Gilson Caroni Filho: O fascismo de mercado

Tempo de leitura: 2 min

por Gilson Caroni Filho

A crise econômica capitalista, em especial nos Estados Unidos e na zona do euro, começa a dar lugar a golpes e contra-golpes entre os seus principais atores. Entre eles o receituário apresentado liturgicamente desde os anos 1990. As reuniões de cúpula que os chefes de governo ocidentais realizam não se caracterizam pelos seus aspectos resolutivos, mas pelo vazio de suas proposições.

Ao propor que os orçamentos dos países  sejam aprovados primeiro pela EU, antes de ir para seus Parlamentos – com punição a quem não cumprir metas de redução de dívida e déficit – a chanceler alemã Ângela Merkel deixa claro que soberania nacional é um conceito em desuso, uma velharia a ser removida. Frente à crise imposta pelos princípios liberais globalizantes, notadamente o “salve-se quem puder” e o “que sobreviva o mais capaz”, que apareciam como mantras nos melhores manuais de desregulamentação, a única saída é a “fuga para frente” proposta pelos neoliberais radicais. Deixando governos de pés e mãos amarrados, a falsa solução passará pela perda de prerrogativas governamentais de conceber e executar políticas econômicas que atendam aos legítimos interesses dos países e dos povos.

Na verdade, chegou-se a fórmulas gerais que podem ser interpretadas de várias maneiras e que, de qualquer forma, não envolvem compromisso algum com qualquer esfera que não seja a do mercado. Insistir nas privatizações do que resta de estatal (quase nada), em ajustes fiscais, e no maior enfraquecimento do Estado, é consolidar o poder do FMI, do Banco Mundial, das instituições financeiras internacionais e a chantagem das agências de classificação de risco.

Todo cuidado é pouco para não  tropeçar nas palavras e escorregar nos conceitos. Mas essas transformações e essas metamorfoses significam um “retorno” ao império das leis do funcionamento da economia mercantil- capitalista, temporariamente represadas por obra e graça da rebelião democrática do imediato pós-guerra, que ensejou  a Grande Transformação.

Como recordou o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, “em sua essência, as práticas do Estado intervencionista e do Bem-Estar buscaram, por meio da aplicação política de critérios diretamente sociais,  encontrar soluções para os problemas de satisfação das necessidades humanas e da vida decente para a maioria, negando, assim, as condições de existência impostas ao cidadão pela “ratio” do capital, cujo único propósito é acrescentar o seu valor”

A vitória do reformismo liberal  fez recuar as tentativas de domesticar a mercantilização universal e a concorrência sem quartel. Na Europa, a social-democracia  passa a ocupar uma posição de centro-direita rasgando a máscara da “terceira via”, que fez grande sucesso e gerou expectativas em toda a esquerda do continente. Antes mesmo da crise do euro, os serviços públicos , como saúde, educação e transporte, conheceram uma considerável piora. Ainda no final do século passado, críticos de esquerda acusavam o então primeiro-ministro britânico Tony Blair de impor ao Reino Unido um “thatcherismo” com rosto humano.

Quando o capital financeiro estabelece sua supremacia, a cidadania é suprimida. Os sistemas de crédito e os dispositivos do mercado passam a se encarregar dos desígnios despóticos do capital sobre a massa de trabalhadores e os países mais fracos. É isso ao que estamos assistindo no sul da Europa. Algo que, guardadas as devidas proporções, vivemos na América Latina durante duas décadas. Por meio de disciplinas e sanções, sempre legitimadas na grande mídia, o fascismo de mercado se instala.

Fora da política não há salvação. Como bem sabemos por aqui.

