Vitória de Eduardo Cunha é coroamento de sistema político apodrecido
por Igor Felippe, no Escrevinhador, em fevereiro 3, 2015 15:06
As vísceras do sistema político brasileiro estão expostas com a eleição do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a presidência da Câmara dos Deputados.
Reconhecido como operador dos interesses das grandes empresas no Congresso Nacional, o deputado carioca é um dos parlamentares que mais arrecadam recursos para campanhas eleitorais.
Cunha não escamoteia o tipo de relação que constrói com bancos, empreiteiras, mineradoras, operadoras de planos de saúde, agronegócio, empresas de telefonia e do ramo de bebidas. “Há afinidade nas propostas”, explica.
O comitê de Eduardo Cunha arrecadou R$ 6,8 milhões para a eleição do ano passado. Os gastos de campanha ficaram em R$ 6,4 milhões. Ou seja, sobrou dinheiro (leia mais aqui)
“Este ano não tive dificuldade para captar. Até sobrou dinheiro na minha campanha”, admitiu Cunha. “Na maioria das vezes são as empresas que me procuram. Até porque tenho a mesma visão delas”.
A máscara caiu. A eleição de Cunha é o fim da hipocrisia no Congresso. Esse negócio de representante do povo é coisa do passado. A verdade nua e crua é que esse sistema político foi sequestrado pelas grandes corporações e levou seu maior símbolo à presidência da Câmara.
O odor de um sistema político podre exala ao folhear as páginas da Folha de S. Paulo. A institucionalidade que sustenta esse modelo de fazer política chegou a um paradoxo.
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Vamos às notícias:
1- PMDB vai questionar na Justiça criação de partidos
Depois da eleição, Cunha manifestou que o PMDB vai questionar na Justiça a criação de novos partidos, que são formados para burlar a legislação, que restringe a mudança dos parlamentares entre as legendas existentes, sob ameaça de perda do mandato.
O desvio da infidelidade partidária teve como consequência um remendo patrocinado pelo STF na interpretação da legislação eleitoral, que deixou buracos e demanda um novo remendo nesse emaranhado institucional. Os parlamentares estão se lixando para os partidos e negociam essas mudanças justamente para barganhar seus votos em troca de cargos e emendas.
2- Apoio no Congresso será condição para obter cargos, diz Mercadante
Derrotado com o desfecho da disputa para a presidência da Câmara, o governo trabalha para reconstruir a base parlamentar. Depois de lotear o ministério entre os diversos partidos, os cargos de 2º escalão são a bola da vez.
O preço da governabilidade é a distribuição de cargos. Ou seja, o Congresso não funciona a partir da discussão de projetos à luz dos interesses da sociedade, mas da “satisfação” dos parlamentares com cargos. Esse artifício tem nome: chantagem. E o governo é refém desse procedimento para viabilizar a governabilidade.
O loteamento desses postos, que fazem interface do Estado com empresas privadas, cria as condições para o desvio de recursos para fins pessoais e eleitorais.
3- Ives Gandra Da Silva Martins: A hipótese de culpa para o impeachment
A Folha publica um artigo do renomado jurista nas hostes conservadoras Ives Gandra Da Silva Martins, professor emérito da Universidade Mackenzie, que defende a fundamentação jurídica para um pedido de impeachment da presidenta Dilma.
O tutor da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e da Escola Superior de Guerra apresenta uma interpretação da Constituição que abre margem para imputar culpa a Dilma por omissão, imperícia, negligência e imprudência no esquema de corrupção na Petrobras.
Martins registra também que o julgamento de um impeachment pelo Congresso é mais político que jurídico, dando como exemplo o caso do presidente Fernando Collor, que foi afastado, mas absolvido pela suprema corte.
As vísceras da política institucional estão à mostra. Depois da eleição de um parlamentar considerado um lobista das grandes empresas para a presidência da Câmara, a edição desta terça-feira da Folha desvela que esse sistema político é caracterizado pela infidelidade partidária e pelo loteamento de cargos do Estado para garantir a governabilidade.
No entanto, a saída para a crise que o jornal ensaia está na seção de artigos, com a discussão sobre a viabilidade jurídica para o impeachment da presidenta. A salvação para os agentes e cúmplices desse sistema político é jogar a responsabilidade da sua crise terminal no colo de Dilma.
Restará às forças democráticas mobilizar a sociedade diante de um quadro de crise institucional em torno de uma profunda reforma política, que será possível apenas com uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político.
A eleição de Cunha representa um escudo para o atual sistema político. Confiar ao Congresso a legitimidade de fazer uma profunda reforma política pode ter um desfecho bastante diferente do desejado por aqueles que querem sinceramente purificar o jogo institucional no país.
Leia também:
Parecer sobre impeachment de Dilma pode ter custado de R$ 100 a 150 mil
Comentários
FrancoAtirador
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Décadas de avanços progressistas podem retroceder.
Desassombro para construir uma Nova Frente de Esquerda
pode transformar o Colapso em Mutação Virtuosa.
(Hora a Hora – Carta Maior)
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yacov
PETIÇÂO PÚBLICA pelo IMPEACHMENT de GERALDO ALCKMIN e REESTATIZAÇÂO da SABESP.
