Jogada esperta dos irmãos Marinho cacifa Globo para influir na escolha de 2018; quem tem condição de enfrentá-los?

Tempo de leitura: 4 min

por Luiz Carlos Azenha

A blogosfera se especializou em fazer pouco caso dos herdeiros de Roberto Marinho, mas pode tomar um troco monumental na temporada de 2018.

Os irmãos cacifaram Moro, a Força Tarefa da Lava Jato, o MPF, a PGR e a Polícia Federal em busca, talvez, de anistia para seus próprios crimes.

O nome da neta favorita de Roberto Marinho, Paula, filha de João Roberto Marinho, figura em documentos apreendidos pela Lava Jato no escritório da Mossack & Fonseca no Conjunto Nacional, em São Paulo.

A empresa panamenha foi descrita — ironicamente, aos olhos de hoje — pelo jornal O Globo como “a serviço de ditadores e delatores”. Também servia à família Marinho.

O nome de Paula aparece associado ao pagamento de taxas de manutenção anuais de três offshore — Vaincre LLC, A Plus Holdings e Juste, respectivamente baseadas em Nevada, Estados Unidos, Panamá e nas ilhas Seychelles.

Na verdade são empresas fantasmas destinadas a sonegar impostos, ocultar patrimônio e transferir valores fora do radar das autoridades do fisco.

Os Marinho tentaram empurrar o negócio para o colo do ex-marido de Paula, Alexandre Chiappetta de Azevedo, mas o Viomundo testa uma hipótese: os negócios de Alexandre no Rio são suficientemente grandes para justificar três offshore com o nível de blindagem das acima citadas? [Além de esconder o dono, escondem o nome do administrador através de uma empresa laranja].

Como diria nosso colega Amaury Ribeiro Jr., usando o jargão das contas-ônibus dos doleiros — contas destinadas a carregar grandes quantidades de dinheiro entre sua origem e os refúgios fiscais, ida-de-volta — será que não é ônibus demais para os poucos passageiros de Alexandre?

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A quem verdadeiramente serve a frota?

Aparentemente, os Marinho já conseguiram enterrar a pergunta, da mesma forma que escaparam até agora de punição criminal por comprovada sonegação de impostos — com furto do processo e tudo — e de todos os outros questionamentos relativos aos escândalos da CBF e da FIFA.

Será possível a existência de um quid-pro-quo entre os irmãos Marinho e os meritocratas da Lava Jato e adjacências? Uma compra de silêncio nos moldes da máfia?

Com a retaguarda devidamente protegida, os três irmãos e seus capatazes podem se dedicar ao que realmente interessa: reposicionar a Globo para 2018 e além.

O essencial é manter, em relação aos governantes de todas as esferas, a capacidade de extrair favores: levar Lula à bancada do Jornal Nacional, Dilma a fazer omeletes na Ana Maria Braga e, num famoso episódio de bastidores, contar até mesmo com o “revolucionário” José Dirceu.

Conta o senador Roberto Requião, nunca desmentido, que Dirceu desdenhou a TV pública do Paraná, que Requião enquanto governador do Estado transformou numa trincheira da esquerda. Instado a repetir a experiência em âmbito nacional, Dirceu teria respondido: já temos a nossa TV, é a Globo.

O Brasil vive, agora, uma conjuntura política extremamente fluida, especialmente pela capacidade de produzir denúncias do polo Globo e satélites.

Foi coincidência: Moro condenou o ex-ministro Antonio Palocci — um homem-chave dos governos Lula e Dilma — a 12 anos de prisão, a PGR denunciou Michel Temer e Moro, nas próximas horas, condenará Lula a uma extensa pena apesar da precariedade das provas.

É quando os Marinho crescem: na terra arrasada da antipolítica.

Em todas as pesquisas disponíveis os brancos e nulos derrotam Lula.

É por isso que a Globo trabalha por uma candidatura “tecnocrática”, pós-povo, que paire sobre os partidos existentes.

Quanto mais fracos os partidos, mais forte a Globo. A própria sobrevivência do monopólio depende de um governo suficientemente débil para ‘acomodar’ os interesses dos Marinho.