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Comentários

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Bonifa

Não se trata de uma proposta. O orçamento dos países menores já está sendo examinado, nãp na UE, mas no Parlamento Alemão. Veja-se o caso da Irlanda:
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A perda da soberania econômica do país foi confirmada na semana passada pelo Parlamento alemão. Em 18 de novembro, o Irish Times noticiou que o orçamento do país, que deverá ser revelado (apenas) em 6 de dezembro, já foi apresentado antecipadamente ao Comitê de Finanças do Bundestag: Os deputados alemães já foram informados oficialmente das propostas orçamentárias irlandesas, antes mesmo que o Parlamento irlandês.
"O BCE nos autoriza a pegar emprestados cem bilhões que vão servir para reembolsar cem bilhões aos bancos credores." Diz Diarmuid O’Flynn, jornalista do l’Irish Examiner. (Deste modo, os bancos não perdem nada e o país aumenta sua dívida soberana. Esta dívida pode fazer perder a soberania. N.N.)
Fonte: 22 novembre 2011- Irish Independent

FrancoAtirador

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MINISTRA DO TRABALHO DA ITÁLIA VAI ÀS LÁGRIMAS
AO ANUNCIAR A SUPRESSÃO DOS DIREITOS SOCIAIS
DOS TRABALHADORES E APOSENTADOS ITALIANOS
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EUROPA EM TRANSE LEVA MINISTRA ÀS LÁGRIMAS

Ministra do Trabalho italiana, Elsa Fornero, não consegue conter o choro ao explicar a parte do arrocho de 30 bilhões de euros, anunciado hoje pelo primeiro ministro, Mário Monti, que penalizará fortemente o sistema previdenciário do país.
Idade mínima de aposentadoria foi elevada para 62 anos no caso das mulheres e 66 anos para os homens.
Pensões acima de 960 euros foram congeladas.
Elsa Fornero, em lágrimas, precisou interromper sua explicação sobre os detalhes do arrocho sendo substituída por Monti, que assumiu o cargo como um interventor dos mercados no Estado italiano.
Veja a cena, expressiva da tensão vivida pela economia do euro, cuja sobreviência ou derrocada será decidida esta semana na reunião de cúpula da próxima 6ª feira, dia 9.

(Carta Maior; 2ª feira; 05/12/ 2011)

Vídeo em:

http://www.rainews24.rai.it/it/video.php?id=25496
http://videos.sapo.pt/qr5mcuYZ8KhTjtZ7Mz5N

    FrancoAtirador

    O FUNERAL DE KEYNES E AS LÁGRIMAS SINCERAS DA MINISTRA ITALIANA

    [youtube rc374I7lhNg http://www.youtube.com/watch?v=rc374I7lhNg youtube]

    A cena resume a Europa hoje.
    A Ministra do Trabalho da Itália, Elsa Fornero, uma professora universitária do Piemonte, de 63 anos, especialista em seguridade social, não conseguiu conter as lágrimas.
    Elsa tentava justificar a parte do arrocho de 30 bilhões de euros, anunciado pelo primeiro ministro Mário Monti, que penalizará fortemente o sistema previdenciário italiano.
    A idade mínima de aposentadoria foi elevada para 62 anos no caso das mulheres e 66 anos para os homens. Em 2018, a idade única será de 66 anos.
    Até lá, a antecipação de pedidos de aposentadoria exigirá um mínimo de 41 anos de contribuição para mulheres; 42, no caso dos homens.
    Pensões acima de 936 euros foram congeladas; aquelas abaixo desse valor serão corrigidas mas apenas parcialmente.
    Trata-se de um arrocho de sangue.
    Que congela e corrói o amparo social na curva final da vida, justamente quando mais se necessita dele; uma ruptura de valores e laços compartilhados que formavam as bases do Estado do Bem-Estar Social pelo qual muitos dos que agora estão sendo descartados lutaram.
    Na cena asséptica e pastosa da solenidade montada para vestir de austeridade virtuosa aquilo que é uma expropriação de renda em benefício dos rentistas, Elsa Fornero destoou.
    As lágrimas sinceras da professora feita ministra impediram-na de concluir o raciocínio justificatório para a palavra 'sacrifício'.
    Elsa precisou interromper a explicação do pacote, substituída então por Monti, o tecnocrata elegante, mas ao contrário dela um bloco granítico e calculista a serviço dos mercados, explicitamente reconhecido como um interventor deles no Estado italiano.
    A emoção de Elsa roubou a cena daquilo que era para ser um elogio à racionalidade fria dos mercados.
    O conjunto evidencia a tensão gerada pelo desmonte do Estado do Bem-Estar Social na Europa.

