Jeferson Miola: Brasil está sob grave ameaça de terroristas, Exército os protege e mídia repercute como banalidade; veja capas

Tempo de leitura: 4 min
Fotos: Reprodução de redes sociais

Continuidade de acampamentos terroristas em frente aos quartéis indica que, no mínimo, Exército pode ser cúmplice do terrorismo

Por Jeferson Miola, em seu blog

A continuidade dos acampamentos terroristas em frente aos quartéis – mesmo depois da tentativa de explosão de bomba nas imediações do aeroporto [24/12] e dos atentados terroristas em Brasília no dia da diplomação do presidente e vice-presidente eleitos [12/12] – indica que, no mínimo, o Exército Brasileiro pode ser considerado cúmplice do terrorismo.

Se o Comando do Exército não dissolver imediatamente as células de terroristas amotinados nas áreas sob administração militar, estará confirmando a desconfiança de envolvimento com o terrorismo e, além disso, estará afiançando a conversão do Forte Apache [Quartel General do Exército, em Brasília] em centro de comando do terrorismo fascista.

Tudo o que acontece nos acampamentos em frente aos quartéis é do pleno conhecimento do setor de inteligência do Exército e, também, do GSI – Gabinete de Segurança Institucional, comandado pelo general Augusto Heleno.

Nestas áreas estão amotinados militares da ativa e da reserva, integrantes da “família militar”, mercenários, empresários e outros tipos de bolsonaristas que atentam contra a democracia e o Estado de Direito.

Esses criminosos, que dispõem de um arsenal bélico formidável e estão fortemente armados, contam com a camaradagem dos comandos militares, que asseguram a eles infraestrutura, logística, parceria e, claro, segurança e proteção.

Além de oficiais da ativa que insuflam abertamente os baderneiros, como o sargento da Marinha lotado no GSI e o comandante da 10ª Região Militar, de Fortaleza, a esposa do general Villas Bôas já circulou alegremente pela célula terrorista na área do QG do Exército.

Apoie o VIOMUNDO

Lá, a senhora Maria Aparecida Villas Bôas foi festejada e homenageada como uma verdadeira celebridade.

Neste ambiente de familiaridade e camaradagem com os amotinados na frente dos quartéis, é difícil não se suspeitar do envolvimento dos militares com os atentados terroristas. Caso contrário, a outra hipótese é de que a inteligência do Exército e o GSI, que controla a ABIN, sejam totalmente incompetentes.

Reportagem da Revista Fórum [13/12] publicou denúncia de servidor da Polícia Federal lotado na Presidência da República que acusou o GSI de estar por trás dos bárbaros atos de terror perpetrados por fascistas em Brasília no dia 12 de dezembro.

De acordo com a fonte da matéria, “O GSI está na cabeça disso, e o uso da área do QG, que é militar, é do Exército, não é à toa”.

O servidor da PF sustenta, ainda, que a PM do DF, hiper bolsonarizada, é conivente com os terroristas. Prova disso é que até o presente momento, apenas três criminosos foram identificados, mas nenhum deles foi preso.

Já o executor da tentativa de explosão da bomba próximo ao aeroporto da capital federal, um modesto gerente de posto de combustível no Pará, cuja esposa recebeu auxílio emergencial, teria investido R$ 170 mil para a aquisição do arsenal de armas.

Quem financiou o armamento deste criminoso que confessou que o atentado foi decidido e planejado no acampamento na área do QG do Exército?

Bolsonaro é responsável, sim, pelo caos e clima de terror bolsonarista no país.

Mas Bolsonaro é instrumento de uma estratégia superior, concebida e bancada pelas cúpulas partidarizadas das Forças Armadas, que não desistem da guerra fascista contra a democracia, na perspectiva de um projeto de poder militar.

Assim como nos estertores da ditadura, os militares linha GSI/SNI podem estar produzindo novos “Riocentros” para incendiar o país, tumultuar a democracia, causar pânico e terror para, com isso, terem pretexto para fecharem o regime.

Truque manjado.

Sobram razões para o governo Lula extinguir o GSI, que é um enclave das cúpulas militares no coração do poder civil, e transferir para a reserva a maior parte do atual oficialato.

Leia também:

Jeferson Miola: Governo Lula deveria extingir o GSI; permanência não interessa à democracia

Marcelo Auler: Ágil no caso do diretor-geral da PRF, Dino ainda mantém o coronel da PM ligado ao Massacre do Carandiru

Apoie o VIOMUNDO


Siga-nos no


Comentários

Clique aqui para ler e comentar

abelardo

O que aconteceria se o Brasil precisasse das Forças Armadas para se defender de um ataque estrangeiro? O que exigiriam do governo federal, para ela fazer o favor de defender o país, o qual parece que só lhe interessa se eles próprios estiverem no poder? Pediriam próteses penianas? Toneladas de viagras? Charutos cubanos, whisky, filé mignon, redes para se balançarem e dormir no ponto? 15° salário? Passagens para Orlando, Miami, Las Vegas, Paris e Grécia? Poltronas massageadoras para o alto comando e o S T M? A mimada Forças Armadas está deixando o monstro do fascismo, do nazismo e do terrorismo crescerem em seus quintais sem nenhum controle. Aliás, deixam a entender que os únicos controles que exigem é que não lhes falte nada e que estejam sempre seguros, pelas tropas obedientes.

Zé Maria

Na realidade, enquanto o Lula não nomear a Tebet Presidente da República,

a Imprensa-Empresa Tradicional do Mercado quer é que Brasília se exploda.

Zé Maria

Se o Caminhão-Bomba Carregado com 60 Mil Litros de Combustíveis
estivesse Eestacionado na frente do Prédio da Globo, ou da Folha ou
do Estadão, talvez as Manchetes fossem Diferentes.

Deixe seu comentário

Leia também