ASSINE: http://www.peticaopublica.com.br/pview.aspx?pi=BR79291
“O BRASIL PARA TODOS não passa na REDE GLOBO DE SONEGAÇÂO & GOLPES – O que passa na REDE GLOBO DE SONEGAÇÃO & GOLPES é um braZil-Zil-Zil para TOLOS”
Felipe Santana
Não acho que vão jogar bomba no colo da Dilma. Na minha opinião, foi a própria Dilma e seus colaboradores incompetentes que armaram a bomba, ganharam a eleição e herdaram a herança maldita de seu próprio governo. Nós, petistas, temos que ter a humildade e o discernimento de aceitar que o PT e o Governo Dilma estão completamente perdidos, sem rumo. Assim, não adianta ficar botando a culpa na mídia golpista, na direita, no FHC etc. Precisamos, sim, é olhar para aquilo que fizemos – e principalmente para o que não fizemos – e fazer um mea culpa. Votei PT, como sempre, mas confesso que estou decepcionado. Ou o partido retoma os seus princípios ou nunca mais vê o meu voto.
João Vargas
Concordo plenamente, acho, inclusive, que a Dilma depois da nomeação da equipe econômica deveria deixar o PT e se declarar independente, pois não pode mais ser filiada a um partido dito de esquerda.
Cesar
Em poucas palavras falou tudo!
E ainda o Bendine na Petrobras.
Ninguém aguenta!
Wilson Garcia
Sinceramente: eles podem ate tentar,mas pago pra ver, não vai ser tao fácil fazer como fizeram com o color não, a Dilma não e brinquedo. o povão não vai perdoar desta vez não, acreditem e nem esta mídia, desta vez existe internet a globo não manda mais sozinha na comunicação, e a Dilma já foi guerrilheira se lembram????acho que só sai do poder se ela quiser.
Gerson Carneiro
Avaliando seriamente a possibilidade de me abster de participar desse circo de horror nas próximas eleições.
Narr
“Partidos não me representam. Voto nulo já!”
Mauro Silva
como ‘abraçar’ a causa dessa presidente que deu uma banana a seus eleitores (estelionato eleitoral) e, depois, reduziu-se a “maria antonieta”?
talvez o melhor seja o “fora todos”, isto é, a sorte disputada nas ruas.
Francisco
O PT recebeu meu voto e meu apoio por doze anos para resolver essa latrina. Não fez.
Me enganou e não fez. Me cozinhou em banho-maria e não fez.
Não fez Lei de Mídia, não fez Reforma Política, não regulamentou Conselhos Populares, de institucional, não fez NADA.
Quem eu odeio mais? Cunha, que é um porco e todo mundo sempre soube, ou o PT?
Pergunta dificil? É que você ainda não parou para pensar no seguinte: em quem ainda votar?
dario
è mas, de todos os piores é oq nos restou, ou embarcamos noque nos restou ou nos acovardamos diante de tudo que criaram para chegar-mos a isso, eu concordo c vcs, só que ainda prefiro a Dilma.
Narr
Pra quem não sabe quem odeia mais, Cunha ou o PT, existe a opção viável de mudança: o PSDB.
Renato Henrique de Gaspi
O que também é preocupante é a tentativa de reforma política capitaneada por Eduardo Cunha e a ala mais conservadora do PMDB.
Deixo aqui a minha análise.
https://utopiaconcretablog.wordpress.com/2015/02/04/eduardo-cunha-e-a-reforma-dos-conservadores/
FrancoAtirador
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Sem esquecer que alguns artigos
da Lei do Marco Civil da Internet
estão pendentes de Regulamentação.
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FrancoAtirador
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PT no Paredão Fuzilado pelos Mercados Globais
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“O Governo Dilma é Totalmente Refém do Mercado”
Rosa Marques, Economista da PUC-SP
Entrevista no Correio da Cidadania
(http://www.correiocidadania.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=10464:manchete300115&catid=34:manchete)
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HEBE DE CAMARGO
Que Deus abençoe a Pres. Dilma. Lhe dê a direção certa, sabedoria, paciência e discernimento para comandar nosso país. Senhor Jesus proteja-a e à sua família. LIvre, Senhor, o nosso povo brasileiro de mentiras e injustiças. Amém.
FrancoAtirador
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Sem a Quebra do Monopólio da Mídia-Empresa
Não haverá Reforma Positiva alguma no País.
Ao contrário, a Constituição será retalhada.
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FrancoAtirador
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E a Regulação Econômica da Mídia Empresarial Monopólica
Só sairá do papel, se houver mobilização em todo o País.
Agora, sim, estamos precisando de um Movimento de Massa.
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FrancoAtirador
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Bienal da UNE Debate Regulamentação da Mídia
Expositores apresentaram alternativas
frente ao Oligopólio dos Meios de Comunicação
Agência Brasil, via Portal CUT
O debate As Vozes Brasileiras nos Meios de Comunicação trouxe à discussão nesta terça (3), na Nona Bienal da União Nacional dos Estudantes (UNE), a regulamentação dos meios de comunicação. A presidenta da entidade, Vic Barros, lembrou que a democratização da mídia passa pela representação da cultura nacional nos meios de comunicação.
