Jeferson Miola: Derrota imposta à máquina de guerra fascista torna vitória do Lula um acontecimento épico
Tempo de leitura: 3 minDerrota imposta à máquina fascista torna vitória do Lula um acontecimento épico
Por Jeferson Miola, em seu blog
Bolsonaro não aceitaria a vitória eleitoral do Lula em nenhuma hipótese; ele é, como sempre foi, uma pessoa incompatível com a democracia e com a civilização.
Além disso, a deslegitimação do resultado eleitoral é uma estratégia da extrema-direita para a mobilização e engajamento permanente da matilha fascista “contra o sistema”.
O despeito de Bolsonaro com o fracasso é ainda maior porque ele não acredita que não tenha conseguido se reeleger mesmo tendo montado a mais poderosa e corrupta máquina de guerra contra a democracia.
Uma estrutura ilegal e criminosa nunca antes vista [aqui e aqui].
Esta máquina era tão poderosa, endinheirada e esparramada pelo país que Bolsonaro não se convence e não aceita que, ainda assim, Lula conseguiu derrotá-lo.
Bolsonaro só foi eleito em 2018 porque Lula foi ilegalmente impedido de concorrer.
Naquela eleição, a triangulação envolvendo o Alto Comando do Exército, a gangue da Lava Jato e setores do judiciário entregou de mão beijada a condição ideal para ele ser eleito.
Para a eleição deste ano, contudo, depois da desmoralização da monstruosa farsa da Lava Jato, ficou impossível interditar Lula eleitoralmente por meio de qualquer artifício farsesco do estilo.
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Bolsonaro e os militares ficaram, então, com duas opções para tentarem continuar o projeto de poder autoritário, reacionário e ultraliberal: ou providenciavam a eliminação física do Lula, o que seria um tiro pela culatra; ou montavam a máquina do crime que efetivamente montaram.
Ainda estamos longe de apreender e contabilizar a dimensão plena do que foi feito pela campanha fascista nos grotões de todo país.
O saldo líquido da montanha de dinheiro usado neste esquema criminoso e corrupto, segundo as informações preliminares, indicam um rombo de R$ 400 bilhões nas finanças do país.
A reportagem do jornalista Caco Barcellos, da TV Globo, é uma amostra representativa do método de cabresto e de compra de votos que o governo militar empregou em mais de cinco mil municípios. Este esquema envolveu bilhões em benefícios sociais direcionados de modo clientelístico.
A Codevasf [Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba] foi um entreposto na região nordeste do esquema bilionário e corrupto do orçamento secreto.
Reportagem do jornal Folha de São Paulo apurou que a Companhia chegou a liberar verbas para corrupção eleitoral e clientelismo a um ritmo alucinante de R$ 100 mil por hora – sim, R$ 100 mil por hora! – em redutos controlados por políticos e militantes da extrema-direita.
Patrões inescrupulosos da escória empresarial [industrial, comercial, do setor de serviços, financeiro e agropecuário], além de financiarem a campanha do Bolsonaro com mais de R$ 100 milhões, coagiram e ameaçaram de demissão trabalhadores caso não votassem no candidato fascista.
Charlatães religiosos se jogaram na guerra religiosa e promoveram terrorismo informacional com imundícies e mentiras sobre Lula, o PT e a esquerda nos templos caça-níquel e nas redes sociais.
Suspeita-se que a articulação internacional da extrema-direita coordenada por Steve Bannon tenha aportado outros 40 milhões de dólares para a campanha do Bolsonaro por vias ilegais e clandestinas, insuscetíveis de controle pela justiça eleitoral.
Foi desenvolvida uma guerra cibernética devastadora e arrasadora com recursos, tecnologias, dispositivos e estratégica militar – financiada pela lúmpem-burguesia e com dinheiro público e comandada desde o Palácio do Planalto, de ministérios e órgãos militares, de inteligência e de espionagem do governo.
Apesar disso tudo e do poder avassalador desta máquina fascista de guerra contra a democracia, Lula venceu.
Só ele, e nenhum outro político brasileiro conseguiria derrotar o fascismo, menos ainda neste contexto de roubo, fraude, manipulação e corrupção eleitoral da extrema-direita.
Lula era a única e, ao mesmo tempo, a última trincheira de resistência da democracia para deter o avanço fascista-militar [aqui e aqui].
