Manuel Domingos Neto: Diante da previsível derrota de Bolsonaro, suas hostes podem entrar em modo doidice cruel

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Foto: Giorgia Prates/BdF-PE

Neutralização do terror

Diante da previsível derrota eleitoral de Jair Bolsonaro, suas hostes podem entrar em modo doidice cruel

Por Manuel Domingos Neto*, em A terra é redonda

As apreensões com a baderna anunciada para o dia 7 de setembro foram atenuadas.

O repúdio à quebra da institucionalidade tem sido vigoroso. Além da manifestação da Faculdade de Direito da USP, houve o espetáculo da posse de Alexandre Morais na presidência do STE. Muitos assistiram o vexame do presidente da República no auditório. Foi um lance de recuperação da moralidade institucional.

A repercussão das reportagens de Guilherme Amado sobre empresários golpistas também desestimulou a baderna. Os milionários devem estar com as barbas de molho.

Com o bom desempenho eleitoral de Lula, sentem que em breve pode lhes faltar proteção. É fundamental que respondam por seus atos. A impunidade anima malfeitores.

Um dos fatores de desestímulo às manobras golpistas baseadas na contestação às urnas eletrônicas foi o posicionamento das autoridades de Washington.

Quais as razões para os Estados Unidos, com seu histórico de patrocínio de golpes em muitos países, não endossar os sonhos do baderneiro alojado do Planalto?

Washington talvez queira reduzir a imprevisibilidade do quadro político latino-americano. Os Estados Unidos estão em guerra para evitar ou retardar a perda da hegemonia na ordem mundial. Não lhes interessa uma América Latina convulsionada, agravando as incertezas.

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Além disso, os Estados Unidos vivem dramáticas tensões internas decorrentes da atuação da extrema direita. O FBI alertou na última sexta-feira, dia 12, sobre o perigo de atentados por parte de apoiadores de Donald Trump.

Depois de a polícia realizar busca na casa do ex-presidente, agentes federais e outros funcionários da segurança pública foram ameaçados.

Na rede social de Donald Trump, ativistas são convocados para matar. Um homem foi preso na Pensilvânia depois de postar que abateria muitos agentes do FBI antes de morrer.

Nos Estados Unidos, não há coesão entre os republicanos. Muitos temem o ambiente de terror, mas os que apoiam Donald Trump são ativos e perigosos. Pedem a extinção do FBI e o desmonte do Departamento de Justiça. Já mostraram audácia no Capitólio.

Lobos solitários podem deixar o país em pane. Práticas violentas são costumeiras na política estadunidense, mas as instituições deste país se empenharam mais em exportar o terrorismo do que em estimular seu uso interno.

Tendências políticas dos Estados Unidos sempre rebatem no Brasil, penetrando na sociedade e nas instituições.

As técnicas da Lava-jato foram importadas, assim como o neoconservadorismo das fileiras. No Exército, o introdutor do neoconservadorismo radical foi o general Avelar Coutinho, copiador de autores estadunidenses. Seu discurso foi endossado por oficiais destacados, como o ex-comandante Villas-Boas.

Diferentemente das instituições estadunidenses, que praticam o terrorismo além-fronteiras, as brasileiras têm longo histórico de uso interno do terror. Esta semana, inclusive, as labaredas do inferno receberam um dos mais sanguinários terroristas da história brasileira, Sebastião Curió, que fez carreira no Exército.

O hábito de práticas violentas contra opositores explica o apoio castrense à candidatura de um conhecido terrorista à presidência da República. Esse homem, desde novinho, defende o choque e o pavor. Diante de sua previsível derrota eleitoral, suas hostes podem entrar em modo doidice cruel.

Se registramos nos últimos dias um desanuviamento de tesões, não cabem descuidos. A defesa da democracia deve ser permanente. Não há outra forma de neutralizar a índole terrorista da extrema direita.

*Manuel Domingos Neto é professor aposentado da UFC/UFF, ex-presidente da Associação Brasileira de Estudos de Defesa (ABED) e ex-vice-presidente do CNPq.

Leia também:

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Zé Maria

O Prelúdio do Golpe (1)

Este é o primeiro de uma série de textos sobre a relação entre as Forças Armadas e o golpe orquestrado por Bolsonaro contra as eleições de 2022.
Partimos de duas hipóteses.
A primeira é que tanto no período contemporâneo, como no passado, o papel desempenhado pelos militares possui uma mesma natureza objetiva: o de força auxiliar à consolidação de um padrão de acumulação do capital, em sentido contrário às necessidades dos trabalhadores.
Para além dos interesses particularistas dos membros desta corporação, o que vislumbramos hoje é uma “blindagem fardada” da rígida política de austeridade fiscal.
Isto é, as Forças Armadas configuram-se como um instrumento estratégico para autolegitimação de governos[Neoliberais] de medidas econômicas impopulares.
Porém, diferentemente de antes, os militares estão menos dispostos em retornar para a caserna.
Os super salários, os mais intensos privilégios e a autoridade institucional adquirida pelo seu alto escalão os faz desejosos de manter-se na sua atual (e confortável) posição.
Vejamos neste texto a primeira e principal motivação dos membros do alto escalão das Forças Armadas por continuar no comando do Estado – os super salários [Vide Comentários abaixo].

