Jeferson Miola: Oportunidade de ouro para o governo Lula extinguir o GSI
Tempo de leitura: 3 minOportunidade de ouro para governo extinguir o GSI
Por Jeferson Miola, em seu blog
Muitos militares lotados no Gabinete de Segurança Institucional [GSI] ainda pelo general Augusto Heleno continuavam nos mesmos cargos durante a gestão do general Gonçalves Dias [GDias] quando aconteceram os atentados criminosos no 8 de janeiro.
A comprovação documental da cumplicidade desses militares com os criminosos que invadiram e depredaram o Palácio do Planalto oferece uma chance de ouro para o governo extinguir o GSI.
O GSI é um enclave conspirativo dos militares no centro do poder civil. Sua existência conflita com uma institucionalidade democrática e republicana.
Ainda na transição o governo Lula começou o esvaziamento do órgão, retirando dele atribuições relevantes.
Primeiro, substituiu o GSI pela PF na segurança presidencial desde antes mesmo da posse. E, depois do 8 de janeiro, transferiu a ABIN para o comando da Casa Civil.
Se ainda faltava algo para o sepultamento definitivo do GSI, as imagens de militares tratando criminosos – muitos deles fardados – com espantosa cortesia, urbanidade e camaradagem, foi a pá de cal.
Não faz absolutamente nenhum sentido o governo manter o GSI; é preciso extingui-lo.
A existência do GSI só interessa aos militares, que o instrumentalizam para fortalecer o poder fardado no controle, espionagem, vigilância e perseguição política da sociedade.
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Este órgão tem importância estratégica para o exercício da tutela militar sobre a democracia e o poder civil.
Não por acaso, um dos primeiros atos administrativos do usurpador Michel Temer foi a recriação do GSI, em 12 de maio de 2016 [Medida Provisória nº 726], quando a máfia golpista se instalou no Planalto.
Para o cargo de ministro do GSI, foi nomeado o general-conspirador Sérgio Etchegoyen, aquele que junto com o também conspirador Villas Bôas traiu a presidente Dilma, que os havia designado respectivamente para a chefia do Estado Maior e para o Comando do Exército, e conspiraram com Temer para derrubá-la.
Etchegoyen rapidamente dotou o GSI do poder e influência que pavimentou o caminho para a materialização do projeto – ainda secreto, à época – de poder dos militares com Bolsonaro.
Como analisado em artigo de 24/12/2022, foi na gestão do general Etchegoyen no GSI que teve início a colonização generalizada do aparelho de Estado por militares, fenômeno depois exponenciado no governo militar nominalmente presidido por Bolsonaro.
Com Etchegoyen, a ABIN retornou para o GSI e foram reconfigurados os dispositivos de inteligência, espionagem, vigilância, sabotagem, chantagem e controle nos moldes do SNI, da ditadura militar.
A permanência do GSI representa um retrocesso democrático e uma ameaça permanente à governabilidade que só não continuou extinto como decidido pela Dilma em 2015 em consequência do golpe oligárquico-militar de 2016.
No contexto da desmilitarização do Estado e da sociedade brasileira, a extinção do GSI é um requerimento fundamental; “é um passo vital que precisa ser dado na perspectiva de desmilitarização e desfascitização do Estado brasileiro”.
Leia também:
Jeferson Miola: GSI preserva praticamente intacta estrutura montada pelo general Heleno
Comentários
Heitor Cardoso
O GSI é um centro avançado de espionagem contra o governo, contra o Lula e contra o PT.
Qto mais longe esses milicos das ffaa estiverem dos ministérios, melhor para todo mundo.
Tão lá só para espionagem.
E cuidado com os grampos.
Atib Tevez
Governam mal pra caramba !
A economia com eles sempre pifa.
Zé Maria
E a Imprensa Canalha Antipetista Neoliberal está fomentando
a Extrema Direita no Congresso, dando Elementos Falsos
para acusarem Lula de dar “um Golpe contra si Mesmo”.
A própria montagem dos vídeos com as imagens pela CNN foi
uma Armação da Mídia Venal para atuar em Rede contra o PT.
Zé Maria
A Corja Golpista de Coturno está infiltrada não só no GSI
como em outros cargos governamentais de natureza Civil.
Zé Maria
Os Generais Ricardo Nigri e Marcius Netto foram indicados
para exercerem Cargos no GSI pelo General Júlio Cesar
de Arruda, então Comandante do Exército, que já foi
demitido por Lula, por estar envolvido no Golpe do dia 8/01.
Nigri foi indicado para Secretário-Executivo do Gabinete e
Marcius para Chefe da Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial no GSI.
O Comando do Exército de Bolsonaro infiltrou generais de todos
os tipos de pelagem no Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Se o Lula não der um jeito nisso, o Xandão vai dar.
Zé Maria
O “Conspirador Villas Bôas” continua sendo
um dos Principais Articuladores de Golpes.
Não foi à toa que a esposa dele era uma das
que estavam acampadas em frente ao QG.
Zé Maria
Todo mundo falando do General GD e ninguém fala do “General Ricardo Nigri”
que trabalhou como oficial do gabinete do General “conspirador Villas Bôas”
e era Secretário-Executivo do Gabinete de Segurança Institucional (GSI)
https://www.cartacapital.com.br/politica/exercito-sugere-a-mucio-levar-ex-auxiliar-de-villas-boas-para-a-secretaria-executiva-do-gsi/
O GSI é um Antro de Militares Infiltrados pela Cúpula Golpista do Exército.
.
Zé Maria
https://www.viomundo.com.br/politica/jeferson-miola-governo-lula-deveria-extingir-o-gsi-a-sua-manutencao-nao-interessa-a-democracia.html
Zé Maria
Excerto
“A existência do GSI só interessa aos militares,
que o instrumentalizam para fortalecer o poder
fardado no controle, espionagem, vigilância
e perseguição política da sociedade.
Este órgão tem importância estratégica
para o exercício da tutela militar
sobre a democracia e o poder civil.”
[…]
“Não faz absolutamente nenhum sentido
o governo manter o GSI; é preciso extingui-lo.”
.
JEFONI HUMBERTO DEROSSO
Concordo, plenamente, com o Jeferson, extinguir o GSI é ato imperativo para acabar com um ninho de conspiradores muito próximos do governo. Extinção já!
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