Só Lula conseguiria catalisar a gigantesca mobilização do povo brasileiro que lhe permitiu protagonizar esta conquista histórica e decisiva para o Brasil e para todo o planeta.
A vitória do Lula é superlativa e, também, marcada por recordes. Com 60.345.999 votos, ele gravou a maior votação já obtida por um candidato. E Lula é também o primeiro presidente da história republicana a ser eleito democraticamente três vezes para governar o país.
A derrota imposta à máquina de guerra fascista torna a vitória do Lula um acontecimento épico.
O mundo inteiro, e não só o Brasil, respira aliviado com esta vitória memorável do Lula. Afinal, ele quebrou um dos principais elos da engrenagem da extrema-direita internacional.
No próximo período, Lula será fundamental para a desfascistização do Brasil e terá uma contribuição importante no combate internacional ao fascismo.
Seu governo poderá avançar nesta direção por meio de uma diplomacia antifascista e construtora de um mundo plural, democrático, de respeito humano e de preservação das conquistas civilizatórias da humanidade.
Leia também:
Jean Marc von der Weid: O que é isso, companheiros?
Roberto Amaral: A extrema-direita vai confrontar o governo Lula, e nós precisamos derrotá-la
Comentários
Zé Maria
https://www.infomoney.com.br/wp-content/uploads/2022/11/pt-bolsonaro-2022-2018.png
No 2º Turno da Eleição Presidencial de 2022, em Relação à de 2018,
o Caramunhão aumentou em 0,3% o Percentual na Região Nordeste[*].
Havia feito 30,3%, no 2º Turno de 2018, e agora em 30/10/2022 fez 30,7%.
Em Todas as Outras Regiões do Brasil o Energúmeno Genocida teve
em 2022 um Percentual proporcionalmente Menor do que em 2018.
*[Isso se deveu à visita da DamaresGoiabeira e da Micheque$89Mil?]
https://www.infomoney.com.br/politica/puxado-por-sp-sudeste-foi-decisivo-para-vitoria-de-lula-sobre-bolsonaro-veja-desempenho-por-estado-e-regiao
Zé Maria
Detalhes
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Para vencer a eleição de 2022, Lula conquistou 13.205.918 votos a mais
do que Haddad em 2018, enquanto Bolsonaro melhorou a sua votação
em 394.914 votos em 4 anos (sem contar a votação no exterior).
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Quase 59% dos votos que Lula recebeu a mais no 2º turno,
na comparação com Haddad em 2018, vieram do Sudeste.
Votação de LULA no 2º turno 2022
(Comparação c/ Haddad 2018):
Regiões do Brasil
[Votos Válidos]
Sudeste: +7,7 milhões (+11,1%, de 34,6% para 45,7% dos )
Nordeste: +2,2 milhões (-0,4%, de 69,7% para 69,3%)
Sul: +1,6 milhão (+6,5%, de 31,7% para 38,2%)
Centro-Oeste: +928 mil (+6,3%, de 33,5% para 39,8%)
Norte: +657 mil (+0,9%, de 48,1% para 49,0%)
Votação de Bolsonaro no 2º turno (2022 x 2018):
Regiões do Brasil [Votos Válidos]
Sudeste: -1,3 milhão (-11,1%, de 65,4% para 54,3%)
Nordeste: +1,1 milhão (+0,4%, de 30,3% para 30,7%)
Sul: -144 mil (-6,5%, de 68,3% para 61,8%)
Centro-Oeste: +168 mil (-6,3%, de 66,5% para 60,2%)
Norte: +539 mil (-0,9%, de 51,9% para 51,0%)
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https://www.infomoney.com.br/wp-content/uploads/2022/11/pt-bolsonaro-2022-2018.png
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[Fonte: Infomoney]
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Zé Maria
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A exemplo do que ocorreu no primeiro turno, LULA VENCEU
no Pantanal, na Pampa, no Sertão, no Agreste e na Amazônia.
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Zé Maria
https://s2.glbimg.com/aKq1lxNIXMX9GgwpJfNH32cSMzw=/0x0:1200%C3%971657/1000%C3%970/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/F/0/ZiBWhoRAKh6nDHNSBQ6A/cidades-vencidas-porquem.png
Zé Maria
O Uso do Dinheiro Público e da Mentira quase reelegeram o Caramunhão.
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