    (Carta Maior; 2ª feira; 05/12/ 2011)

    Mário SF Alves

    É triste ser insensível a sentimentos alheios, respeito e comungo com isso. No entanto, entendo que esse ir às lágrimas em tais circunstâncias, tal emoção, faz muito mais mal do que bem, pois faz supor ou deixa transparecer um ar de inevitabilidade ao se adotar as tais funestas medidas.

    FrancoAtirador

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    É verdade, Mário SF Alves.

    Os italianos estão dizendo que nesta operação

    o primeiro-ministro entra com os "cortes",

    a ministra do trabalho com as lágrimas

    e o Povo da Itália com o sangue.
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    Mário SF Alves

    Ufa! P… que alívio. Valeu, Franco.

    Mário SF Alves

    Lágrimas de crocrodilo. Pura crocrodilagem, Franco.

edv

…“ratio” do capital, cujo único propósito é acrescentar o seu valor”…

Em vez do capital servir aos humanos, os humanos é que tem de servir ao capital…
…de poucos…

FrancoAtirador

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Wikileaks divulga documentos que mostram aumento da espionagem digital
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Mundo Big Brother

Último vazamento do WikiLeaks revela uma indústria bilionária que vende equipamentos de espionagem a regimes repressores. As empresas no lucrativo ramo são europeias e americanas, mas há também uma brasileira

Por Pratap Chatterjee, do Bureau of Investigative Journalism, na Pública

Uma indústria multibilionária secreta está oferecendo sistemas de ponta que permitem que governos identifiquem, rastreiem e monitorem qualquer um através de seus telefones e computadores.

É o que uma coletânea de centenas de emails promocionais e outros materiais de marketing obtidos pelo WikiLeaks revelam.

Uma empresa alemã oferece a habilidade de rastrear “opositores políticos”; uma companhia italiana alega poder controlar smartfones remotamente e usá-los para escutar conversações e fotografar os donos; uma empresa americana permite usuários “ver o que eles [os espionados] vêem”; uma empresa sul-africana oferece ferramentas para gravação de bilhões de chamadas telefônicas e armazenamento eterno para o material.

Este material está sendo publicado pelo WikiLeaks e pela ONG Privacy International, um grupo de Direitos Humanos sediado em Londres.

Os arquivos jogam luz sobre uma indústria sombria que vale 5 bilhões de dólares e está crescendo rapidamente. Este tipo de propaganda não é aberta ao público. Pelo contrário: elas são enviadas a contatos-chave – geralmente agências governamentais e forças policiais – em feiras de negócios que são fechadas ao público e à imprensa.

Um roteiro de Hollywood?

Os documentos foram coletados de mais de 130 empresas sediadas em 25 países, desde o Brasil até a Suiça, e revelam uma gama de tecnologias sofisticadíssimas que parecem ter saído diretamente de um filme de Hollywood.

Mas essas empresas são reais. E dão consistência aos ativistas que garantem que esse setor que está se proliferando constitui uma nova e não regulada indústria de armas.

“Estes documentos revelam uma indústria vendendo ferramentas não apenas para alvos de intercepções legais… mas para vigilância em massa. Estas ferramentas permitem a governos vasculhar emails, conversas e mensagens de textos de populações inteiras, armazenar, procurar e analisar. Assim como o Google guia sua busca na web, elas permitem a um policial à paisana rastrear qualquer um que diz algo rude sobre um ditador. Não é de se espantar que empresas dessas venderam para países como Egito, Síria e Irã”, diz Ross Anderson, professor de Engenharia de Segurança na Universidade de Cambridge.

A indústria alega que vende apenas equipamentos de “interceptação legal” para autoridades oficiais: a polícia, o exército e agências de inteligência.