Por Morena Marques, no EsquerdaOnLine

Íntegra em:

https://esquerdaonline.com.br/2022/06/11/o-preludio-do-golpe-1-o-que-ganham-os-militares/

Zé Maria

Quanto ganham os Oficiais Militares do Governo Bolsonaro?

Os oficiais das forças armadas ‘conquistaram’ no governo Bolsonaro
o privilégio de acumular tanto o valor equivalente ao exercício militar, como a remuneração decorrente da nova função desempenhada.

Isto se dá por uma série de ações perpetradas por Bolsonaro
a favor dos seus pares, sendo a mais impressionante a Portaria
do Ministério da Economia de nº 4.975/2021 que autoriza
uma parcela de servidores e militares a receber mais do que
o teto constitucional.
Curiosamente, a consequência imediata dessa medida é o aumento salarial do próprio presidente e dos membros do primeiro escalão.

Segundo Bernardo Caram (2021), “a portaria inova ao criar uma espécie de teto duplo.
Ela estabelece que o limite remuneratório incidirá separadamente
para cada um dos vínculos no caso de aposentados e militares inativos
que retornaram à atividade no serviço público”.

Os supersalários, ao contrário do que pensa o senso-comum, não são um fato generalizado no alto comando da estrutura do Estado e,
muito menos, no poder executivo.

Nota-se aqui um fenômeno recente:
a formação de uma casta de robustos rendimentos quase exclusivos
à militares em funções públicas e incomparáveis, até mesmo, aos privilégios existentes no judiciário e no legislativo.

A Constituição Federal no Art. 37 estabelece como valor máximo
para a remuneração de cargos públicos, salários, pensões e outros
proventos o equivalente aos ganhos de um ministro do Supremo Tribunal Federal – hoje atualizado em valores mensais de R$39,3 mil.

Com a nova portaria, vigente a partir de abril/2021, o limite da
remuneração passa a ser de exatamente o dobro deste teto. Isto é, R$78,6 mil.

O texto versa sobre a caracterização do público favorecido:
“servidor, empregado ou militar, aposentado, inativo ou beneficiário
de pensão“.

Todavia, em paralelo à publicação e a execução da portaria, os salários
dos servidores públicos civis, inclusive aposentados e pensionistas,
mantiveram-se congelados .

Vejamos, em valores da remuneração bruta, quanto ganham os homens de confiança do presidente, antes e após a Portaria SGP/SEDGG/ME nº 4.975/2021, recentemente convertidos na
casta mais alta dos Três Poderes:

– Jair Messias Bolsonaro (Capitão reformado)
Presidente da República
Antes da Portaria ganhava R$ 39.293,32.
Depois da Portaria passou a ganhar R$ 42.259,66.

– Wagner de Campos Rosário (Capitão do Exército)
Ministro da Controladoria-Geral da União
Antes da Portaria ganhava R$ 39.293,32.
Depois da Portaria passou a ganhar R$ 42.736,29.

Walter Souza Braga Netto (General do Exército)
Ministro da Defesa
Antes da Portaria ganhava R$ 39.293,32.
Depois da Portaria passou a ganhar R$ 63.670,20

Augusto Heleno R. Pereira (General do Exército)
Chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência .
Antes da Portaria ganhava R$ 39.293,32.
Depois da Portaria passou a ganhar R$ 65.337,00.

Hamilton Mourão (General do Exército)
Vice-Presidente da República
Antes da Portaria ganhava R$ 39.293,32.
Depois da Portaria passou a ganhar R$ 65.221,55.

Luiz Eduardo Ramos (General do Exército)
Ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República
Antes da Portaria ganhava R$ 39.293,32.
Depois da Portaria passou a ganhar R$ 65.959,80.

Bento Costa de Albuquerque (Almirante de Esquadra)
Ministro de Minas e Energia
Antes da Portaria ganhava R$ 39.293,32.
Depois da Portaria passou a ganhar R$ 70.070,00.
.
.

