Jeferson Miola: Diante da brutal devastação do Brasil, futuro governo Lula-Alckmin será de urgência nacional
Tempo de leitura: 3 minA centralidade do Estado para o governo de urgência nacional Lula-Alckmin
Por Jeferson Miola*, em seu blog
O futuro governo Lula a ser eleito em outubro próximo será um governo de urgência nacional. Um governo para iniciar a reconstrução da democracia, da economia, da dignidade e da soberania do país e do povo brasileiro.
Diante da brutal devastação, pilhagem e saqueio do Brasil, a reconstrução do país, em todos os sentidos, sobretudo da superação do ódio, do fascismo e da violência política e social, será uma missão não só de um governo, mas um objetivo a ser perseguido por muitos anos.
Com a amplitude da aliança desenhada, que integra o ex-tucano Geraldo Alckmin, agora PSB, Lula busca dar o significado de um governo de salvação nacional ao seu terceiro período na presidência do país.
O Brasil é palco da guerra de ocupação deflagrada pelas oligarquias dominantes por meio do impeachment fraudulento da presidente Dilma em 2016.
Nesta guerra, o Exército ocupante do nosso território, no entanto, não é nenhuma força estrangeira, mas as próprias Forças Armadas brasileiras que, partidarizadas por suas cúpulas conspirativas, foram convertidas em milícias fardadas.
Esta guerra criou uma oportunidade extraordinária para os grandes capitais – nacionais e estrangeiros – realizarem o mais brutal processo de pilhagem e saqueio das riquezas do país. Um processo radical de espoliação e recolonização do Brasil.
A privatização ruinosa da Eletrobrás, realizada às pressas, mostra a pressa da escória dominante em agilizar a repartição do butim da guerra no fim de festa do governo militar.
E mostra, também, a coesão das classes dominantes em torno do programa bolsonarista ultraliberal que, na realidade, representa o aprofundamento radical da “ponte para o futuro” – o programa que unificou todas frações das classes dominantes em torno do usurpador Michel Temer/MDB.
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O legado desta guerra de ocupação é a apropriação de bens públicos por piratas capitalistas, a devastação climática e ambiental, a invasão das terras indígenas com o extermínio dos povos originários, a destruição da economia nacional e a condenação de mais da metade da população à miséria, fome, desemprego e desamparo.
Para o êxito desta guerra, foram decisivos o aparelhamento, a captura e o redirecionamento do Estado para moldá-lo à feição do projeto de destruição em curso.
Os bárbaros assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Philips, por exemplo, são consequência lógica das políticas oficiais e de indução estatal ao avanço de formas capitalistas criminosas de exploração econômica na região amazônica.
De igual maneira, a pilhagem da renda petroleira, que só em 2021 assegurou a entrega de R$ 41 bilhões de lucros da Petrobrás a grupos estrangeiros e outros R$ 22 bilhões a grupos privados nacionais, também é reflexo de políticas de Estado orientadas pelos interesses do grande capital em detrimento da sociedade brasileira.
Para um governo como o do Lula, que terá a missão humanitária de retirar 33 milhões de brasileiras e brasileiros da fome e outros 92 milhões que vivem em situação de insegurança alimentar [OXFAM], será vital a recuperação e o fortalecimento do Estado noutra direção.
Do mesmo modo, para enfrentar a recessão e a inflação, combater o desemprego de 12 milhões, o desalento de outros 4,6 milhões e a condição “uberizada” de trabalho de outros 46 milhões [IBGE], será fundamental a forte indução e regulação econômica pelo Estado atuante.
O mesmo se pode dizer a respeito da atuação crucial do Estado na proteção dos biomas e do clima e na defesa e proteção, com direitos e dignidade, dos povos originários e seus territórios.
Nunca antes como na atual conjuntura histórica estivemos diante da encruzilhada civilizatória que coloca nosso destino entre a democracia e a barbárie ultraliberal e o fascismo.
Com a eleição do Lula, uma tarefa de primeira grandeza será a de reconstruir o Estado social e democratizá-lo por meio de dispositivos de controle e participação popular direta e plebiscitária, mais além das Conferências temáticas, para que o país possa deixar para trás as dores, os traumas, as injustiças, os sacrifícios e as desigualdades impostas à imensa maioria do povo brasileiro.
*Versão ampliada do artigo “Amanhã será outro ano” publicado no Grifo – jornal dos Cartunistas da GRAFAR.
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Comentários
Zé Maria
“Não ter certeza se vai ter o que comer. Fome.
Segundo a FAO, 60 milhões de pessoas sofrem
com a insegurança alimentar no Brasil.
Bolsonaro é um dos grandes responsáveis
por essa tragédia humana.”
Que o NOVO GOVERNO de LULA chegue logo.
#LulaNoPrimeiroTurno #ForaBolsonaroeSuaQuadrilha
https://twitter.com/LuizianneLinsPT/status/1544761110150119424
https://pbs.twimg.com/card_img/1544416088938758146/IlBxQSBG?format=jpg&name=900×900
“O leite tá mais caro que a gasolina.
Nos mercados, o soro de leite
virou o substituto mais barato e
muitas famílias estão diluindo
o leite com água pra render mais.
O Brasil de Bolsonaro é o da fome.
Com Lula, comida no prato
é prioridade.” #EquipeLULA
https://t.co/Y2483xLOea
https://twitter.com/LulaOficial/status/1544682879179014148
Zé Maria
Entrevista: Jornalista Marcos Uchôa
“Globo Bateu os Tambores da Lava-Jato e
pensava que Paulo Guedes domaria Bolsonaro”
Na TV Fórum: https://youtu.be/eYLOoAnRYsE
Zé Maria
.
.
“Com a propagação dos sentimentos de ódio e medo pela
Extrema Direita, a vitória de Jair Bolsonaro, declaradamente
contrário à defesa dos direitos humanos, do meio ambiente
e dos povos indígenas e quilombolas, deu ensejo a uma
expectativa negativa para as pessoas atingidas, em relação
tanto à defesa de seus direitos socioeconômicos quanto à
construção de soluções para problemas socioambientais
enfrentados por elas.”
Le Monde Diplomatique
https://diplomatique.org.br/tres-anos-de-desastre
.
.
“Toda esta imensa Região está ameaçada
por caçadores e pescadores ilegais,
por garimpeiros e agricultura predatória,
até por missionários evangélicos
determinados a converter, por todos os
meios, os últimos representantes
dos povos nativos isolados.”
“À medida que seu Mandato chega ao Fim,
Bolsonaro deve ser Responsabilizado por
essa Catástrofe”
Le Monde
https://www.lemonde.fr/idees/article/2022/06/14/amazonie-deux-disparitions-et-une-catastrophe_6130268_3232.html
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Na Realidade, a Devastação provocada pelo Bolsonaro
não é ‘só’ na Amazônia e no Pantanal, é no País Inteiro.
E, além da Devastação, a Destruição do Passado Recente
a Calamidade do Presente, a Extinção do Futuro do Brasil
e a Aniquilação do Povo Brasileiro. Um Desastre Total.
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Zé Maria
https://issuu.com/luvieira.ink
GRIFO 24
https://issuu.com/luvieira.ink/docs/grifo_24_web
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