Hamas e Fatah, maiores movimentos palestinos, assinam acordo histórico de reconciliação em Pequim; vídeos

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Nesta terça-feira, 23/07, as 14 facções palestinas assinaram acordo em Pequim para estabelecer um “governo interino de reconciliação nacional” para governar Gaza após a guerra. Na parte superior da fotomontagem, da esquerda para a direita: Jamil Mezher, vice-secretário-geral da Frente Popular de Libertação da Palestina; Mahmoud al-Aloul, Fatah; Wang Yi, ministro das Relações Exteriores da China; Mussa Abu Marzuk, Hamas; e Majeda al Masry, Frente Democrática para a Libertação da Palestina. Abaixo, Mahmoud al-Aloul (Fatah) e Mussa Abu Marzuk (Hamas) assinando o acordo histórico. Fotos: Reprodução do vídeo da DW

Movimentos palestinos, como Hamas e Fatah, assinam reconciliação em acordo na China; vídeo

Por Sputnik Brasil

O Ministério das Relações Exteriores da China divulgou nesta terça-feira (23) que os grupos palestinos, incluindo os rivais Hamas e Fatah, concordaram em acabar com suas divisões e formar um governo interino de unidade nacional.

A Declaração de Pequim foi assinada na cerimônia de encerramento de um diálogo de reconciliação entre 14 facções palestinas realizado na capital da China de 21 a 23 de julho, de acordo com um comunicado, segundo a Reuters.

Esforços anteriores do Egito e de outros países árabes para reconciliar Hamas e Fatah não conseguiram pôr fim a 17 anos de conflito de divisão de poder que enfraqueceu as aspirações políticas palestinas.

Husam Badran, alto funcionário do Hamas, disse que o ponto mais importante da Declaração de Pequim era formar um governo de unidade nacional para administrar os assuntos dos palestinos.

“Isso cria uma barreira formidável contra todas as intervenções regionais e internacionais que buscam impor realidades contra os interesses do nosso povo na gestão dos assuntos palestinos no pós-guerra”, disse Badran, citado pela mídia.

Badran acrescentou que o governo de unidade nacional administraria os assuntos dos palestinos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, supervisionaria a reconstrução e prepararia as condições para as eleições.

Atualmente, o Hamas comanda Gaza e o Fatah forma a espinha dorsal da Autoridade Palestina, que tem controle limitado na Cisjordânia ocupada por Israel. Não houve nenhum comentário imediato do Fatah. Os detalhes do acordo não estabeleceram um cronograma para a formação de um novo governo.

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Em março, o presidente palestino Mahmoud Abbas, que lidera o Fatah, nomeou um novo governo liderado por um de seus assessores próximos, Mohammad Mustafa.

“A China espera sinceramente que as facções palestinas alcancem a independência palestina o mais breve possível com base na reconciliação interna e está disposta a fortalecer a comunicação e a coordenação com as partes relevantes para trabalhar em conjunto para implementar a Declaração de Pequim alcançada hoje [23]”, afirmou Wang Yi, ministro das Relações Exteriores chinês.

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Zé Maria

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