É a incerteza quanto ao futuro que deixa a esquerda tão fraturada: os petistas jogam todas as cartas em Lula porque sabem que a sobrevivência dele está intimamente ligada à do partido.

Assim, o PT sai no lucro mesmo que perca a eleição de 2018 com uma votação significativa, garantindo bancadas na Câmara, no Senado e quem sabe um governador ou outro.

Tarso Genro, Chico Alencar e Guilherme Boulos vislumbram o espaço para um novo partido de esquerda, o PT versão 2020, mais descolado da base industrial do ABC que se desmilinguiu e mais ligado nos movimentos sociais da terra, moradia e salários.

Ciro Gomes tenta compor um frentão que vá do centro à esquerda, juntando no mesmo barco industriais frustrados com a degringolada do mercado interno e brizolistas.

Nos movimentos sociais, o casamento das políticas identitárias, profundamente enraizadas na academia — onde fornecem feudos, empregos e prestígio — com as redes sociais promove a política do menu: você escolhe o ambientalismo da Marina, o discurso LGBT da Marta e as propostas trabalhistas do Paulo Paim — desde que não contestem o capitalismo ultraliberal, megaturbinado pelas finanças.

É a única explicação, por exemplo, para o fato do financista George Soros apoiar a luta LGBT da filha de Raul Castro em Cuba.

Esperneie à vontade dentro dos parâmetros do “possível”. Empreste seu corpo ao teatro da contestação. Brilhe no Instagram, cause no Facebook: a sua causa é nossa mercadoria. O parâmetro do aceitável é nosso, brinque livremente até as bordas mas, o trespassing será punido como o de mil black blocks. Não existem classes sociais, existem mercados consumidores de política insatisfeitos quanto ao menu. Conceda aqui, mexa na barra e na largura, desde que não se conteste o modelo.

O Brasil é um país doente da importação de fórmulas prontas, à esquerda e à direita. Ao coxinha antenado em Miami corresponde o contestador de boutique, raso de História e informação e pleno de performance despida de sentido. Uns, tanto quanto outros, digerindo o que lhes é servido a partir das metrópoles.

Diante de tanta mediocridade, não é surpresa que a dos Marinho, turbinada por alguns bilhões de reais e a disciplina imposta pelo cardeal Ratzinger, ainda seja definidora.

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Comentários

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Guilherme

Ainda existem brizolistas no PDT de Ciro?

Carlos Salgado

Duro na análise e brilhante.
Talvez levemos décadas para nos reorganizar.

A esquerda consegue tratar com foco e organicamente apenas as questões de seus coletivos internos, que são, como bem demonstra o texto, questões “transclassistas e transnacionais”, o que realmente nos desagrega politicamente na luta de classes.

Por quais caminhos esses coletivos terão coesão política novamente? Dependerá de faltar mistura na mesa de parcela significativa dos trabalhadores?

Cláudio

:
: * * * * 04:13 * * * * .:. Ouvindo As Vozes do Bra♥♥S♥♥il e postando: A grande mídia (mérdia) é composta de sabujos sujos e sabujas sujas a serviço dos ianque$ e do $ionismo de capital especulativo internacional e outras máfias (como a ma$$onaria, com dois c(h)ifrões, de $$ neonazista) dos e das canalhas direitistas…
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PARA A ENÉSIMA PUTifARIA ( patifaria + putaria ) DA DIREITA:

Foi com muito cálculo que se preparou mais essa para o PT (e/ou as esquerdas, o progressismo/trabalhismo). E, ao que parece, o partido não contava nem se preveniu para essa eventualidade. Aliás, é estranho o número de vezes que o PT (o progressimo/trabalhismo) é pego de calças curtas, desprevenido e perplexo. E, o que mais espanta, é que seus inimigos nem parecem ser tão espertos assim.
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AS MORDOMIAS DOS MARAJÁS EM PÉ DE GUERRA:
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Os 17 mil juízes receberam em média 46,1 mil por mês em 2015;
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Os 1,2 mil promotores e procuradores de Justiça recebem salário máximo teórico de 33,7 mil mensais;
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Magistrados e promotores têm auxílio-moradia de 4,3 mil mensais. Se morarem juntamente com um cônjuge que também tem direito a auxílio, ambos recebem da mesma forma;
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Todos têm 60 dias de férias por ano e, em caso de trabalho fora do local, uma diária equivalente a 1/30 da remuneração mensal;
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Pena máxima em caso de punição disciplinar: aposentadoria compulsória com salario integral (i$$o é punição mesmo ou é premiação ?…)
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E MAIS :

