Jeferson Miola: Brasil está sob grave ameaça de terroristas, Exército os protege e mídia repercute como banalidade; veja capas
Tempo de leitura: 4 minO Brasil está sob grave ameaça terrorista de fascistas que estão amotinados nas áreas dos quartéis, onde contam c/apoio e proteção do Exército, mas a mídia hegemônica repercute o assunto como uma banalidade da paisagem nacional.
As capas dos jornais são simplesmente vergonhosas. pic.twitter.com/Rwm6A6c18F— jeferson miola (@jefmiola) December 26, 2022
Continuidade de acampamentos terroristas em frente aos quartéis indica que, no mínimo, Exército pode ser cúmplice do terrorismo
Por Jeferson Miola, em seu blog
A continuidade dos acampamentos terroristas em frente aos quartéis – mesmo depois da tentativa de explosão de bomba nas imediações do aeroporto [24/12] e dos atentados terroristas em Brasília no dia da diplomação do presidente e vice-presidente eleitos [12/12] – indica que, no mínimo, o Exército Brasileiro pode ser considerado cúmplice do terrorismo.
Se o Comando do Exército não dissolver imediatamente as células de terroristas amotinados nas áreas sob administração militar, estará confirmando a desconfiança de envolvimento com o terrorismo e, além disso, estará afiançando a conversão do Forte Apache [Quartel General do Exército, em Brasília] em centro de comando do terrorismo fascista.
Tudo o que acontece nos acampamentos em frente aos quartéis é do pleno conhecimento do setor de inteligência do Exército e, também, do GSI – Gabinete de Segurança Institucional, comandado pelo general Augusto Heleno.
Nestas áreas estão amotinados militares da ativa e da reserva, integrantes da “família militar”, mercenários, empresários e outros tipos de bolsonaristas que atentam contra a democracia e o Estado de Direito.
Esses criminosos, que dispõem de um arsenal bélico formidável e estão fortemente armados, contam com a camaradagem dos comandos militares, que asseguram a eles infraestrutura, logística, parceria e, claro, segurança e proteção.
Além de oficiais da ativa que insuflam abertamente os baderneiros, como o sargento da Marinha lotado no GSI e o comandante da 10ª Região Militar, de Fortaleza, a esposa do general Villas Bôas já circulou alegremente pela célula terrorista na área do QG do Exército.
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Lá, a senhora Maria Aparecida Villas Bôas foi festejada e homenageada como uma verdadeira celebridade.
Neste ambiente de familiaridade e camaradagem com os amotinados na frente dos quartéis, é difícil não se suspeitar do envolvimento dos militares com os atentados terroristas. Caso contrário, a outra hipótese é de que a inteligência do Exército e o GSI, que controla a ABIN, sejam totalmente incompetentes.
Reportagem da Revista Fórum [13/12] publicou denúncia de servidor da Polícia Federal lotado na Presidência da República que acusou o GSI de estar por trás dos bárbaros atos de terror perpetrados por fascistas em Brasília no dia 12 de dezembro.
De acordo com a fonte da matéria, “O GSI está na cabeça disso, e o uso da área do QG, que é militar, é do Exército, não é à toa”.
O servidor da PF sustenta, ainda, que a PM do DF, hiper bolsonarizada, é conivente com os terroristas. Prova disso é que até o presente momento, apenas três criminosos foram identificados, mas nenhum deles foi preso.
Já o executor da tentativa de explosão da bomba próximo ao aeroporto da capital federal, um modesto gerente de posto de combustível no Pará, cuja esposa recebeu auxílio emergencial, teria investido R$ 170 mil para a aquisição do arsenal de armas.
Quem financiou o armamento deste criminoso que confessou que o atentado foi decidido e planejado no acampamento na área do QG do Exército?
Bolsonaro é responsável, sim, pelo caos e clima de terror bolsonarista no país.
Mas Bolsonaro é instrumento de uma estratégia superior, concebida e bancada pelas cúpulas partidarizadas das Forças Armadas, que não desistem da guerra fascista contra a democracia, na perspectiva de um projeto de poder militar.
Assim como nos estertores da ditadura, os militares linha GSI/SNI podem estar produzindo novos “Riocentros” para incendiar o país, tumultuar a democracia, causar pânico e terror para, com isso, terem pretexto para fecharem o regime.
Truque manjado.
Sobram razões para o governo Lula extinguir o GSI, que é um enclave das cúpulas militares no coração do poder civil, e transferir para a reserva a maior parte do atual oficialato.
Leia também:
Jeferson Miola: Governo Lula deveria extingir o GSI; permanência não interessa à democracia
Comentários
abelardo
O que aconteceria se o Brasil precisasse das Forças Armadas para se defender de um ataque estrangeiro? O que exigiriam do governo federal, para ela fazer o favor de defender o país, o qual parece que só lhe interessa se eles próprios estiverem no poder? Pediriam próteses penianas? Toneladas de viagras? Charutos cubanos, whisky, filé mignon, redes para se balançarem e dormir no ponto? 15° salário? Passagens para Orlando, Miami, Las Vegas, Paris e Grécia? Poltronas massageadoras para o alto comando e o S T M? A mimada Forças Armadas está deixando o monstro do fascismo, do nazismo e do terrorismo crescerem em seus quintais sem nenhum controle. Aliás, deixam a entender que os únicos controles que exigem é que não lhes falte nada e que estejam sempre seguros, pelas tropas obedientes.
Zé Maria
Na realidade, enquanto o Lula não nomear a Tebet Presidente da República,
a Imprensa-Empresa Tradicional do Mercado quer é que Brasília se exploda.
Zé Maria
Se o Caminhão-Bomba Carregado com 60 Mil Litros de Combustíveis
estivesse Eestacionado na frente do Prédio da Globo, ou da Folha ou
do Estadão, talvez as Manchetes fossem Diferentes.
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