    Zé Maria

    No que diz respeito às empresas estatais, o nível de favorecimento
    salarial é ainda mais flexível, pois, ao não tratar-se de uma ocupação vinculada diretamente aos Três Poderes do Estado não há constrangimentos legais.

    Quando questionada sobre o acúmulo de remunerações do general Silva e Luna na direção da Petrobrás, a empresa afirmou, em nota, que
    “o cargo de presidente da Petrobrás está enquadrado como
    administrador. Em decorrência disso, a sua relação com a companhia é
    institucional, com perfil estatutário, e decorre do estatuto social da
    companhia, motivo pelo qual não se aplicam as restrições legais
    previstas […]”.
    Em igual tom justificaram os Correios, para quem a limitação
    constitucional quanto à remuneração “se estende tão somente
    aos ocupantes de cargos da administração direta, autárquica e fundacional.
    Os Correios são uma instituição pública de direito privado”.

    Porém, pouco se declara que a remuneração dos militares nas
    empresas estatais segue uma orientação criada pelo próprio governo e
    não submetida à jurisdição constitucional.

    Neste caso, a regulação salarial se dá pela “Secretaria de Coordenação
    e Governança das Empresas Estatais”, vinculada ao Ministério da
    Economia de Paulo Guedes.

    Vejamos então, a outra ala desta casta, à frente das principais empresas
    estatais do país:

    – Francisco Magalhães Laranjeira (Almirante de Esquadra)
    Companhia Docas do Rio
    Antes da Portaria ganhava R$ 31.444,43.
    Depois da Portaria passou a ganhar R$ 61.221,02

    – Oswaldo de Jesus Ferreira (General do Exército)
    EBSERH
    Antes da Portaria ganhava R$ R$ 32.751,00.
    Depois da Portaria passou a ganhar R$ 61.425,57

    – Carlos Freire Moreira (Contra-Almirante da Reserva)
    INB (Indústrias Nucleares do Brasil)
    Antes da Portaria ganhava R$ 27.103,30.
    Depois da Portaria passou a ganhar R$ 64.208,70

    – Floriano Peixoto Vieira Neto (General do Exército)
    Correios
    Antes da Portaria ganhava R$ 32.170,52.
    Depois da Portaria passou a ganhar R$ 68.695,42.

    – Hugo Cavalcante Nogueira (Vice-Almirante da Reserva)
    Casa da Moeda do Brasil
    Antes da Portaria ganhava R$ 30.343,20.
    Depois da Portaria passou a ganhar R$ 71.800,00.

    – Hélio de Paes Barros Júnior (Tenente Brigadeiro do Ar)
    Infraero
    Antes da Portaria ganhava R$ 35.428,73.
    Depois da Portaria passou a ganhar R$ 71.900,00

    – Waldemar Barroso Magno Neto (General do Exército)
    Finep (Financiadora de Estudos e Projetos)
    Antes da Portaria ganhava R$ 30.343,20.
    Depois da Portaria passou a ganhar R$ 73.861,98.
    .
    .

Zezeca Brasil

Essa turma age nas sombras. E tem gente que se ilude.
https://bananasnews.noblogs.org/post/2022/08/23/bananas-agem-nas-sombras/

Zé Maria

“O ladrão* não vem senão a roubar, a matar, e a destruir;
Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância.”
O mercenário**, e o que não é [verdadeiramente] pastor,
de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas,
e foge; e o lobo as arrebata e dispersa as ovelhas.”
(João 10:10-12)

* Tchutchuca (Putinha) do Centrão.
** Tipo Feliciano & MalaCheia.

RiaJ Otim

as pessoas tem que respeitar o resultados da democracia. Esses ganharam a eleição até para fazer muito pior

Zé Maria

Esse tal General Avelar Coutinho, ex-Comandante
do Centro de Informações do Exército (CIE), foi
o Doutrinador do Neofascismo Pós-Ditadura
dentro das Forças Armadas, especialmente – por
óbvio – do Exército braZileiro.

Segundo reportagem do Jornalista Marcelo Godoy,
publicada no Estadão (24/02/2019), que teve acesso
a “Relatórios Confidenciais”, o General de Brigada
Sérgio Augusto de Avellar Coutinho considerava
que “a atuação política do então capitão da reserva
Jair Bolsonaro só servia ‘para reforçar uma campanha
de descrédito das Forças Armadas perante a opinião
pública, comprometer a respeitabilidade do militar
e quebrar a coesão interna’ do Exército.

Coutinho vinculava Bolsonaro a ‘iniciativas desastradas’
que podiam desprestigiar a autoridade dos chefes
militares e ‘criar lideranças informais e hierarquias
paralelas’.