Mas as malas-diretas de venda ostentam equipamentos de espionagem discretos, e a disponibilidade destes equipamentos preocupa ativistas porque permite abusos por forças de segurança repressivas e oficiais corruptos.

“Tecnologia deste tipo pode ser tão letal quanto balas diretamente vendidas por empresas de munições”, diz o deputado Lord Alton, que já levantou muitas questões referentes a esta indústria.

Veja um mapa interativo sobre essas empresas no WikiLeaks
Leia mais: Será que o seu email e celular estão sendo vigiados?

Íntegra em:

http://apublica.org/2011/12/mundo-big-brother/

marcus_fitz

Lendo esse artigo não pude deixar de lembrar da musíca abaixo, que pela letra tem todo esse espírito 'Wall Street':

Everything Counts (Depeche Mode)

The handshake seals the contract
From the contract there´s no turning back
The turning point of a career
In korea being insincere
The holiday was fun-packed
The contract, still intact

The grabbing hands grab all they can
All for themselves after all
The grabbing hands grab all they can
All for themselves after all
It´s a competitive world
Everything counts in large amounts

The graph on the wall
Tells the story of it all
Picture it now
See just how
The lies and deceit gained a little more power
Confidence taken in
By a suntan and a grin

The grabbing hands grab all they can
All for themselves after all
The grabbing hands grab all they can
All for themselves after all
It´s a competitive world
Everything counts in large amounts
Everything counts in large amounts

The grabbing hands grab all they can
Everything counts in large amounts.

The grabbing hands grab all they can
Everything counts in large amounts.

Everything, Everything, Everything, Everything

The grabbing hands grab all they can
Everything counts in large amounts.

The grabbing hands grab all they can
Everything counts in large amounts.

The grabbing hands grab all they can
Everything counts in large amounts.

Pode ser meio inconsequente mas não resisti… ;)

MF

FrancoAtirador

03 de dezembro de 2011 | 20h 23

Cresce suspeita de armação no caso Strauss-Kahn

Biógrafo e repórter dizem que escândalo sexual foi conspiração para arrasar imagem do ex-diretor do FMI
Isolado no Partido Socialista, abandonado por amigos e em crise com sua mulher, o ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn viveu nos últimos meses uma espécie de prisão domiciliar voluntária, em Paris. Mas o autoexílio foi brutalmente interrompido há 10 dias. O motivo: novas suspeitas de que o ex-favorito na eleição presidencial da França em 2012 possa ter sido alvo de uma armação política.

A nova controvérsia emergiu na quinta-feira, quando o jornalista Michel Taubmann, biógrafo do economista, lançou na Europa Affaires DSK: La contre-enquête (Os casos DSK: a investigação paralela). A obra é uma apologia à inocência de Strauss-Kahn, na qual Taubmann defende a tese de que uma armadilha política foi meticulosamente preparada para arrasar a imagem do maior dos "elefantes" do Partido Socialista, como são chamados os líderes do partido.

O autor toma o cuidado de não acusar o partido governista União por um Movimento Popular (UMP) ou o atual presidente, Nicolas Sarkozy, de serem os supostos autores da armação. Mas não exclui a possibilidade.

A diferença da obra de Taubmann são os trechos de entrevistas feitas com o próprio Strauss-Kahn após sua libertação nos EUA. Nesses encontros, DSK afirma ter mantido uma relação sexual "estúpida, mas consentida" com a camareira Nafissatou Diallo, funcionária da rede francesa Sofitel.

O ex-diretor do FMI diz ainda que até a eclosão do escândalo mantinha "uma vida sexual livre", mas sempre dentro dos limites da lei. "Não fiz nada de ilegal", reitera em determinado ponto, negando usar os serviços de uma rede de prostituição descoberta no Hotel Hilton, em Lille – caso pelo qual também está sendo investigado.

O livro de Taubmann é tão parcial que ouve DSK, mas não se dá ao trabalho de fazer o mesmo com a camareira. Em entrevista ao jornal 20 Minutes, o autor justifica a lacuna afirmando que "ela não teria dito grande coisa além da versão que já deu". "O interesse de meu livro reside na investigação que fiz, que traz elementos inéditos", argumenta.