Os tribunais de contas e o Judiciário são a maior fonte de corrupção

O Judiciário do Brasil é o mais caro do mundo

O juiz é um servidor público como o faxineiro, só que o Judiciário decide em causa própria

Os juízes dizem “na minha vara” – a vara não é dele!

A reforma de Previdência não vai atrás de juiz que recebe aposentadoria de R$ 100 mil: vai atrás dos pobres

O Judiciário é uma ditadura de classe – e ditadura conservadora

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Poesia contra a distopia (Distopia = Ideia ou descrição de um país ou de uma sociedade imaginários em que tudo está organizado de uma forma opressiva, assustadora ou totalitária, por oposição à utopia. “Distopia”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/distopia [consultado em 01-10-2016].)

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Poema acróstico para o maior e melhor brasileiro de todos os tempos :

L ouvemos quem bem merece o mais pleno louvor
U m homem simples como as coisas boas da vida
Í ntimo camarada, nosso irmão e amigo de valor
Z elando sempre pelo bem da humanidade querida

I nimigo dos maus, amigo dos bons, trabalhador
N ascido do povo que muito o ama e admira
Á rvore de bons frutos, os de melhor sabor
C onsciência plena de tudo que no mundo gira
I magem perfeita do homem de si senhor
O humano defensor de humana lira

L uz de nossa gente, lutador incansável
U m verdadeiro herói do povo brasileiro
L úcido e consciente do mais admirável
A mor pelo ser humano e verdadeiro

D igno e sincero, fraterno e muito humano
A migo do povo, honesto e sempre lhano

S eja o meu/nosso canto para te louvar
I sso que a voz do povo já disse várias vezes
L ula, o BraSil vive mais feliz só por te amar
V itória da melhor sorte no número treze
A fazer do brasileiro a humanidade a se ampliar.

Autor: Cláudio Carvalho Fernandes ( poeta anarcoexistencialista )

.:.

L uz do povo brasileiro
U m digno e fiel lutador
L astreando com real valor
A honra do BraSil inteiro.

.:.

L ula livrou 36 milhões da pobreza
U m feito memorável sem precedentes
L utando contra a mídia venal, teve a certeza
A bsoluta de estar ao lado dos brasileiros conscientes

.:.

L ivrando da miséria extrema 36 milhões de brasileiros
U m feito sem igual que por si só já bastaria
L ula segue sendo no mundo um dos primeiros
A fazer de seu povo a eterna rima rica de sua poesia

.:.
.:.

Mídia cínica, mercenária, demagógica e corruta.
.
“Com o tempo, uma imprensa [mídia] cínica, mercenária, demagógica e corruta formará um público tão vil como ela mesma”.
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…………………..………………………………. ( Joseph Pulitzer )

.:.

Se você não for cuidadoso / cuidadosa
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“Se você não for cuidadoso / cuidadosa, os jornais [a mídia] farão [fará] você odiar as pessoas que estão sendo oprimidas e amar as [‘]pesso[nh]as[’] que estão oprimindo”.
.
…………………..………………………………. ( Malcolm X )

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( En la lucha de clases )
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En la lucha de clases
Todas las armas son buenas
Piedras
Noches
Poemas
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…………………………………………….( Paulo Leminski )

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( Não é a beleza )
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Não é a beleza
Mas sim a humanidade
O objetivo da literatura
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…………………………………………….( Salamah Mussa )

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A existência precede a essência.
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…………………………………………….( Jean-Paul Sartre )

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Por uma verdadeira e justa Ley de Medios Já pra antonti (anteontem. Eu muito avisei…) !!!! Lul(inh)a Paz e Amor (mas sem vaselina) 2018 neles (que já tomaram DE QUATRO no PSDBosta) !!!!

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