Conforme o repórter, “o general – estudioso da guerra
revolucionária – expressou-se assim quando comandava
o CIE, em 1989, em dois Relatórios Periódicos Mensais
do órgão – os de n.º 05/89 e 09/89.
Na reserva, Coutinho tornou-se uma espécie de ‘guru’
da direita no País, havendo publicado livros pela
Biblioteca do Exército, como ‘Cenas da Nova Ordem
Mundial’ e ‘A Revolução Gramcista no Brasil’.

O General Coutinho também “dava palestras no
Clube Militar nas quais afirmava que ‘o marxismo
cultural’ [SIC], por meio da criação de ‘um novo senso
comum’ ancorado no ‘politicamente correto’, criava o
‘consenso na sociedade’. Este era interpretado como
um instrumento para a socialização do País, discurso
que influenciaria o de Bolsonaro.
O general morreu em 2011.”

Prossegue a Reportagem:

“Alvo de suas críticas nos relatórios confidenciais
do CIE, Bolsonaro era então vereador – preparava
a primeira candidatura a deputado federal – e
ocupava a vice-presidência da Federação das
Associações de Militares da Reserva [Famir].
A Famir reunia militares inativos e pensionistas
e defendia as reivindicações dos militares.

Coutinho não foi o único general que, na época,
criticava Bolsonaro. A atuação classista do capitão
fez com que tivesse a entrada proibida nos quartéis,
após colidir com os ministros do Exército Leônidas
Pires Gonçalves (1985-1990) e Carlos Tinoco (1990-1992).
Julgavam-no inconsequente e intransigente.
Ou, nas palavras de Coutinho, alguém que ‘procurava
semear um clima de discórdia, incompreensão e
descrédito no público interno’.

Prontuário. Coutinho não se limitava a informar fatos
nos relatórios do CIE. Ele também fazia análises, um
estilo que contrastava com os dos chefes anteriores
do centro, como o general Tamoyo Pereira das Neves.
Desde 1987 até 1990 os generais do CIE, por meio da
Seção 102 (Informações) do órgão, produziram
documentos sobre Bolsonaro para os chefes militares
e alimentaram seu prontuário no centro: o de n.º 18658-5.

Além de vigiar e acompanhar as atividades de Bolsonaro,
a inteligência militar também espalhava suas análises e
descobertas pelos quartéis. Na época de Coutinho, os
relatórios mensais tinham 340 cópias, que eram distribuídas
‘até o nível de unidade’ com o objetivo de ‘difundir informações
relacionadas à defesa interna’. Era praticamente o triplo do que
era feito no comando do general Tamoyo, seu antecessor.

Assim, os textos de Coutinho sobre Bolsonaro tiveram difusão
ampla na Força, pois o general acreditava que ‘o comandante de
unidade tem o dever de manter seus homens informados’.
‘A utilização de trechos (do relatório confidencial), desde que
preservado o sigilo da fonte, poderá ser feita para atingir os
objetivos já citados.’

No relatório de maio de 1989, o texto sobre Bolsonaro
(Compostura Militar) dividia a página – a de número 6,
com a assinatura de Coutinho no alto – com outro
sobre o líder do PT Luiz Inácio Lula da Silva,
que tinha o título ‘Desinformação’.

Um texto analisava o ‘socialismo moreno’ do ex-governador
Leonel Brizola, a quem acusava de ter usado nos anos 1960
recursos de Cuba para ‘alimentar movimentos revolucionários’.
Mais adiante, criticava o secretário-geral do PCB, Salomão Malina,
por não ter verdadeiramente desistido da luta armada para a
tomada do poder e ser financiado pela União Soviética.

Em setembro, Coutinho escreveu que a ‘permissividade da
sociedade brasileira, pacientemente elaborada nos últimos
10 anos, através dos meios de comunicação social, infiltrados
pela esquerda [SIC], tem criado uma aceitação ‘sem preconceitos’
e ‘democrática’ de tudo: da destruição da família ao desamor à
Pátria, da tolerância ao crime à complacência aos antigos terroristas’.
Acusou ainda ‘a radicalização do PT’ e concluía com a acusação a
Bolsonaro – ‘Fazendo o Jogo das Esquerdas II: Famir’.
A inteligência do Exército chegou a se infiltrar na Famir.
Em sigilo, pelos menos três colegas de Bolsonaro, da turma de 1977
da Academia Militar das Agulhas Negras [AMAN], denunciaram sua
atuação para o CIE.

Seria pelo trabalho silencioso – revelou um general ao Estado – de um
dos maiores agentes da história do CIE, o tenente-coronel João Noronha
Neto, o Doutor Nilo, que começaria a reconciliação da cúpula militar com
Bolsonaro, um processo iniciado nos anos 1990 que só se concluiria no ano passado [2018].

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