Mas os elementos nem são tão inéditos assim. O livro de Taubmann foi antecedido de uma reportagem publicada há 10 dias pelo jornalista americano Edward Epstein na revista The New York Review of Books e no jornal Financial Times. Sem meias palavras, Epstein retoma a tese de um suposto complô político armado pela UMP.

‘Blackberrygate’

O maior elemento de prova seria a suposta invasão da caixa de mensagens de um dos telefones Blackberry de DSK, cuja privacidade teria sido violada no escritório do partido de Sarkozy em Paris horas antes do encontro com Nafissatou. O telefone desapareceu e o rastreamento das mensagens é impossível, pela desativação do sistema que permitia obter a relação dos acessos realizados à caixa de mensagem.

Ao "Blackberrygate" soma-se outra suspeita: Epstein afirma – sem mostrar as imagens – que câmeras do circuito interno de TV do Hotel Sofitel de Manhattan mostram cenas de dois homens comemorando freneticamente por mais de três minutos, ao lado de Nafissatou, momentos após o suposto estupro ter ocorrido.

A conjunção das duas novas suspeitas bastaram para jogar lenha na fogueira da teoria da conspiração. À época do escândalo, 54% dos franceses duvidavam que DSK era culpado.

As hipóteses de armação são reforçadas pelas companhias suspeitas de Sarkozy. Em 14 de maio, enquanto o escândalo se desenrolava em Nova York, Sarkozy assistia ao jogo Lille x PSG no Stade de France, em Paris, ao lado de ninguém menos que René-George "Jo" Querry, diretor de Segurança do grupo Sofitel. Durante o jogo, Strauss-Kahn seria preso. Jo deu a notícia ao presidente, por telefone, na mesma madrugada. Outro elemento a alimentar as dúvidas é o fato de que o Palácio do Eliseu já foi envolvido em outras denúncias de usar os serviços secretos do país para violar a privacidade de jornalistas e políticos de oposição.

Estadão

    SILOÉ-RJ

    Pela primeira vez tomo conhecimento de uma boa notícia no estadão.

    FrancoAtirador

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    .
    Caríssimos SILOÉ-RJ, Mario SF Alves e ZéPovinho.

    Estou ciente de que generosidade nunca é demais, mas vocês estão sendo excessivamente generosos.

    O que me fascina, neste sítio, é o intercâmbio entre comentaristas e o espírito colaborativo proporcionados pelos brilhantes jornalistas Luiz Carlos Azenha e Conceição Lemes.

    Ademais, pela pluralidade, este é, sem dúvida, o blog mais democrático do País.

    E é esta troca de informações e de opiniões, as mais variadas, que faz a diferença aqui, uma vez que nos auxilia, com a aquisição de novos conhecimentos, na elaboração mais precisa de um ideal de País, de Continente e de Mundo.

    A socialização do conhecimento é a chave de acesso à libertação dos povos.

    Eu sou apenas um beija-flor que leva no bico uma gota d'água neste oceano que é a internet.

    E cada um de nós, em cada comentário, é também um colibri que faz sua contribuição única neste mar de realidades e utopias, somando-se às mais diversas formas de expressão e aos múltiplos conteúdos expostos por praticamente todas as correntes de pensamento, constituindo um todo maior que é sintetizado numa expressão: VIOMUNDO.

    Um abraço camarada e libertário a todos.
    .
    .

    SILOÉ-RJ

    Reforçando o que diz Zé Povinho, Acho seus comentários altamente esclarecedores e diversificados. Todos baseados em pesquisas de fontes seguras, além das suas opiniões sempre bastante coerentes.
    Dando uma de Pessuti : Você é jornalista??? Nem precisa responder.
    Se não for, é um talento, em parte desperdiçado, independente do que você foi ou é.
    E o Azenha está comendo mosca nessa, não aproveitando melhor o seu potencial.

