para avançarem juntos com solidariedade e cooperação, entre os grandes países em desenvolvimento”, afirmou.
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O presidente Lula anunciou a elevação de status da relação bilateral, que agora passa a ser classificada como “Parceria Estratégica Global ao patamar de Comunidade de Futuro Compartilhado por um Mundo mais Justo e um Planeta Sustentável”.
“Estamos determinados a alicerçar nossa cooperação pelos próximos 50 anos em áreas como infraestrutura sustentável, transição energética, inteligência artificial, economia digital, saúde e aeroespacial. Por essa razão, estabeleceremos sinergias entre as estratégias brasileiras de desenvolvimento, como a Nova Indústria Brasil (NIB), o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Programa Rotas da Integração Sul-Americana, e o Plano de Transformação Ecológica e a Iniciativa Cinturão e Rota. Para dar concretude às sinergias, uma Força Tarefa sobre Cooperação Financeira e outra sobre Desenvolvimento Produtivo e Sustentável serão estabelecidas e deverão apresentar projetos prioritários em até dois meses”, afirmou Lula.
Os governos dos dois países assinaram 37 novos acordos bilaterais.
“Vamos aprofundar a cooperação em áreas prioritárias como economia, comércio, finanças, ciência e tecnologia, infraestrutura e proteção ambiental. E reforçar a cooperação em áreas emergentes como transição energética, economia digital, inteligência artificial e mineração verde”, afirmou o presidente chinês.
Os dois presidentes deram as declarações após o encontro, sem responder a perguntas da imprensa.
O presidente chinês expressou preocupações sobre a disseminação contínua do conflito em Gaza e pediu um cessar-fogo e o fim da guerra em uma data próxima, a implementação da solução de dois Estados e esforços incessantes para uma solução abrangente, justa e duradoura da questão palestina.
Com Agências Brasil e Xinhua
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