“Afinal de contas, aqui no Brasil a imprensa, quando quer tratar dos temas internacionais, repercute mais a CNN ou a Telesur? Dialoga com os desafios da América Latina, da integração solidária dos povos ou reproduz uma visão colonizada de sociedade, que muitas vezes não interessa aos interesses e ao destino do nosso país, mas apenas a reproduzir interesses diversos, que atuam sobre a nossa economia e sobre a nossa cultura, de forma marcadamente utilitarista e comercializada”, questionou.
O jornalista e blogueiro Luís Nassif disse que o modelo de mídia implantado no Brasil, desde o começo, foi o dos Estados Unidos, baseado em poucos grupos capitalistas que mantêm, até hoje, o monopólio da comunicação a cada mudança de padrão tecnológico. Ele lembra, porém, que o Brasil passa por duas revoluções que podem ampliar a participação de outros setores da sociedade, que são a internet e a implantação da TV digital.
“A internet é um caminho de democratização, pois permite que, na mesma plataforma tecnológica, todo mundo se manifeste, e obriga que se tenha negociações na democracia. Não tem mais um partido político ou liderança falando em nome de todos. E agora está entrando, finalmente, a TV digital, e é importante que não se repita o modelo de TV aberta, que tem três redes nacionais que dominam todo o espectro”, ressaltou Nassif.
Para ele, há um Brasil emergindo: “um país totalmente novo, já que o ciclo que vem da redemocratização termina com Lula [ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva], e esses novos tempos exigem a democratização da mídia, que todas as vozes sejam ouvidas.”
A jornalista Cinara Menezes, do blog Socialista Morena, diz que o Brasil precisa criar mídias alternativas, com grandes portais inovadores na forma e no conteúdo, sem esperar que o governo faça algo nesse sentido.
“Quando se fala na democratização da mídia, fala-se muito no modelo argentino, que é um bom modelo, mas lá já tem uma mídia de esquerda, aqui, em 12 anos do governo do PT, nada foi feito para que surgisse uma mídia de esquerda no Brasil. Então, a gente não tem mais que ficar esperando, não tem mais que contar com o que o governo vai fazer para a regulamentação da mídia. Temos que colocar mãos à obra e fazer a nossa democratização a partir de nós mesmos.”
Na opinião do presidente da Agência Nacional do Cinema (Ancine), Manoel Rangel, o Brasil tem avançado na regulamentação, com a aprovação, por exemplo, da Lei da TV Paga (Lei 12.485/2011), que unificou a legislação para as diferentes plataformas tecnológicas e estabeleceu cotas para a exibição de conteúdo nacional.
Ele lembra que regulação da mídia existe no mundo inteiro, e isso não significa controle do conteúdo. “Seja no modelo europeu, no qual as televisões se desenvolveram no predomínio do Estado, ou no modelo norte-americano, com predomínio da iniciativa privada, todos têm em comum a ideia de que a regulação dos meios de comunicação é indispensável à democracia, porque é a garantia de que nem o poder do Estado, nem o poder do grande capital vai ser a voz única da circulação de opiniões, de ideias, de serviços e de riqueza econômica dentro de uma sociedade.”
Rangel lembra que a regulação nos Estados Unidos data de 1934, e dos anos 50, na Europa, mas, na América Latina, esse movimento só começou há cerca de cinco anos. Ele cita também a criação da Empresa Brasil de Comunicação, pela Lei 11.652/2008, que fortaleceu a comunicação pública, e o Marco Civil da Internet, que “trouxe uma defesa do princípio da neutralidade de rede como algo absolutamente fundamental à democracia”.
(http://cut.org.br/noticias/bienal-da-une-debate-regulamentacao-da-midia-38e9)
FrancoAtirador
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Por que Gilmar sentou no financiamento privado de campanha
Por Luis Nassif, no Jornal GGN
Não foi apenas por birra que o Ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal),
pediu vistas e engavetou a votação da ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade)
sobre financiamento privado de campanha – depois do STF, por maioria absoluta,
ter votado a favor da proibição.
Gilmar age articulado com o deputado federal petista Cândido Vacarezza.
Este tem um projeto de emenda constitucional incluindo o financiamento privado na Constituição.
Se aprovado a ADIN seria automaticamente prejudicada.
Derrotado nas últimas eleições, a última atitude de Vacarezza
foi pedir votos para o deputado Eduardo Cunha,
em sua campanha para a presidência da Câmara.
(http://jornalggn.com.br/noticia/porque-gilmar-sentou-no-financiamento-privado-de-campanha)
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FrancoAtirador
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Só falta a cúpula do PT de São Paulo
combinar com Michel Temer e Ed Cunha
a indicação do presidente da Petrobras.
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FrancoAtirador
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Os Mercados Globais já nomearam
Novos ‘CEOs’ para a Petrobras:
Roger AGN Holding Agnelli
(http://agnpart.com/site/Leadership)
Rodolfo MARE Oil&Gas Investments Landim
(http://www.mareinvestimentos.com.br/team)
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