    Mário SF Alves

    Com exceção do "E o Azenha está comendo mosca nessa, não aproveitando melhor o seu potencial.", endosso tudo o que Siloé-RJ acabou de dizer.
    Assim, aproveito a ocasião para lhe desejar boa sorte e que nunca lhe falte clareza e determinação. Obrigado, caro Franco-Atirador.
    Abs.,
    Mário SF Alves

Julio Silveira

Os Yankes ao importar nazistas, aparentemente, importou também muitas de suas convicções.
Ao invés de expurgarem os principios, o que se percebe é que os adaptaram as novas conveniências, ao que tudo indica. Hitler, pelo que se tem dito, e até pesquisado, não parece ter sido punido pelas atrocidades, tanto históricamente (pois parece ter sobrevivido com base em cumplicidades e interesses), antes sua cultura parece ter sido assimilada e remodelada com muitas de suas formulas aproveitadas. Tudo indica que o povo Americano, o comum, o cidadão, esse terá tempo de treva para viver.
O Mundo tem que se preparar, posto que pelo jeito que esses parecem pensar, já não se contentam com seus quintais, o mundo para eles é herança.

SILOÉ-RJ

Só que agora TEM UM CONTRA- PONTO a essa DITADURA DO CAPITAL CAINDO DE PODRE, de oligopólios excluindo a sociedade na divisão dos lucros, e se excluindo na divisão dos prejuízos.
Surge agora, COM DÉCADAS DE ATRASO, mas ainda assim, em muito boa hora: A CELAC.
Organização essa, com visão totalmete socialista, do capital e dos bens de consumo, onde o maior patrimônio é o bem-estar de todos os cidadãos, que junto com o BRICS, e quiçá com alguns países do Oriente Médio, farão história de hoje em diante, ao brecar certos descontroles e desmandos.
Avante DILMA!!! Avante CHAVES!!! e DEMAIS PRESIDENTES dos países da AMÉRICA LATINA e CARIBE!!!
UNIDOS SEREMOS UMA FORÇA IMBATÍVEL!!! que com certeza devido a correlação de forças impedirá ataques desenfreados as nações enfraquecidas.
Não é só com armas nucleares que se ganham guerras. Estratégias e inteligência contam muito mais.

    Renato

    Com armas nucleares destroem metade da força humana no país. Prefiro tter milhões ogivas nucleares e lança-las contra o meu inimigo do que manter execrito de ocupação. As armas nucleares resolvem o problema de guerrilha facilmente,

    ratusnatus

    uahuaahuhauhaa

FrancoAtirador

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Depois que o "Sarcoma" Francês, em conluio com a "CIA do Terror",

deu o golpe no Strauss "Khran", para colocar a "Lagarta" no FMI,

só pode se esperar o pior do Hemisfério Norte, isto é: a GUERRA.
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Há tempos, a estratégia formulada pelo Pentágono

é o isolamento e a ocupação do território iraniano.

Vê-se que o plano norte-americano está se consumando:

A OTAN já tem sob seu domínio quase toda fronteira com o Irã:

Afeganistão, Iraque, Paquistão, Turquia e Arábia Saudita, etc.

Além disso, os EUA cooptaram a Liga Árabe contra a Síria.

Falta pouco, muito pouco para a grande catástrofe.
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Irã afirma ter derrubado avião não-tripulado americano

As Forças Armadas iranianas derrubaram um avião não-tripulado dos Estados Unidos que violou o espaço aéreo do Irã pela fronteira leste, informou a agência estatal Irna neste domingo.

Um oficial que não se identificou na reportagem alertou para uma resposta "forte e esmagadora" para qualquer violação do espaço aéreo do país por aviões de espionagem americanos.

"Um avião de espionagem não-tripulado RQ-170 americano foi derrubado pelas Forças Armadas iranianas. O avião sofreu danos menores e agora está em posse das Forças Armadas", disse o oficial, segundo a Irna. Nenhum outro detalhe foi divulgado.

O Irã está no centro de uma disputa com os Estados Unidos e seus aliados ocidentais por conta de seu controverso programa nuclear. A questão ganhou novo fôlego quando a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) publicou um relatório afirmando que a República Islâmica trabalha para obter armas nucleares. Teerã negou repetidas vezes que seu programa atômico tenha fins militares.

Os EUA, a União Europeia e o Reino Unido anunciaram sanções econômicas ao país que culminaram em um ataque de represália à embaixada britânica em Teerã na semana passada.

Em resposta, o Reino Unido retirou seus diplomatas do país e expulsou os diplomatas iranianos do território britânico. A França, em medida preventiva, também reduziu sua equipe diplomática no país persa.

Segundo o Irã, em janeiro, dois aviões não-tripulados foram derrubados do seu espaço aéreo quando operados pelos EUA.

A República Isâmica tem frequentes ações militares, principalmente para afirmar sua capacidade de se defender de potenciais ataques dos EUA ou de Israel contra suas instalações nucleares.

Teerã tem focado parte de sua estratégia militar na produção desse tipo de aviões sem tripulação para reconhecimento de terreno e prevenção de ataques. O Irã anunciou há três anos que havia construído um avião não-tripulado com alcance de mais de 1 mil km, o suficiente para atingir Israel.

IG com AP

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/ira-afirma-t

Avelino

Caro Azenha
A única crise que eu entendo é o esgotamento de um modelo de roubo, e o que é pior, os que foram roubados pagarão aos seus assaltantes.
Saudações

ZePovinho

O IV REICH(os EUA) já começa a polir as botas,porque colocarão boots on the ground dentro do próprio país:
http://planobrasil.com/2011/12/04/lei-marcial-se-

Lei marcial se aproxima: Senado dos EUA quer permissão para militares prenderem cidadãos sem acusação e sem julgamentos

Marat

EStou lendo um livro que me deixa estarrecido. Como pode um país e um povo serem tão arrogantes, tão frios e ignorantes, como os estadunidenses?
O livro se chama "A Batalha de Mogadíscio", (deu origem a um filme: Black Hawk Down). Tal livro foi escrito por pilotos e soldados dos EEUU, quando da invasão da Somália, em 1993, e da derrubada de dois helicópteros da potência invasora.
No livro os soldados se mostram fanáticos religiosos, frios, calculistas, belicistas, superiores, arrogantes etc. Na página 141 há um trecho que espelha a alma deles. Só para contextualizar: Eles estavam em terra, para tirar dos destroços do helicóptero um de seus carniceiros. O povo somali os atacva com velhos AK-47. Num dado momento, eles simplesmente invadiram uma casa de uma família somali (pai, mãe e uma criança de colo). O csal, além de ter a casa invadida, foi algemado.
O seguinte parágrafo estava assim: "Enquanto fiquei naquele cômodo, não pude deixar de me perguntar o que estariam pensando sobre nós, um grupo de americanos que havia entrado na casa deles e a tomara à força. Não me entendam mal – isso não representava para mim nenhum problema de consciência. Simplesmente fazíamos o que tínhamos de fazer. Mas vou dizer uma coisa: se eu estivesse em casa jogando videogame e, de repente, um bando de soldados estrangeiros irrompesse pela porta adentro e tomasse minha casa, sem que eu conseguisse comunicar-me com eles, não sei como reagiria".
Enquanto isso, o terrorista internacional Johnnye Walker Bush, está lá, na África, debochando do povo com suas demagogias, enquanto há contra ele uma ordem internacional de prisão… Não quero nem ver quando o império ruir. Há muitos na fila, para tirar uma casquinha…

    Mário SF Alves

    Franco,
    Li a sugestão do ZePovinho. A tradução é horrível, mas dá para se ter uma idéia. Sintomaticamente, compar ouro pode ser investigado sem nenhuma autorização judicial e sem limite geográfico como ato supeito de terrorismo.
    http://planobrasil.com/2011/12/04/lei-marcial-se-

    Bonifa

    Esta notícia é de importancia vital. Uma melancólica pá de cal sobre a extinta Democracia Americana. Mas por outro lado, vemos que os "americanos" finalmente toparam com um inimigo à altura: Os próprios americanos.

    Mário SF Alves

    É, Bonifa, a globalização deu nisso, na "certeza neoliberal" de que o capitalismo atual prescinde de qualquer forma de democracia. Ou seja, nem a tão decantada democracia burguesa se preserva mais. A não ser, claro, como figura de liguagem na retórica daquele, ao que tudo indica, esfarelante império.
    E nós, Darcy Ribeiro que o diga, seguimos adiante nesse efervecente caldeirão de etnias rumo a mais e mais democracia [nosso escudo, convicção e tábua de salvação], ainda que na contra-mão do fim da história [ou da versão da história] imposta pelos EUA e adjacências.

armonyax

A resposta talvez esteja no artigo que foi analisado no Le monde diplomatique Brasil!
http://diplomatique.uol.com.br/acervo.php?id=2990

[youtube Qbd74sVW4yQ&feature=youtu.be http://www.youtube.com/watch?v=Qbd74sVW4yQ&feature=youtu.be youtube]

marcio_cr

Existe algo de diferente dessa crise para as outras crises do nosso passado recente (revolução francesa para cá). Quando a humanidade chegava no ponto de ver que o modelo em crise estava esgotado, ele era abandonado e sobre posto por um novo, que não necessariamente era uma revolução, mas era novo em relação ao anterior. A crise de 30 foi lidada dessa maneira, a falta de controle do liberalismo clássico foi apontado como causador da crise e a solução foi um captalismo controlado pelo estado, que caminhou até a era Regan.

Mas diferentemente, nessa crise as soluções são mais politicas da linha que causaram a crise. Isso indica exatamente o que o texto diz. Vivemos uma ditadura do sistema financeiro e tudo é feito por eles e para eles. E as soluções são tendo em vista eles.

Mas essa crise tem nome e sobrenome. É a crise do captalismo de Thatcher e Regan. A crise do captalismo neo-liberal sem amarras e altamente concentrador. E a solução não será mais neo-liberalismo.

CLÁUDIO LUIZ PESSUTI

Observem que nas análises sobre a crise atual, a grande mídia e os governos e banqueiros simplesmente omitem a crise de 2008, em que os Estados Nacionais salvaram os bancos, a custa de enorme endividamento público.Agora , na hora da conta, jogam ela em cima do povo.Com o devido silêncio da mídia, que é parte do processo.

Caracol

Na verdade não há nada de novo no front.
Se olharmos lá pro passado poderemos perceber que própria criação do Estado Moderno com todo seu artificialismo, atropelando as culuras universais, já se constituia numa iniciativa para se chegar ao que aí está. Só demorou por causa da existência de um Império Soviético, que criou dificultades para a hegemonia desses sátrapas nojentos tipo Reagans, Thatchers, Bushes, Blairs e agora Sarkozis e Merkels.
Caso os BRICS da vida não se mexerem, vem aí a Terceira Guerra Mundial.

Carlos G P Lenz

Ditadura de banqueiros ??? em algum momento eles vão precisar de armas… e tropas… e não poucas !!! Se é que a europa é politizada como dizem.

Se a nova geração não for alienada, o pau deve comer solto, quando a água bater na bunda de franceses e alemães também.

Pra mim o impasse esta posto : ou avançamos na DEMOCRACIA e suas limitações temporais e de custos, para resolver os conflitos de interesses entre os povos e o capital, ou voltamos a barbárie e a ignominia pela mão da ditadura do capital e seus vassalos políticos e lambe botas.

    Caracol

    Certo, Carlos.
    E no meu entender, eles vão criar uma nova Guerra Mundial como já fizeram duas vezes. Esta será a saída desses sacripantas;

    Joe

    E parece que vem logo…..

    Marat

    Antes das guerras ainda vão roubar bastante a África e os países do Leste europeu, além dos países do Oriente Médio.

    CLÁUDIO LUIZ PESSUTI

    Tem razão sr Carlos G P Lenz(bom conversar com quem se identifica) europeu não sabe empobrecer não, "vão para o pau".

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